Tag: sustentabilidade

  • ECONOMIA – IPIs zerados para carros compactos sustentáveis: Lula assina decreto para promover descarbonização e inovação no setor automotivo brasileiro até 2026.

    Na quinta-feira, 10 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que zera os impostos de fabricação para veículos compactos produzidos no Brasil e que atendam a critérios de eficiência ambiental. A medida faz parte do Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação, conhecido como Mover, que foi lançado no ano passado. O programa tem como objetivo principal promover a descarbonização da frota automotiva no país, através de incentivos fiscais, com destaque para a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

    Para que um veículo possa se beneficiar do IPI zerado, ele deve cumprir quatro condições essenciais: emitir menos de 83 gramas de dióxido de carbono (CO₂) por quilômetro, conter mais de 80% de materiais recicláveis, ser fabricado no Brasil em etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem, e se classificar como um carro compacto, que é a categoria de entrada das marcas.

    O anúncio da nova política ocorreu em uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, junto a outros ministros, parlamentares e representantes do setor automotivo. O decreto modifica a tabela do IPI, que foi concebida como um mecanismo de soma zero, de forma a não onerar o sistema fiscal. A validade da medida se estende até dezembro de 2026, antecipando os efeitos da reforma tributária que está em discussão.

    O decreto será oficialmente publicado no Diário Oficial da União e estabelece também um novo sistema de cálculo para o IPI dos demais veículos que não se enquadram na categoria de isenção. A nova tabela prevê uma alíquota base de 6,3% para veículos de passageiros e 3,9% para comerciais leves, com ajustes determinados por critérios de eficiência energética, tecnologia de propulsão e segurança.

    O governo projeta que essa nova abordagem resultará na redução do IPI para cerca de 60% dos veículos vendidos no Brasil em 2024, sem gerar déficit fiscal. O Mover prevê uma injeção de R$ 19,3 bilhões em créditos financeiros entre 2024 e 2028, com a expectativa de que investimentos no setor cheguem a até R$ 190 bilhões nos próximos anos.

    O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Igor Calvet, ressaltou a importância dessas políticas, afirmando que a evolução na produção de automóveis brasileiros resultou em uma redução significativa na poluição em comparação com os veículos da década de 2000. A medida é vista como um passo crucial em direção a um futuro mais sustentável na mobilidade brasileira.

  • MUNICIPIOS – Coruripe Inicia Conferência Municipal das Cidades para Promover Desenvolvimento Urbano Sustentável e Inclusivo com Participação da População e Poder Público

    Na última quarta-feira, a cidade de Coruripe deu um passo significativo em direção ao aprimoramento do desenvolvimento urbano ao realizar a 1ª Conferência Municipal das Cidades. O evento, promovido pela Prefeitura local em parceria com a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio, o Conselho das Cidades e o Ministério das Cidades, ocorreu no auditório da Câmara Municipal de Vereadores e teve como tema central “Elaboração da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano: por cidades mais inclusivas, democráticas, sustentáveis e justas”.

    Com foco na participação cidadã, a conferência integrou a 6ª edição da Conferência Nacional das Cidades, cujo objetivo é reunir propostas que serão levadas para o debate em Brasília, em outubro. Durante o evento, mediado pela professora Bruna Machado, foram discutidas estratégias para a elaboração de políticas públicas que visem o bem-estar da população e a melhoria das condições urbanas.

    Participaram do encontro o vice-prefeito José Enéas, vereadores, gestores públicos e inúmeros cidadãos locais. As discussões abrangeram assuntos de grande relevância, como sustentabilidade ambiental, saneamento e mobilidade urbana, fundamentais para o progresso de Coruripe. O Secretário de Governo, Rodrigo Farias, destacou que a conferência não apenas avaliou as políticas existentes, mas também traçou novas diretrizes prioritárias para o município, reforçando a necessidade de uma gestão urbana mais inclusiva e transparente.

    Ao final do evento, foram eleitos delegados que representarão Coruripe na fase estadual da conferência, sinalizando um compromisso firme da administração pública em ouvir as demandas da sociedade e promover um futuro urbano que atenda às necessidades de todos, em um processo verdadeiramente democrático. Essa iniciativa marca um importante avanço para a cidade, consolidando a participação comunitária na formulação de ações que impactarão diretamente a qualidade de vida de seus habitantes.

  • ECONOMIA – Sistema elétrico brasileiro em risco: falta de leilões pode agravar suprimento de energia nos próximos cinco anos, especialmente durante horários de pico.

    O cenário do sistema elétrico brasileiro para os próximos cinco anos é motivo de preocupação, principalmente em relação à capacidade de atender à demanda de energia elétrica durante os horários de pico, especialmente ao final do dia. O diagnóstico alarmante foi apresentado no mais recente Plano da Operação Energética (PEN 2025), elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    De acordo com as previsões contidas no documento, a necessidade de despachar usinas térmicas flexíveis aumenta consideravelmente para atender à demanda que tende a crescer durante esses períodos críticos. Uma das soluções em discussão é o retorno do horário de verão, que foi suspenso durante a gestão do ex-presidente Bolsonaro. Porém, essa medida dependerá de análises futuras sobre a capacidade de atendimento.

    A análise do ONS também revela um crescimento na geração de energia no país, impulsionado principalmente por fontes intermitentes como a eólica e a solar. Contudo, estas fontes enfrentam uma limitação significativa: a produção de energia solar e a micro e mini geração distribuída praticamente se interrompem durante o período noturno, quando a demanda é mais elevada. Diante disso, estima-se que a capacidade instalada do sistema aumente em 36 Gigawatts (GW) até 2029, totalizando 268 GW. As fontes solares devem representar uma parcela considerável da matriz elétrica neste horizonte, o que traz novos desafios no que diz respeito à operação do sistema.

    O ONS aponta a necessidade urgente de se preparar para um elevado despacho termelétrico, especialmente no segundo semestre deste ano. O documento ressalta a exigência por um sistema que oferece flexibilidade para se adaptar às rápidas variações na demanda e nas fontes de geração intermitentes.

    Entretanto, apesar do aumento previsto nas térmicas, o ONS não recomenda a inclusão de novas usinas que apresentem alto nível de inflexibilidade. A necessidade de uma operação mais ágil e adaptável é cada vez mais evidente, considerando o novo perfil da matriz elétrica. A realização de leilões anuais de reserva de capacidade é considerada uma ação fundamental, pois a capacidade atual não é suficiente para garantir um fornecimento seguro e confiável ao longo dos anos subsequentes.

    Os especialistas também alertam sobre a inserção de cargas especiais, como datacenters e hidrogênio verde, que demandam alta capacidade de energia e possuem baixa flexibilidade. Isso representa um desafio adicional para o sistema, principalmente durante os períodos de pico, onde as dificuldades operacionais já são significativas. Em resumo, a situação exige um planejamento cuidadoso e uma ação rápida para evitar crises futuras no fornecimento de energia elétrica no Brasil.

  • MUNICIPIOS – Cisternas Garantem Acesso à Água Potável para 3.500 Famílias no Semiárido de Alagoas, Aumentando Segurança Hídrica e Alimentar na Região.

    O Programa Cisternas tem se destacado como uma importante iniciativa no combate à escassez de água potável no semiárido alagoano, com já 366 cisternas construídas em diversos municípios, como Palmeira dos Índios e Campo Grande. Essa ação, realizada em parceria entre o Governo de Alagoas e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, está prevista para adicionar ainda mais 3.500 cisternas de 1ª e 2ª água na região, visando melhorar a qualidade de vida das famílias rurais.

    Essas cisternas não apenas oferecem segurança hídrica, mas também promovem a segurança alimentar e nutricional para muitas famílias que enfrentam condições de vulnerabilidade. Ao coletar e armazenar água da chuva, os dispositivos fazem a filtragem necessária para tornar a água própria para o consumo, reduzindo a necessidade de deslocamentos longos e extenuantes em busca desse recurso vital.

    Um exemplo marcante pode ser encontrado no sítio Canafístula Moreira, onde a agricultora Edvânia da Silva Lima compartilha sua satisfação com a recém-construída cisterna em sua residência. Antes, ela dependia de uma cisterna compartilhada com a sogra e enfrentava dificuldades para garantir água para a própria família. Agora, com a instalação do sistema encanado, Edvânia experimenta uma transformação significativa em sua rotina, permitindo que guarde água de forma mais eficaz e contribua para a produção agrícola e cuidados com os animais, mesmo em períodos de seca.

    Esse avanço tecnológico, que permite armazenar até 16 mil litros de água, é projetado para suprir as necessidades de uma família de até cinco pessoas por até oito meses sem chuvas, tornando-se um suporte valioso em tempos de crise hídrica. A implementação dessas cisternas, portanto, não só promove um abastecimento mais seguro, mas também transforma a dinâmica da vida no campo, trazendo esperança e dignidade a comunidades que, há muito, convivem com a escassez de água.

  • 9º Congresso Espírita Alagoano em Maceió: Reflexões sobre Jesus e Sustentabilidade em Encontro Inédito no Nordeste em 2025.

    Congresso Espírita Alagoano: Uma Oportunidade de Reflexão e Conexão Espiritual em Maceió

    Nos dias 2 e 3 de agosto de 2025, a cidade de Maceió se tornará o centro das discussões sobre espiritualidade ao sediar o 9º Congresso Espírita Alagoano. Promovido pela Federação Espírita do Estado de Alagoas (FEEAL), o evento ocorrerá no Teatro Gustavo Leite, localizado no Centro de Convenções da capital alagoana. Com um tema audacioso, “Jesus – Guia e Modelo da Humanidade”, o congresso abrirá suas portas para todos aqueles que buscam um entendimento mais profundo sobre os ensinamentos cristãos, independentemente de sua familiaridade com o Espiritismo.

    O congresso não se limita a um público específico, mas é um convite amplo à reflexão, ao autoconhecimento e à troca de experiências. Ao longo dos dois dias de programação, os participantes poderão se aprofundar em debates sobre espiritualidade, promovendo uma verdadeira análise das vivências e crenças de cada um, em um mundo que se encontra em transformação.

    Embora o foco principal seja a aprendizado espiritual sob a orientação da Doutrina Espírita, o evento também abordará questões contemporâneas, como a sustentabilidade ambiental. Pela primeira vez, uma campanha de conscientização ecológica será integrada à programação, unindo valores espirituais com o cuidado pelo meio ambiente.

    A lista de palestrantes é de peso e inclui nomes respeitados dentro do movimento espírita nacional, como Haroldo Dutra, Sandra Borba, Frederico Menezes, Cauci Roriz, André Siqueira e Euza Missano. Esses especialistas trarão suas visões e reflexões, enriquecendo ainda mais o evento.

    Uma das atrações para o público jovem, com idades entre 13 e 25 anos, será uma tarde dedicada à reflexão e ao diálogo. Participantes poderão interagir com os palestrantes em rodas de conversa, proporcionando um ambiente acolhedor para a troca de vivências e experiências que visam fortalecer o crescimento moral e espiritual dos jovens.

    Os ingressos para o 9º Congresso Espírita Alagoano já estão disponíveis e podem ser adquiridos na sede da FEEAL, pelo Sympla ou diretamente nas casas espíritas da região. Essa é uma oportunidade única para todos aqueles que desejam alinhar espiritualidade e sustentabilidade, fazendo parte de uma experiência reflexiva e transformadora.

  • Florestas em Perigo: Pesquisa Revela Que Mudanças Climáticas Ultrapassam Capacidade de Adaptação das Espécies Vegetais Profundas e Rápidas.

    A preservação do meio ambiente é um pilar fundamental para a continuidade da vida humana no planeta. No entanto, essa área enfrenta desafios significativos, especialmente à luz das recentes descobertas que apontam para a dificuldade das florestas em se adaptarem ao ritmo acelerado das mudanças climáticas. Estudiosos de renome revelaram que as florestas estão lutando para acompanhar as transformações climáticas sem precedentes, e essa conclusão foi divulgada por meio de uma publicação na respeitada revista Science.

    Historicamente, as florestas têm mostrado uma notável resiliência. Durante períodos de aquecimento e resfriamento naturais, as árvores migravam lentamente em busca de climas que favorecessem seu crescimento. Um exemplo notável ocorreu no início das Eras Glaciais, quando as árvores do Hemisfério Norte se deslocaram para o sul em resposta ao resfriamento da Terra. Essa migração, no entanto, ocorre de forma gradual, por meio da dispersão de sementes, e se completa ao longo de milhares de anos, respeitando o ritmo das mudanças climáticas.

    Contudo, a atual aceleração do aquecimento global desafia essa capacidade adaptativa. As florestas, que normalmente requerem entre 100 a 200 anos para modificar suas populações em resposta a ambientais, não conseguem acompanhar as demanda impostas pelas rápidas alterações climáticas. Os cientistas ressaltam que, mesmo com tentativas de adaptação, as florestas estão lutando com prazos limitados para se migrar ou evoluir como fizeram em épocas passadas.

    As florestas desempenham um papel crucial na regulação do clima global, ao absorver dióxido de carbono e liberar oxigênio, além de abrigarem uma vasta biodiversidade e desempenharem funções essenciais na manutenção do ciclo da água. Esses ecossistemas são vitais não apenas para a saúde ambiental, mas também para a economia, fornecendo recursos naturais imprescindíveis, como alimentos, matérias-primas e medicamentos.

    A pesquisa liderada pelo professor David Fastovich, da Universidade de Syracuse, utiliza dados de pólen preservados em sedimentos de lagos para entender as mudanças populacionais das florestas ao longo de até 600 mil anos. Através de uma análise detalhada, os cientistas confirmaram que a resposta das florestas às mudanças climáticas atuais está muito aquém do que seria necessário para a sobrevivência a longo prazo.

    Como forma de contornar essa crise ambiental, os pesquisadores propõem intervenções ativas nos ecossistemas, como a migração assistida. Essa estratégia envolve a introdução de espécies de árvores adaptadas a climas mais quentes em regiões que, devido ao aquecimento global, se tornariam adequadas para seu desenvolvimento futuro. Essa abordagem pode ser uma entre várias soluções necessárias para garantir a sobrevivência das florestas num cenário de intensificação das mudanças climáticas.

    Portanto, a urgência em adotarmos medidas efetivas para a preservação dos ecossistemas florestais nunca foi tão clara. As lições que os cientistas compartilham não são apenas preocupantes, mas também um chamado à ação para que a humanidade enfrente suas responsabilidades em relação ao meio ambiente e assegure um futuro viável para as futuras gerações.

  • ECONOMIA –

    Haddad Propõe Reglobalização Sustentável em Discurso no Brics e Defende Tributação Justa para Super-Ricos

    No último sábado, durante a abertura da Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Banco Centrais do Brics, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a ideia de uma “reglobalização sustentável”. Ele propôs uma nova abordagem à globalização, que prioriza o desenvolvimento social, econômico e ambiental de forma inclusiva. A mensagem foi clara: a nova metodologia deve servir a toda a humanidade, e não apenas a uma elite privilegiada.

    Haddad também defendeu a criação de uma Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Cooperação Internacional em Matéria Tributária, com o objetivo de estabelecer um sistema tributário global mais justo. Ele ressaltou que este é um passo crucial para assegurar que os super-ricos contribuam adequadamente por meio de impostos. O ministro enfatizou que o grupo Brics, que reúne potências emergentes e representa quase metade da população mundial, é o fórum ideal para propor uma nova forma de globalização, que seja mais legítima e representativa.

    Ele recordou a liderança do Brasil no G20, onde o país lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Naquele momento, Haddad defendeu a tributação progressiva sobre os super-ricos. Para ele, a defesa do multilateralismo se tornou uma urgência, especialmente diante dos desafios globais contemporâneos. Ele argumentou que nenhuma nação, por mais poderosa que seja, pode enfrentar sozinha problemas como o aquecimento global ou as aspirações de dignidade de grande parte da população mundial.

    Haddad também discutiu a crise climática, afirmando que os países do Brics estão desenvolvendo mecanismos inovadores para promover a transformação ecológica. Entre as iniciativas mencionadas, destacou a proposta do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que visa movimentar economias de baixo carbono. Além disso, destacou que nações com um histórico de poluição devem assumir um compromisso maior para investir nesse fundo.

    Por fim, o ministro reiterou a capacidade do Brics de desempenhar um papel decisivo nessa área, com a expectativa de fazer um anúncio significativo durante a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Ele expressou a intenção de solidificar o Brics como um “porto seguro” em um cenário global cada vez mais instável. A presidência brasileira busca promover um ambiente de serenidade e ambição nas discussões sobre cooperação e desenvolvimento sustentável.

    O Brics, formado por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é um grupo de grande relevância global, representando 39% da economia mundial e quase metade da população do planeta. A 17ª Reunião de Cúpula do Brics ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho, reunindo um total de 11 nações permanentes e vários países parceiros, evidenciando a crescente importância dessa aliança no cenário internacional.

  • ECONOMIA – Petrobras Anuncia Investimentos de R$ 33 Bilhões que Aumentarão Segurança Energética e Reduzirão Dependência de Importações no Brasil, Afirma Ministro Alexandre Silveira.

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou na última sexta-feira um importante investimento da Petrobras no Rio de Janeiro, que soma mais de R$ 33 bilhões. O valor, destinado às áreas de refino e petroquímica, é considerado um passo significativo para aumentar a segurança energética do Brasil, diminuir a dependência de importações e garantir um abastecimento mais estável, com impactos reduzidos sobre a população.

    Durante um evento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), o ministro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizou a importância da ampliação do refino de petróleo nacional. Silveira destacou que essa iniciativa não apenas contribui para a segurança energética, mas também tem efeitos diretos na economia. “O aumento da capacidade de nossas refinarias resulta em preços de combustíveis mais acessíveis e alivia a inflação, o que, por sua vez, beneficia a população em geral”, afirmou.

    Outro ponto abordado pelo ministro foi o potencial do Brasil na produção de combustíveis sustentáveis, especialmente para a aviação. Ele revelou que, a partir dos próximos meses, a Refinaria Duque de Caxias começará a produzir 50 mil metros cúbicos mensais de SAF (combustível sustentável de aviação), com conteúdo renovável. Este avanço é atribuído à “Lei do Combustível do Futuro”, aprovada no ano anterior, que coloca o Brasil como um dos principais fornecedores dessa alternativa no cenário global.

    A Petrobras já completou testes de produção de SAF misturado com óleo técnico de milho e recebeu a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para iniciar a produção comercial. Além disso, foi anunciada a ampliação da capacidade produtiva de Diesel S10 da Reduc em 76 mil barris por dia, juntamente com a construção de uma nova central termoelétrica focada na eficiência energética e a implantação de uma planta dedicada ao SAF 100% renovável no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, elevando, apenas essas iniciativas, o total de investimentos para mais de R$ 27 bilhões.

    A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também compartilhou dados relevantes sobre os impactos da companhia na economia nacional. Nos últimos 12 meses, a empresa pagou aproximadamente R$ 270 bilhões em tributos a diferentes esferas do governo, destacando seu papel na segurança energética do Brasil, ao fornecer 31% de toda a energia primária no país. Magda ressaltou que a Petrobras produziu cerca de 900 milhões de barris de petróleo no último ano, conseguindo repor suas reservas, e reafirmou o compromisso da estatal em elevar a produção nos anos subsequentes, consolidando o Brasil como um dos dez maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Cúpula dos Povos promoverá mobilização de 15 mil participantes em evento paralelo à COP 30, destacando demandas sociais e ambientais em Belém.

    Cúpula dos Povos se Prepara para a COP 30 com Foco em Participação Popular

    No dia 3 de julho de 2025, a Câmara dos Deputados foi o palco de um importante debate sobre a participação da sociedade civil na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 30, marcada para ocorrer em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro. A audiência, organizada pelas comissões de Meio Ambiente, Legislação Participativa e da Amazônia, contou com a presença de organizações sociais e populares que buscam mobilizar um público de mais de 15 mil pessoas para a Cúpula dos Povos, evento paralelo à COP.

    O evento, que será realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA) entre os dias 12 e 16 de novembro, reunirá cerca de 700 entidades com pautas que promovem a defesa intransigente do meio ambiente. Entre as demandas apresentadas estão a luta pela recuperação de áreas degradadas, o plantio de alimentos livres de agrotóxicos e o reconhecimento dos territórios de povos tradicionais. Ayala Ferreira, representante da Cúpula dos Povos, destacou a importância da voz dos movimentos populares, afirmando que é fundamental denunciar as violações de direitos que ocorrem no atual modelo de desenvolvimento.

    O deputado Nilto Tatto (PT-SP) elogiou a reinvenção da Cúpula dos Povos, que já teve uma trajetória significativa desde a Eco-92, mas encontrou dificuldades em edições anteriores da COP em locais com restrições à liberdade de expressão. Ele ressaltou que a conferência em solo brasileiro proporciona um espaço valioso para a participação ativa da sociedade civil, essencial para influenciar as negociações climáticas.

    A representante da organização Amigos da Terra, Kirtana Chandrasekaran, enfatizou a necessidade de um ambiente seguro para as manifestações, alertando sobre possíveis conflitos de interesse e censura. Por sua vez, a coordenadora-geral de mobilização da COP 30, Luciana Abade, reafirmou o compromisso do governo brasileiro em incluir a sociedade civil no processo de transformação, destacando ações como o Círculo dos Povos, que visa conectar diferentes comunidades, como indígenas e quilombolas.

    Durante o debate, também foram levantadas preocupações sobre projetos de lei que podem impactar negativamente o meio ambiente no Brasil. A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) criticou uma série de propostas legislativas que ela considera prejudiciais, mas mencionou algumas vitórias no Congresso, como a aprovação da Lei do Mar e iniciativas voltadas à gestão de terras indígenas.

    O movimento social vê na COP 30 uma oportunidade de avançar em pautas essenciais, como a demarcação de terras, a agroecologia e a regularização fundiária. Jorge Santana de Oliveira, assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, ressaltou a importância de ampliação da participação popular, já que quatro mil organizações da sociedade civil estão credenciadas como observadoras para a Conferência.

    O evento promete ser não apenas uma plataforma para discussões climáticas, mas também um espaço de ativismo e resistência, fundamental para dar voz a todos os que são impactados pelas políticas ambientais no Brasil e no mundo. A mobilização por um futuro sustentável e justo está mais forte do que nunca, refletindo um clamor por mudanças que considerem as necessidades de todos, especialmente das comunidades historicamente marginalizadas.

  • ARAPIRACA – Arapiraca Realiza 13ª Conferência de Assistência Social: Debate Focado na Construção de Políticas Públicas e Fortalecimento do SUAS para a População Local.

    Na última quarta-feira, a cidade de Arapiraca sediou a 13ª Conferência Municipal de Assistência Social, um evento vital para a construção e discussão das políticas públicas voltadas para essa área no município. Realizada no auditório da Faculdade Cesmac do Agreste, a conferência teve como objetivo promover a participação da sociedade na formulação das diretrizes do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

    Sob a coordenação do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, a conferência se apresentou como um espaço estratégico para fortalecer as políticas de assistência social, promover melhorias nos serviços já oferecidos e identificar as necessidades locais. A secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Fabrícia Galindo, ressaltou a relevância desse encontro ao destacar a importância de balancear as práticas atuais, articular propostas futuras e reafirmar a assistência social como um direito essencial. “Esse momento é fundamental para unir trabalhadores, usuários e gestores, permitindo que juntos possamos discutir os caminhos das políticas públicas e identificar novas propostas que atendam de forma assertiva os interesses da população”, afirmou a secretária.

    As discussões da conferência não se limitaram apenas à articulação de novas diretrizes. Também foram abordados temas como a História do SUAS em Arapiraca, apresentados por Rainilda Salles, superintendente de Assistência Social, e Elza Teófilo, assistente social. Em seguida, Fabrícia Galindo apresentou um diagnóstico da rede socioassistencial local sob a mediação de Íris Costa. O evento ainda contou com a palestra do assistente social Cícero Gonçalves, contribuindo para enriquecer o debate.

    A conferência foi prestigiada por diversas autoridades, incluindo a presidente do CMAS, Valdeci Araújo, a secretária executiva do Conselho Estadual de Assistência Social, Jéssica Karoline Braga de Araújo, e a representante dos trabalhadores do SUAS, Maria Aparecida Barbosa Félix. A participação maciça de usuários, trabalhadores, membros do governo e representantes da sociedade civil demonstrou um forte engajamento da comunidade em contribuir para o aprimoramento das políticas sociais do município.

    Assim, a 13ª Conferência Municipal de Assistência Social se consolidou como um marco na busca por melhores condições e direitos para a população arapiraquense, refletindo a importância de um diálogo contínuo e inclusivo sobre as necessidades e desafios da assistência social.