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  • ECONOMIA – Impacto da Tarifa de 50% sobre Exportações aos EUA Abala Mercado Financeiro, Dólar Fecha em Alta e Bolsa Tem Queda Seletiva

    A recente imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, anunciada pelo governo de Donald Trump, gerou um impacto significativo no mercado financeiro nacional. Contudo, ao longo do dia, as tensões iniciais foram amenizadas. O dólar, que havia alcançado a marca de R$ 5,61 logo nos primeiros momentos de negociação, conseguiu se estabilizar, fechando a R$ 5,543, representando uma alta de R$ 0,039, ou 0,72%. Vale ressaltar que o valor ainda se manteve abaixo da máxima atingida durante o dia e, na mínima, teve um leve recuo para R$ 5,52 por volta das 10h50.

    Atualmente, a moeda americana encontra-se no seu nível mais elevado desde o dia 25 de junho, quando ficou cotada a R$ 5,55. Ao longo desta semana, o dólar acumula uma alta de 2,22%, mas, em um cenário mais amplo, observamos uma queda de 10,3% em relação a 2025. Este cenário reflete a volatilidade dos mercados e a constante insegurança em relação às diretrizes econômicas.

    No âmbito do mercado acionário, o dia também foi marcado por flutuações. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou em 136.743 pontos, apresentando um recuo de 0,54%. Durante a manhã, o índice chegou a registrar uma queda superior a 1%, mas, ao longo do dia, conseguiu recuperar parte das perdas, superando os 137 mil pontos às 13h30. Apesar dessas oscilações, não houve uma correção universal das ações, com as perdas ocorrendo predominante entre empresas que dependem das exportações para os Estados Unidos, como é o caso da indústria.

    Um exemplo notável foi a fabricante de aeronaves Embraer, cujas ações caíram até 7% durante a manhã, mas ao final do periodo, encerraram o dia cotadas a R$ 75,32, com uma desvalorização de 3,7%. Essa tendência aponta para as consequências diretas da nova tarifa sobre o comportamento das empresas voltadas para o comércio internacional, refletindo as incertezas no cenário econômico. Em suma, o mercado demonstra resiliência diante de desafios, mas os sinais de tensão permanecem, especialmente para setores específicos da economia brasileira.

  • ECONOMIA – Investimentos Federais em Políticas para Crianças e Adolescentes Crescem 150% em Quatro Anos, Mas Cortes Orçamentários Ameaçam Eficácia das Ações Sociais.

    A alocação de recursos federais voltados para ações que impactam a infância e a adolescência no Brasil registrou um crescimento significativo entre 2019 e 2024. O montante passou de R$ 96 bilhões para impressionantes R$ 240 bilhões, desconsiderando a inflação. No entanto, uma leve retração foi notada entre 2023 e 2024, com uma redução de R$ 4 bilhões nas verbas. Esses dados fazem parte de um estudo recente que analisou investimentos essenciais para essa faixa etária, revelando um quadro complexo e desafiador.

    Benéficos ao setor, esses investimentos também refletiram um aumento proporcional no orçamento federal, subindo de 3,36% para 4,91%. Apesar desse avanço, o que se observa é que o gasto social voltado a crianças e adolescentes ainda representa menos de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. De acordo com o Censo de 2022, cerca de 48,7 milhões de crianças e adolescentes habitam o Brasil, o que equivale a 24% da população total. Dividindo o volume total de investimentos, cada criança receberia uma média de R$ 5 mil por ano, ou aproximadamente R$ 420 por mês. Esse valor, no entanto, é insuficiente para cobrir as necessidades básicas de educação e saúde, conforme alertam especialistas.

    Com relação à gestão dos recursos, a pesquisa identificou que uma parte significativa do financiamento é destinada a programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que viu seu orçamento saltar de R$ 54 bilhões em 2021 para R$ 159 bilhões em 2023, com 32,4 milhões de crianças e adolescentes beneficiados. Porém, as políticas mais amplas, que englobam áreas como saúde e saneamento, se mostraram mais prevalentes em termos de investimentos, enquanto ações especificamente voltadas para a infância variaram entre 15% e 30% do total.

    A taxa de execução orçamentária, que mensura a efetividade dos gastos do governo, apresentou resultados positivos, atingindo 99,5% em 2023. Contudo, observou-se uma queda no ano seguinte, com a taxa de execução estabelecendo-se em 93,2%. Esses dados reafirmam a importância de priorizar políticas sociais, mesmo em tempos de restrições fiscais. Especialistas defendem que os investimentos em programas voltados à infância são cruciais tanto para o presente quanto para o futuro do país, salienta-se a necessidade urgente de garantir que esses recursos sejam bem direcionados e geridos para atender, de maneira efetiva, os mais vulneráveis.