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  • Israel atribui morte de palestinos em ataque a ‘falha técnica’ em operação militar na Faixa de Gaza, enquanto crise humanitária se agrava.

    Neste domingo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgou um comunicado a respeito de um ataque ocorrido na Faixa de Gaza, onde pelo menos dez palestinos foram mortos, incluindo crianças, e 16 ficaram feridos. O incidente aconteceu em um centro de distribuição de água ao norte do campo de refugiados de Nuseirat, e as FDI justificaram a ação alegando uma “falha técnica” durante uma operação direcionada a um membro da Jihad Islâmica.

    No comunicado, as FDI expressaram conhecimento sobre as vítimas e informaram que uma investigação está em andamento. Segundo o texto, enquanto se visava um agente da organização jihadista, a munição desviou do seu alvo original, resultando em tragédia para civis inocentes. Esta operação é parte de um contexto mais amplo de intensificação dos confrontos na região, que já levaram a um elevado número de fatalidades e feridos.

    Além desse ataque, novos ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 58 palestinos neste mesmo dia. Dentre as vítimas, conforme informações do porta-voz da defesa civil Mahmoud Basal, estavam um médico e uma criança atingidos enquanto estavam em um mercado cheio na Cidade de Gaza. Outros ataques aéreos em diferentes áreas, como o campo de refugiados de Al-Shati e nos bairros de Tal al-Hawa, Al-Zeitoun e Al-Sabra, também deixaram um número significativo de mortos.

    Os serviços de saúde da Faixa de Gaza enfrentam uma crise sem precedentes, alertou Raafat al-Majdulai, diretor da Associação de Saúde e Comunidade Al-Awda. Os hospitais estão lidando com a escassez de recursos e não conseguem atender adequadamente os feridos, além de estarem com suprimentos limitados. Um hospital de campanha no sul da Faixa de Gaza também declarou que estava à beira do colapso, sem combustível suficiente para funcionar por mais de dois dias.

    Desde o reinício das operações militares em março, os números de vítimas na Faixa de Gaza são alarmantes, com mais de 7.450 palestinos mortos e 26.479 feridos. O total de mortos desde outubro de 2023 subiu para impressionantes 58.026, com mais de 138.520 feridos, segundo registros das autoridades de saúde locais. O cenário no enclave é devastador, destacando a urgência de uma solução pacífica e humanitária para o prolongado conflito.

  • Israel Intensifica Ataques na Faixa de Gaza: 94 Mortos e ONU Denuncia Financiamento de Genocídio por Empresas Internacionais

    A Violência em Gaza: Um Relato Alarmante e a Conjuntura Internacional

    Recentemente, a Faixa de Gaza foi palco de ataques devastadores por parte das forças israelenses, resultando na morte de ao menos 94 palestinos apenas na noite de quarta-feira (2). Entre as vítimas, aproximadamente 45 foram identificadas como pessoas que aguardavam por ajuda humanitária, conforme as informações reportadas pelo Ministério da Saúde, sob controle do Hamas. Este trágico acontecimento lança luz sobre a intensificação do conflito na região e a crescente crise humanitária.

    Na sequência desses ataques, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado na quinta-feira (3), levantou sérias acusações contra diversas corporações internacionais, apontando que elas estariam “financiando o genocídio de Israel”. A relatora especial da ONU, Francesca Albanese, enalteceu a gravidade da situação ao afirmar que Israel está perpetrando um dos genocídios mais cruéis da história contemporânea. Durante a apresentação do relatório intitulado “Da economia da ocupação à economia do genocídio”, realizada em Genebra, Albanese criticou abertamente as políticas do governo israelense.

    O documento em questão cita 48 empresas globais, acusadas de financiar o que a ONU considera um “projeto” voltado para a retirada dos palestinos de territórios ocupados. A relatora fez um apelo aos Estados-membros da ONU, solicitando a imposição de um embargo total de armas a Israel, além da suspensão imediata de contratos comerciais e de relações de investimento com a administração de Benjamin Netanyahu.

    Com a situação humanitária em Gaza se deteriorando a passos largos e a Cisjordânia sendo também objeto de ataques incessantes, o relatório apresenta uma análise crítica sobre como grandes corporações se beneficiam da perpetuação desse conflito. “Desde fabricantes de armas até gigantes do setor tecnológico, passando por bancos, empresas de energia e instituições de ensino, essas corporações têm proporcionado os meios, o financiamento e a legitimidade necessários para esse processo de apagamento das comunidades palestinas”, enfatizou Albanese.

    A conjuntura atual exige um olhar atento da comunidade internacional, tanto pela urgência das necessidades humanitárias quanto pelas implicações éticas e políticas envolvidas. O apelo por um embargo de armas e a revisão das relações comerciais com Israel são passos destacados no esforço para buscar uma solução pacífica para um conflito que há décadas afeta a vida de milhões.