Tag: Saúde Pública

  • Crianças enfrentam traumas emocionais e atrasos no aprendizado após pandemia, alertam especialistas sobre urgência de políticas de saúde mental e reforço escolar.

    O impacto da pandemia de Covid-19 nas crianças revela-se um tema de profunda preocupação para especialistas de diversas áreas. Os efeitos vão além das questões de saúde imediata e pernóstica, refletindo mudanças que marcarão gerações. Com o fechamento prolongado das escolas, o isolamento social e a alteração nas rotinas familiares, muitos jovens enfrentaram desafios emocionais, comportamentais e de aprendizagem que persistem mesmo com o declínio da emergência sanitária.

    Estudos recentes, acompanhados de relatos de pediatras e psicólogos, indicam um crescimento alarmante nas taxas de ansiedade entre crianças, além de dificuldades de socialização que se tornaram mais comuns. As sequelas não param por aí: atrasos no desenvolvimento da fala e lacunas significativas no aprendizado escolar têm se tornado rotina no diagnóstico de muitas crianças. Para os mais novos, as preocupações se intensificam, incluindo relatos frequentes de regressão em habilidades já adquiridas. Isso abrange questões básicas do dia a dia, como o controle do sono, a alimentação e a própria linguagem.

    Com essa nova realidade, especialistas alertam sobre a necessidade urgente de uma resposta robusta por parte das políticas públicas. A ampliação de estratégias voltadas à saúde mental infantil é uma demanda crescente que não pode ser negligenciada. Além disso, o reforço escolar deve ser uma prioridade, especialmente para os alunos da educação básica, que enfrentam um descompasso em relação ao aprendizado esperado em sua faixa etária.

    O retorno à normalidade, embora desejado, requer cuidados substanciais. É fundamental que tanto o ambiente familiar quanto as instituições de ensino estejam preparados para oferecer o apoio necessário. Isso inclui monitorar a saúde mental das crianças e garantir que suas necessidades educativas sejam atendidas com a devida atenção e recursos.

    Compreender e enfrentar os desafios pós-pandemia é um passo essencial para minimizar danos que, se não tratados, poderão perdurar por anos. A sociedade tem a responsabilidade de criar ambientes acolhedores e estimulantes, permitindo que essas crianças superem os obstáculos impostos por um dos capítulos mais difíceis da história recente.

  • Mudanças Climáticas Aumentam Risco da Doença de Chagas na Amazônia, Alertam Pesquisadores sobre a Expansão dos Barbeiros em Novas Áreas Florestais.

    As alterações climáticas estão causando transformações significativas no panorama da saúde pública na Amazônia, um fenômeno que, apesar de silenciado, merece atenção. Entre diversos problemas ambientais, as frequentes secas, enchentes e desmatamentos não apenas afetam a biodiversidade local, mas também podem favorecer o surgimento de novas enfermidades ou o ressurgimento de doenças que estavam sob controle.

    Um exemplo alarmante é a doença de Chagas, que, mesmo com os avanços na compreensão de sua biologia e no controle de sua transmissão, pode voltar a ser um desafio substancial para o sistema de saúde, devido às mudanças nas condições ambientais e nas paisagens. Esse agravo torna-se mais evidente com a análise das possíveis implicações do aquecimento global sobre os vetores dessa doença.

    Um estudo recente, fruto do esforço colaborativo de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto Evandro Chagas, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade de Bristol, revela que as mudanças climáticas podem expandir a distribuição dos barbeiros, os principais responsáveis pela transmissão da doença de Chagas. Esses insetos estão se adaptando a novas áreas dentro da floresta, o que implica uma potencial elevação dos casos da enfermidade nas populações humanas.

    A pesquisa destaca que, além da expansão geográfica dos barbeiros, a evolução do clima pode afetar aspectos como a temperatura e a umidade, fatores que influenciam diretamente a reprodução e a sobrevivência desses vetores. Em contextos de desequilíbrio ambiental, a resposta do ecossistema pode acelerar a propagação da doença, reiterando a necessidade de medidas preventivas e de um monitoramento eficaz das populações vulneráveis.

    Portanto, o desafio não se limita apenas à saúde individual, mas se transforma em uma questão coletiva que requer uma abordagem intersetorial. Para mitigar os impactos das mudanças climáticas na saúde pública, é essencial que governos e organizações adotem estratégias que considerem tanto o controle de doenças já conhecidas quanto a prevenção do surgimento de novas zoonoses. A intersecção entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável é agora mais urgente do que nunca.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – “Comissão discute políticas para a população idosa em audiência sobre transição demográfica e aumento da expectativa de vida no Brasil”

    Aumento da Expectativa de Vida e os Desafios da População Idosa no Brasil

    No dia 15 de julho de 2025, a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados promoverá uma audiência pública às 16 horas, com o objetivo de debater a transição demográfica e o envelhecimento da população brasileira. O local do evento ainda será anunciado, mas a expectativa é que a discussão atraia um número significativo de participantes, dada a relevância do tema.

    A audiência foi proposta pelos deputados Luiz Couto, Alexandre Lindenmeyer e Geraldo Resende, que enfatizam a urgência de se abordar o processo acelerado de envelhecimento que o Brasil vem enfrentando. Os dados do Censo de 2022 revelam um aumento expressivo. Desde 2010, o número de pessoas acima de 60 anos cresceu 57,4%, atingindo a marca de 32,1 milhões, o que equivale a cerca de 15,6% da população total do país.

    Esse fenômeno demográfico não é apenas uma estatística; ele traz consigo uma série de implicações diretas para a saúde pública. O aumento na expectativa de vida está frequentemente associado a um crescimento nas doenças crônico-degenerativas, que requerem cuidados especializados e uma abordagem diferenciada na área da saúde.

    Diante deste quadro, os parlamentares envolvidos na organização da audiência destacam a necessidade de o Brasil desenvolver políticas públicas voltadas para o atendimento das demandas específicas da população idosa. Isso inclui a criação de estratégias para cuidados de longo prazo, a promoção da autonomia entre os idosos e a prevenção de doenças que afetam essa faixa etária.

    A promoção do bem-estar e a atualização das políticas de saúde são essenciais para garantir que essa parcela da população não apenas viva mais, mas viva com qualidade. Diante do crescente número de idosos, é imprescindível que o Brasil se prepare para enfrentar esses desafios com soluções inovadoras e inclusivas, assegurando assim que todos os cidadãos, independentemente da idade, tenham acesso a uma vida digna e saudável.

    A mudança na pirâmide etária brasileira demanda um olhar atento e cuidadoso, e a audiência pública será um passo importante nessa direção. O fortalecimento das discussões em torno dos direitos e das necessidades dos idosos é fundamental para construir um futuro mais justo e acessível.

  • ALAGOAS – Hospital em Alagoas Surpreende ao Realizar 29 Mil Exames em 6 Meses, Fortalecendo Atendimento na Região

    No primeiro semestre de 2025, o Hospital Ib Gatto Falcão, localizado em Rio Largo, registrou a realização de 28.989 exames laboratoriais, reforçando seu papel central no atendimento à saúde da população da Região Metropolitana de Maceió e adjacências. Esta impressionante marca evidencia a crescente procura por diagnósticos rápidos e precisos, fundamentais para a eficácia do tratamento médico.

    Exames como hemogramas, glicemias e testes de função renal e hepática foram os mais frequentes, evidenciando a importância dos testes laboratoriais no acompanhamento médico e na análise clínica de pacientes. Segundo a biomédica Kênia Oliveira, que coordena o laboratório, o aumento na produção dos exames está ligado ao compromisso dos profissionais da unidade com a qualidade e a precisão dos resultados.

    Kênia ressalta o investimento contínuo em capacitação e tecnologia, fatores essenciais para a agilidade nos diagnósticos, o que, por sua vez, influencia diretamente as decisões clínicas. Ane Lessa, também biomédica, destaca o esforço conjunto da equipe para garantir um atendimento humanizado, especialmente considerando o contexto de vulnerabilidade de muitos pacientes.

    A sinergia entre os diferentes setores do hospital é destacada pelo técnico de laboratório Luiz Fernando. A colaboração entre laboratórios e equipes de enfermagem, clínica e emergência assegura que os exames sejam processados rapidamente, contribuindo para um atendimento seguro e eficiente.

    O diretor do hospital, Graciliano Ramos, sublinha que tais números refletem o compromisso da instituição com a saúde pública e a eficiência dos atendimentos. Ramos enfatiza a busca constante por melhorias para oferecer serviços cada vez mais qualificados à população. Mesmo diante de limitações, a dedicação e a excelência da equipe são pilares fundamentais para o sucesso do hospital.

  • MUNICIPIOS – Tratamento Inovador: SUS Oferece Novo DIU-LNG e Desogestrel para Mulheres com Endometriose, Melhorando Qualidade de Vida e Acesso à Saúde Pública.

    O Ministério da Saúde do Brasil anunciou a incorporação de duas novas opções de tratamento hormonal para mulheres que enfrentam a endometriose, uma condição ginecológica traiçoeira que causa o crescimento do tecido endometrial fora do útero. As inovações são o Dispositivo Intrauterino Liberador de Levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel, ambos agora disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

    O DIU-LNG se destaca por sua capacidade de suprimir o crescimento do tecido endometrial fora do útero e é uma alternativa viável para mulheres que não podem usar contraceptivos orais combinados. Sua longa duração — com troca recomendada a cada cinco anos — contribui para a adesão ao tratamento e melhora a qualidade de vida das pacientes.

    Por outro lado, o desogestrel funciona como um anticoncepcional hormonal que inibe a ovulação, bloqueando a atividade hormonal que favorece o crescimento do tecido endometrial fora do útero. Este medicamento poderá ser prescrito em estágios iniciais, mesmo antes do diagnóstico definitivo, agilizando o alívio dos sintomas para as pacientes.

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que essa atualização tecnológica no SUS visa garantir um atendimento eficaz para milhares de mulheres que enfrentam as dificuldades diárias impostas pela endometriose. As novas opções representam um avanço significativo na abordagem dessa condição, potencializando a qualidade de vida das pacientes.

    Além das inovações, é importante mencionar que a endometriose afeta aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva, ou seja, cerca de 190 milhões globalmente. No Brasil, o SUS tem registrado um aumento substancial no número de atendimentos voltados para essa condição, evidenciando um compromisso crescente com a saúde feminina.

    As mulheres com endometriose recebem acompanhamento que envolve tratamentos clínicos — como terapia hormonal e analgésicos — além de serviços cirúrgicos para os casos mais complexos. Entre os procedimentos oferecidos estão a videolaparoscopia e, em casos mais graves, a histerectomia. A condição desencadeia uma série de sintomas, como cólicas intensas, dor pélvica crônica e infertilidade, que demandam um diagnóstico e tratamento adequados.

  • SAÚDE – Internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave ainda elevadas no Rio, mesmo com sinais de desaceleração; pressão por leitos persiste entre os mais afetados.

    Apesar de uma leve desaceleração, o estado do Rio de Janeiro ainda enfrenta um cenário preocupante em relação às internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Dados da mais recente edição do Panorama SRAG, divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde, apontam que o número de internações permanece acima do considerado normal. A situação se agrava com uma demanda contínua por leitos hospitalares, que supera 600 pedidos por semana, mesmo com a redução na quantidade de casos.

    Até o dia 8 deste mês, foram registrados 11.635 internações e 836 óbitos associados à SRAG. Esses números refletem uma ligeira queda nas últimas semanas, e são calculados através do método conhecido como nowcasting, que ajusta as distorções provocadas por atrasos nas notificações. A faixa etária mais afetada continua sendo a de crianças entre 1 e 5 anos, que enfrentam um aumento nas internações principalmente por conta do Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

    Entre os idosos, particularmente aqueles com 60 anos ou mais, o subtipo H1N1 da Influenza A foi o responsável pela maioria dos casos identificados entre abril e junho. Embora os números de internação relacionados à influenza tenham diminuído, uma nova preocupação surge com o aumento das internações por Covid-19 na mesma faixa etária.

    Luciane Velasque, superintendente de Vigilância em Saúde, destacou a baixa cobertura vacinal contra a Influenza, que se encontra em torno de 30%. Ela enfatizou a importância da vacinação, especialmente para as crianças, que ainda estão enfrentando casos significativos de infecções respiratórias, e os idosos, que devem ser vacinados contra gripe e Covid-19.

    Até a data mais recente do relatório, foram aplicadas 2.837.024 doses de vacinas, sendo apenas 1.314.059 destinadas aos grupos prioritários, o que representa apenas 29,4% da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. As regiões da baixada litorânea, Metropolitana I e Baía da Ilha Grande se destacam pelos baixos índices de cobertura vacinal.

    A campanha de vacinação gratuita e segura contra a influenza segue até janeiro de 2026, com iniciativas específicas para alcançar os grupos mais vulneráveis. Desde fevereiro, o estado também ampliou a disponibilidade de leitos pediátricos para atender casos graves de SRAG, totalizando 85 leitos nos hospitais estaduais Ricardo Cruz e Zilda Arns. A mobilização para aumentar a imunização é crucial para mitigar o impacto dessas doenças respiratórias e proteger a população.

  • SENADO FEDERAL – Senado Notícias Oferece Assinatura de Notificações para Atualizações em Tempo Real

    O portal Senado Notícias apresenta uma nova funcionalidade que promete facilitar o acompanhamento das atualizações legislativas. Agora, os usuários têm a oportunidade de se inscrever em notificações para receber informações em tempo real sobre as principais notícias e eventos relacionados aos trabalhos do Senado.

    Ao acessar o site, os visitantes são recebidos por uma mensagem convidativa que ressalta a importância de estar bem informado sobre as atividades políticas que impactam a vida da sociedade. Com um simples clique, os interessados podem optar por receber alertas diretamente em seus dispositivos, garantindo que não percam nenhum detalhe das discussões, votações e projetos que estão em pauta.

    Além da opção de assinatura, o portal oferece aos usuários a possibilidade de descartar a inscrição nesse momento, possibilitando que a decisão seja tomada de forma ponderada. A ideia é que cada visitante tenha controle sobre as informações que deseja receber, transformando a experiência de consumo de notícias em algo mais personalizado e eficaz.

    Os avanços tecnológicos têm transformado a maneira como se acessa a informação, e a iniciativa do Senado reflete essa realidade. Em um mundo em que a rapidez é essencial, receber atualizações instantâneas sobre o Legislativo pode fazer toda a diferença na formação de opiniões e no engajamento cívico da população. Com a assinatura de notificações, o Senado busca aumentar a transparência de suas ações e estreitar a relação com a sociedade.

    É importante frisar que essa iniciativa não apenas facilita o acesso às informações, mas também estimula a participação cidadã. Ao manter-se informado, o cidadão se torna mais ativo nas discussões políticas e, assim, contribui para um ambiente democrático mais saudável. Portanto, para aqueles que desejam estar atualizados e fazer parte desse processo, a oportunidade de receber notificações é um passo significativo em direção a uma maior conexão com as questões que moldam o país.

  • SAÚDE – SUS Incorpora Novos Tratamentos Hormonais para Endometriose, Melhorando Qualidade de Vida das Mulheres Atingidas pela Doença.

    Novo Avanço no Tratamento da Endometriose no SUS: Opções Acessíveis para Mulheres

    O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de ampliar suas opções de tratamento para mulheres diagnosticadas com endometriose, oferecendo duas novas alternativas de base hormonal: o dispositivo intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG) e o anticoncepcional desogestrel. Essa inclusão na rede pública se deu após a resposta positiva da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que avaliou a eficácia e a necessidade das novas opções oferecidas.

    O DIU-LNG se destaca como uma solução inovadora no manejo da endometriose. Ele age suprimindo o crescimento do tecido endometrial que, de forma anormal, se desenvolve fora do útero. Essa alternativa se torna especialmente relevante para as mulheres que apresentam contraindicações ao uso de contraceptivos orais combinados. Segundo informações do Ministério da Saúde, uma das principais vantagens do DIU-LNG é a conveniência de sua substituição a cada cinco anos, uma característica que potencialmente melhora a adesão das pacientes ao tratamento.

    Por sua vez, o desogestrel é um anticoncepcional hormonal que pode ser utilizado tanto como uma opção inicial de tratamento quanto durante a fase de avaliação clínica, antes da confirmação do diagnóstico através de exames. O medicamento tem a capacidade de aliviar dores relacionadas à doença e de inibir a progressão do problema, bloqueando a atividade hormonal que favorece o desenvolvimento do tecido endometrial fora da cavidade uterina.

    Para que essas novas opções de tratamento sejam efetivamente implementadas na rede pública de saúde, é necessária a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose, um passo importante que garantirá a correta administração das tecnologias.

    A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória que afeta uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva, totalizando mais de 190 milhões de afetadas ao redor do mundo. Ela se caracteriza pelo crescimento anômalo de tecido semelhante ao endométrio em locais como ovários e intestinos, gerando uma série de sintomas debilitantes, como cólicas intensas, dor durante relações sexuais, infertilidade e desconfortos intestinais.

    Dados recentes do Ministério da Saúde mostram um aumento significativo no atendimento a mulheres diagnosticadas com endometriose, refletindo uma maior conscientização e reconhecimento da doença nos últimos anos. Entre 2022 e 2024, houve um salto de 30% na assistência relacionada ao diagnóstico na atenção primária e um alarmante aumento de 70% nos atendimentos especializados, evidenciando a urgência de recursos e tratamentos para essas pacientes.

    Com a incorporação dessas duas novas opções terapêuticas, o SUS avança no enfrentamento da endometriose, buscando oferecer melhores condições de saúde e qualidade de vida para as mulheres afetadas por essa enfermidade.

  • Vigilância Sanitária apreende mais de 5 mil litros de produtos de limpeza clandestinos em Maceió, alertando sobre riscos à saúde da população.

    Na última terça-feira, a Vigilância Sanitária de Maceió (Visa) desencadeou uma operação significativa no bairro de Canaã, resultando na apreensão de mais de 5 mil litros de produtos saneantes clandestinos. O material, que totalizou 5.176 litros, estava armazenado em uma distribuidora que operava sem o alvará sanitário e sem um responsável técnico indicado, como exige a legislação vigente.

    Durante a ação, os fiscais da Visa identificaram várias infrações. O estabelecimento em questão não apenas carecia de um controle efetivo de pragas, mas também não possuía as certificações necessários para o funcionamento legal. Os produtos apreendidos incluem itens comuns no dia a dia, como cloro, água sanitária, sabão líquido, desinfetantes, polidores de alumínio e detergentes. Todos esses produtos estavam sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uma parte significativa deles apresentava validade vencida, o que acende um alerta sobre possíveis riscos à saúde da população.

    De acordo com o chefe especial da Visa, Airton Santos, o objetivo principal da operação foi impedir a circulação de produtos que poderiam representar um risco à saúde pública. Além da apreensão dos produtos irregulares, a distribuidora foi autuada, enfrentando um processo administrativo. As penalidades financeiras para o estabelecimento podem variar consideravelmente, indo de R$ 180 até R$ 38 mil, com possibilidade de aumento em casos de reincidência.

    A Vigilância Sanitária também enfatiza a importância da participação da população no combate a irregularidades sanitárias. Para isso, disponibiliza canais de denúncia anônima, onde cidadãos podem relatar práticas suspeitas. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (82) 3312-5495 de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, ou pelo WhatsApp (82) 98752-2000, disponível 24 horas por dia, recebendo mensagens de texto, fotos e vídeos.

    Essa operação revela não apenas a atuação rigorosa da Vigilância Sanitária em Maceió, mas também a necessidade de um maior vigilância coletiva sobre a segurança dos produtos consumidos no dia a dia. A saúde pública deve ser uma prioridade e a luta contra a comercialização clandestina de produtos anima um debate necessário sobre regulamentação e fiscalização.

  • SAÚDE – Câmara dos Deputados Aprova Lei para Fortalecer Indústria de Saúde e Garantir Soberania na Produção de Insumos Médicos no Brasil.

    A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (8), o projeto de Lei 2583/2020, que visa implementar a Estratégia Nacional de Saúde no Brasil. Este projeto tem como objetivo fortalecer a indústria nacional e a pesquisa no setor de saúde, garantindo maior autonomia do país na produção de insumos e equipamentos médicos. A proposta foi aprovada com 352 votos a favor e 63 contrários, e agora segue para apreciação do Senado.

    O texto estabelece diretrizes para incentivar a pesquisa, o desenvolvimento científico e tecnológico, com foco em fortalecer as indústrias nacionais e reduzir a dependência de insumos importados. Neste contexto, também busca fortalecer o Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS), proporcionando uma base mais sólida para a política de saúde nacional.

    Uma das inovações trazidas pelo projeto é a criação de critérios que irão classificar empresas do setor de saúde como “estratégicas”. Tais empresas poderão beneficiar-se de incentivos fiscais e gozar de normas especiais em termos de compras e contratações junto ao poder público. O alinhamento dessas empresas às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) é um fator fundamental para que elas se tornem aptas a acolher esses benefícios, especialmente em situações de emergência sanitária.

    Para serem classificadas como estratégicas, as empresas deverão desenvolver atividades de pesquisa e estabelecer uma infraestrutura industrial no Brasil para fabricar equipamentos e insumos médicos, garantindo que tenham sede ou filiais no país. Entre os produtos que poderão ser fabricados estão equipamentos de proteção individual, ventiladores pulmonares, camas hospitalares e monitores multiparamétricos.

    O projeto também abre espaço para que o governo realize licitações destinadas exclusivamente à aquisição de produtos de saúde desenvolvidos por essas empresas estratégicas. A proposta foi idealizada durante a pandemia de covid-19, em um momento em que se evidenciou a fragilidade da dependência de importações para a aquisição de materiais essenciais.

    O deputado Dr. Luizinho, um dos autores da proposta, argumentou que este projeto é fundamental para garantir a soberania nacional na área da saúde. Segundo ele, a intenção é que o Brasil possa produzir seus próprios equipamentos e insumos, evitando a dependência de outros países em situações críticas. O relator do projeto, deputado Isnaldo Bulhões Jr., também reforçou a importância da proposta, destacando que ela representa um passo significativo para a segurança sanitária do Brasil e para o fortalecimento da capacidade produtiva nacional em áreas essenciais para a saúde pública. Ao promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico, o projeto abre caminho para a criação de um parque industrial robusto e especializado que atenderá tanto à demanda interna quanto à possibilidade de inserção no mercado global.