Tag: segurança digital

  • Governo de Alagoas Realiza Evento sobre Segurança Digital para Crianças e Adolescentes nos Dias 14 e 15 de Julho em Maceió e Arapiraca

    Nos dias 14 e 15 de julho, ocorrerá em Alagoas um evento de grande relevância dedicado à segurança digital de crianças e adolescentes. Promovido pelo Governo do estado em parceria com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a iniciativa intitula-se “Proteger e Educar Crianças e Adolescentes no Ambiente Digital”. Este encontro visa reforçar a segurança na internet para os jovens e fomentar a implementação da Educação Digital e Midiática nas instituições de ensino alagoanas.

    A programação ocorrerá em dois locais distintos para facilitar o acesso dos participantes. No primeiro dia, as atividades serão realizadas no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió, das 14h às 18h. Já no segundo dia, o Auditório do Planetário em Arapiraca será o cenário para as discussões, também no mesmo horário. A escolha de diferentes locais se justifica pelo desejo de envolver um número ainda maior de educadores, gestores e membros da sociedade na proteção dos direitos dos jovens na esfera digital.

    Entre os temas que serão abordados, destaca-se a apresentação da publicação “Crianças, Adolescentes e Telas – Guia sobre usos de dispositivos digitais”. Além disso, serão apresentadas as Diretrizes Operacionais Nacionais, que abordam a utilização de tecnologias nas escolas e a inclusão obrigatória da Educação Midiática e Digital no currículo escolar, a partir de 2026. O evento também trará à tona guias e cursos técnicos disponibilizados pelo Ministério da Educação, acessíveis na plataforma Avamec, direcionados à formação continuada dos profissionais de educação.

    Roseane Vasconcelos, secretária de Estado da Educação, ressaltou a importância do evento, afirmando que ele representa um avanço significativo na promoção de um ambiente digital seguro para os jovens. “Incorporar a educação digital nos currículos acadêmicos é fundamental para preparar as novas gerações para os desafios do mundo tecnológico, promovendo o uso consciente e responsável das ferramentas digitais”, enfatizou.

    As inscrições para o evento já estão abertas e podem ser feitas de forma online. Com uma programação abrangente, este evento se coloca como um passo essencial para garantir que crianças e adolescentes possam navegar com segurança e responsabilidade na internet, protegendo seus direitos e promovendo uma utilização eficaz das tecnologias disponíveis.

  • EDUCAÇÃO – Golpistas Lesam Mais de 35 Mil Estudantes com Site Falso do Enem e Arrecadam R$ 3 Milhões em Fraude Eletrônica

    Quadrilha de Golpistas Engana Mais de 35 Mil Estudantes com Site Falso do Enem

    Uma quadrilha criminosa elaborou um sofisticado esquema que prejudicou mais de 35 mil estudantes ao criar um site falso para as inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), resultando em perdas financeiras significativas e na impossibilidade de realizar a prova, uma das principais portas de entrada para instituições de ensino superior públicas no Brasil. As investigações revelam que os golpistas acumulam um montante de aproximadamente R$ 3 milhões, decorrente da fraude perpetrada no último ano.

    A descoberta do esquema desencadeou uma operação da Polícia Federal (PF), que, na manhã desta quinta-feira, deu cumprimento a mandados de busca e apreensão na cidade de Praia Grande, em São Paulo. O órgão conseguiu, junto à Justiça, o bloqueio dos bens dos suspeitos, um deles já com um extenso histórico criminal, possuindo 15 registros anteriores relacionados ao crime de estelionato.

    De acordo com as apurações, durante o período oficial de inscrições, entre 27 de maio e 14 de junho de 2024, os criminosos criaram múltiplas páginas que simulavam a interface do site oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os estudantes que acessaram essas páginas falsas foram induzidos a preencher um questionário de inscrição fraudulento e, posteriormente, realizar um pagamento via Pix, direcionado para uma conta bancária ligada a uma empresa privada. Essa mesma empresa tem sido alvo de diversas reclamações online, com consumidores relatando a compra de produtos ou serviços que nunca foram entregues.

    A operação batizada de “Só Oficial” tem como objetivo não apenas desmantelar a quadrilha, mas também alertar futuros candidatos sobre a importância de acessar apenas o site oficial do exame, disponível na extensão gov.br. O alerta se torna ainda mais relevante, uma vez que o período das inscrições para este ano terminou em 13 de junho, e as provas estão programadas para os dias 9 e 16 de novembro.

    As ações da PF visam aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos, responsabilizando a quadrilha pela prática de fraudes eletrônicas em um contexto de crimes virtuais. A proteção dos cidadãos, especialmente dos jovens que aspiram a uma educação superior de qualidade, é uma prioridade nas ações das autoridades competentes. Os estudantes devem ficar vigilantes e cuidadosos para evitar cair em armadilhas fraudulentas semelhantes e garantir um acesso legítimo ao Enem.

  • Golpe do Bilhão: O Maior Ataque Cibernético do Setor Financeiro Brasileiro Expõe Vulnerabilidades e Alerta Usuários sobre Segurança Digital.

    Na semana passada, o Brasil se viu novamente no epicentro de um grave ataque cibernético que afetou diversas instituições financeiras, impactando diretamente a operação do sistema de pagamentos instantâneos, o Pix. Este recente incidente destaca-se como um dos maiores golpes financeiros já registrados no país, evidenciando falhas significativas na segurança do setor bancário.

    Os ataques cibernéticos são uma preocupação crescente em um mundo cada vez mais digital. Essa situação revela a vulnerabilidade de grandes instituições que investem milhões em sistemas de segurança. Quando até mesmo essas organizações são alvos de fraudes, fica claro o desafio enfrentado pelo cidadão comum, que muitas vezes não possui os mesmos recursos para proteção digital. O que se questiona agora é até que ponto nossos dados e finanças estão seguros em meio a esse panorama preocupante.

    O modus operandi dos atacantes foi sofisticado. Usando técnicas de engenharia social e credenciais vazadas, os criminosos conseguiram acessar os sistemas de forma furtiva. De acordo com relatos, o ataque se deu na forma de suborno a um funcionário que, involuntariamente, tornou-se um “insider”, facilitando o acesso aos sistemas com informações privilegiadas. Através desse método, os criminosos conseguiram elevar seus privilégios no sistema e realizar transações que resultaram em perdas milionárias.

    Em resposta a esse golpe, as instituições financeiras acionaram seus protocolos de segurança, o que resultou na temporária indisponibilidade de alguns serviços para proteger dados e sistemas. Essa ação, embora massiva e talvez incômoda para os usuários, foi crucial, pois evitou danos ainda maiores. A rápida comunicação entre as instituições envolvidas também foi um ponto positivo, mostrando um nível de maturidade na gestão de crises.

    Porém, a situação levanta importantes questões sobre a responsabilidade das instituições financeiras e a necessidade de uma maior transparência, especialmente por parte do Banco Central, que deve liderar esforços para atualizar políticas e estratégias de segurança. A colaboração mútua também é essencial para mitigar os danos e aprender com as falhas.

    Para o cidadão, a conscientização sobre segurança digital é vital. Os ataques de engenharia social continuam a ser a principal ameaça e adotar boas práticas de segurança é crucial para proteger dados pessoais. Medidas simples, como manter sistemas atualizados e estar atento a comunicações suspeitas, podem fazer toda a diferença.

    Diante dessa realidade, é evidente que a segurança cibernética não é apenas uma responsabilidade das entidades financeiras, mas um esforço coletivo que envolve tecnologia, processos e uma cultura de segurança em todas as esferas da sociedade. O futuro exige vigilância constante e aprendizado contínuo para evitar que situações como essa se repitam. A proteção do nosso dinheiro e dados depende de cada um de nós.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova aumento de pena para quem utiliza inteligência artificial em pornografia infantil, com sanções de até seis anos de prisão.

    A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados deu um passo significativo ao aprovar uma proposta que visa endurecer as penalidades para indivíduos que simulam a participação de crianças ou adolescentes em conteúdos pornográficos. A nova legislação não apenas amplia a punição, mas também incorpora o uso de inteligência artificial (IA) na criação de tais conteúdos, representando uma resposta às crescentes preocupações sobre as tecnologias avançadas que podem ser mal utilizadas.

    Atualmente, a pena para essas infrações varia de 1 a 3 anos de prisão. Entretanto, com a aprovação do substitutivo apresentado pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), essa margem de punição será ampliada, passando a oscilar entre 2 e 6 anos. A relatora enfatizou que a nova redação da legislação abrange também quem vende, distribui ou divulga esses materiais ilícitos, assegurando que todos os envolvidos na produção e disseminação de conteúdo abusivo enfrentem consequências severas.

    O projeto tem origem nas preocupações da deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA) e recebeu uma significativa atualização por parte da relatora, que propôs que as alterações fossem integradas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Laura Carneiro justificou sua postura, afirmando que o aumento na utilização de técnicas como deepfakes, que permitem a manipulação de vídeos para criar situações comprometedores com menores, necessitava de uma resposta legislativa robusta.

    Além das sanções mais rigorosas para quem simula participações de menores em conteúdos impróprios, a relatora também incluiu uma penalidade que varia de 1 a 3 anos para aqueles que optarem por comprar ou armazenar pornografia infantil. Essa medida busca criar um ambiente de maior proteção para crianças e adolescentes, atingindo não apenas os perpetradores directos, mas também aqueles que colaboram com a perpetuação desse crime.

    O próximo passo para a proposta será sua análise nas comissões de Finanças e Tributação, bem como na de Constituição, Justiça e Cidadania. Após essas etapas, a iniciativa será submetida a votação no Plenário da Casa, onde espera-se que as discussões sobre a proteção infantil e o uso ético da tecnologia continuem a ser uma prioridade. A responsabilidade social em relação ao tratamento de crianças e adolescentes em ambientes digitais é uma mensagem clara que a nova norma procura reforçar.

  • Especialista em China denuncia fake news e ameaças de morte após espionagem pela Abin

    Especialista em China Denuncia Monitoramento Ilegal e Ameaças de Morte

    O professor Evandro Menezes de Carvalho, associado de direito internacional na Universidade Federal Fluminense (UFF), revelou ter sido alvo de um monitoramento ilegal prolongado, realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O caso envolveu práticas que, segundo ele, retratam uma grave violação dos direitos dos cidadãos no Brasil.

    Durante um período de oito meses, entre setembro de 2019 e maio de 2020, Carvalho foi monitorado em mais de 100 ocasiões, com seu celular sendo alvo de escuta e suas atividades diárias sendo vigiadas. O professor recebeu um relatório da Polícia Federal que menciona seu nome em diversas instâncias, revelando a intrusão inaceitável em sua privacidade. Em entrevista, Carvalho expressou que, embora se sentisse indignado, não estava surpreso com a revelação, uma vez que já suspeitava de que algo assim estivesse acontecendo.

    Ele criticou a Abin por se desviar de sua função republicana e se transformar em uma ferramenta de vigilância para interesses políticos, especialmente sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para Carvalho, essa "Abin paralela" visava silenciar vozes críticas e manter um controle ideológico sobre adversários políticos, utilizando métodos que remetem a práticas de repressão.

    O especialista também destacou o paradoxo das relações entre Brasil e China, enfatizando que, apesar de a direita brasileira, incluindo setores do agronegócio, lucrar das transações com o gigante asiático, a narrativa popular frequentemente demoniza a China. Carvalho foi especificamente alvo de uma campanha de desinformação que o rotulou como "espião chinês", relacionada a figuras proeminentes da política nacional, o que ele categoricamente nega.

    Mesmo diante das ameaças e das fake news, o professor ressalta a importância de se criar um entendimento mais profundo sobre as relações entre Brasil e China, friso que a estrutura política nacional ainda é dominada por interesses que não refletem uma visão crítica ou informada sobre o país oriental. Em suas palavras, essa dinâmica é prejudicial não apenas à verdade, mas também aos interesses nacionais, alinhando-se, em última análise, aos desejos de potências estrangeiras que veem a China como uma ameaça.

    Com essa experiência, Carvalho se firmou como um símbolo da luta contra a desinformação e as práticas de vigilância estatal, enfatizando a necessidade de um debate livre e esclarecido sobre as relações internacionais e a soberania nacional.