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  • ESPORTE – Brasil estreia com vitória na Copa América de Futebol Feminino ao vencer a Venezuela por 2 a 0 e se posiciona bem no grupo.

    Na noite desse domingo (13), a seleção brasileira feminina de futebol fez sua estreia na Copa América, realizada em Quito, Equador, ao vencer a Venezuela por 2 a 0. O encontro ocorreu no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em um cenário de grande expectativa e transmissão ao vivo. Com essa vitória, o Brasil assume a segunda posição no Grupo B, acumulando três pontos.

    O jogo, embora tenha terminado em triunfo para o Brasil, não foi um passeio. Desde o início, as jogadoras enfrentaram os desafios impostos pela altitude de 2.850 metros, o que impactou diretamente no desempenho físico da equipe. No primeiro tempo, a Venezuela, aproveitando a situação, teve algumas oportunidades para marcar. Um momento de destaque ocorreu aos 23 minutos, quando a volante Dayana Rodríguez quase colocou suas colegas em vantagem, ao acertar um chute que passou rente à meta defendida pela goleira Lorena.

    No entanto, a seleção brasileira se mostrou eficaz em momentos decisivos. Aos 31 minutos, uma jogada bem elaborada resultou na abertura do placar. A zagueira Isa Haas fez um lançamento preciso para a ponta direita, onde a atacante Gio, em velocidade, cruzou para a área. Amanda Gutierres, a artilheira da equipe, apareceu no lugar certo e, com um sutil toque, marcou o primeiro gol da partida.

    Na segunda etapa, o técnico Arthur Elias resolveu mudar a formação, fazendo várias substituições para dar novo impulso à equipe. O esforço foi recompensado aos 43 minutos, quando Duda Sampaio ampliou a vantagem, selando a vitória brasileira.

    O Brasil voltará a campo na próxima quarta-feira (16), quando enfrentará a Bolívia, às 18h (horário de Brasília). Em outro jogo da rodada, o Paraguai demonstrou sua força ao golear a Bolívia por 4 a 0. Com uma atuação dominante, as paraguaianasa abriram o placar com a jovem Claudia Martínez, que se destacou ao marcar três gols na partida. Este resultado solidifica o Paraguai como líder do grupo, aumentando a competitividade no torneio.

    Com grandes expectativas para o restante da competição, a vitória do Brasil é um início encorajador, mas a equipe ainda tem desafios importantes pela frente.

  • INTERNACIONAL – Movimentos Sociais da Venezuela Buscam Inclusão no Brics Durante Reunião do Conselho Popular no Rio de Janeiro

    Hoje, os movimentos sociais da Venezuela apresentaram um pedido formal para integrar o Brics, além de pleitear participação no Conselho Popular do bloco. A solicitação foi entregue em uma carta durante a primeira reunião presencial da organização, realizada no Rio de Janeiro.

    A entrada da Venezuela no Brics havia sido negada em 2024, em uma cúpula na Rússia, o que provocou tensões nas relações entre Brasília e Caracas. Na ocasião, o Brasil justificou o veto alegando questões como falta de transparência nas eleições presidenciais venezuelanas. Em contrapartida, Rússia e China manifestaram apoio à Venezuela, sinalizando que a adesão do país ao bloco poderia ser uma questão de tempo.

    A deputada Blanca Eekhout, que também preside o Instituto Simón Bolívar de Amizade com os Povos, foi a responsável pela entrega da solicitação. Em suas declarações, ela enfatizou que a carta representa os anseios dos movimentos sociais venezuelanos, incluindo grupos de mulheres, conselhos comunitários e comunidades indígenas. “O Brics representa um mundo novo, multipolar e pluricêntrico, que a Venezuela apoiou desde o início”, afirmou Eekhout.

    Cesar Carias, representante do Movimento Indígena Unido de Venezuela (MIUVEN), reforçou o pedido, solicitando a remoção do veto que impede a participação da Venezuela. “Os povos indígenas e movimentos sociais da Venezuela querem ser incluídos no Brics. Esta é a nossa solicitação a este conselho”, declarou.

    Além das questões de inclusão, o documento final do Conselho Popular, a ser apresentado na cúpula do bloco, deve advogar a ampliação da presença de membros plenos do Brics na América Latina. Atualmente, o Brasil é o único membro pleno, enquanto Cuba e Bolívia figuram como parceiros e a Argentina – convidada em 2024 – rejeitou a adesão sob a nova presidência de Javier Milei.

    João Pedro Stédile, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), expressou surpresa com o veto do Brasil à Venezuela, defendendo que a inclusão de mais países no Brics beneficiaria a força do bloco na luta contra o imperialismo e a hegemonia dos Estados Unidos. Ele argumentou que a expansão deve englobar não apenas a Venezuela, mas também outras nações da América Latina, África e Ásia para fortalecer a voz do Sul Global.

    A proposta fundamental do Brics é a construção de um sistema alternativo que não dependa do dólar como moeda de referência nas transações internacionais. O Conselho Popular foi instituído na Declaração de Kazan em 2024 para engajar a sociedade civil nas discussões estratégicas, e sua formação no Brasil envolveu várias organizações sociais, sindicatos, ONGs e especialistas em busca de uma maior participação popular nas decisões do bloco.