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  • Terra pode estar dentro de um misterioso buraco cósmico gigante, revelam astrônomos em nova pesquisa sobre a expansão do espaço no Universo.

    Teoria Astronômica Sugere que a Terra Está em um Grande Vazio Cósmico

    Recentemente, um grupo de astrônomos trouxe à tona uma teoria intrigante: a Terra e a Via Láctea podem estar localizadas dentro de um colossal buraco cósmico, o que poderia explicar a surpreendente aceleração na expansão do espaço em nossa região do universo. Este estudo, apresentado na Assembleia Astronômica Nacional da Real Sociedade Astronômica no Reino Unido, propõe que esse fenômeno pode ser uma solução potencial para a chamada “tensão de Hubble”.

    A “tensão de Hubble” refere-se a uma discrepância observada nas medições da taxa de expansão do universo, que, segundo o modelo cosmológico padrão, parece ser mais lenta quando observada em regiões mais distantes e primitivas do cosmos em comparação com regiões mais próximas. A constante de Hubble, estabelecida por Edwin Hubble em 1929, é a base para essa análise, relacionando a distância de objetos celestes à velocidade com que se afastam de nós.

    De acordo com o Dr. Indranil Banik, da Universidade de Portsmouth, uma forma de resolver essa inconsistência seria a nossa galáxia estar próxima ao centro de um grande vazio no espaço — uma vasta região com cerca de um bilhão de anos-luz de diâmetro e uma densidade de matéria 20% inferior à média do universo. Esta hipótese sugere que a gravidade das regiões mais densas circundantes está puxando matéria em direção a essas áreas, criando um efeito que pode acelerar a expansão local.

    Banik enfatiza que, se de fato estamos em uma região com insetos abaixo da média, a matéria ao nosso redor se moveria para longe devido à influência gravitacional dessas áreas mais densas. À medida que o vazio se esvazia, a velocidade dos objetos celestes que se afastam de nós se torna maior, perpetuando a ilusão de uma taxa de expansão acelerada.

    Para corroborar essa teoria, os dados sobre as oscilações acústicas bariônicas, que são ondas de densidade na matéria do universo primitivo, foram analisados, e as evidências parecemosas de que a Via Láctea está inserida neste vazio local. Assim, a compreensão da estrutura do nosso universo e da sua evolução pode ter um novo capítulo, desafiando o que até agora conhecíamos sobre a expansão cósmica e a dinâmica da matéria no espaço. Em um cosmos tão vasto e enigmático, cada nova descoberta potencializa a curiosidade e o fascínio por nosso lugar entre as estrelas.

  • Desaprovação de Lula se mantém em 51,8%, mostra pesquisa; avaliação do governo permanece estável entre os brasileiros.

    O panorama político brasileiro mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um desafio significativo em relação à sua popularidade. De acordo com os dados mais recentes que surgiram de uma pesquisa realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, a desaprovação do desempenho de Lula atingiu 51,8% entre os entrevistados, enquanto a aprovação se estabeleceu em 47,3%. Um pequeno percentual, de 0,9%, optou por não responder à questão.

    Ao comparar essas cifras com a pesquisa anterior, realizada em maio, observa-se uma estabilidade incômoda. Naquela ocasião, a desaprovação era um pouco superior, atingindo 53,7%, com a aprovação se posicionando em 45,4%. Esses resultados refletem um estado de paralisia na percepção popular do governo, uma vez que a margem de erro da pesquisa, fixada em dois pontos percentuais, não permite conclusões brutas sobre uma evolução ou regressão acentuada na apreciação da administração.

    Além da aprovação e desaprovação, um aspecto importante a ser considerado é a avaliação geral do governo. Os números indicam que 51,2% dos entrevistados classificam a gestão como ruim ou péssima, uma leve diminuição em relação aos 52,1% encontrados na pesquisa anterior. Em contrapartida, 41,6% dos cidadãos acreditam que a gestão é ótima ou boa, alinhando-se de forma similar aos 41,9% reportados anteriormente. Esses dados corroboram uma tendência de insatisfação significativa com o governo Lula, que já enfrenta uma série de desafios socioeconômicos e políticos em seu terceiro mandato.

    A pesquisa, que ouviu 2.612 pessoas entre os dias 27 e 30 de junho, revela um panorama que abre espaço para discussões sobre o futuro político do país e a capacidade do presidente de reverter essa insatisfação num momento em que as expectativas da população são cada vez mais exigentes. A capacidade de Lula de ainda reverter ou melhorar esses índices será essencial não apenas para a continuidade do seu governo, mas também para o clima político até as próximas eleições. O cenário atual é um reflexo das complexidades que marcam o atual contexto político e econômico do Brasil.

  • INTERNACIONAL – Geólogos Descobrem Ondas Pulsantes Abaixo da Etiópia e Uganda, Revelando Poderoso Mecanismo que Pode Transformar o Continente Africano em Ilha

    Geólogos britânicos revelaram uma descoberta intrigante: ondas rítmicas, semelhantes às batidas de um coração, estão presentes sob a região de Afar, que abrange partes da Etiópia e Uganda. Essa pesquisa, publicada na renomada revista científica Nature, destacou a contribuição da geóloga Emma J. Watts e envolveu a cooperação de 16 pesquisadores.

    Em uma profundidade considerável, os cientistas identificaram uma coluna de rocha derretida que se eleva do interior da Terra até a superfície, pulsando com um padrão regular. Esse fenômeno é potencialmente responsável pela formação de uma fissura que está gradativamente separando o continente africano. Se esse processo continuar, pode resultar na criação de um novo oceano e transformar parte da Etiópia em uma ilha.

    A área subjacente de Afar é notável por ser um ponto de confluência de três fendas tectônicas: a rift da Etiópia, a do Mar Vermelho e a do Golfo de Áden. Ao longo de milhões de anos, à medida que as placas tectônicas se afastam umas das outras, elas experimentam estiramento e afinamento, levando à formação de estruturas geológicas conhecidas como riftes.

    De acordo com os resultados obtidos, o movimento dessas placas tectônicas influencia o manto abaixo de Afar a se movimentar também, gerando os pulsos detectados. Durante a pesquisa, os especialistas analisaram dados geoquímicos de mais de 130 amostras de vulcões, conhecidas como “jovens”, que possuem menos de 2,6 milhões de anos. Esta análise permitiu aos geólogos comparar essas amostras com rochas mais antigas, proporcionando insights sobre as modificações químicas ocorridas ao longo do tempo.

    Os pesquisadores agora se dedicam a aprofundar seus conhecimentos sobre a velocidade dessas ondas rítmicas e os efeitos que podem causar na superfície do planeta. Com isso, espera-se não apenas compreender melhor os fenômenos geológicos em jogo, mas também prever como essas mudanças poderão impactar o futuro da geografia da região.

  • ECONOMIA – Cesta básica apresenta quedas em 11 capitais, mas São Paulo continua com o maior custo do país; variações entre produtos chamam atenção na pesquisa do Dieese.

    A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, revelou um cenário misto em relação ao custo da cesta básica em diversas capitais brasileiras. O estudo, que percorreu os meses de maio e junho, apontou que em 11 localidades os preços diminuíram, enquanto em seis capitais foi registrada alta.

    As principais reduções foram observadas em Aracaju, com uma queda de 3,84%, seguida de Belém e Goiânia, que tiveram uma diminuição de 2,39% e 1,90%, respectivamente. Outras capitais que também apresentaram queda significativa foram São Paulo (-1,49%) e Natal (-1,25%). Apesar da diminuição, São Paulo ainda lidera como a capital com a cesta básica mais cara, avaliada em R$ 831,37. Florianópolis e Rio de Janeiro vêm logo em seguida, com valores de R$ 867,83 e R$ 843,27.

    Por outro lado, as capitais com os custos mais baixos têm uma composição de produtos diferente. Aracaju, por exemplo, apresenta uma cesta que custa R$ 557,28, enquanto Salvador e João Pessoa têm preços de R$ 623,85 e R$ 636,16, respectivamente.

    Ao se analisar a variação anual entre junho do ano passado e junho deste ano, a maioria das capitais viu um aumento no preço da cesta. Salvador e Recife, por exemplo, tiveram altas de 1,73% e 9,39%. Contudo, Aracaju foi a exceção, apresentando uma leve redução de 0,83%. No acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, todas as cidades pesquisadas registraram alta, variando de 0,58% em Aracaju a 9,10% em Fortaleza.

    Dentre os produtos analisados, a batata apresentou forte queda de preços em capitais do centro-sul, com diminuições significativas de 12,62% em Belo Horizonte e 0,51% em Porto Alegre. Já o açúcar teve um comportamento misto: caiu em 12 cidades, mas teve alta em quatro, sendo Campo Grande a que registrou a maior alta, de 1,75%. Ao mesmo tempo, o preço do leite integral caiu em 11 capitais, com aumentos em cinco cidades, destacando Recife com uma alta expressiva de 8,93%.

    Outro produto que se destacou nas variações de preço foi o tomate, que aumentou em dez capitais, com uma elevação notável de 16,90% em Porto Alegre. Contudo, em outras sete capitais, os preços caíram, especialmente em Aracaju, onde a redução foi de 21,43%. Nos últimos 12 meses, o tomate teve uma queda expressiva em 16 capitais, com Aracaju novamente liderando as reduções, com -25,29%.

    Esta pesquisa evidencia a complexidade do mercado de alimentos e as disparidades regionais significativas, refletindo como a inflação e as condições econômicas impactam a cesta básica no Brasil.

  • Florestas em Perigo: Pesquisa Revela Que Mudanças Climáticas Ultrapassam Capacidade de Adaptação das Espécies Vegetais Profundas e Rápidas.

    A preservação do meio ambiente é um pilar fundamental para a continuidade da vida humana no planeta. No entanto, essa área enfrenta desafios significativos, especialmente à luz das recentes descobertas que apontam para a dificuldade das florestas em se adaptarem ao ritmo acelerado das mudanças climáticas. Estudiosos de renome revelaram que as florestas estão lutando para acompanhar as transformações climáticas sem precedentes, e essa conclusão foi divulgada por meio de uma publicação na respeitada revista Science.

    Historicamente, as florestas têm mostrado uma notável resiliência. Durante períodos de aquecimento e resfriamento naturais, as árvores migravam lentamente em busca de climas que favorecessem seu crescimento. Um exemplo notável ocorreu no início das Eras Glaciais, quando as árvores do Hemisfério Norte se deslocaram para o sul em resposta ao resfriamento da Terra. Essa migração, no entanto, ocorre de forma gradual, por meio da dispersão de sementes, e se completa ao longo de milhares de anos, respeitando o ritmo das mudanças climáticas.

    Contudo, a atual aceleração do aquecimento global desafia essa capacidade adaptativa. As florestas, que normalmente requerem entre 100 a 200 anos para modificar suas populações em resposta a ambientais, não conseguem acompanhar as demanda impostas pelas rápidas alterações climáticas. Os cientistas ressaltam que, mesmo com tentativas de adaptação, as florestas estão lutando com prazos limitados para se migrar ou evoluir como fizeram em épocas passadas.

    As florestas desempenham um papel crucial na regulação do clima global, ao absorver dióxido de carbono e liberar oxigênio, além de abrigarem uma vasta biodiversidade e desempenharem funções essenciais na manutenção do ciclo da água. Esses ecossistemas são vitais não apenas para a saúde ambiental, mas também para a economia, fornecendo recursos naturais imprescindíveis, como alimentos, matérias-primas e medicamentos.

    A pesquisa liderada pelo professor David Fastovich, da Universidade de Syracuse, utiliza dados de pólen preservados em sedimentos de lagos para entender as mudanças populacionais das florestas ao longo de até 600 mil anos. Através de uma análise detalhada, os cientistas confirmaram que a resposta das florestas às mudanças climáticas atuais está muito aquém do que seria necessário para a sobrevivência a longo prazo.

    Como forma de contornar essa crise ambiental, os pesquisadores propõem intervenções ativas nos ecossistemas, como a migração assistida. Essa estratégia envolve a introdução de espécies de árvores adaptadas a climas mais quentes em regiões que, devido ao aquecimento global, se tornariam adequadas para seu desenvolvimento futuro. Essa abordagem pode ser uma entre várias soluções necessárias para garantir a sobrevivência das florestas num cenário de intensificação das mudanças climáticas.

    Portanto, a urgência em adotarmos medidas efetivas para a preservação dos ecossistemas florestais nunca foi tão clara. As lições que os cientistas compartilham não são apenas preocupantes, mas também um chamado à ação para que a humanidade enfrente suas responsabilidades em relação ao meio ambiente e assegure um futuro viável para as futuras gerações.

  • INTERNACIONAL – “Brasil corre risco de fracasso científico, alerta presidente da Academia de Ciências, ressaltando necessidade urgente de investimento em pesquisa e inovação no BRICS.”

    A trajetória de crescimento econômico dos países membros do Brics reflete um aumento notável na produção científica. Prevê-se que, em 2024, eleva-se a 41% a participação dos pesquisadores desse bloco nas publicações científicas globais, superando a proporção dos países do G7. Contudo, a presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, expressa preocupações sobre o Brasil ficar para trás em comparação a outras nações do grupo, especialmente as asiáticas.

    Em entrevista, após o Fórum de Academias de Ciências do Brics, Nader destacou a urgência de mais investimentos em ciência e tecnologia e a necessidade de uma colaboração mais efetiva entre o Brasil e os demais países do bloco. De acordo com a biomédica, é crucial passar da teoria à prática, enfatizando que, embora os países do Brics tenham avançado, muitos ainda não reconhecem a importância do investimento em pesquisa.

    Nader mencionou que enquanto na China e na Índia o investimento em ciência é robusto, o Brasil ainda não se despertou para essa realidade. Ela trouxe exemplos da China, que implementa um programa quinquenal centrado na ciência, e lembrou que mudanças visíveis já ocorreram no país asiático, como a melhoria da qualidade do ar em Pequim. A especialista defendeu que o Brasil tem o potencial de seguir por um caminho semelhante, mas, para isso, é necessário um olhar mais atento para a importância da ciência nas decisões governamentais.

    A presidente da ABC enfatizou que, atualmente, a política brasileira parece não levar a ciência a sério. Ela citou exemplos de retrocessos, como a recente tentativa de incluir os investimentos em ciência no arcabouço fiscal, que foi barrada pela Câmara dos Deputados. Segundo Nader, essa postura contrasta com a mentalidade de países como a China, que reconhecem a ciência como um pilar essencial para o desenvolvimento.

    Além disso, ela abordou a questão do financiamento científico no Brasil, argumentando que a falta de recursos compromete a continuidade e a qualidade da pesquisa. Apesar de o país ter uma comunidade científica de qualidade, a produção está em declínio, não apenas pela falta de investimento, mas também pela desvalorização da carreira de pesquisador e a escassez de incentivos.

    Nader sugeriu que a colaboração entre governos, instituições e a comunidade científica é vital para estabelecer um sul global fortalecido, onde conhecimento e inovação sejam prioridades. Em sua visão, investimentos em educação e ciência são fundamentais para impulsionar a economia e garantir que o Brasil não fique isolado em um cenário geopolítico em transformação.

  • Reino Unido lança vacina experimental contra 15 tipos de câncer; senadora brasileira defende modernização do SUS para acesso a inovações médicas.

    O sistema público de saúde do Reino Unido deu um passo significativo na luta contra o câncer ao lançar uma vacina experimental, carinhosamente chamada de “super dose”. Essa inovação promete atuar contra até 15 tipos diferentes de câncer, incluindo os mais comuns, como os do pulmão, da pele, da bexiga e do rim. Desenvolvida com base no perfil genético de cada tumor, a vacina representa um avanço notável na medicina personalizada, oferecendo esperança para milhões de pacientes ao redor do mundo que enfrentam essa doença devastadora.

    A senadora Dra. Eudócia, com um histórico de atuação em prol da saúde pública, observa atentamente os avanços científicos que têm potencial para mudar a forma como tratamos doenças. Para a senadora, o Brasil não pode ficar à margem dessas inovações. Ela defende que é essencial que o país invista na modernização do Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo acesso a tratamentos que sejam ao mesmo tempo eficazes e personalizados, acompanhando o ritmo das descobertas científicas.

    “Estamos vivendo uma era de progresso científico sem precedentes, e é dever do Estado garantir que essas inovações cheguem a todos os brasileiros. Não podemos permitir que a desigualdade no acesso à saúde limite as opções de tratamento disponíveis à população”, declara a senadora. Sua mensagem reforça a necessidade de um compromisso firme com a ciência e a inovação dentro do sistema de saúde.

    Dra. Eudócia tem se mostrado uma defensora incansável do fortalecimento do SUS, direcionando esforços para fomentar a pesquisa científica, impulsionar inovações tecnológicas e garantir a implementação de práticas baseadas em evidências. Entre suas prioridades estão as vacinas de nova geração, especialmente aquelas que apresentam promissora eficácia na luta contra o câncer. Para a senadora, acompanhar esses desenvolvimentos e adaptá-los ao contexto brasileiro é fundamental para garantir um futuro mais saudável para a população. Assim, ela reacende o debate sobre a importância de alinhar as políticas de saúde à revolução científica que está ocorrendo no mundo, apostando na esperança de um tratamento mais eficaz e acessível.

  • SAÚDE – Novo medicamento promete reduzir 76% das hospitalizações em pacientes com hipertensão pulmonar, trazendo esperança para enfermidade de alto risco e baixa sobrevida.

    Um avanço significativo no tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), uma condição rara e potencialmente fatal que compromete os vasos sanguíneos dos pulmões, foi observado em um estudo clínico internacional recente. O novo medicamento, chamado Sotatercept, promete transformar a vida de pacientes com essa enfermidade, especialmente aqueles que se encontram em estágios avançados. O fármaco atua diretamente nos vasos pulmonares, promovendo a redução de sua espessura e, consequentemente, facilitando a circulação sanguínea e aliviando a pressão sobre o coração.

    De acordo com o professor Rogério de Souza, especialista em pneumologia da Universidade de São Paulo (FMUSP), houve um avanço significativo na busca por tratamentos para a hipertensão pulmonar nos últimos 20 anos. Contudo, o estudo em questão se destaca, pois foca especificamente em pacientes com alto risco de morte. O uso do Sotatercept demonstrou uma redução impressionante de 76% nas taxas de hospitalização, necessidade de transplante ou mortalidade entre os pacientes avaliados.

    A HAP é uma doença que acomete principalmente mulheres na faixa etária de 40 a 50 anos e, se não tratada, pode levar a uma sobrevida inferior à de vários tipos de câncer. Os sintomas incluem fadiga extrema e falta de ar durante atividades cotidianas, o que impacta severamente a qualidade de vida e pode resultar em isolamento social. No Brasil, estima-se que existam cerca de 5 mil casos diagnosticados.

    O professor Souza destaca que o diagnóstico da HAP é muitas vezes demorado e complicado, visto que os primeiros sinais são frequentemente confundidos com outras condições, como insuficiência cardíaca ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Essa confusão pode atrasar o tratamento adequado, prejudicando a saúde dos pacientes.

    A nova medicação já está aprovada por autoridades de saúde em países como os Estados Unidos e na Europa, mas sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro ainda enfrenta desafios. Embora tenha recebido registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de 2024, a inclusão no sistema público ainda não ocorreu. O tratamento é administrado via injeção subcutânea, com possibilidade de autoaplicação a cada três semanas, no entanto, é considerado de alto custo.

    O professor Rogério de Souza enfatiza a importância de sensibilizar as autoridades de saúde sobre a necessidade de incorporar essa nova terapia no SUS, especialmente para pacientes em estado crítico. Ele menciona que o uso do Sotatercept pode não apenas salvar vidas, mas também liberar pessoas da fila para transplantes pulmonares, proporcionando uma melhoria substancial na qualidade de vida desses indivíduos.

    Por fim, o Ministério da Saúde do Brasil informou que, até o momento, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) não recebeu solicitações para avaliar o Sotatercept. A pasta ressalta que opções de tratamento para HAP estão disponíveis pelo SUS, incluindo medicamentos como ambrisentana e sildenafila, seguindo protocolos clínicos estabelecidos. A busca por novas terapias continua sendo vital para otimizar o bem-estar dos pacientes que enfrentam essa condição desafiadora.

  • SENADO FEDERAL – “Projeto de Lei Propõe Penalizar Má Conduta Científica com Reclusão de até 5 Anos e Multa para Preservar Saúde Pública”

    A má conduta de cientistas, especialmente quando afeta a saúde pública, pode se transformar em crime no Brasil. Um projeto de lei em tramitação propõe penas que variam de três a cinco anos de prisão, além de multas, para aqueles que se envolverem em atividades fraudulentas em suas pesquisas. A proposta, que será discutida na próxima reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), na quarta-feira, pretende reforçar a integridade científica e proteger a população de informações distorcidas ou enganosas.

    As condutas que podem ser classificadas como má-fé incluem a ocultação ou a adulteração de dados, a falsificação de ensaios clínicos e a manipulação de resultados laboratoriais. Esses atos não apenas comprometem a validade das pesquisas, mas também colocam em risco a saúde pública e a credibilidade do sistema científico.

    O projeto é uma iniciativa do senador Mecias de Jesus, com parecer favorável de Hamilton Mourão. Este último, embora defenda a importância da liberdade acadêmica, argumenta que é essencial distinguir entre erros sinceros e intenções maliciosas. Mourão ressaltou a importância da responsabilização, citando um caso emblemático da China, onde, em 2017, mais de quatrocentos pesquisadores foram identificados como envolvidos em fraudes. O governo chinês adotou uma política de tolerância zero para prevenir que tais irregularidades comprometessem a reputação nacional na pesquisa científica.

    Além da discussão sobre a ética na ciência, a CCT também deve avaliar a aplicação da inteligência artificial no Brasil. Um plano de trabalho, proposto pelo senador Astronauta Marcos Pontes, visa estudar os impactos dessa tecnologia emergente em áreas como saúde, educação e segurança. Pontes destaca que a inteligência artificial se tornou uma das inovações mais significativas do século XXI, com potencial para transformar a produtividade e a qualidade de vida da população.

    O foco na ética científica e no uso responsável da tecnologia reflete uma preocupação crescente em garantir que os avanços sejam sustentáveis e beneficiem a sociedade como um todo. A reunião da CCT promete ser um espaço importante para a definição de políticas que moldarão o futuro da ciência e da tecnologia no Brasil.

  • Alimentação Influencia Sonhos: Estudo Revela Ligação entre Dieta e Pesadelos em Quase 2 Mil Estudantes de Psicologia da Universidade de Montreal

    A relação entre alimentação e qualidade do sono foi recentemente explorada em um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá, revelando que certos alimentos podem influenciar significativamente a natureza dos sonhos e até mesmo causar pesadelos. Os resultados, publicados na revista “Frontiers in Psychology”, indicam que a ingestão de laticínios e doces está associada a uma maior ocorrência de sonhos perturbadores.

    Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores entrevistaram quase dois mil estudantes de psicologia, que forneceram informações detalhadas sobre seus hábitos alimentares, horários das refeições, qualidade do sono e a frequência e tipos de sonhos que experimentavam. Este extenso questionário online permitiu uma análise abrangente das interações entre o que se come e como isso impacta os ciclos de sono.

    Entre as descobertas, uma conexão notável foi identificada entre alergias alimentares, intolerância à lactose e a intensidade dos pesadelos. Especialmente, indivíduos que enfrentam problemas gastrointestinais severos relataram uma qualidade de sono reduzida, correlacionando esses incômodos físicos a experiências oníricas negativas.

    Os dados sugerem que não apenas a dieta, mas também a forma como o corpo reage a certos alimentos pode ter um efeito profundo sobre a saúde mental e o bem-estar emocional dos indivíduos. Isso inclui a qualidade do sono, que é crucial para o funcionamento diário e para o estado psicológico geral.

    Essas descobertas trazem à tona a importância de uma alimentação equilibrada e consciente, não apenas para o bem-estar físico, mas também para a saúde mental. Compreender como diferentes alimentos afetam nossos sonhos pode ser um passo vital para melhorar a qualidade do sono e, consequentemente, a qualidade de vida. A pesquisa propõe um olhar mais atento às escolhas alimentares, convidando tanto indivíduos quanto profissionais de saúde a considerar a dieta como um fator relevante na redução de distúrbios do sono e na promoção de um descanso mais reparador.