Tag: Segurança Alimentar

  • Saiba por quanto tempo guardar carnes na geladeira e evite riscos à saúde

    Guardar carnes na geladeira pode parecer uma prática simples, mas conhecer os prazos corretos de armazenamento é vital tanto para a segurança alimentar quanto para a qualidade nutricional dos alimentos. De acordo com especialistas em segurança alimentar, como a nutricionista Kassia Lima Almeida, a manutenção adequada da temperatura e do tempo de conservação pode prevenir riscos à saúde associados ao consumo de alimentos deteriorados.

    As carnes ocupam um papel central na dieta de muitas pessoas, mas a forma como são armazenadas pode variar significativamente. É importante saber, por exemplo, que pescados crus devem ser consumidos em até dois dias quando armazenados a uma temperatura máxima de 4 °C. Por outro lado, carnes cruas de boi, suíno e aves podem ser guardadas por até três dias sob as mesmas condições. Esses prazos são fundamentais para garantir que os alimentos mantenham sua qualidade e não representem um risco à saúde.

    Outro aspecto crítico que merece atenção é a organização dentro da geladeira. As carnes cozidas devem ser armazenadas na prateleira superior, enquanto as cruas precisam ser mantidas na parte inferior do refrigerador. Essa separação ajuda a evitar a contaminação cruzada, um dos principais problemas em ambientes de armazenamento de alimentos. Além disso, a nutricionista ressalta a importância de evitar a recongelagem das carnes, uma vez que esse processo pode resultar em perdas nutricionais significativas, além de alterar características sensoriais como cor, textura e sabor.

    Se os prazos de validade estiverem se aproximando e não for possível consumir os alimentos a tempo, a melhor alternativa é o congelamento. Neste caso, as carnes podem ser preservadas de forma segura por até 30 dias. O congelamento é uma técnica eficaz que não apenas aumenta a vida útil dos alimentos, mas também preserva a segurança alimentar.

    Em suma, atentar para os prazos de armazenamento e seguir boas práticas ao organizar os alimentos na geladeira são medidas fundamentais que podem garantir a segurança alimentar e a qualidade dos pratos que chegam à mesa. Assim, com alguns cuidados simples, é possível desfrutar de carnes frescas e seguras.

  • SAÚDE – Cavalos morrem em série após consumo de ração contaminada da Nutratta; Ministério apura irregularidades e proíbe fabricação de produtos.

    Um preocupante episódio envolvendo a Nutratta Nutrição Animal resultou na morte de pelo menos 245 cavalos em diferentes estados do Brasil, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas. As investigações iniciais indicam que a causa das mortes está relacionada ao consumo de rações contaminadas, levando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a realizar uma análise detalhada sobre a origem e a composição dos insumos utilizados pela empresa.

    Conforme apurado, todos os equinos que apresentaram problemas de saúde ou morreram haviam consumido produtos da Nutratta, enquanto aqueles que não ingeriram essas rações permaneceram saudáveis, mesmo compartilhando o mesmo espaço físico. Os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária identificaram a presença de alcalóides pirrolizidínicos, sendo a monocrotalina uma das substâncias tóxicas detectadas. Essa substância é conhecida por ocasionar danos severos à saúde dos animais, afetando principalmente o sistema nervoso e o fígado.

    O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, enfatizou em comunicado oficial que a legislação proíbe categoricamente a presença de substâncias tóxicas nas rações para animais, afirmando que, mesmo em doses mínimas, esses compostos podem ser extremamente prejudiciais. Em função dessa grave situação, o Mapa instaurou um processo administrativo fiscalizatório, que resultou em um auto de infração contra a empresa e na suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações para equídeos.

    Como resposta à gravidade da situação, essa suspensão foi subsequentemente ampliada para incluir rações destinadas a todas as espécies de animais. No entanto, em um desdobramento controverso, a Nutratta conseguiu autorização judicial para retomar parcialmente a produção de ração que não é destinada a equinos. O Mapa já contestou essa decisão judicial, apresentando novas evidências que corroboram a necessidade de manutenção das medidas preventivas em vigor, dada a gravidade do risco sanitário envolvido.

    Além disso, o ministério está monitorando a situação para assegurar o recolhimento das rações contaminadas, ressaltando a importância de garantir a saúde animal e a segurança do sistema agropecuário brasileiro. A Nutratta Nutrição Animal também foi contatada para apresentar suas considerações sobre os eventos em questão.

  • Igaci sedia Encontro Territorial da Segurança Alimentar, promovendo a caprinocultura leiteira e fortalecendo a agricultura familiar no Agreste Alagoano.

    Na manhã de sábado, 12 de agosto, o município de Igaci, situado na zona rural do Agreste alagoano, recebeu o Encontro Territorial da Segurança Alimentar da Caprinocultura Leiteira. O evento, realizado no auditório da AAGRA, no sítio Jacaré, teve como objetivo promover o intercâmbio de conhecimento e fortalecer as iniciativas voltadas à agricultura familiar na região.

    Participaram do encontro representantes de diversas cidades, incluindo Coité do Nóia, Limoeiro de Anadia, Arapiraca, Campo Grande, Palmeira dos Índios, Estrela de Alagoas e Major Isidoro. O evento contou ainda com a presença de organizações respeitadas, como a Embrapa e o Banco do Nordeste, que se uniram à AAGRA (Associação de Agricultores Alternativos) na organização do encontro.

    O vice-prefeito de Igaci, Josenildo França, marcou presença no evento acompanhado de agricultores, técnicos e outras lideranças locais. Durante sua fala, ele destacou a importância da caprinocultura leiteira para o fortalecimento da agricultura familiar na região. Josenildo também ressaltou a firme parceria entre a Prefeitura de Igaci e a AAGRA, que tem gerado resultados positivos significativos no apoio aos produtores locais. “Atualmente, estamos executando o maior programa de aração de terras do estado, o que garante melhores condições de infraestrutura e suporte ao pequeno produtor rural”, afirmou o vice-prefeito.

    Além disso, Josenildo transmitiu uma mensagem do prefeito Petrúcio Barbosa, que não pôde comparecer ao encontro, mas enviou cumprimentos aos presentes e reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento rural. “Tudo isso é fruto da visão do nosso prefeito, que não mede esforços para garantir o melhor para o povo de Igaci”, declarou o vice-prefeito, citando o apoio contínuo da administração municipal às atividades agrícolas.

    O Encontro Territorial se mostrou essencial não só pela troca de experiências, mas também por reforçar a importância da integração entre os municípios da região, firmando a caprinocultura leiteira como uma prioridade na busca pela segurança alimentar e desenvolvimento sustentável do Agreste alagoano. Este evento representa um passo significativo rumo à valorização da produção local e à melhoria das condições de vida dos agricultores da área.

  • SAÚDE – Anvisa determina recolhimento de polpas, champignon e molho de alho por testes insatisfatórios e proíbe azeite sem origem definida.

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu diretrizes importantes para a saúde pública ao determinar o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de diferentes marcas. Essa medida foi motivada por resultados insatisfatórios encontrados em análises realizadas por laboratórios públicos, evidenciando a necessidade de um rigoroso controle de qualidade nos produtos alimentícios disponíveis no mercado.

    Entre os produtos afetados, destaca-se a polpa de fruta de morango da marca De Marchi. O lote 09437-181, que tem validade até 1º de novembro de 2026, foi alvo de recolhimento após a detecção de materiais estranhos, conforme laudo do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC). A presença de substâncias indesejadas em alimentos é uma preocupação constante, e a decisão da Anvisa exemplifica seu compromisso com a saúde do consumidor.

    Outro produto que teve loco recolhido é o champignon inteiro em conserva da marca Imperador, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. O lote 241023CHI, com validade até outubro de 2026, foi identificado com níveis de dióxido de enxofre acima do permitido, também em laudo do Lacen-DF. O dióxido de enxofre, frequentemente utilizado como conservante, pode ser prejudicial à saúde em quantidades excessivas.

    O molho de alho da marca Qualitá, fabricado pela Sakura Nakaya Alimentos, também foi envolvido na medida, devido a resultados insatisfatórios no mesmo critério de estudo. O lote 29, com validade até 1º de janeiro de 2026, apresenta quantidades acima do aceitável de dióxido de enxofre, reiterando a seriedade da situação.

    Em uma ação ainda mais drástica, a Anvisa determinou a apreensão total e a proibição da comercialização do azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos. Esse produto foi condenado por apresentar origem desconhecida e por não atender aos padrões estabelecidos de rotulagem e análises físico-químicas, conforme apurado em laudo da agência.

    A Intralogística Distribuidora Concept, responsável pela comercialização do azeite em questão, foi notificada de que seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) encontra-se suspenso devido a inconsistências nos registros da Receita Federal.

    A Anvisa continua monitorando a situação e está atenta à qualidade dos produtos que chegam às prateleiras. A reportagem está em contato com as marcas mencionadas para coletar declarações que possam esclarecer a posição delas em relação às medidas adotadas.

  • Moscou e ONU enfrentam obstáculos na exportação de alimentos e fertilizantes: negociações não avançam e sanções ocidentais complicam acesso aos mercados internacionais.

    Os esforços da Rússia e da Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir a exportação de alimentos e fertilizantes russos têm enfrentado sérias dificuldades, com avanços limitados nas negociações. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Vershinin, anunciou que uma rodada final de consultas está prevista para o dia 11 de julho em Genebra. Essa conversa se insere no contexto do memorando que tem validade até o final de julho e busca normalizar o fluxo de produtos agrícolas do país.

    Vershinin destacou que o principal obstáculo nessas negociações são as sanções unilaterais impostas por países ocidentais, que têm a intenção de restringir o acesso russo a mercados internacionais. Tais sanções dificultam a exportação de fertilizantes e alimentos, impactando diretamente a segurança alimentar global, especialmente em um momento em que a guerra na Ucrânia continua a afetar a dinâmica de oferta e demanda no setor agrícola.

    Um acordo crucial, conhecido como Iniciativa de Grãos do Mar Negro, foi assinado em julho de 2022 por representantes da Rússia, Turquia, Ucrânia e ONU. Este acordo previa a facilitação das exportações de grãos e produtos agrícolas, mas a Rússia se retirou da iniciativa em julho de 2023, citando o uso das rotas humanitárias por parte da Ucrânia para realizar ataques, além da falta de compromissos por parte de Kiev em relação à normalização do acesso aos produtos agrícolas russos.

    O memorando Rússia-ONU, que acompanhava esta iniciativa, estabelecia uma série de medidas que deveriam facilitar a reconexão do Rosselkhozbank ao sistema financeiro SWIFT, o fornecimento de equipamentos agrícolas e a reativação de oleodutos importantes. Entretanto, a Rússia se vê impossibilitada de usufruir dessas condições, perpetuando uma crise que tem implicações não só para a economia russa, mas também para a segurança alimentar em nível mundial.

    A complexidade do panorama internacional atual e a exacerbada tensão entre Rússia e países ocidentais dificultam a continuidade de qualquer diálogo que possa levar a uma solução eficaz. Assim, tanto Moscou quanto a ONU enfrentam um grande desafio na busca por um consenso que beneficie a produção agrícola não apenas da Rússia, mas também de outras nações dependentes desses recursos.