Tag: Políticas Públicas

  • SENADO FEDERAL – SUS pode enfrentar crescimento de gastos de 3,9% ao ano, desafiando arcabouço fiscal e necessidade de realocação orçamentária, aponta estudo da IFI.

    Nesta segunda-feira, a Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgou um estudo que prevê um crescimento anual médio de 3,9% nas despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos 45 anos. Essa taxa representa um aumento significativo, estimado em cerca de R$ 10 bilhões por ano, superando, de forma preocupante, o limite estipulado pelo arcabouço fiscal do governo federal, que apresenta um teto de crescimento das despesas de 2,5% ao ano.

    Alessandro Casalecchi, analista da IFI e autor do estudo intitulado “Cenários de longo prazo para a necessidade de financiamento da saúde (2025-2070)”, discutiu as implicações dessas projeções em um debate com diversos especialistas. Ele destacou que, a partir de 2026, o aumento necessário nos investimentos em saúde pode gerar um conflito com as normas fiscais. Para Casalecchi, a saúde se tornará um “desafio alocativo” no Orçamento nos próximos anos, exigindo uma realocação de recursos para que as necessidades sejam atendidas.

    Durante o evento, Casalecchi ressaltou que a sustentabilidade do financiamento da saúde é uma preocupação central. Ele observou que, se todas as demandas de financiamento forem atendidas sem ajustes nos gastos, isso não será viável dentro do atual arcabouço fiscal do Brasil.

    O debate contou com a participação de importantes figuras do setor, incluindo Marcus Pestana, diretor-executivo da IFI; Natália Nunes Ferreira Batista, representante do Ministério da Saúde; Renê José Moreira dos Santos, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); Blenda Leite Saturnino Pereira, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); e Augusto Bello de Souza Neto, consultor de Orçamento do Senado.

    O estudo também destaca o subfinanciamento crônico do SUS, enfatizando que o sistema de saúde brasileiro carece constantemente de recursos. Segundo as simulações realizadas, o rápido envelhecimento da população e os avanços tecnológicos devem ser considerados, pois estes fatores impactam a necessidade financeira do setor.

    Casalecchi não se deteve em analisar a gestão operacional das políticas de saúde, mas concentrou sua pesquisa na relação entre as necessidades do serviço e as possibilidades financeiras do governo. Um dos aspectos que mais pressiona os gastos é o “fator misto”, que inclui a inflação específica do setor, vista como constantemente superior à média, e o avanço acelerado na incorporação de novas tecnologias.

    Renê dos Santos, que participou do debate, reconheceu a relevância do estudo, mas alertou que estados e municípios enfrentam dificuldades fiscais que limitam sua capacidade de ampliar o financiamento da saúde, uma vez que precisam equilibrar outras políticas públicas. Natália Batista, por sua vez, destacou a expectativa de que os recursos para a saúde aumentem devido à regulamentação da reforma tributária, que prevê novas receitas para o SUS a partir da taxação de bebidas açucaradas. Blenda Pereira lembrou a importância do diálogo sobre o financiamento da saúde pública, sublinhando que cerca de metade dos gastos com saúde no Brasil são cobertos por estados e municípios.

    Diante desse panorama, é evidente que o Brasil se encontra em um momento crítico, em que a necessidade de investimentos no sistema de saúde se torna cada vez mais urgente, e o debate sobre a sustentabilidade do SUS deve ser intensificado nas esferas política e administrativa.

  • Projeto da Câmara dos Deputados visa garantir vestibulares acessíveis para pessoas idosas em instituições de educação superior, promovendo inclusão e igualdade de oportunidades.

    A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados avançou em uma importante pauta para a inclusão social ao aprovar um projeto que institui a obrigatoriedade de processos seletivos em instituições de ensino superior com formatos acessíveis para pessoas idosas. A proposta tem como principal objetivo promover igualdade de oportunidades e garantir que esse segmento da população tenha acesso pleno à educação superior.

    Durante a sessão, foi aprovado um substitutivo ao Projeto de Lei 468/24, apresentado pelo deputado David Soares. Este substitutivo, oriundo da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa, não altera o conteúdo central da proposta original, mas sim realiza algumas modificações formais de redação.

    O relator do projeto, deputado Reginaldo Veras, enfatizou a importância da iniciativa reiterando o valor intrínseco das pessoas idosas, que trazem consigo uma vasta bagagem de experiências e conhecimento. Veras destacou que a educação deve ser vista como um direito fundamental, que se estende a todos, independentemente de sua faixa etária. Para ele, essa medida é um passo significativo rumo à justiça social e à inclusão, permitindo que os idosos continuem contribuindo ativamente para a sociedade.

    Essa nova norma será integrada ao Estatuto da Pessoa Idosa, o qual já prevê que as instituições de ensino superior ofereçam cursos e programas de extensão destinados a essa faixa etária, tanto no formato presencial quanto à distância. Com isso, busca-se fortalecer ainda mais o compromisso das instituições educacionais com a inclusão.

    Os próximos passos da proposta incluem sua análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde será votada em caráter conclusivo. Somente após a aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado a proposta poderá se tornar lei. Essa medida representa um avanço significativo na luta por um espaço mais inclusivo e acessível para todos na educação superior brasileira, refletindo um compromisso crescente com a valorização da terceira idade.

  • SENADO FEDERAL – Comissão de Educação e Cultura do Senado vota projetos sobre inclusão em escolas e Dia da Luta da População em Situação de Rua nesta terça-feira

    Na manhã desta terça-feira, 8 de outubro, a Comissão de Educação e Cultura (CE) do Senado se prepara para deliberar sobre quatro projetos de lei que podem ter um impacto significativo nas políticas educacionais e sociais do Brasil. A votação está agendada para começar às 10h.

    Um dos destaques da pauta é o projeto de lei 3.611/2024, proposto pelo senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, que visa estabelecer diretrizes para a criação de uma política de bolsa inclusiva nas instituições de ensino privadas que oferecem bolsas estudantis. Essa proposta, que recebeu um substitutivo do relator, senador Veneziano Vital do Rêgo, também do MDB, busca garantir igualdade de condições entre alunos pagantes e bolsistas. O substitutivo introduz mecanismos para promover a integração entre esses grupos, visando a superação de estigmas relacionados às bolsas de estudo. Se aprovado, o projeto seguirá para análise na Câmara dos Deputados.

    Outro projeto em destaque na agenda é o 4.752/2019, de autoria do deputado federal Nilto Tatto, do PT de São Paulo. Esse projeto propõe a criação do Dia da Luta da População em Situação de Rua, estabelecendo 19 de agosto como uma data emblemática em homenagem às vítimas da Chacina da Praça da Sé, ocorrida em 2004, quando quinze pessoas em situação de rua foram atacadas. O relator, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, já sinalizou seu apoio à proposta, ressaltando a importância de combater preconceitos e criar políticas públicas efetivas que respeitem a dignidade humana.

    O projeto 4.799/2024, do senador Jayme Campos, do União de Mato Grosso, também está na pauta. Ele propõe a instituição da Semana Nacional de Educação Cidadã, com o intuito de fomentar uma sociedade mais consciente e participativa através de diversas atividades educacionais voltadas para a democracia, a serem realizadas anualmente na segunda semana de agosto.

    Por fim, os senadores devem considerar o projeto 2.938/2024, que reconhece a Chegança como uma expressão significativa da cultura nacional. Proposto pelo senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, o projeto valoriza essa manifestação popular, que retrata batalhas e devoções religiosas dos marinheiros, destacando sua forte presença em estados nordestinos.

    A Comissão de Educação e Cultura é composta por 21 membros e presidida pela senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, e as deliberações desta terça têm o potencial de influenciar diretamente diversas áreas da vida social e educacional no país.

  • SAÚDE – BRICS Aprova Parceria Internacional para Eliminar Doenças da Pobreza e Avançar na Equidade em Saúde em Cúpula no Rio de Janeiro.

    Os países que compõem o BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e nações parceiras, como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia, aprovaram um importante pacto voltado para a Saúde Global. Durante a 17ª Reunião de Cúpula, realizada no Rio de Janeiro, discutiu-se a criação da Parceria para a Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas. Esta iniciativa, que vem sendo debatida em encontros prévios à cúpula, foi incorporada à Declaração Final do evento, divulgada no último domingo (6).

    O documento destaca a necessidade de uma abordagem integrada e multissetorial na luta contra as desigualdades em saúde. A proposta visa não apenas combater as doenças, mas também atacar suas causas raízes, como a pobreza e a exclusão social. A intenção é promover maior solidariedade entre os países do BRICS, mobilizando recursos e promovendo a inovação para garantir um futuro mais saudável para todos.

    Inspirada pelo Programa Brasil Saudável, que busca enfrentar questões sociais e ambientais que impactam a saúde de populações vulneráveis, a nova parceria procura eliminar doenças frequentemente negligenciadas por nações mais abastadas. Doenças como tuberculose, hanseníase, malária, dengue e febre amarela, são frequentemente rotuladas como “doenças da pobreza” e não recebem a atenção devida em pesquisas nos países ricos.

    A presidência brasileira no BRICS expressou satisfação com a aprovação da parceria, ressaltando que esta é uma conquista significativa para a equidade em saúde. O comunicado enfatiza o comprometimento do bloco em enfrentar as disparidades de saúde que afetam as populações mais vulneráveis.

    Na mesma declaração, os países participantes também reforçaram a importância da cooperação no combate à tuberculose, resistência antimicrobiana e na melhoria das capacidades de prevenção de doenças, tanto transmissíveis quanto não transmissíveis. Ressaltaram ainda a troca de experiências no que tange à medicina tradicional e saúde digital.

    Além da parceria para a eliminação das doenças socialmente determinadas, foram aprovados outros três documentos: a Declaração Marco sobre Finanças Climáticas, a Declaração sobre Governança Global da Inteligência Artificial e, claro, a já mencionada parceria. O detalhamento da Parceria deverá ser apresentado nesta segunda-feira (7), dia em que acontecerá uma sessão plenária voltada ao Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global. Esta cúpula do BRICS está sendo marcada por um forte compromisso com a melhoria da saúde global e a busca por justiça social.

  • Reino Unido lança vacina experimental contra 15 tipos de câncer; senadora brasileira defende modernização do SUS para acesso a inovações médicas.

    O sistema público de saúde do Reino Unido deu um passo significativo na luta contra o câncer ao lançar uma vacina experimental, carinhosamente chamada de “super dose”. Essa inovação promete atuar contra até 15 tipos diferentes de câncer, incluindo os mais comuns, como os do pulmão, da pele, da bexiga e do rim. Desenvolvida com base no perfil genético de cada tumor, a vacina representa um avanço notável na medicina personalizada, oferecendo esperança para milhões de pacientes ao redor do mundo que enfrentam essa doença devastadora.

    A senadora Dra. Eudócia, com um histórico de atuação em prol da saúde pública, observa atentamente os avanços científicos que têm potencial para mudar a forma como tratamos doenças. Para a senadora, o Brasil não pode ficar à margem dessas inovações. Ela defende que é essencial que o país invista na modernização do Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo acesso a tratamentos que sejam ao mesmo tempo eficazes e personalizados, acompanhando o ritmo das descobertas científicas.

    “Estamos vivendo uma era de progresso científico sem precedentes, e é dever do Estado garantir que essas inovações cheguem a todos os brasileiros. Não podemos permitir que a desigualdade no acesso à saúde limite as opções de tratamento disponíveis à população”, declara a senadora. Sua mensagem reforça a necessidade de um compromisso firme com a ciência e a inovação dentro do sistema de saúde.

    Dra. Eudócia tem se mostrado uma defensora incansável do fortalecimento do SUS, direcionando esforços para fomentar a pesquisa científica, impulsionar inovações tecnológicas e garantir a implementação de práticas baseadas em evidências. Entre suas prioridades estão as vacinas de nova geração, especialmente aquelas que apresentam promissora eficácia na luta contra o câncer. Para a senadora, acompanhar esses desenvolvimentos e adaptá-los ao contexto brasileiro é fundamental para garantir um futuro mais saudável para a população. Assim, ela reacende o debate sobre a importância de alinhar as políticas de saúde à revolução científica que está ocorrendo no mundo, apostando na esperança de um tratamento mais eficaz e acessível.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados Aprova Projeto que Promove Acessibilidade na Telessaúde e Inclusão Digital para Pessoas com Deficiência

    Em uma importante decisão, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados avançou na promoção da inclusão digital no setor da saúde, ao aprovar um projeto que visa garantir acessibilidade na telessaúde. A proposta, que faz parte do Projeto de Lei 933/24, busca assegurar que pessoas com deficiência tenham pleno acesso aos serviços de telemedicina por meio do desenvolvimento contínuo de soluções tecnológicas acessíveis.

    O relator da proposta, deputado Dr. Francisco (PT-PI), expressou apoio à iniciativa e recomendou a aprovação do texto na forma de um substitutivo elaborado pela Comissão de Saúde. O projeto original tinha como foco estabelecer regras específicas para o acesso de pessoas com deficiência à telemedicina, mas, segundo Dr. Francisco, a telessaúde já é regulamentada pela Lei Orgânica da Saúde, que sofreu alterações pela Lei 14.510/22.

    Em sua análise, o relator destacou a importância do pleno acesso a esses serviços. “A inclusão na telessaúde está em consonância com os compromissos do Brasil em relação à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e reforça a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência”, afirmou. Dr. Francisco enfatizou, ainda, a necessidade de discutir as melhores maneiras de implementar esses direitos, buscando sempre alternativas que não limitem a utilização das tecnologias por usuários e profissionais da saúde.

    Com a aprovação na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, o projeto segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde será avaliado em caráter conclusivo. Caso seja aprovada, a proposição ainda precisa passar por votação na Câmara e no Senado para se tornar lei.

    Essa iniciativa representa um passo significativo na luta pela acessibilidade e pela promoção dos direitos das pessoas com deficiência, refletindo um avanço necessário em um mundo cada vez mais digital e interconectado. Assim, a inclusão na telessaúde não é apenas uma questão técnica, mas também um imperativo ético e social.

  • MUNICIPIOS – Governo de Alagoas Intensifica Busca Ativa do Cartão Cria para Ampliar Assistência a Famílias em Vulnerabilidade e Fortalecer a Primeira Infância.

    O Governo de Alagoas está intensificando as ações para ampliar o impacto do Cartão Cria, um dos maiores programas de transferência de renda da história do estado. Através de uma nova fase de busca ativa coordenada pela Secretaria da Primeira Infância, a administração pública está se mobilizando para identificar e oferecer suporte a famílias que têm direito ao benefício, mas que ainda não o acessam. Este esforço visa não apenas localizar essas famílias, mas também atualizar seus cadastros, garantindo que a assistência alcance de forma adequada aqueles que realmente necessitam.

    Focando principalmente em mães e gestantes em situações vulneráveis que estão registradas no Cadastro Único (CadÚnico), a iniciativa se destina a aquelas com rendas mensais per capita de até R$ 218 e a crianças de até seis anos, incluindo aquelas afetadas pela Síndrome Congênita do Zika Vírus, independente da renda familiar. Caroline Leite, secretária de Estado da Primeira Infância, enfatiza a importância deste programa, afirmando que é um esforço coletivo para assegurar que nenhuma criança ou mãe fique excluída desse direito fundamental.

    Atualmente, o Cartão Cria já beneficia mais de 133 mil mães e crianças em todo o estado, com um repasse mensal de R$ 150, além de uma 13ª parcela anual. Esses recursos são essenciais para a compra de alimentos e itens de higiene, contribuindo significativamente para o desenvolvimento saudável das crianças e ajudando a combater desigualdades sociais.

    Além de buscar novas inclusões, a Secretaria está realizando uma revisão cadastral para corrigir distorções e garantir a transparência na gestão dos recursos públicos. Essa atualização tem o propósito de manter o programa focado em quem realmente enfrenta vulnerabilidade, removendo beneficiários cujas condições tenham melhorado. Esse processo é visto como uma forma de assegurar justiça social, responsabilidade e respeito aos recursos públicos, simultaneamente abrindo espaço para novas mães e crianças que ainda não conhecem seus direitos ao benefício.

    Para aqueles interessados em acessar o auxílio, as mães e gestantes devem estar cadastradas e com os dados atualizados no CadÚnico, podendo realizar o cadastro diretamente nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) de suas cidades. Essa mobilização demonstra o compromisso do governo alagoano com a causa da primeira infância e a promoção de justiça social no estado.

  • Vereadores do PSOL dormem sob viaduto em apoio a famílias despejadas em São Paulo, pressionando prefeitura por soluções de moradia durante onda de frio.

    Na última sexta-feira, 4 de julho, vereadores do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo tomaram uma decisão simbólica ao se juntar a famílias que foram despejadas de uma ocupação situada sob o viaduto Nove de Julho, na região central da cidade. Esse gesto busca pressionar o governo municipal a encontrar uma solução imediata para essas famílias, especialmente durante a onda de frio que atinge a capital paulista. Cerca de 25 famílias que perderam seus lares após um incêndio, ocorrido em 30 de junho, permaneciam acampadas em protesto, impossibilitadas de retornar ao local.

    As famílias foram barradas pela Defesa Civil após a interdição do terreno, que alega riscos à segurança. Em um comunicado, a bancada do PSOL enfatizou a inadequação das propostas de realocação oferecidas pela prefeitura, que, segundo os vereadores, não garantem que essas pessoas possam continuar próximas às redes de apoio que construíram ao longo dos anos na região.

    Os vereadores pedem que uma nova avaliação da Defesa Civil seja realizada, desta vez em conjunto com a Subprefeitura, a fim de identificar se os riscos apontados são de fato estruturais ou pontuais. A intenção é permitir que as famílias possam retornar ao local onde habitavam com segurança.

    Os parlamentares do PSOL afirmam que a falta de uma resposta adequada do poder público representa uma violação dos direitos humanos, e cobram da gestão do prefeito Ricardo Nunes uma solução rápida e efetiva. A bancada reforça que as pessoas merecem condições dignas de moradia, especialmente em um período tão crítico do ano.

    Por outro lado, a Prefeitura de São Paulo se manifestou, alegando que o local foi interditado devido aos riscos envolvidos. Segundo a administração municipal, foram oferecidos encaminhamentos para um hotel social, mas as famílias recusaram. Além disso, a gestão informou que disponibilizou transporte para trabalho e escola, além de cartões emergenciais no valor de R$ 1.000,00 e cadastramento em programas habitacionais, todos rejeitados pelos afetados.

    Diante da situação emergencial, a prefeitura tem intensificado a Operação Baixas Temperaturas, com a oferta diária de refeições quentes e a distribuição de cobertores e alimentos aquecidos. A Guarda Civil Metropolitana também foi designada para preservar o local até que as famílias retirem completamente seus pertences. A tensão permanece, e as vozes em defesa da moradia adequada continuam ecoando nos corredores da Câmara Municipal e nas ruas de São Paulo.

  • Crescimento Alarmante: Apostas Aumentam Taxa de Auxílios por Incapacidade no Brasil em Mais de 2.300% e Afetam Saúde Mental da População.

    O crescimento do vício em apostas tem gerado repercussões alarmantes na saúde mental da população brasileira e exercido uma pressão significativa sobre o sistema previdenciário do país. Entre junho de 2023 e abril de 2025, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou um aumento surpreendente de mais de 2.300% no número de auxílios por incapacidade temporária concedidos a trabalhadores diagnosticados com ludopatia, uma condição caracterizada pelo vício patológico em jogos de azar.

    A realidade é especialmente preocupante, pois a maioria dos beneficiários são homens com idade entre 18 e 39 anos, uma faixa etária que representa uma parte substancial da mão de obra nacional. Isso levanta importantes questões sobre o impacto econômico e social que a ludopatia pode ter, já que cerca de 7% destes beneficiários são pais, ou seja, suas dificuldades não afetam apenas a si, mas suas famílias também.

    A ludopatia, que é um transtorno mental, leva o indivíduo a perder o controle sobre suas apostas. Mesmo diante de perdas financeiras, sociais e profissionais, a compulsão para apostar se mantém inabalável. Essa condição não afeta apenas a vida social do apostador; suas consequências muitas vezes se estendem ao ambiente de trabalho e à estabilidade financeira das suas famílias.

    Além do aumento nos pedidos de benefícios, a ludopatia também se tornou tema de disputas judiciais. Casos como o de um ex-gerente de banco, que conseguiu judicialmente uma prorrogação do auxílio-doença, e de um servidor público que desviou R$ 1,5 milhão para apostar, ilustram as complexidades legais em torno do assunto. Ambos os casos revelam que a luta contra o vício não se limita ao aspecto financeiro, mas envolve questões éticas e legais que complicam ainda mais o cenário.

    Embora o aumento de casos seja evidente, o INSS ainda carece de diretrizes específicas para a avaliação pericial de ludopatia. Além disso, não há programas estruturados de reabilitação profissional voltados para esses indivíduos, o que compromete as chances de recuperação e reintegração à vida laboral desses trabalhadores. Essa lacuna destaca a necessidade urgente de uma abordagem mais comprehensiva sobre como lidar com a ludopatia e suas consequências para a sociedade brasileira.

  • Manutenção Programada no Eixo Leste da Transposição do São Francisco Visa Garantir Abastecimento de Água em Municípios Afetados pela Seca em Pernambuco

    Na última quinta-feira, 3 de outubro, Recife sediou uma importante reunião estratégica entre representantes da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH) e da Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco (SRHS-PE). O encontro teve como foco as paralisações programadas no Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). Essa articulação visa alinhar um cronograma de manutenções preventivas essenciais para assegurar o abastecimento de água para diversas localidades do Agreste e outras regiões impactadas pela seca.

    A iniciativa, que contará com o suporte da Defesa Civil estadual, do Exército e da Força Aérea Brasileira, se reveste de uma importância vital, especialmente para as famílias que enfrentam situações de vulnerabilidade hídrica. Segundo o secretário da SNSH, Giuseppe Vieira, “a prioridade é garantir que as entregas no estado avancem com segurança e planejamento”, reforçando a necessidade de um diálogo contínuo e coordenado com o governo estadual para assegurar a continuidade dos empreendimentos conforme o cronograma estabelecido.

    O plano de manutenção prevê a reparação de quatro bombas anfíbias e a instalação de um novo sistema de bombeamento flutuante. Além disso, as ações englobam o transporte de equipamentos pesados, locação de geradores de energia e a mobilização de materiais essenciais, como tubulações e flutuadores. Com um investimento previsto de aproximadamente R$ 290 mil, a data exata para o início das manutenções será divulgada na próxima semana.

    Uma preocupação central dos responsáveis pela operação é garantir que, durante as interrupções programadas, as cidades atendidas pelo eixo não sofram corte no abastecimento. As barragens e reservatórios que abastecem essas localidades devem estar com a capacidade hídrica em níveis adequados, conforme indicam os dados do monitoramento hidrológico.

    Bruno Cravo, diretor do Departamento de Projetos Estratégicos (DPE), enfatizou que “já esgotamos todas as possibilidades de adiar a paralisação” e que o foco agora é assegurar que Pernambuco, especialmente a região do Agreste, continue a receber os serviços necessários. Em sua declaração, destacou a urgência e a necessidade de uma resposta rápida diante de uma situação excepcional.

    A manutenção incluirá cinco infraestruturas importantes: as estações de bombeamento em Floresta e Sertânia, além de aquedutos que atendem várias cidades do Eixo Leste. Na mesma data do encontro, a equipe da SNSH também se reuniu com a Casa Civil para atualizar os progressos e as expectativas relacionadas às obras em andamento.

    O Projeto de Integração do Rio São Francisco é a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil, com uma extensão de 477 quilômetros, que compreende dois eixos: Leste e Norte. Por meio desses eixos, a iniciativa busca garantir a segurança hídrica de 12 milhões de pessoas em 390 municípios das regiões que frequentemente enfrentam a estiagem. O empreendimento envolve a construção de aquedutos, estações de bombeamento, reservatórios e uma extensa rede de transmissão, impactando diretamente a vida de milhares de cidadãos.