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  • Vereador denuncia dificuldades no agendamento do Bolsa Família e solicita explicações à Secretaria de Assistência Social em Maceió.

    Na manhã desta segunda-feira, 14 de agosto, o vereador Leonardo Dias, do Partido Liberal (PL), realizou uma visita aos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) Terezinha Normande e Sônia Sampaio, situados no bairro do Jacintinho, em Maceió. A ação teve como principal objetivo ouvir as demandas da comunidade, e logo se deparou com uma questão preocupante: a dificuldade que muitos moradores enfrentam para realizar agendamentos de atendimentos sociais, especialmente no que se refere ao programa Bolsa Família.

    Os relatos são alarmantes. A comunidade local reportou que o sistema digital utilizado para os agendamentos apresenta falhas frequentes, o que tem obrigado muitos cidadãos a recorrer a lan houses da região para efetuar a marcação das consultas. “Já tínhamos recebido várias reclamações, mas hoje, ao ouvir essas histórias pessoalmente, a gravidade do problema se tornou evidente. Muitas pessoas nos disseram que não conseguem realizar o agendamento sozinhas e acabam tendo que pagar até 20 reais em lan houses para conseguir este serviço”, destacou o vereador.

    Essa situação é uma fonte de grande preocupação, uma vez que o acesso aos programas sociais é essencial para muitas famílias que dependem desse suporte financeiro para a sua sobrevivência. A fragilidade do sistema digital tem desencadeado não apenas um desgaste emocional, mas também um impacto financeiro na vida de quem já enfrenta dificuldades econômicas.

    Visando uma solução, Leonardo Dias tomou a iniciativa de contatar oficialmente a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS). O objetivo é obter esclarecimentos sobre a instabilidade do sistema e quais medidas estão sendo implementadas para resolver essa situação que prejudica diretamente os mais necessitados. “Estamos em busca de respostas para essa situação e queremos saber quais providências estão sendo tomadas para acabar com essa ‘fábrica de tirar dinheiro’ de quem mais precisa”, concluiu o vereador.

    A esperança de Leonardo Dias e dos cidadãos que dependem do Bolsa Família é que as autoridades competentes atuem rapidamente para restabelecer um sistema de agendamento eficiente, garantindo, assim, o acesso aos direitos sociais e um atendimento digno para todos.

  • INTERNACIONAL – “Brasil corre risco de fracasso científico, alerta presidente da Academia de Ciências, ressaltando necessidade urgente de investimento em pesquisa e inovação no BRICS.”

    A trajetória de crescimento econômico dos países membros do Brics reflete um aumento notável na produção científica. Prevê-se que, em 2024, eleva-se a 41% a participação dos pesquisadores desse bloco nas publicações científicas globais, superando a proporção dos países do G7. Contudo, a presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, expressa preocupações sobre o Brasil ficar para trás em comparação a outras nações do grupo, especialmente as asiáticas.

    Em entrevista, após o Fórum de Academias de Ciências do Brics, Nader destacou a urgência de mais investimentos em ciência e tecnologia e a necessidade de uma colaboração mais efetiva entre o Brasil e os demais países do bloco. De acordo com a biomédica, é crucial passar da teoria à prática, enfatizando que, embora os países do Brics tenham avançado, muitos ainda não reconhecem a importância do investimento em pesquisa.

    Nader mencionou que enquanto na China e na Índia o investimento em ciência é robusto, o Brasil ainda não se despertou para essa realidade. Ela trouxe exemplos da China, que implementa um programa quinquenal centrado na ciência, e lembrou que mudanças visíveis já ocorreram no país asiático, como a melhoria da qualidade do ar em Pequim. A especialista defendeu que o Brasil tem o potencial de seguir por um caminho semelhante, mas, para isso, é necessário um olhar mais atento para a importância da ciência nas decisões governamentais.

    A presidente da ABC enfatizou que, atualmente, a política brasileira parece não levar a ciência a sério. Ela citou exemplos de retrocessos, como a recente tentativa de incluir os investimentos em ciência no arcabouço fiscal, que foi barrada pela Câmara dos Deputados. Segundo Nader, essa postura contrasta com a mentalidade de países como a China, que reconhecem a ciência como um pilar essencial para o desenvolvimento.

    Além disso, ela abordou a questão do financiamento científico no Brasil, argumentando que a falta de recursos compromete a continuidade e a qualidade da pesquisa. Apesar de o país ter uma comunidade científica de qualidade, a produção está em declínio, não apenas pela falta de investimento, mas também pela desvalorização da carreira de pesquisador e a escassez de incentivos.

    Nader sugeriu que a colaboração entre governos, instituições e a comunidade científica é vital para estabelecer um sul global fortalecido, onde conhecimento e inovação sejam prioridades. Em sua visão, investimentos em educação e ciência são fundamentais para impulsionar a economia e garantir que o Brasil não fique isolado em um cenário geopolítico em transformação.