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  • MUNICIPIOS – “Fortalecimento da Educação em Alagoas: Encontro entre AMA e USP apresenta estratégias para transformar a gestão e aprendizagem em 12 municípios”

    Na tarde da última quarta-feira (9), a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) foi palco de um importante encontro que reuniu secretários, educadores e outros profissionais ligados à educação pública em Alagoas. O evento teve como objetivo dar continuidade a um projeto voltado para o fortalecimento da educação nas cidades participantes, que incluem Atalaia, Cacimbinhas, Coruripe e mais nove municípios da região.

    O presidente da AMA, Marcelo Beltrão, também prefeito de Coruripe, destacou a relevância do projeto, que busca implementar um programa de formação continuada em parceria com instituições renomadas como a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a Universidade de São Paulo (USP) e o Sebrae. Durante a reunião, o especialista Mozart Neves Ramos, da USP, apresentou um estudo abrangente que analisa dados educacionais e desigualdades nos municípios, comparando os resultados de 2019 a 2023. Essa análise busca fundamentar ações que visem melhorar o aprendizado e reduzir as disparidades educacionais.

    Beltrão expressou sua esperança de que o estado de Alagoas se torne um modelo de excelência em educação pública no Brasil, ao afirmar que a transformação é um esforço coletivo em que são todos protagonistas. Por sua vez, Renata Fonseca, representando o Sebrae, enfatizou a importância da educação empreendedora para o desenvolvimento local e a formação integral dos alunos, alertando para as mudanças significativas que essa iniativa pode trazer.

    Djalma Barros, presidente da Undime Alagoas, também comentaram a relevância do projeto para municípios menores, que frequentemente enfrentam desafios na capacitação de seus profissionais. Segundo ele, iniciativas como esta são cruciais para garantir que esses municípios possam contar com educadores qualificados e com certificações reconhecidas. O evento marcous um passo significativo em direção à melhoria da educação pública em Alagoas, mobilizando esforços conjuntos para enfrentar os desafios existentes.

  • SAÚDE – Novo medicamento promete reduzir 76% das hospitalizações em pacientes com hipertensão pulmonar, trazendo esperança para enfermidade de alto risco e baixa sobrevida.

    Um avanço significativo no tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), uma condição rara e potencialmente fatal que compromete os vasos sanguíneos dos pulmões, foi observado em um estudo clínico internacional recente. O novo medicamento, chamado Sotatercept, promete transformar a vida de pacientes com essa enfermidade, especialmente aqueles que se encontram em estágios avançados. O fármaco atua diretamente nos vasos pulmonares, promovendo a redução de sua espessura e, consequentemente, facilitando a circulação sanguínea e aliviando a pressão sobre o coração.

    De acordo com o professor Rogério de Souza, especialista em pneumologia da Universidade de São Paulo (FMUSP), houve um avanço significativo na busca por tratamentos para a hipertensão pulmonar nos últimos 20 anos. Contudo, o estudo em questão se destaca, pois foca especificamente em pacientes com alto risco de morte. O uso do Sotatercept demonstrou uma redução impressionante de 76% nas taxas de hospitalização, necessidade de transplante ou mortalidade entre os pacientes avaliados.

    A HAP é uma doença que acomete principalmente mulheres na faixa etária de 40 a 50 anos e, se não tratada, pode levar a uma sobrevida inferior à de vários tipos de câncer. Os sintomas incluem fadiga extrema e falta de ar durante atividades cotidianas, o que impacta severamente a qualidade de vida e pode resultar em isolamento social. No Brasil, estima-se que existam cerca de 5 mil casos diagnosticados.

    O professor Souza destaca que o diagnóstico da HAP é muitas vezes demorado e complicado, visto que os primeiros sinais são frequentemente confundidos com outras condições, como insuficiência cardíaca ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Essa confusão pode atrasar o tratamento adequado, prejudicando a saúde dos pacientes.

    A nova medicação já está aprovada por autoridades de saúde em países como os Estados Unidos e na Europa, mas sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro ainda enfrenta desafios. Embora tenha recebido registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de 2024, a inclusão no sistema público ainda não ocorreu. O tratamento é administrado via injeção subcutânea, com possibilidade de autoaplicação a cada três semanas, no entanto, é considerado de alto custo.

    O professor Rogério de Souza enfatiza a importância de sensibilizar as autoridades de saúde sobre a necessidade de incorporar essa nova terapia no SUS, especialmente para pacientes em estado crítico. Ele menciona que o uso do Sotatercept pode não apenas salvar vidas, mas também liberar pessoas da fila para transplantes pulmonares, proporcionando uma melhoria substancial na qualidade de vida desses indivíduos.

    Por fim, o Ministério da Saúde do Brasil informou que, até o momento, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) não recebeu solicitações para avaliar o Sotatercept. A pasta ressalta que opções de tratamento para HAP estão disponíveis pelo SUS, incluindo medicamentos como ambrisentana e sildenafila, seguindo protocolos clínicos estabelecidos. A busca por novas terapias continua sendo vital para otimizar o bem-estar dos pacientes que enfrentam essa condição desafiadora.