Tag: Venda

  • SENADO FEDERAL – Venda de Medicamentos em Supermercados Ganha Novas Regras Após Debate na Comissão de Assuntos Sociais

    A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado brasileiro promoveu um debate acalorado nesta quarta-feira (9) sobre a proposta que visa a venda de medicamentos sem prescrição médica em supermercados, também conhecida como PL 2.158/2023. A discussão tomou um novo rumo após uma emenda apresentada pelo autor do projeto, o senador Efraim Filho (União-PB). A versão inicial do texto permitia a comercialização dos remédios diretamente nas prateleiras dos supermercados, o que gerou divisões de opinião entre especialistas e a sociedade durante audiências públicas anteriores.

    Com o objetivo de equilibrar a facilidade de acesso a medicamentos com a responsabilidade na venda desses produtos, a emenda propõe que as farmácias sejam instaladas dentro das dependências dos supermercados, onde as medicações possam ser oferecidas de maneira mais controlada. A mudança reflete uma tentativa de garantir que, mesmo em um ambiente mais acessível, o consumidor ainda tenha a orientação necessária de profissionais qualificados.

    Durante a audiência, diversos senadores e convidados manifestaram suas preocupações e opiniões sobre a proposta. Enquanto alguns defendiam a maior disponibilização de medicamentos, argumentando que isso poderia facilitar o acesso ao tratamento de doenças comuns, outros levantaram bandeiras sobre os riscos associados à automedicação. A preocupação com a segurança do consumidor e a eficácia dos medicamentos sem supervisão profissional foi um dos principais pontos discutidos.

    A proposta segue agora para análise mais detalhada e votação na CAS antes de ser encaminhada para o plenário do Senado. As próximas etapas do processo legislativo serão cruciais para determinar se essa proposta transforma-se em lei ou se novas modificações serão necessárias. A sociedade civil, bem como profissionais da saúde, aguardam com expectativa os desdobramentos desta discussão, que pode impactar diretamente o acesso a medicamentos e a saúde pública no país.

  • ByteDance Desmente Rumores de Venda do TikTok para Consórcio Norte-Americano Liderado pela Oracle e Reitera Foco em Negociações Comerciais com os EUA

    ByteDance Reitera Compromisso com o TikTok e Descarta Negociações de Venda ao Consórcio Norte-Americano

    A ByteDance, empresa chinesa responsável pela popular plataforma TikTok, vem a público para desmentir rumores sobre a venda do controle da rede social a um consórcio norte-americano liderado pela Oracle. Em um comunicado emitido nesta terça-feira (8), a companhia reafirmou sua posição, destacando que não há planos de transação em andamento.

    As especulações sobre uma possível venda surgiram após a divulgação de que o governo dos Estados Unidos, durante a administração de Donald Trump, estava em tratativas para adquirir o TikTok. Autoridades da época acreditavam que a aquisição, em parceria com investidores norte-americanos, poderia mitigar preocupações de segurança nacional a respeito dos dados dos usuários. Em resposta a essas acusações, o Ministério das Relações Exteriores da China exortou os EUA a manter um ambiente de negócios “aberto, justo e não discriminatório” para as empresas chinesas operando em seu território.

    Históricamente, a ByteDance tem enfrentado várias tentativas de imposição de restrições e regulamentações por parte do governo dos EUA, especialmente durante o período de tensões comerciais entre as duas potências. Em abril deste ano, a empresa já havia negado rumores semelhantes a respeito de uma venda do TikTok. Recentemente, um artigo publicado pelo New York Post sugeriu que a China estava deliberadamente adiando a venda da plataforma para maximizar suas vantagens nas negociações comerciais com Washington.

    Em meados de junho, o ex-presidente Trump afirmou que revelaria em breve a identidade dos potenciais compradores do TikTok, referindo-se a eles como “indivíduos muito ricos”. Além disso, ele havia condicionado a licença de operação do TikTok a uma reestruturação que garantisse controle majoritário a investidores dos Estados Unidos. A ByteDance, por sua vez, expressou que qualquer acordo passaria por análises rigorosas e pela resolução das disputas tarifárias entre os dois países.

    Por fim, em 2024, o Congresso norte-americano aprovou a “Lei de Proteção aos Americanos Contra Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros”, exigindo que a ByteDance vendesse seus ativos nos Estados Unidos ou enfrentasse uma proibição total em seu funcionamento. Essa legislação surgiu em um contexto marcado por preocupações crescentes em relação à segurança digital, uma vez que o TikTok continua a ser visto como um ponto de vulnerabilidade ligado ao governo chinês.

    Nesse cenário repleto de incertezas, a posição da ByteDance reafirma não apenas seu compromisso com a plataforma, mas também suas aspirações de contornar pressões externas mantendo suas operações intactas nos Estados Unidos.

  • ECONOMIA – Indústria de Máquinas Registra Aumento de 12,2% nas Vendas em Maio, Mas Preocupa com Queda nas Exportações e Aumento das Importações

    Em maio deste ano, a receita líquida total de vendas da indústria de máquinas e equipamentos no Brasil atingiu impressionantes R$ 27,4 bilhões. Essa cifra representa um crescimento de 12,2% em relação ao mês anterior e um notável aumento de 26,3% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Esse desempenho robusto é um sinal de recuperação no setor, conforme apontam análises da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

    O crescimento da receita no mercado interno foi responsável por grande parte desse resultado positivo, com movimentações que chegaram a R$ 21,8 bilhões. No entanto, as exportações apresentaram uma realidade divergente, sofrendo uma queda de 5,9% em comparação ao mesmo mês de 2024, totalizando US$ 989 milhões. A Abimaq atribui essa diminuição, em parte, à queda de 3,5% nos preços das máquinas e equipamentos no mercado internacional, o que representa um desafio para a competitividade brasileira.

    Em contrapartida, as importações estão em uma trajetória de crescimento. Em comparação anual, houve um aumento de 5,2% nas importações em maio de 2025 em relação ao mesmo mês do ano anterior, com um crescimento mensal de 2,9%, alcançando quase US$ 2,7 bilhões. Entre janeiro e maio, as importações chegaram a US$ 13,1 bilhões, superando em 10,3% o volume do mesmo período de 2024, marcando um recorde histórico.

    Além do aumento na receita e nas importações, o nível de utilização da capacidade instalada na indústria subiu para 78,9%, marcando um crescimento significativo de cinco pontos percentuais em relação a maio do ano passado. O setor também demonstrou um aumento no emprego, com 419 mil trabalhadores ativos – um crescimento de 8,3% em relação a 2024.

    Contudo, a Abimaq alerta para um cenário preocupante em meio aos resultados positivos, ressaltando o aumento das importações e a perda de competitividade nas exportações. Essa situação gera incertezas sobre a viabilidade do setor no longo prazo, uma vez que a entidade observa que a recuperação da demanda interna não elimina os desafios no comércio exterior. Para o próximo semestre, a expectativa é de uma “desaceleração intensa”, resultado do aperto monetário e um ambiente macroeconômico que continua desafiador. Essa previsão instiga uma reflexão sobre o futuro do setor industrial brasileiro e sua capacidade de se reafirmar em um mercado global competitivo.

  • Embraer Fecha Contrato de R$ 21,7 Bilhões com Scandinavian Airlines para Venda de 45 Jatos Comerciais até 2027

    A Embraer, uma das principais fabricantes de aviões do Brasil, revelou na última terça-feira (1º) uma transação significativa no mercado aeronáutico, ao anunciar a venda de 45 jatos comerciais do modelo E195-E2 para a Scandinavian Airlines. O valor do contrato é estimado em cerca de 4 bilhões de dólares, o que corresponde a aproximadamente 21,7 bilhões de reais, levando em consideração a cotação atual.

    As entregas destes novos jatos estarão programadas para ocorrer ao longo dos próximos quatro anos, com a primeira aeronave prevista para ser entregue no final de 2027. O contrato também oferece à companhia aérea a opção de adquirir mais 10 aviões, reforçando a possibilidade de expansão da frota no futuro.

    A venda representa um marco importante para a Scandinavian Airlines, que não realizava uma encomenda deste porte desde 1996. Esse movimento é parte de uma estratégia mais ampla de renovação da frota, que visa modernizar e melhorar a eficiência operacional da companhia.

    O modelo E195-E2 é destacado por ser o maior avião comercial já produzido pela Embraer e faz parte da nova geração de jatos E-Jets, que teve seu lançamento em 2016. Esse modelo pode ser adaptado para acomodar até 120 passageiros em duas classes distintas ou até 146 em uma configuração de classe única, oferecendo versatilidade para as operações da companhia aérea.

    Além desta venda, a Embraer já havia estabelecido acordos significativos durante o Paris Air Show, realizado em junho, onde anunciou a venda de pelo menos 70 jatos comerciais. Um dos contratos, celebrado com a companhia aérea americana SkyWest, envolve a entrega de 60 aeronaves pelo valor de 3,6 bilhões de dólares, ou cerca de 19,5 bilhões de reais.

    Esse cenário evidencia não apenas a força da Embraer no mercado global, mas também a recuperação do setor aéreo, que busca modernização em suas frotas após os desafios impostos pela pandemia. A expectativa é que outras companhias aéreas sigam o exemplo da Scandinavian Airlines, ampliando suas aquisições em busca de mais eficiência e conforto para os passageiros.