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  • MUNICIPIOS – “Programa ‘Saúde do Trabalhador’ em Pão de Açúcar Promove Segurança e Conscientização entre Funcionários do Setor Público”

    No município de Pão de Açúcar, a segurança e a saúde dos trabalhadores receberam um novo impulso com a realização de uma ação conjunta organizada pelas secretarias de Administração e de Urbanismo e Serviços Públicos. O evento, realizado no auditório da Faculdade São Vicente de Paulo (FASVIPA), fez parte do programa “Saúde do Trabalhador” e contou com a presença de diversos servidores da Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos, que se reuniram para uma palestra ministrada pelo engenheiro especializado em segurança do trabalho, Rodrigo Gusmão.

    Durante a apresentação, foram discutidos assuntos cruciais, como a identificação de riscos presentes no ambiente de trabalho, o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e procedimentos a serem seguidos em situações de emergência. A intenção deste encontro é conscientizar os participantes sobre a importância da prevenção, não apenas para evitar acidentes, mas também para prevenir doenças ocupacionais. A ideia é promover um ambiente mais seguro e produtivo para todos.

    O prefeito Jorge Dantas ressaltou que essa iniciativa reflete o comprometimento da gestão em valorizar os trabalhadores do município, afirmando que oferece condições adequadas para a realização das funções desempenhadas. O secretário de Administração, Ramon Carvalho, complementou que a ação é uma demonstração da preocupação constante da administração com a saúde dos trabalhadores, enfatizando a importância da prevenção.

    Com o sucesso da ação, está previsto que iniciativas semelhantes sejam estendidas às demais secretarias do município nos próximos meses, dentro de um esforço contínuo da administração para garantir segurança e bem-estar para todos os servidores públicos. Essa parceria entre as secretarias e a FASVIPA foi crucial para o êxito da atividade, dando um passo significativo na construção de uma cultura voltada para o cuidado e a prevenção entre os trabalhadores da região.

  • ECONOMIA –

    Petrobras Luta para Preencher Vagas em Meio à Escassez de Mão de Obra Especializada e Anuncia Investimentos de R$ 33 Bilhões

    A Petrobras enfrenta um desafio crescente para preencher suas vagas de trabalho, especialmente nas operações que dependem de empresas terceirizadas. Em uma estratégia para contornar essa dificuldade, a companhia tem buscado parcerias com instituições que possam ajudar a qualificar a mão de obra e está também empenhada em reatrair profissionais que deixaram o setor, muitos dos quais foram forçados a mudar para ocupações informais, como motoristas de aplicativos.

    Durante uma apresentação recente a jornalistas, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, juntamente com diretores da empresa, destacou que a condição do mercado de trabalho está se aproximando de um estado de pleno emprego. Esse cenário caracteriza-se pela existência de oportunidades para todos aqueles que desejam e estão aptos a trabalhar. Medidas de incentivo à contratação foram integradas ao anúncio de um robusto plano de investimentos, que inclui R$ 33 bilhões destinados ao refino e à indústria petroquímica no Rio de Janeiro até 2029. Estima-se que essa iniciativa poderá gerar cerca de 38 mil empregos diretos e indiretos, além de mais de 100 mil postos de trabalho relacionados à manutenção.

    Entretanto, essa escassez de mão de obra qualificada não se restringe apenas ao Rio de Janeiro; ela está sendo sentida também em outras regiões do Brasil. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a taxa de desemprego no país caiu para 6,2%, o menor índice desde 2012, refletindo um ambiente onde muitos profissionais já não estão mais à procura de emprego.

    Renata Baruzzi, diretora-executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação, considerou a dificuldade de contratação como uma “dificuldade boa”, uma vez que indica que o país está em um estado de pleno emprego. Ela ressaltou a importância de trazer profissionais qualificados de volta ao setor, citando o exemplo de motoristas de aplicativos que anteriormente trabalhavam no mercado construtivo, como os casos de motoristas do Uber.

    Para mitigar a escassez de mão de obra, a Petrobras tem promovido iniciativas como o Programa Autonomia e Renda, que visa capacitar beneficiários do Bolsa Família, numa parceria com a Firjan, com a intenção de integrá-los ao mercado de trabalho nas obras e operações da empresa. Além disso, a política de contratação da Petrobras inclui benefícios como planos de saúde, evidenciando as vantagens do emprego formal.

    Os salários oferecidos nas contratações giram em torno de R$ 6 mil a mais de R$ 30 mil, dependendo da especialização e da demanda por profissionais. Para cargos como inspetores de solda e planejamento, a faixa salarial pode variar substancialmente, com ofertas que chegam a valores consideráveis, refletindo a necessidade de habilidades específicas e conhecimentos técnicos.

    Portanto, a Petrobras não apenas investe em novas oportunidades de emprego, mas também enfrenta o desafio crítico de adaptar seu quadro de funcionários às exigências do mercado atual, numa tentativa de digitalizar e modernizar seus processos operacionais.

  • DIREITOS HUMANOS – “Garimpo ilegal na Amazônia: doença, violência e desaparecimentos revelam a face sombria da exploração humana e ambiental na região.”

    O garimpo ilegal na Amazônia se apresenta como um grave desafio humano e ambiental, revelando uma realidade angustiante para as pessoas envolvidas nessa atividade. Um mapeamento recente traz à luz as atrocidades enfrentadas por garimpeiros, que vão desde doenças graves causadas pela exposição ao mercúrio até violência extrema, como assédios, tentativas de homicídio e desaparecimentos forçados. A pesquisa, realizada por uma equipe multidisciplinar formada por sociólogos, antropólogos e comunicadores, envolveu 389 entrevistas em cidades-chave da Amazônia, como Manaus, Altamira, Porto Velho e Boa Vista.

    Os resultados são alarmantes. Em 2024, as doenças mais comuns entre os garimpeiros incluíam gota, malária, tuberculose e pneumonia, além de uma expectativa de vida de apenas cinco anos para esses trabalhadores, bem inferior à média nacional, que ultrapassa os 76 anos. As principais causas de morte estavam ligadas a acidentes, como afogamentos e soterramentos, além de ataques de animais. As condições de vida dos garimpeiros são precárias e, segundo os pesquisadores, o garimpo não é visto como uma opção, mas como uma última alternativa diante da desesperança que permeia a vida desses indivíduos, tanto na cidade quanto no campo.

    As histórias de vida de pessoas que passaram pelo garimpo revelam a crua realidade desse universo. Adriano, de 66 anos, relata sua experiência, onde aprender a não esperar nada da vida se tornou uma norma. Para ele, a expectativa de acordar vivo era um ganho. Valéria, de 32 anos, compartilha como o ambiente do garimpo a expôs a constantes ameaças e assédios. Sua fuga, após várias tentativas de homicídio, atesta a violação que mulheres enfrentam nesse cenário, caracterizadas não apenas por condições de trabalho desumanas, mas por um ciclo feroz de violência sexual.

    Adicionalmente, o impacto do garimpo é particularmente devastador para as mulheres, que enfrentam o tráfico e a exploração sob condições ameaçadoras. A experiência de mulheres jovens, frequentemente cooptadas para o trabalho nas minas, ilustra a forma perversa como o sistema perpetua a violência e a exploração. O caso de Rosa, que busca há 18 anos por seu filho desaparecido em atividades de garimpo, expõe ainda mais a brutalidade dessa realidade. Em sua narrativa, a falta de acesso à justiça agrava a dor da perda, deixando um rastro de impotência e indignação.

    O estudo conclui que o garimpo ilegal, além de devastar comunidades e ecossistemas, representa uma violação contínua dos direitos humanos, levantando questões urgentes sobre a proteção das populações vulneráveis na Amazônia.

  • Câmara dos Deputados Vota Projeto que Regulamenta Profissão de Limpeza Urbana e Estabelece Piso Salarial e Direitos Especiais para Trabalhadores da Categoria

    Nesta terça-feira, 2 de outubro, a Câmara dos Deputados se prepara para deliberar sobre o Projeto de Lei 4146/2020, que busca estabelecer a regulamentação da profissão de trabalhador de limpeza urbana. A nova legislação visa dar maior reconhecimento à atuação desses profissionais, fundamentais para a manutenção da higiene e ordem nas cidades.

    O projeto traz consigo diversas inovações significativas. Entre os principais aspectos estão a implementação de um piso salarial nacional, que será fixado em dois salários mínimos, bem como a definição de uma carga horária de trabalho de 40 horas semanais. Além disso, a proposta contempla o direito à aposentadoria especial, reconhecendo as peculiaridades e os desafios enfrentados pelos trabalhadores na limpeza urbana.

    A ideia central do PL é valorizar uma categoria que, embora muitas vezes invisível, desempenha um papel crucial na qualidade de vida das populações urbanas. Profissionais que atuam na limpeza urbana garantem não apenas um ambiente limpo, mas também colaboram para a saúde pública e a estética das cidades.

    Além das questões salariais e de jornada de trabalho, o projeto visa também o reconhecimento da função de trabalhador de limpeza como essencial à sociedade. Esse reconhecimento é um passo importante para a dignificação da profissão, que historicamente enfrentou estigmas e desvalorização.

    A votação deste projeto representa não apenas um avanço nas condições de trabalho e remuneração, mas também uma oportunidade para que a sociedade reflita sobre a importância do profissional de limpeza urbana. Reconhecer o valor desses trabalhadores é fundamental para construir cidades mais justas e sustentáveis, onde todos os cidadãos possam viver em um ambiente cuidado e respeitado.

    Se a proposta for aprovada, poderá transformar a realidade desses profissionais, que desempenham uma função que, embora muitas vezes passada despercebida, é essencial para o funcionamento adequado de qualquer espaço urbano. A votação do PL 4146/2020, portanto, é um momento crucial para a valorização e o reconhecimento da laboriosa dedicação desses indivíduos, que trabalham por trás das cortinas, sustentando a ordem e a limpeza nas nossas vias e espaços públicos.