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  • Enviado dos EUA expressa otimismo sobre acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas durante Mundial de Clubes

    Em meio a crescentes tensões no Oriente Médio, Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos para a região, expressou sua esperança em relação a um possível acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Em uma breve conversa com jornalistas, realizada antes da final do Mundial de Clubes entre Chelsea e Paris Saint-Germain, no último domingo (13), Witkoff abordou a importância das negociações em andamento, que visam não apenas a trégua, mas também a liberação de reféns mantidos por Hamas.

    O torneio esportivo serviu como um importante ponto de encontro para diplomatas e líderes internacionais. Aproveitando a ocasião, o presidente dos EUA, Donald Trump, e sua comitiva se reuniram com autoridades do Catar, país que tem atuado como intermediário nas discussões relacionadas ao conflito em Gaza. Essa movimentação demonstra a relevância do esporte como uma plataforma para a diplomacia, especialmente em momentos de crise.

    Witkoff confirmou sua intenção de se encontrar com altos representantes do governo catariano, destacando a necessidade de diálogo e colaboração entre as nações para facilitar um entendimento duradouro e pacífico. “Eu vou me encontrar com eles”, afirmou, sinalizando que as discussões são cruciais para resolver a complexa situação que perdura na região.

    A possibilidade de um cessar-fogo aparece como um raio de esperança em um cenário marcado por violência e incertezas. As tensões entre Israel e Hamas, que se intensificaram nos últimos meses, têm gerado consequências devastadoras para a população civil de ambos os lados. Com a comunidade internacional atenta ao desenrolar dos eventos, o papel do Catar como mediador se torna ainda mais significativo, uma vez que o país tem se esforçado para facilitar o diálogo entre as partes envolvidas.

    Diante deste cotidiano tumultuado, Witkoff reiterou a urgência de esforços conjuntos, manifestando a expectativa de que as conversações possam, ao menos, levar a um alívio temporário das hostilidades e à eventual libertação dos reféns. A atenção voltada para as discussões e o envolvimento direto dos EUA representam uma tentativa de reverter a atual crise e construir as bases para uma paz duradoura na região.

  • Israel atribui morte de palestinos em ataque a ‘falha técnica’ em operação militar na Faixa de Gaza, enquanto crise humanitária se agrava.

    Neste domingo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgou um comunicado a respeito de um ataque ocorrido na Faixa de Gaza, onde pelo menos dez palestinos foram mortos, incluindo crianças, e 16 ficaram feridos. O incidente aconteceu em um centro de distribuição de água ao norte do campo de refugiados de Nuseirat, e as FDI justificaram a ação alegando uma “falha técnica” durante uma operação direcionada a um membro da Jihad Islâmica.

    No comunicado, as FDI expressaram conhecimento sobre as vítimas e informaram que uma investigação está em andamento. Segundo o texto, enquanto se visava um agente da organização jihadista, a munição desviou do seu alvo original, resultando em tragédia para civis inocentes. Esta operação é parte de um contexto mais amplo de intensificação dos confrontos na região, que já levaram a um elevado número de fatalidades e feridos.

    Além desse ataque, novos ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 58 palestinos neste mesmo dia. Dentre as vítimas, conforme informações do porta-voz da defesa civil Mahmoud Basal, estavam um médico e uma criança atingidos enquanto estavam em um mercado cheio na Cidade de Gaza. Outros ataques aéreos em diferentes áreas, como o campo de refugiados de Al-Shati e nos bairros de Tal al-Hawa, Al-Zeitoun e Al-Sabra, também deixaram um número significativo de mortos.

    Os serviços de saúde da Faixa de Gaza enfrentam uma crise sem precedentes, alertou Raafat al-Majdulai, diretor da Associação de Saúde e Comunidade Al-Awda. Os hospitais estão lidando com a escassez de recursos e não conseguem atender adequadamente os feridos, além de estarem com suprimentos limitados. Um hospital de campanha no sul da Faixa de Gaza também declarou que estava à beira do colapso, sem combustível suficiente para funcionar por mais de dois dias.

    Desde o reinício das operações militares em março, os números de vítimas na Faixa de Gaza são alarmantes, com mais de 7.450 palestinos mortos e 26.479 feridos. O total de mortos desde outubro de 2023 subiu para impressionantes 58.026, com mais de 138.520 feridos, segundo registros das autoridades de saúde locais. O cenário no enclave é devastador, destacando a urgência de uma solução pacífica e humanitária para o prolongado conflito.

  • POLÍTICA – Lula defende multilateralismo como solução para desafios globais e alerta sobre os riscos da “lei do mais forte” no comércio internacional.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu recentemente uma abordagem focada na diplomacia, cooperação e multilateralismo como respostas imprescindíveis aos desafios globais contemporâneos. Em um artigo amplamente divulgado, Lula expressou preocupações sobre a crescente prevalência da “lei do mais forte” no cenário internacional, alertando que essa dinâmica ameaça a estrutura do comércio multilateral.

    Embora não tenha mencionado especificamente as medidas de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro criticou essa postura, ressaltando que a implementação de tarifas gerais pode impulsionar a economia global a uma “espiral de preços altos e estagnação”. O presidente brasileiro enfatizou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) se tornou ineficaz e que o progresso da rodada de desenvolvimento de Doha foi relegado ao esquecimento. Para ele, é vital reestruturar as instituições multilaterais para que reflitam as novas realidades sociais e econômicas do mundo.

    Lula também se referiu a 2025 como o ano em que a ONU deve celebrar seus 80 anos, mas advertiu que esse marco pode ser ofuscado pela crise da ordem internacional. Ele lembrou que os conflitos recentes, como as intervenções no Iraque, Afeganistão e na Líbia, evidenciam a banalização da força, enquanto a recente escalada de violência no Oriente Médio exemplifica a falência das estruturas atuais de mediação.

    O presidente destacou que a crise financeira de 2008 expôs os limites da globalização neoliberal, e a resposta global a essa crise não foi no sentido correto. Em vez de promover a igualdade, muitos países optaram por cortar programas de cooperação internacional, perpetuando uma realidade onde mais de 700 milhões de pessoas ainda enfrentam a fome.

    Além disso, Lula abordou a crise climática, em que os países desenvolvidos, principais emissores de carbono, devem assumir responsabilidades mais significativas. Ele citou dados preocupantes sobre as temperaturas globais e o incumprimento de compromissos climáticos, como os acordos financeiros da COP 15.

    Em um cenário de polarização crescente, o presidente ressaltou que é impossível fugir das interdependências globais e que o Brasil continua a se posicionar como um agente facilitador da colaboração internacional, destacando sua atuação no G20 e outros fóruns. Por fim, Lula enfatizou que a paz e a prosperidade em um mundo interconectado são inegociáveis e devem ser buscadas por meio do diálogo e da inclusão.