Tag: Política de Saúde

  • Vereador denuncia falta de leitos em unidades de saúde de Maceió durante visita à UPA do Benedito Bentes para ajudar paciente em estado crítico.

    Na tarde da última terça-feira, o vereador Leonardo Dias, do PL, direcionou sua atenção a um caso urgente na UPA do Benedito Bentes, onde foi procurado pela enteada de um paciente. A situação em questão envolve o Seu Erasmo, um idoso que necessita com urgência iniciar um tratamento de hemodiálise e esclarecer seu quadro de saúde, mas que, lamentavelmente, enfrenta barreiras para acessar o atendimento necessário.

    “A Ana, enteada do Seu Erasmo, nos procurou muito preocupada com a saúde dele. Ele precisa de hemodiálise para uma avaliação mais precisa e um diagnóstico adequado. Então, fomos até a unidade para tentar ajudar e, como sempre, também aproveitamos para conversar com outros pacientes”, explicou Dias ao sair da visita.

    Essa abordagem faz parte da rotina de fiscalização que o vereador tem realizado nas unidades de saúde e nas UPAs da capital alagoana desde o início de seu mandato. Ele observa com preocupação que situações como a de Seu Erasmo são recorrentes, com muitos pacientes aguardando por longos períodos por um leito. Ao mesmo tempo, o governo estadual tem anunciado a abertura de novas estruturas hospitalares.

    “É uma questão crítica. Temos batido nessa tecla há muito tempo, mas o avanço é lento. Não há vagas. É comum ver pacientes esperando mais de dez dias por um leito. Enquanto isso, o governo fala em abrir novos hospitais, mas a real situação é outra. Onde estão esses leitos?”, indaga o vereador.

    Leonardo Dias destaca a importância da fiscalização das instituições de saúde estaduais, como o Hospital Geral do Estado (HGE) e o Hospital Metropolitano. Segundo ele, compreender o que realmente acontece nessas unidades é essencial para exigir soluções eficazes e concretas.

    “Sonhamos com o dia em que poderemos entrar no HGE ou no Metropolitano e observar de perto a realidade enfrentada nesses locais. É difícil imaginar como estaríamos hoje se o Município não tivesse adquirido o Hospital da Cidade. A situação seria ainda mais preocupante”, afirmou.

    Ao longo de seu mandato, Dias têm realizado visitas em todas as unidades de saúde de Maceió e mantém uma rotina de fiscalização nas UPAs municipais. “Nosso trabalho é estar ao lado da população, fiscalizar, cobrar e buscar soluções”, concluiu o vereador. Essa dedicação ressalta não apenas a responsabilidade política, mas também o compromisso do vereador com a saúde pública da cidade.

  • SAÚDE – Brasil retoma produção nacional de insulina e garante oferta ao SUS após 20 anos, beneficiando 350 mil pessoas com diabetes e investindo R$ 142 milhões.

    Na última sexta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a entrega do primeiro lote de insulinas produzidas através do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Esta iniciativa faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que visa fortalecer a capacidade produtiva do Brasil no setor de saúde. Com isso, o país retoma a produção de insulinas de forma totalmente nacional, com a transferência de tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt. O projeto é fruto de uma parceria entre a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e a empresa brasileira Biomm.

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou do evento em Nova Lima, Minas Gerais, onde foram entregues 207.385 frascos, divididos entre insulina regular e insulina NPH. “Depois de mais de 20 anos sem produzir insulina humana, o Brasil retoma essa fabricação, que será integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo um impacto significativo na saúde da população”, comentou Padilha. Ele também destacou a importância da parceria com a Índia, ressaltando o papel do bloco Brics na promoção de emprego, renda e desenvolvimento tecnológico no Brasil.

    De acordo com informações do Ministério da Saúde, após concluída a transferência de tecnologia, o Brasil será capaz de produzir 50% da demanda de insulinas NPH e regular do SUS. A iniciativa é um grande passo para assegurar que os pacientes tenham acesso a esse medicamento vital, especialmente em tempos de incertezas, como as vivenciadas durante a pandemia. Atualmente, cerca de 10% da população brasileira vive com diabetes, e muitos destes indivíduos dependem da insulina para o controle da doença. “Esse projeto garante segurança e estabilidade tanto para o SUS quanto para os pacientes que necessitam do medicamento”, acrescentou Padilha.

    Os investimentos na aquisição da tecnologia somam R$ 142 milhões, e estima-se que cerca de 350 mil pacientes com diabetes se beneficiarão diretamente da produção local. Os contratos estabelecem a entrega de 8,01 milhões de unidades de insulina para a rede pública até 2025 e 2026. Com a conclusão da transferência da tecnologia, a produção do medicamento será totalmente brasileira, com a Funed e a Biomm equipadas para suprir a demanda do SUS de maneira autônoma.

    O programa PDP é um modelo de colaboração entre instituições públicas e empresas privadas, que permite a produção nacional de insumos farmacêuticos. Através dessa abordagem, são realizadas etapas que incluem o controle de qualidade, o acabamento do produto e a produção do insumo farmacêutico ativo no Brasil, garantindo assim a capacidade de produção local de medicamentos essenciais.

    O Sistema Único de Saúde oferece um atendimento abrangente às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o tratamento adequado, com suporte contínuo de equipes multidisciplinares. Atualmente, o SUS disponibiliza diferentes tipos de insulina, além de outras opções de tratamento, reafirmando seu compromisso com a saúde da população.