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  • Ministros da UE São Barrados em Bengasi: Missão Diplomática Interrompida por ‘Desrespeito a Procedimentos’ na Líbia e Declaração de “Personae Non Gratae”

    Uma missão de altos cargos da União Europeia enfrentou um revés nesta terça-feira, ao ser barrada ao desembarcar em Bengasi, cidade no leste da Líbia, obrigando os ministros a retornarem imediatamente. A delegação, que incluía o comissário da UE para Migrações, Magnus Brunner, e os ministros do Interior da Itália, Malta e Grécia, estava a caminho de discutir a persistente crise migratória no Mar Mediterrâneo.

    As autoridades regionais de Bengasi alegaram que a missão não cumpriu os protocolos de entrada e permanência para diplomatas estrangeiros. Ao chegar, os integrantes da delegação foram informados de que deveriam deixar o território líbio, sendo considerados “personae non gratae”. Essa hostilidade aponta para as complexas dinâmicas políticas que cercam a Líbia, um país ainda em busca de estabilidade desde a queda do regime de Muammar Kadafi, em 2011.

    Os ministros haviam origem em um voo de Trípoli, onde se reuniram com representantes do governo de unidade nacional, reconhecido pela ONU e apoiado pela maioria da comunidade internacional, sob a liderança do primeiro-ministro interino Abdel Hamid Dbeibah. No entanto, o leste da Líbia opera sob um governo paralelo que não reconhece a autoridade de Dbeibah, sendo dirigido por Osama Hammad e sob o controle efetivo do marechal Khalifa Haftar.

    De acordo com fontes italianas, o incidente se deu devido a uma “incompreensão protocolar”. Essas fontes enfatizaram que o problema não estava relacionado com a parte italiana da delegação e nada tinha a ver com as relações bilaterais entre a Itália e a Líbia. Em resposta à situação, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, expressou a intenção de se reunir com o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, o mais breve possível, para esclarecer os detalhes do ocorrido.

    Esse acontecimento destaca não apenas os desafios da diplomacia europeia na região, mas também a fragilidade do ambiente político líbio, onde a falta de consenso e os conflitos de poder entre diferentes facções continuam a complicar a busca por soluções duradouras para crises que afetam tanto a região quanto a Europa.

  • Deputados Acreditam que Impeachment de Ministros do STF Não Será Aprovado no Congresso, Revela Pesquisa Genial/Quaest

    Uma pesquisa recente revelou que apenas 35% dos deputados federais acreditam que o Congresso Nacional poderá aprovar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O levantamento, realizado entre 7 de maio e 30 de junho de 2025, entrevistou 203 parlamentares e apresenta uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais. A pesquisa destaca que 65% dos deputados consideram improvável a aprovação do impeachment. Essa questão se torna ainda mais complexa ao lembrar que a responsabilidade sobre processos de impeachment de ministros do STF recai exclusivamente sobre o Senado.

    Outro dado relevante da pesquisa aponta que a gestão do presidente da Câmara, Hugo Motta, é bem avaliada, com 68% dos parlamentares classificando seu trabalho como bom ou ótimo. Essa avaliação é especialmente positiva entre os deputados independentes, com 82% aprovando sua liderança. O apoio diminui entre os membros da base governista, que chega a 77%, enquanto na oposição apenas 47% expressam satisfação em relação ao desempenho de Motta.

    O estudo também analisou a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os números mostram um cenário desanimador, já que 46% dos deputados avaliam negativamente o governo, o pior índice desde o início de sua gestão. Esta percepção negativa é ainda mais acentuada entre a oposição, onde 96% consideram o governo ruim. Entre os independentes, esse número cai para 44%.

    A pesquisa fez uma previsão sobre as eleições presidenciais de 2026. A maioria dos deputados, cerca de 68%, acredita que Lula será candidato, mas muitos duvidam de sua capacidade de reeleição. Além disso, 51% dos entrevistados consideram que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta problemas legais e está inelegível, deveria se afastar de uma nova candidatura. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, surge como o principal nome da oposição, refletindo as incertezas políticas que permeiam o cenário atual.

  • SENADO FEDERAL – Senador Plínio Valério Propõe Limite de Mandato Para Ministros do STF e Reitera Necessidade de Votação Urgente da PEC na CCJ

    Na sessão do Senado desta terça-feira, o senador Plínio Valério, membro do PSDB do Amazonas, defendeu a urgência de estabelecer um limite de mandatos para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante seu discurso, o parlamentar recordou que, em 2019, havia apresentado uma proposta de emenda à Constituição (PEC 16/2019) que estipulava um mandato de oito anos para esses ministros. No entanto, o texto sofreu alterações, e atualmente a proposta sugere um prazo de doze anos, conforme modificação sugerida pela relatora da matéria, senadora Tereza Cristina, do PP do Mato Grosso do Sul.

    Plínio Valério enfatizou a necessidade de dar andamento à votação da proposta, que se encontra atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para ele, a lentidão no processo legislativo contribui para uma crescente interferência do poder Judiciário nas funções do Legislativo, e expressou a necessidade de que o Senado tome uma posição firme em relação às decisões do Supremo. Em suas palavras, “o momento é atualíssimo”, ressaltando que a população deveria perceber que o Senado é a instituição capaz de agir diante dessa situação, deixando claro que não pode haver espaço para o Supremo atuar como legislador.

    O senador manifestou suas preocupações sobre decisões monocráticas proferidas pelo STF, mencionando especificamente o ministro Alexandre de Moraes, e argumentou que há uma concentração excessiva de casos sendo decididos por apenas alguns integrantes da Corte. Ele reafirmou que sua proposta não possui um caráter revanchista, sendo aplicável apenas a futuros integrantes da instituição.

    Plínio Valério salientou que o Supremo deve ter suas funções bem delimitadas. “O Supremo está pensando que pode tudo, e o Supremo não pode tudo”, criticou, relembrando que a Constituição atribui ao Senado a responsabilidade de julgar ministros que desrespeitem seus mandatos. A discussão em torno da PEC proposta pelo senador continua a repercutir, levando a um debate mais amplo sobre os limites de atuação do poder Judiciário no Brasil.

  • ECONOMIA – Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de cúpulas do Mercosul e Brics, com foco em acordos internacionais e mudanças climáticas.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inicia uma agenda intensa de compromissos internacionais nesta semana, que envolve encontros com representantes de nações estratégicas. Sua primeira parada é em Buenos Aires, onde participará da reunião de cúpula do Mercosul, marcada para esta terça-feira. Haddad integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e terá a oportunidade de dialogar com o ministro da Economia argentino, Luis Caputo, sobre temas cruciais, incluindo o aguardado acordo do Mercosul com a União Europeia.

    O encontro, que também contará com a presença de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais de outros países-membros do Mercosul, discutirá não apenas questões econômicas, mas também políticas, especialmente em relação à transição da presidência rotativa do bloco para o Brasil, que ocorrerá até 31 de dezembro deste ano.

    Na manhã de quarta-feira, Haddad se reunirá com seus pares do Mercosul, antes de seguir para o Rio de Janeiro, onde se concentrará em outra serie de reuniões importantes relacionadas ao Brics. Nesta nova etapa, temas como as políticas do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e as preparações para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30) estarão no centro das discussões.

    As atividades no Rio de Janeiro começam na quinta-feira, quando Haddad encontrará os ministros de Finanças da China e da Rússia, conversando sobre o futuro do NDB e sua atuação nas questões climáticas. Na sexta-feira, ele participará de um seminário do NDB e se reunirá com representantes dos países governadores do banco, preparando o terreno para a Cúpula do Brics, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de outubro.

    No sábado, Haddad se reunirá com os ministros das Finanças do Egito e dos Emirados Árabes Unidos, onde as relações comerciais do Brasil com essas nações serão o foco principal. Ao longo de todos esses encontros, o ministro busca fortalecer os laços internacionais e promover a posição do Brasil no cenário global.

    Com uma agenda repleta de compromissos relevantes, Haddad retornará a Brasília apenas na terça-feira da semana seguinte, depois de ter participado de eventos fundamentais para a política e economia brasileira no contexto mundial.