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  • INTERNACIONAL – Lula Rebate Tarifa de 50% dos EUA e Defende Soberania Brasileira com Lei de Reciprocidade Econômica

    Na quarta-feira, 9 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou publicamente sua posição em relação à recente implantação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Lula afirmou que essa medida será respondida com a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, uma legislação brasileira que possibilita reações a iniciativas unilaterais que possam prejudicar a competitividade nacional.

    Em uma postagem em suas redes sociais, o presidente ressaltou a importância da soberania do Brasil e refutou as alegações do presidente norte-americano, Donald Trump, que afirma que as novas tarifas estão sendo instauradas devido a um suposto déficit na balança comercial. Segundo Lula, essa narrativa é infundada, uma vez que, de acordo com dados oficiais dos Estados Unidos, o comércio com o Brasil apresenta um superávit de cerca de 410 bilhões de dólares nos últimos 15 anos.

    A Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril deste ano, permite que o governo brasileiro, em colaboração com o setor privado, tome medidas como a restrição de importações e a suspensão de concessões comerciais em resposta a práticas que interferem na competitividade do Brasil. Lula afirmou enfaticamente que qualquer aumento unilateral das tarifas será objetivamente abordado pela legislação em vigor, destacando o fortalecimento da soberania e dos interesses da população brasileira.

    Além disso, Lula enfatizou a autonomia do Brasil, apontando que o país não aceitará tutelar de ninguém e que suas instituições são independentes. Em sua declaração, o presidente comentou sobre a interpretação de Trump ao mencionar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta atualmente processos judiciais no Brasil relacionados a tentativas de golpe. Para Lula, questões judiciais são competentes somente à Justiça Brasileira e não admitem interferências externas.

    Ademais, o presidente abordou críticas feitas por Trump em relação às ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra discursos de ódio e disseminação de fake news nas redes sociais. Lula defendeu que liberdade de expressão não deve ser confundida com práticas violentas, assegurando que qualquer operação no Brasil — seja de empresas nacionais ou estrangeiras — deve respeitar a legislação local. Reforçando sua posição, enfatizou que a sociedade brasileira é contrária a conteúdos prejudiciais, reafirmando seu compromisso com os direitos humanos e a liberdade democrática.

  • Trump Anuncia Envio de Cartas Tarifárias a Países Parceiros e Ameaça Taxas Após Prazo de Negociações

    Na última quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que seu governo começará a enviar cartas a países parceiros comerciais que estão sujeitos a tarifas, um movimento que ocorre em um contexto de tensões comerciais. O presidente revelou que o envio das cartas terá início na manhã da próxima sexta-feira, data que coincide com o chamado “Dia da Libertação”.

    Este anúncio segue uma ação anterior de Trump, que em abril deste ano havia declarado a implementação de tarifas sobre mais de 110 países, embora tenha optado por suspender essas taxas por um período de 90 dias. Essa pausa visava facilitar negociações comerciais, durante a qual uma tarifa universal de 10% foi aplicada. As nações têm até o dia 9 de julho para negociar esses pontos e evitar a imposição de tarifas mais altas.

    Trump explicou que o governo planeja enviar uma média de 10 cartas por dia, informando os respectivos países sobre os valores que precisarão pagar para poder realizar negócios com os Estados Unidos. “Provavelmente enviaremos algumas cartas, começando amanhã”, afirmou, ressaltando a necessidade de termos claros nas negociações comerciais.

    O presidente tem exercido pressão sobre os parceiros comerciais, alertando que, se não houver avanços nas negociações até o final do período concedido, ele não hesitará em aplicar taxas adicionais. Durante uma coletiva, Trump foi questionado sobre a possibilidade de firmar novos acordos, ao que respondeu que, embora houvesse algumas negociações em andamento, sua preferência é comunicar diretamente quais tarifas serão aplicadas.

    Além disso, Trump expressou um otimismo cauteloso em relação às negociações com a Índia, mas também demonstrou desconforto nas tratativas com o Japão, caracterizando o país como um parceiro difícil. Em um tom assertivo, mencionou que o Japão deveria ser compelido a arcar com tarifas de até 35%, evidenciando a dureza da sua abordagem nas relações comerciais internacionais. Essa postura tem gerado esferas de preocupação e debate sobre as repercussões que estas tarifas poderão ter nas relações diplomáticas e econômicas entre os países envolvidos. A estimativa é que as ações do governo americano possam provocar uma onda de reações defensivas e retaliatórias entre as nações afetadas.

    As próximas semanas prometem ser decisivas para o futuro das relações comerciais dos Estados Unidos, que se encontra em um momento crítico de reavaliação com seus tradicionais parceiros comerciais.