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  • ECONOMIA –

    Relevância dos EUA nas Exportações do Brasil Cai Dramaticamente, Enquanto China Se Consolida Como Principal Parceiro Comercial

    Nos últimos anos, a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos tem demonstrado uma significativa mudança de patamar, evidenciada pelos números que revelam a queda acentuada na participação do país norte-americano nas exportações brasileiras. Entre 2001 e 2024, essa participação despencou de 24,4% para apenas 12,2%, o que representa uma redução de quase 50%. Esse cenário reflete um redirecionamento das parcerias comerciais do Brasil, que agora vê a China como seu principal parceiro, com uma impressionante ascensão de sua participação, que subiu de 3,3% para 28% no mesmo período.

    O declínio nas exportações para os Estados Unidos não é uma exclusividade desta nação. A União Europeia e os países da América do Sul também observam quedas significativas, embora ainda mantenham suas participações acima da dos americanos. A UE conta com 14,3% e a América do Sul com 12,2%. Esses dados fazem parte de um estudo mensal que analisa a balança comercial e outros aspectos do comércio exterior, evidenciando as transformações nas relações comerciais do Brasil.

    Ademais, a diminuição da participação americana se reflete também nas importações brasileiras. A proporção de produtos adquiridos dos Estados Unidos caiu de 22,7% em 2001 para 15,5% em 2024. A China, em contrapartida, viu sua participação aumentar dez vezes, de 2,3% para 24,2%, enquanto as importações da União Europeia e da América do Sul também recuaram consideravelmente.

    Outro aspecto relevante trazido pelo estudo é a diversidade dos produtos que o Brasil exporta para os Estados Unidos, em contraste com a concentração das exportações para a China, onde três produtos — petróleo, soja, e minério de ferro — dominam as transações. Em relação aos EUA, uma gama maior de produtos é responsável por 57% das exportações brasileiras.

    O recente anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por parte do presidente americano, Donald Trump, trouxe à tona uma nova esfera de tensões na relação bilateral. As consequências desse tarifaço ainda são incertas, mas é evidente que ele poderia afetar negativamente setores chave da economia brasileira, como a indústria de manufatura.

    Analistas como Lia Valls, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), destacam que, embora existam oportunidades para que certos produtos brasileiros, principalmente commodities, possam encontrar novos mercados, a realidade é que a substituição dos Estados Unidos por outros parceiros não será simples. Além disso, a presença significativa de multinacionais americanas no Brasil e a interdependência dos mercados globais podem influenciar decisões futuras.

    Diante desse panorama desafiador, o governo brasileiro busca alternativas para mitigar os impactos das tarifas, explorando medidas de retaliação e negociações diplomáticas, enquanto se depara com a complexidade de uma relação que, outrora robusta, agora se apresenta repleta de incertezas.

  • Avião de transporte médico cai em aeroporto de Londres; voos são cancelados e serviços de emergência respondem ao incidente grave.

    No último domingo, 13 de agosto, um pequeno avião caiu no Aeroporto de Southend, situado em Londres, provocando um intenso trabalho dos serviços de emergência que se deslocaram rapidamente até o local do incidente. Embora os detalhes sobre a trajetória da aeronave e o número de pessoas a bordo não tenham sido imediatamente divulgados, o aeroporto emitiu um comunicado nas redes sociais, classificando o acontecimento como um “incidente grave” envolvendo uma aeronave de aviação geral.

    Em resposta ao acidente, a direção do aeroporto decidiu cancelar todos os voos de entrada e saída até que a situação seja devidamente avaliada. Policiais, equipes de emergência e investigadores aéreos estão mobilizados no local para apurar as causas da queda da aeronave, enquanto o tráfego aéreo permanece suspenso.

    A mídia britânica, em levantamentos posteriores ao acidente, revelou que a aeronave era um jato de transporte médico, especificamente um Beechcraft B200 Super King Air, que estava a caminho da Holanda e era equipado com sistemas médicos adequados para o transporte de pacientes. Essas informações geraram uma preocupação adicional, considerando a natureza do voo e a possibilidade de haver um contexto relacionado à saúde que poderia ter influenciado o trágico desfecho.

    Imagens que circularam nas redes sociais logo após a queda mostraram uma intensa coluna de fogo e uma densa fumaça preta se elevando do local do acidente, indicando a gravidade da situação. A aeronave, com cerca de 12 metros de comprimento, deixou a comunidade local em estado de choque e agitação, aumentando a urgência das investigações em andamento para determinar as causas do sinistro.

    À medida que as equipes de emergência trabalham no local, a situação continua a ser monitorada de perto, e novas informações devem emergir conforme os investigadores compartilham seus achados. A tragédia ressalta a importância da segurança na aviação e a necessidade de revisar protocolos em situações de emergência.

  • Jovem pode ter sobrevivido até 32 horas após queda em trilha na Indonésia, revela nova necropsia; resgate ocorreu quatro dias depois

    A história de Juliana Marins, uma jovem de 26 anos, reverberou em meio à comoção e à triste realidade da imprevisibilidade dos acidentes. Juliana caiu de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, e um novo laudo necroscópico revelou que ela pode ter permanecido viva por até 32 horas após a queda. A informação foi trazida à luz durante uma coletiva de imprensa realizada pela Defensoria Pública da União (DPU) no Rio de Janeiro e se fundamenta em análises entomológicas que examinaram larvas encontradas no corpo da vítima.

    O legista Reginaldo Franklin Pereira, que faz parte da equipe da Polícia Civil do Rio, relatou que a colaboração com a entomologista Janyra Oliveira Costa permitiu calcular o momento da morte de Juliana, o que aconteceu cerca de meio-dia em 22 de junho, horário local. Isso significa que a jovem teria caído às 4h da manhã do dia anterior e, portanto, poderia ter sobrevivido por mais de um dia após sua queda. A causa da morte foi oficialmente classificada como politraumatismo, com lesões advindas de impacto.

    Os especialistas também revelaram que, em decorrência de uma queda subsequente, Juliana sofreu ferimentos que se mostraram fatais. Testemunhas afirmaram ter ouvido os pedidos de socorro da jovem durante mais de 14 horas. No entanto, o resgate só ocorreu quatro dias depois do acidente, em 25 de junho. A primeira autópsia, realizada na Indonésia, foi considerada inconclusiva, o que levou a família de Juliana a solicitar uma nova análise, que foi autorizada pela Justiça Federal.

    O laudo foi apresentado em uma emotiva coletiva que contou com a presença da família de Juliana, defensores públicos e peritos forenses. Durante o evento, os especialistas enfatizaram a importância da metodologia científica em suas conclusões, que evitaram conjecturas e valorizam a precisão dos dados coletados. O legista finalizou a coletiva ressaltando que a determinação do momento da morte baseou-se em fundamentos científicos sólidos e não em suposições meras, oferecendo um sopro de clareza em meio à dor da perda.

  • MUNICIPIOS – Reforma Fiscal Impacta Financiamento da Assistência Social e Cria Demanda Reprimida de R$ 243,9 Milhões em Municípios Brasileiros, Alerta Confederação Nacional de Municípios.

    A Política de Assistência Social desempenha um papel crucial no sistema de seguridade social brasileiro, complementando os setores de saúde e previdência, e se dedica à proteção dos direitos da população. Seu foco principal é garantir um atendimento de qualidade tanto nas áreas urbanas quanto rurais, oferecendo benefícios e serviços conforme estipulado pela Constituição Federal de 1988. No entanto, recentemente, a assistência social tem enfrentado sérios desafios financeiros.

    A Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem monitorado os repasses do cofinanciamento federal para os entes municipais e observou uma queda significativa nos valores transferidos em julho. No caso do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), apenas 55% do montante previsto foi repassado, enquanto o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) recebeu apenas 75% do que deveria. Esses cortes comprometem a capacidade dos municípios em oferecer os serviços de assistência social de forma plena.

    Os dados revelam que, até o momento, os municípios receberam apenas R$ 667,4 milhões, enquanto o valor ideal, considerando a previsão constitucional, seria de pelo menos R$ 921,4 milhões. Isso representa uma demanda reprimida de R$ 243,9 milhões. Essa disparidade nas transferências afeta não apenas a execução das políticas sociais, mas também agrava as desigualdades regionais, dificultando o acesso da população a serviços essenciais.

    Essas dificuldades são exacerbadas por medidas de ajuste fiscal, como a Emenda Constitucional 95/2016, que impôs um teto nos gastos públicos. Para garantir uma assistência eficaz, é imperativo que os repasses federais sejam realizados de forma integral, respeitando os valores planejados e assegurando um compromisso efetivo com o Pacto Federativo. Assim, a continuidade da Política de Assistência Social depende da superação desses desafios financeiros e da adesão às obrigações estabelecidas entre os diferentes níveis de governo.

  • SAÚDE – Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave apresentam queda; especialistas alertam para a necessidade de vacinação e cuidados, especialmente entre crianças e idosos.

    Nesta quinta-feira, o boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), trouxe boas notícias em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O documento revela uma notable queda no número de casos registrados em diversas regiões do Brasil, sinalizando uma possível reversão no cenário de saúde pública ligado a essa condição. A leve melhora é especialmente atribuída à interrupção do aumento ou mesmo à redução das hospitalizações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças e pela influenza A em idosos.

    A análise realizada pelos especialistas da Fiocruz também destacou a estabilidade nos casos de SRAG provocados pelo Covid-19, que se mantém em níveis baixos na maioria dos estados da federação. No entanto, o Estado do Rio de Janeiro apresenta um pequeno aumento nas incidências, o que acende um alerta sobre a necessidade de acompanhamento e precauções contínuas.

    Tatiana Portella, pesquisadora responsável pelo InfoGripe, enfatiza que, apesar da queda nos números de casos de VSR e influenza A, ainda há registros de crescimento em determinadas faixas etárias em locais específicos. Embora as hospitalizações por SRAG tenham se reduzido, os índices ainda são considerados elevados, o que torna imperativa a manutenção das medidas de prevenção. Entre as recomendações, destaca-se a importância da vacinação contra a gripe, o uso de máscara em lugares fechados e a adesão a práticas de etiqueta respiratória.

    Além disso, Portella alerta sobre a necessidade de garantir que todos estão em dia com as vacinas contra a Covid-19, especialmente idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido, que devem receber doses de reforço a cada seis meses.

    No que se refere à incidência da SRAG, as crianças continuam enfrentando uma situação crítica, com casos elevados em várias partes do Brasil, excetuando-se Tocantins e o Distrito Federal. A situação em relação aos idosos, por sua vez, continua igualmente preocupante, sobretudo nas regiões Centro-Sul e em partes do Norte e Nordeste, onde a influenza A mantém os registros em níveis moderados a altos.

    O InfoGripe, que monitora a situação de SRAG no Brasil, desempenha um papel vital no suporte às vigilâncias em saúde para identificar áreas prioritárias que necessitam de intervenções. A atualização mais recente se refere à Semana Epidemiológica 27, coberta no período de 29 de junho a 5 de julho, ressaltando a importância do monitoramento contínuo em tempos de incerteza.

  • Alagoas Reduz em 42,9% Mortes por Hepatite C em Uma Década, Acompanhando Campanha de Testagem do Ministério da Saúde para Prevenção e Diagnóstico Precoce.

    Nos últimos dez anos, o estado de Alagoas tem apresentado um progresso significativo na redução das mortes causadas pela hepatite C, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre 2014 e 2024, o número de óbitos por essa doença caiu impressionantes 42,9%, despencando de sete para quatro mortes. Em uma análise mais ampla, o Brasil também demonstra avanços ao registrar uma redução de 50% nas mortes por hepatite B, aproximando-se da ambiciosa meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que objetiva diminuir as fatalidades em 65% até 2030.

    Para alavancar ainda mais a identificação precoce das hepatites, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Um teste pode mudar tudo”, que oferece testagem gratuita às pessoas com mais de 20 anos através do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa inovadora não se limita apenas à testagem; ela também foi complementada por uma plataforma digital que fornece dados em tempo real, permitindo o monitoramento detalhado dos diagnósticos, do início e do tempo médio de tratamento para as hepatites B e C, segmentados por estado e município.

    Desde 2014, os esforços do país para controlar as hepatites têm mostrado resultados impressionantes. O Brasil conseguiu reduzir em 99,9% os casos de hepatite A entre crianças com menos de dez anos, além de observar uma diminuição de 55% na transmissão vertical da hepatite B em gestantes, o que significa menos bebês nascendo com a doença. No ano de 2024, foram registrados 11.166 casos de hepatite B e 19.343 casos de hepatite C, números que indicam a continuidade da luta contra essas enfermidades.

    O Sistema Único de Saúde (SUS) não apenas oferece vacinas contra as hepatites A e B, mas também disponibiliza testes rápidos e preservativos, além de fornecer orientações sobre práticas de prevenção, como o não compartilhamento de objetos cortantes. Em termos de tratamento, o Brasil disponibiliza antivirais para hepatite C e medicamentos específicos para hepatite B, reforçando assim seu comprometimento na luta contra essas doenças e promovendo a saúde da população.