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  • SENADO FEDERAL – Senadora Mara Gabrilli cobra regulamentação urgente da lei que garante pensão para vítimas da síndrome congênita do Zika, mais de um mês após promulgação.

    A senadora Mara Gabrilli, representando o PSD de São Paulo, deu um passo firme na quinta-feira ao protocolar cinco ofícios destinados ao governo federal, exigindo a regulamentação da Lei 15.146, sancionada em 2025. Esta legislação estabelece a concessão de pensão especial e indenizações para vítimas da síndrome congênita associada ao Zika Vírus, um resultado de um projeto de sua autoria que acabou de ser promulgado, após a derrubada do veto presidencial pelo Congresso.

    Em uma declaração contundente, Gabrilli expressou sua frustração: “Foram dez anos de luta para que as famílias atingidas pelo Zika Vírus recebessem algum tipo de reparação do Estado brasileiro. Até agora, quase um mês após a derrubada do veto e com a lei promulgada, o governo ainda não propôs um plano de operacionalização para iniciar os pagamentos às vítimas.” A senadora enfatizou a urgência de uma resposta clara e mais proativa por parte do governo.

    Os ofícios foram enviados a diversas entidades governamentais, incluindo os ministérios da Saúde e da Previdência Social, a Casa Civil e a Advocacia-Geral da União. Gabrilli destacou a necessidade de agilidade na definição das diretrizes que facilitarão o acesso das famílias aos benefícios, especificando que informações essenciais, como os documentos necessários e a possibilidade de um processo online, são cruciais para a implementação eficaz da lei.

    Entre 2015 e 2017, o Brasil registrou mais de 1,5 milhão de infecções pelo vírus Zika, resultando no nascimento de aproximadamente 3.500 crianças com deficiências múltiplas. Atualmente, cerca de 1.580 dessas crianças estão vivas, muitas delas enfrentando desafios significativos em suas famílias de baixa renda, especialmente no Nordeste do país, onde o acesso a serviços básicos é crítico. Desde a derrubada do veto, infelizmente, foram registrados óbitos de crianças afetadas, o que ressalta a urgência da mobilização governamental.

    A lei teve apoio unânime nos trâmites legislativos, mas recebeu veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por considerações relacionadas às regras de reavaliação de deficiências para a concessão de benefícios sociais. O governo na ocasião havia sugerido uma indenização única de R$ 60 mil, sem a previsão de pensão contínua. Para Gabrilli, a derrubada do veto foi um “gesto de justiça”, mais do que um embate político. Ela enfatizou que a epidemia do Zika não era uma calamidade natural, mas uma tragédia provocada pela falha do Estado em garantir serviços essenciais, como água potável e saneamento, às populações vulneráveis.

  • ALAGOAS – HGE Alerta para Aumento de 5% nos Atendimentos de Acidentados no Trânsito em 2025

    Nos primeiros seis meses de 2025, o Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió registrou um aumento significativo no número de atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito. Foram 2.762 pacientes assistidos, um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 2.612 atendimentos. Esses dados acendem um alerta para a necessidade de maior cautela e responsabilidade no trânsito.

    As colisões e acidentes de moto são os principais responsáveis pelo aumento nos atendimentos. Dos casos registrados este ano, 1.241 foram de colisões e 1.120 de acidentes de moto. Em seguida, vêm os atropelamentos, com 187 casos, e 154 acidentes envolvendo ciclistas. Capotamentos somaram 60 atendimentos. Em comparação, no ano passado, houve 1.174 vítimas de colisões, 1.005 de acidentes de moto, 227 atropelamentos, 140 acidentes com ciclistas e 66 capotamentos.

    O médico ortopedista Delane Eduardo destacou que a maior parte dos acidentes são resultantes de falhas humanas, como distração, excesso de velocidade, desrespeito à sinalização e consumo de álcool. Além disso, condições adversas como o clima e a falta de manutenção dos veículos também contribuem para o aumento dos acidentes.

    Pedro Henrique Ribeira, comerciante e uma das vítimas atendidas pelo HGE, relatou seu acidente na rodovia BR-316 ao ser atingido por outra moto em alta velocidade. Ele sofreu fraturas e recebeu atendimento imediato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após ser operado no HGE, elogiou o atendimento recebido.

    Os acidentes de trânsito não apenas causam danos físicos, mas também impactam a saúde mental das vítimas, podendo gerar problemas como ansiedade e depressão. O médico Delane Eduardo ressalta a importância de políticas públicas e conscientização para reduzir esses números alarmantes e minimizar os custos ao sistema de saúde.

  • Polícia Civil identifica seis agressores de torcedores em ataque gratuito no Jaraguá após jogo do CSA, e investiga mais possíveis envolvidos no crime.

    Em uma série de investigações conduzidas pela Polícia Civil de Alagoas, novos detalhes emergiram sobre um incidente de violência ocorrido no sábado (5) em Maceió, onde dois jovens, ambos de 19 anos, foram brutalmente agredidos por torcedores no bairro do Jaraguá. De acordo com os dados colhidos até o momento, as vítimas não estavam familiarizadas com seus agresores e foram atacadas em um ato que a autoridade policial considera “gratuito”.

    O cenário da violência se desenrolou em frente a uma lanchonete, durante o horário da partida entre o Clube de Regatas de Alagoas (CSA) e o Caxias, válida pela 11ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro – um jogo que terminou em derrota para os alagoanos por 3 a 2. A cena foi gravada em vídeo, que, segundo fontes, capturou a brutalidade do momento em que um grupo de jovens, muitos deles usando capacetes, começou a desferir golpes contra um dos rapazes que se encontrava com a camiseta do CSA.

    A delegada responsável pela investigação, Luci Mônica, revelou que a Polícia Civil já identificou seis indivíduos envolvidos diretamente na agressão e que as investigações ainda estão em andamento para determinar se mais pessoas participaram do crime. Ela ressaltou que um dos agressores pertence a uma torcida organizada, mas as vítimas não tinham qualquer vinculação com os supostos atacantes. A delegada descreveu a situação como um “ato covarde”, em que os jovens foram atacados sem motivo aparente, logo após terem avistado um grupo de motocicletas se aproximando, o que inicialmente acreditaram ser um arrastão.

    Além das agressões, uma das vítimas teve seu celular furtado, embora o dispositivo tenha sido recuperado, enquanto a outra perdeu a carteira durante o ataque. A situação poderia ter sido ainda mais trágica, dado que havia mulheres e crianças nas proximidades que conseguiram escapar ao perceberem a chegada dos agressores.

    Neste momento, as autoridades preparam intimativas para que os suspeitos identifados prestem depoimento e continuaram a busca por outros possíveis envolvidos. A violência entre torcidas costuma ser uma preocupação constante nas grandes cidades, e os desdobramentos desse caso poderão ter implicações significativas na gestão da segurança durante eventos esportivos. O foco agora é garantir que a justiça seja feita e que atos de violência como esse não se repitam.