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  • Brasil Reage a Sobretaxa dos EUA: Alckmin Promete Diálogo e Defende Proteção às Empresas Nacionais

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que novos desdobramentos sobre a recente sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros devem ocorrer nos próximos dias. O comunicado foi feito durante uma entrevista à Rádio CBN, na qual Alckmin destacou que um comitê, formado por diversos ministérios do governo Lula, está estabelecendo diálogos com o setor produtivo e a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham).

    Em sua fala, o ministro enfatizou que é crucial apresentar evidências de que o Brasil não é a fonte dos problemas comerciais dos EUA. De acordo com Alckmin, os Estados Unidos enfrentam um déficit significativo de aproximadamente US$ 1,2 trilhão na balança comercial de bens. No entanto, ele destacou que com o Brasil, há um superávit comercial, o que indica que a denúncia de um “problema” no relacionamento comercial parece infundada.

    Alckmin também ressaltou que, enquanto a alíquota média sobre as exportações de produtos americanos para o Brasil gira em torno de 2,7%, as tarifas impostas pelos Estados Unidos variam entre 10% e valores superiores, especialmente nos setores de aço, alumínio e automotivo. Ele qualificou a nova taxa de 50% como “totalmente equivocada” e sugeriu que, na verdade, o Brasil poderia estar argumentando contra o déficit que os EUA enfrentam na balança comercial.

    Além disso, o vice-presidente abordou o tema da lei de reciprocidade, prometendo que um decreto regulamentar sobre a questão será publicado até a próxima segunda-feira. Ele enfatizou a necessidade de o Brasil proteger suas empresas, embora não tenha revelado se a discussão sobre patentes está em pauta. Alckmin indicou que a legislação de reciprocidade abrangia tanto tarifas quanto questões não tarifárias, reforçando o compromisso do governo em defender os interesses nacionais em um cenário de crescente tensão comercial.

  • Candidatos do PT alertam sobre ataques da direita e pedem mobilização contra ações que ameaçam o governo Lula em carta à militância.

    Em um clima de tensão política, os candidatos à presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) – Rui Falcão, Valter Pomar e Romênio Pereira – divulgaram uma carta conjunta dirigida à militância, onde expressam preocupações relativas às manobras do Congresso Nacional. O documento, que veio à tona neste domingo, 30, ocorre a apenas uma semana do primeiro turno das eleições internas do partido, programadas para o dia 6 de julho.

    Entre os quatro concorrentes à presidência, o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, foi o único que não assinou a carta. A ausência tem levantado questionamentos, e a assessoria de Edinho ainda não se manifestou sobre os motivos de sua não participação no manifesto.

    Na carta, os candidatos criticam a recente derrubada do decreto que promovia o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para eles, essa decisão representa “a gota d’água” de uma série de ações prejudiciais que começaram após o golpe que destituiu a então presidenta Dilma Rousseff em 2016. O tom do texto é claro ao afirmar que “os parlamentares de direita buscam governar o Brasil”, tentando esvaziar as prerrogativas que a população concedeu a Lula, o atual presidente.

    Os candidatos também fazem um chamado à mobilização popular contra as estratégias da direita e criticam a política de juros altos promovida pelo Banco Central, que, segundo afirmam, está atrapalhando a governabilidade de Lula. Além disso, propõem a substituição de ministros que se aliam a partidos de direita e que, conforme afirmam, tentam preparar o terreno para uma candidatura bolsonarista nas próximas eleições.

    O manifesto ainda aponta a necessidade de que o governo recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à derrubada do decreto e demanda o fim de subsídios direcionados aos “super-ricos”. Os autores das cartas destacam que as propostas visam enfrentar um cerco político que busca constranger o governo, forçando um ajuste fiscal severo que prejudicaria a reeleição de Lula em 2026.

    “A direita está em campanha, e nós responderemos com força e organização”, concluem os candidatos, reforçando a importância da participação dos militantes nas eleições do partido. O atual presidente interino do PT, Humberto Costa, assumiu a liderança do partido em março de 2025, e as novas eleições do PT ocorrerão através do Processo de Eleição Direta (PED) em julho de 2025, com um potencial segundo turno previsto para o dia 20 do mesmo mês.