Tag: Redes Sociais

  • Casal é condenado por expor demais fotos do filho nas redes sociais em decisão inédita no Acre

    No Acre, uma decisão judicial recente chamou a atenção para a prática de “sharenting”, que se refere à exposição excessiva de crianças nas redes sociais pelos pais. O Tribunal de Justiça do Estado do Acre, sob a liderança da juíza Maha Manasfi, da 3ª Vara da Família de Rio Branco, condenou um casal por publicar imagens e vídeos do filho de maneira desproporcional. A juíza determinou que os pais estão proibidos de divulgar nas redes sociais qualquer conteúdo que ultrapasse o limite considerado aceitável.

    Essa condenação levanta importantes questões sobre a privacidade e a proteção das crianças na era digital. Com o advento das redes sociais, muitos pais compartilham momentos do cotidiano familiar com a intenção de registrar e compartilhar memórias. No entanto, essa prática pode acabar expondo as crianças a riscos desnecessários, como o bullying, a exploração e até mesmo o crime na internet. A decisão do tribunal, portanto, busca não apenas proteger a imagem da criança, mas também conscientizar os pais sobre as consequências da superexposição.

    É permitido, segundo a decisão, que os pais compartilhem fotos e vídeos durante datas comemorativas e em momentos que fazem parte da vida familiar, desde que não sejam excessivos ou invasivos. A regulamentação do uso de imagens e informações pessoais de crianças é uma discussão que vem ganhando espaço em várias partes do mundo, refletindo a necessidade de um equilíbrio entre o compartilhamento de experiências familiares e a proteção da privacidade infantil.

    A prática do “sharenting” é comum em diversos lares, com muitos pais utilizando as redes sociais como uma plataforma para se conectar com amigos e familiares, mas a falta de limites pode ter consequências graves. Com o crescente interesse de autoridades e profissionais em questões de proteção à criança, essa decisão judicial serve como um alerta para todos: é fundamental refletir sobre o que compartilhamos nas redes e garantir que a presença digital de nossas crianças seja gerida com responsabilidade e segurança.

  • Larissa Saad defende Lucas Moura contra críticas após lesão e derrota do São Paulo para o Flamengo, destacando a dor e esforço do atleta

    Na última semana, o meia Lucas Moura tornou-se alvo de intensas críticas após a derrota do São Paulo para o Flamengo, que terminou com um placar de 2 a 0. A insatisfação dos torcedores foi amplificada pelas redes sociais, especialmente considerando que Moura está fora de ação devido a uma lesão. Sua esposa, Larissa Saad, não hesitou em se manifestar publicamente em defesa do atleta, enfatizando o lutador que Lucas é e o empenho que teve para retornar aos campos.

    Em uma postagem nas redes sociais, Larissa expressou sua frustração ao observar a falta de empatia de algumas pessoas, que, segundo ela, comentam sem compreender a situação que a família está atravessando. “Eu nem deveria me importar, de verdade. Porque quem não tem empatia, quem não sabe se colocar no lugar do outro, não merece nem um segundo da minha atenção”, afirmou, demonstrando a dor e a indignação que está sentindo.

    A esposa de Moura criticou aquelas vozes que, sem conhecimento pleno do contexto, opinam de maneira destrutiva. Para Larissa, é difícil lidar com comentários de torcedores que não compreendem que as lesões são situações involuntárias na vida de um atleta. “Machuca ver gente falando sem saber, opinando como se soubesse de alguma coisa”, disse. A ironia em suas palavras foi clara quando questionou: “Eu não sabia que sentir dor era uma escolha, que se lesionar era uma ‘opção’ do atleta”.

    Ela provocou aqueles que julgam com tanta facilidade, insinuando que se soubessem como desligar a dor e acelerar a recuperação, deveriam entrar em contato para ajudar Lucas. O carinho e a preocupação de Larissa são evidentes, principalmente pelo fato de que o jogador não disputa uma partida desde 6 de maio, quando enfrentou o Alianza Lima pela Libertadores da América. A postura da esposa reafirma o apoio que atletas costumam receber de seus entes queridos em momentos de adversidade, além de trazer à tona uma reflexão sobre a necessidade de compaixão em meio a críticas.

    Assim, a situação não é apenas sobre uma lesão, mas também sobre o impacto emocional que o esporte e as expectativas de torcedores podem gerar na vida pessoal de um atleta. A mensagem de Larissa é um apelo por compreensão e respeito, características essenciais no convívio social, especialmente direcionadas a quem se sente no direito de emitir juízos sem conhecer a vivência do outro.

  • MC Daniel promete ação judicial contra ofensas de amigo da ex-companheira: “Não tolerarei ilegalidade e ataques injustos”

    Na manhã desta segunda-feira, MC Daniel, um dos nomes proeminentes do funk brasileiro, fez uma contundente declaração em resposta a ofensas e acusações dirigidas a ele por Rapha Werneck, amigo de sua ex-companheira, a influenciadora Lorena Maria. O desabafo de Werneck, que ganhou força nas redes sociais, descreve o artista como um homem “tóxico, abusivo, agressivo e narcisista”, tornando esta situação ainda mais polémica.

    Em uma série de postagens, Rapha não poupou críticas, afirmando que Lorena se afastou de um relacionamento cheio de mentiras e manipulações. Ele chegou a acusar o funkeiro de encenar sua boa imagem, afirmando que até gestos simples, como um beijo, eram feitos apenas para impressionar as câmeras. Segundo ele, “tudo montado, tudo fake”, deixando explícito seu descontentamento e repulsa pelo comportamento do artista.

    Diante das declarações pesadas de Werneck, MC Daniel decidiu se manifestar publicamente através das redes sociais. Em um post repleto de indignação, o cantor repudiou as alegações, que segundo ele, são infundadas e não possuem qualquer base concreta. “Repudio, por completo, todas essas injustas imputações. Essas alegações, dissociadas de qualquer prova, serão objeto de enfrentamento judicial”, declarou.

    Além de contestar as acusações, o funkeiro revelou que já está tomando as devidas providências legais contra quem o atacou. Ele deixou claro que não tolerará esse tipo de ofensa e que ações judiciais estão em andamento para proteger sua imagem e honra.

    A corrida pela verdade se instiga agora em meio a um cenário online efervescente, onde as opiniões se dividem entre defensores e críticos de ambas as partes. Enquanto o desenrolar deste episódio promete esquentar ainda mais as redes sociais, fãs e seguidores aguardam por uma resolução que traga clareza a essa polêmica trama.

    MC Daniel, ao se posicionar contra as acusações, reafirma sua determinação em não apenas se defender, mas também em expor o que considera uma injustiça. A situação continua em evolução e muitos olhos estarão atentos aos próximos movimentos de ambos os lados, enquanto a verdadeira história por trás dessas alegações ainda aguarda ser revelada.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara Debate Desinformação e Críticas ao Governo em Sessão Acentuada sobre Riqueza e Impostos entre Pobre e Rica População Brasileira

    Na sessão do Plenário da Câmara dos Deputados realizada em 8 de julho de 2025, a discussão sobre a recente disseminação de vídeos nas redes sociais, que alegam que o Congresso Nacional prioriza os interesses dos ricos em detrimento dos pobres, tomou conta do debate. Esses vídeos, gerados por inteligência artificial, geraram reações acaloradas, especialmente entre os parlamentares de oposição, que saíram em defesa do legislativo, enquanto os aliados do governo defenderam uma reforma na lógica tributária do país.

    O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), na condição de vice-líder da oposição, não poupou críticas ao que qualificou de ação “criminosa e covarde” contra os representantes do povo. Ele enfatizou a insinuação de que os deputados estariam utilizando recursos excessivos, questionando especificamente a afirmação de que alguns deles custariam R$ 350 mil mensais em despesas de gabinete. “Gostaria de saber quem seria esse deputado, pois diversas vezes escutei essa informação sendo disseminada”, desabafou.

    As críticas continuaram com o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), que sugeriu que a narrativa criada pelo governo Lula busca dividir a sociedade entre pobres e ricos para conquistar apoio popular. “O governo prometeu incluir os pobres no Orçamento, mas, na verdade, acabou por aumentar a carga tributária sobre eles”, argumentou.

    O deputado Sanderson (PL-RS), outro vice-líder da oposição, também se posicionou contra o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), refletindo sobre seu impacto nas camadas mais vulneráveis da população. “Quando o IOF é elevado, a conta recai sobre os mais pobres. O governo afirma que os está protegendo, mas está, na verdade, atingindo-os diretamente”, exclamou.

    Por sua vez, o deputado Rodrigo Estacho (PSD-PR) reprovou a ideia de que o IOF somente atinge os ricos, lembrando que quem busca financiar a compra de veículos ou capazes de adquirir empréstimos também enfrentará esse imposto. “Essa informação é uma falácia, pois o ônus é compartilhado por toda a sociedade”, declarou.

    A disparidade econômica e social, conforme apontou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), já é uma realidade no Brasil, existindo uma significativa divisão entre 1% de ricos e 99% de trabalhadores. Silva ressaltou que essa desigualdade não é um fenômeno novo, mas algo enraizado na história do país. O seu colega Valmir Assunção (PT-BA) concordou ao dizer que a decisão da Câmara em suspender o aumento do IOF foi imprópria, reforçando que a insatisfação popular, amplificada pelas redes sociais, deve ser ouvida com seriedade.

    A deputada Carol Dartora (PT-PR) também expressou sua preocupação, considerando grave a revogação dos decretos que elevavam o IOF, argumentando que essa decisão prejudica o Brasil, especialmente em tempos de penúria, quando a necessidade de investimento em saúde, educação e assistência social é crítica. Para ela, a arrecadação estimada em R$ 30 bilhões era fundamental para atender essas demandas urgentes.

    A discussão recente no Congresso destaca a polarização em torno de questões tributárias e suas repercussões, refletindo a luta entre diferentes interesses sociais e econômicos em um país marcado pela desigualdade.

  • ByteDance Desmente Rumores de Venda do TikTok para Consórcio Norte-Americano Liderado pela Oracle e Reitera Foco em Negociações Comerciais com os EUA

    ByteDance Reitera Compromisso com o TikTok e Descarta Negociações de Venda ao Consórcio Norte-Americano

    A ByteDance, empresa chinesa responsável pela popular plataforma TikTok, vem a público para desmentir rumores sobre a venda do controle da rede social a um consórcio norte-americano liderado pela Oracle. Em um comunicado emitido nesta terça-feira (8), a companhia reafirmou sua posição, destacando que não há planos de transação em andamento.

    As especulações sobre uma possível venda surgiram após a divulgação de que o governo dos Estados Unidos, durante a administração de Donald Trump, estava em tratativas para adquirir o TikTok. Autoridades da época acreditavam que a aquisição, em parceria com investidores norte-americanos, poderia mitigar preocupações de segurança nacional a respeito dos dados dos usuários. Em resposta a essas acusações, o Ministério das Relações Exteriores da China exortou os EUA a manter um ambiente de negócios “aberto, justo e não discriminatório” para as empresas chinesas operando em seu território.

    Históricamente, a ByteDance tem enfrentado várias tentativas de imposição de restrições e regulamentações por parte do governo dos EUA, especialmente durante o período de tensões comerciais entre as duas potências. Em abril deste ano, a empresa já havia negado rumores semelhantes a respeito de uma venda do TikTok. Recentemente, um artigo publicado pelo New York Post sugeriu que a China estava deliberadamente adiando a venda da plataforma para maximizar suas vantagens nas negociações comerciais com Washington.

    Em meados de junho, o ex-presidente Trump afirmou que revelaria em breve a identidade dos potenciais compradores do TikTok, referindo-se a eles como “indivíduos muito ricos”. Além disso, ele havia condicionado a licença de operação do TikTok a uma reestruturação que garantisse controle majoritário a investidores dos Estados Unidos. A ByteDance, por sua vez, expressou que qualquer acordo passaria por análises rigorosas e pela resolução das disputas tarifárias entre os dois países.

    Por fim, em 2024, o Congresso norte-americano aprovou a “Lei de Proteção aos Americanos Contra Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros”, exigindo que a ByteDance vendesse seus ativos nos Estados Unidos ou enfrentasse uma proibição total em seu funcionamento. Essa legislação surgiu em um contexto marcado por preocupações crescentes em relação à segurança digital, uma vez que o TikTok continua a ser visto como um ponto de vulnerabilidade ligado ao governo chinês.

    Nesse cenário repleto de incertezas, a posição da ByteDance reafirma não apenas seu compromisso com a plataforma, mas também suas aspirações de contornar pressões externas mantendo suas operações intactas nos Estados Unidos.

  • Dançarina Theila Sabrina é investigada na Bahia por extorsão e ameaças homofóbicas; polícia apreende celulares durante operação.

    A dançarina e influenciadora Theila Sabrina, que ganhou notoriedade por sua atuação em grandes bandas de música brasileira, como Calcinha Preta e Cavaleiros do Forró, está no centro de uma investigação policial na Bahia. A artista, que tem uma expressiva presença nas redes sociais com quase 200 mil seguidores, é acusada de crimes graves, incluindo extorsão, ameaças e disparos de discursos homofóbicos.

    Segundo informações da Polícia Civil da Bahia, mandados de busca e apreensão foram executados em sua residência, localizada em Feira de Santana. Durante a operação, foram confiscados um celular e um tablet, que podem conter evidências das alegações contra a influenciadora. As investigações indicam que Theila teria extorquido vítimas que enviaram vídeos íntimos, utilizando mensagens ameaçadoras que se dirigiam não apenas a elas, mas também a familiares, o que intensifica a gravidade das acusações.

    Além de sua carreira nas apresentações ao vivo, Theila foi rainha do Carnaval de Salvador em 2020, 2022 e 2023, momento que consolidou sua imagem no cenário cultural baiano. Ela também fez aparições em programas de televisão, entre eles um famoso show apresentado por Rodrigo Faro, o que a trouxe ainda mais à tona no mundo da mídia.

    Apesar do turbilhão que a situação traz, Theila não se manifestou diretamente sobre as investigações em andamento ou sobre os desdobramentos das apreensões. No entanto, através de sua conta nas redes sociais, postou uma mensagem enigmática que sugere que ela busca manter a calma diante da adversidade. “Entendi a importância de uma consciência tranquila quando fui acusada de algo que não fiz e de coisas que não sou”, escreveu, insinuando que confia na justiça e na própria inocência.

    O caso de Theila Sabrina levanta questões importantes sobre o uso das redes sociais e os limites que a fama pode impor sobre a vida pessoal. Enquanto aguarda o desenrolar das investigações, a influenciadora continua a interagir com seus seguidores, compartilhando momentos de sua vida e viagens, que incluem destinos como a Disney e as Maldivas. A expectativa é que ela se pronuncie sobre a situação, uma vez que a pressão e a curiosidade em torno do caso só tendem a aumentar.

  • Mulher relata ter ficado temporariamente cega após usar produto de influenciadora; família busca justiça e afirma que córneas foram queimadas.

    Mulher Afirma Ter Ficado Cega Temporariamente Após Usar Produto de Beleza

    Em um relato alarmante que chamou a atenção nas redes sociais, uma residente de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, afirmou ter perdido temporariamente a visão após utilizar um fortalecedor de cílios da marca Wepink, associada à influenciadora digital Virginia Fonseca. Lidiane Herculano ficou preocupada quando notou ardência nos olhos após a aplicação do produto, mas inicialmente não atribuiu a gravidade ao que estava acontecendo.

    Após uma noite de sono, Lidiane acordou com a visão bastante comprometida, descrevendo-a como nublada e cinza. Em um vídeo divulgado no YouTube, ela relatou sua experiência de forma detalhada. “Eu estava vendo tudo muito nublado”, disse enquanto tentava entender o que estava acontecendo. Na tentativa de aliviar a situação, a mulher lavou os olhos com soro fisiológico e água boricada, mas não conseguiu notar melhora.

    Após recomendação de colegas de trabalho, que se preocupavam com sua saúde ocular, Lidiane consultou uma oftalmologista, que diagnosticou queimaduras nas córneas. A especialista alertou que a situação poderia ter se agravado se a paciente não tivesse lavado os olhos. “A dor era insuportável, parecendo que eu tinha cortado os olhos com uma lâmina”, relatou Lidiane, que, devido às intensas dores, buscou atendimento em um hospital especializado em Duque de Caxias.

    O relato se espalhou nas redes sociais, especialmente através de seu filho, Otávio Lopes, que expressou a gravidade da situação, ressaltando que Lidiane ficou afastada do trabalho por aproximadamente uma semana. Ele mencionou que, graças ao tratamento imediato, a situação não evoluiu para algo mais grave, mas ainda sim gerou um grande desconforto e dor para a mãe.

    Na atualização do estado de saúde de Lidiane, divulgada em sua rede social, Otávio relatou que ela já estava em recuperação e que a família estava tomando providências legais em relação ao caso. Apesar da gravidade do ocorrido, o episódio trouxe à tona a discussão sobre a segurança de produtos de beleza e a necessidade de cautela ao usá-los.

    A equipe de reportagem tentou contato com a marca Wepink para obter uma posição sobre o incidente, mas não obteve retorno até o momento. O espaço permanece aberto para qualquer manifestação da empresa. A história de Lidiane serve como um alerta sobre os riscos que podem estar associados ao uso de produtos cosméticos, ressaltando a importância de consultar profissionais antes de experimentar novidades no mercado de beleza.

  • Moraes critica big techs em Fórum de Lisboa: “Não somos obrigados a respeitar essa porcaria” e defende regulação das redes sociais contra abusos.

    Durante o Fórum de Lisboa, realizado em Portugal na última sexta-feira (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não hesitou em criticar severamente as redes sociais e o papel das grandes empresas de tecnologia na disseminação de conteúdos problemáticos. Em uma declaração contundente, Moraes argumentou que essas plataformas adotam a liberdade de expressão como um argumento para justificar comportamentos abusivos e afirmou enfaticamente: “Não somos obrigados a respeitar essa porcaria”.

    O ministro apresentou, em sua fala, uma série de postagens que considerou extremistas, o que, segundo ele, reforça a necessidade de uma regulação mais rigorosa dessas redes. Moraes denunciou o que chamou de uma “lavagem cerebral” promovida por essas plataformas, alegando que muitas pessoas foram convencidas de que qualquer tipo de conteúdo ofensivo pode ser classificado como liberdade de expressão. Para ele, essa falsa noção alimenta um ambiente tóxico e violento, prejudicando a sociedade.

    Ainda em sua fala, o ministro fez um paralelo entre o comportamento das redes sociais e os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando manifestações violentas marcaram o cenário político brasileiro. Ele criticou especificamente o funcionamento dos algoritmos, que, segundo sua análise, têm o efeito de propagar conteúdos extremistas porque geram mais engajamento e lucro. Moraes questionou se a sociedade deve tolerar ofensas gratuitas e desrespeito, indagando: “Podemos considerar isso como liberdade de expressão?”.

    Em uma perspectiva mais ampla, o ministro também mencionou uma decisão do STF que exige que as grandes techs estabeleçam uma representação legal no Brasil. Essa medida, de acordo com Moraes, é um passo importante para responsabilizar essas empresas em casos de publicações que violem a Constituição. Ele enfatizou que a internet não pode ser vista como uma “terra sem lei”, ressaltando que, historicamente, o poder político e econômico esteve concentrado nas mãos de um número extremamente reduzido de indivíduos. A mensagem de Moraes foi clara: é necessário um controle mais efetivo sobre o que é disseminado nas plataformas digitais para garantir uma sociedade mais justa e responsável.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova medida para obrigar plataformas digitais a retirar conteúdo prejudicial a crianças e adolescentes, fortalecendo a proteção de direitos e integridade.

    No dia 4 de julho de 2025, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados tomou uma decisão significativa ao aprovar uma proposta que impõe às plataformas digitais a responsabilidade de remover conteúdos que exponham crianças e adolescentes a situações discriminatórias ou que prejudiquem sua integridade física, psíquica ou moral. Essa medida surge no contexto de um crescente reconhecimento da necessidade de proteção dos menores no ambiente virtual.

    O projeto, que busca modificar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), também considera os jovens que atingiram a maioridade na data do pedido de remoção. A relatora da proposta, a deputada Laura Carneiro, filiada ao PSD do Rio de Janeiro, apresentou um substitutivo ao Projeto de Lei 4776/23, originalmente elaborado pela deputada Lídice da Mata. Em sua justificativa, Carneiro destacou que é inadmissível que as plataformas digitais continuem a ignorar casos de violação de direitos de crianças e adolescentes, além de comportamentos como assédio, terrorismo e discursos de ódio.

    Um dos pontos mais importantes do texto aprovado diz respeito à obrigatoriedade de os provedores retirarem rapidamente conteúdos que possam ofender menores de idade. A proposta também revisou a exigência de consentimento de ambos os pais ou responsáveis para a divulgação de imagens e informações sobre crianças, a qual foi retirada do texto original. Além disso, foi rejeitada a sugestão que permitiria que adolescentes a partir de 16 anos solicitassem a remoção de suas próprias imagens ou informações, conhecida como “direito ao esquecimento”.

    O texto também traz alterações ao Código Civil, atribuindo aos pais a responsabilidade de assegurar a integridade física, psíquica e moral dos filhos, com ênfase na proteção da privacidade, autonomia e dados pessoais.

    Com a aprovação na comissão, o próximo passo envolve a análise do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, seguida pela votação no Plenário. Para se tornar lei, a proposta deverá ser aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado. Essa movimentação legislativa representa um avanço na luta pela proteção dos direitos das crianças e adolescentes no mundo digital, refletindo uma preocupação crescente com as ameaças que podem surgir nesse contexto.