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  • Vasco é goleado por Del Valle e se complica na Sul-Americana; Diniz cita expulsão e dificuldades financeiras como fatores da derrota.

    Na noite dessa quarta-feira, o Vasco da Gama sofreu uma pesada derrota de 4 a 0 para o Independiente Del Valle, em um jogo que se mostrou desastroso para as pretensões da equipe na Copa Sul-Americana. O confronto ocorreu em Quito, no Equador, onde a altitude e as circunstâncias do jogo impactaram significativamente o desempenho da equipe carioca.

    Logo nos primeiros minutos de partida, o lateral-esquerdo Lucas Piton foi expulso, gerando um desfalque crucial na defesa. Essa expulsão precipitou a alteração no plano tático do Vasco, que acabou recuando para evitar um revés ainda maior. O técnico Fernando Diniz analisou a situação, revelando que a equipe se viu obrigada a mudar sua abordagem, que inicialmente consistia em marcar alto. “Tivemos que baixar as linhas. Quase conseguimos segurar o 0 a 0, mas estávamos sofrendo muitos cruzamentos e, no segundo tempo, tentamos ajustar, mas não funcionou”, explicou.

    A derrota coloca o Vasco em uma posição desfavorável na competição, tornando a classificação para a próxima fase algo cada vez mais distante. Além do impacto no campo, Diniz trouxe à tona a questão das dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube, que limitam severamente as contratações. Ele foi enfático ao afirmar que, apesar do desejo de reforçar o time, o cenário econômico do clube torna isso inviável. “Quando cheguei, já sabia que havia um planejamento, mas as condições financeiras são restritas. A realidade é que não temos dinheiro para contratar. Conseguimos trazer o Thiago Mendes, mas precisamos de mais jogadores que acreditamos que possam fazer a diferença”, comentou Diniz.

    A situação é preocupante para os torcedores e gestões do Vasco, que se veem diante não apenas da necessidade de resultados em campo, mas também da imperiosa urgência de soluções financeiras duradouras. Com o próximo confronto marcado para o dia 22 de julho, o clube terá a oportunidade de buscar a recuperação, mas precisa superar desafios tanto no aspecto tático quanto nas limitações administrativas.

  • Seguradora se Pronuncia Sobre Divisão de Valores Após Tragédia com Marília Mendonça e Causa Polêmica Entre Famílias de Vítimas

    A recente tragédia aérea que resultou na morte da famosa cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas em novembro de 2021 continua a ser assunto de controvérsias, especialmente em relação à divisão do seguro do acidente. A seguradora responsável, MAPFRE, divulgou uma nota reafirmando que o acordo realizado entre as famílias envolvidas foi fruto de um entendimento mútuo, baseado em critérios técnicos e homologado judicialmente.

    A nota, enviada na última terça-feira, destacou que a MAPFRE cumpriu integralmente com o acordado, embora a divisão dos valores tenha suscitado descontentamento entre os familiares das demais vítimas. Reports indicam que cerca de metade do montante foi destinado à família de Marília, o que provocou críticas, especialmente após os pronunciamentos de alguns parentes de outros envolvidos na tragédia.

    Dona Ruth, mãe de Marília, se manifestou sobre a questão em uma entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo. Ela esclareceu que não teve contato com os familiares das outras vítimas e que a decisão sobre a divisão se deu a partir de uma avaliação judicial que atribuiu à família da cantora a maior parte dos valores. “Foi uma decisão do juiz”, afirmou ela, destacando que não fez acordos pessoais com os parentes dos outros falecidos.

    A insatisfação se intensificou com os depoimentos de George Freitas e Vitória Drummond Medeiros, filhos de vítimas que criticaram abertamente a distribuição monetária. Fernanda Costa, ex-companheira de Henrique Bahia e mãe de seu filho, relatou ter buscado um diálogo direto com Dona Ruth para propor uma divisão mais justa, mas foi aconselhada a procurar o advogado da outra parte.

    George Freitas, ao justificar a aceitação do acordo, mencionou as dificuldades de prolongar a disputa judicial, que poderia levar anos para ser resolvida. Ele expôs que a pressão por uma resolução rápida era uma preocupação comum entre os afetados. Esta situação acentua o dilema emocional enfrentado por várias famílias ao tentarem lidar com a dor da perda e a complexidade dos trâmites legais.

    Diante da situação, a seguradora limitou-se a declarar que não comentaria mais detalhes sobre o caso, encerrando assim um capítulo ainda turbulento em um episódio que, por muito tempo, será lembrado pela tragédia e pela dor deixada.

  • Loro Piana Sob Administração Judicial: Tribunal Investiga Exploração de Trabalhadores em Produção de Roupas de Luxo na Itália

    Um tribunal em Milão determinou, nesta segunda-feira, que a renomada grife italiana Loro Piana, parte do conglomerado LVMH, será colocada sob administração judicial por um período de um ano. Essa decisão decorre de investigações que indicam práticas de exploração de trabalhadores na cadeia produtiva da marca, famosa por seu luxuoso cashmere.

    O juiz Paolo Storari, responsável pela instância, apontou que a Loro Piana teria terceirizado sua produção para locais de trabalho com condições laborais precárias. As autoridades alegam que a marca não implementou medidas adequadas para assegurar a conformidade com os padrões trabalhistas, sendo incapaz de monitorar as condições reais enfrentadas por seus colaboradores.

    A investigação revelou que a produção de peças, como jaquetas de cashmere, foi atribuída a uma empresa externa chamada Evergreen. No entanto, esta subcontratou outra empresa, a Sor-Man, com sede em Nova Milanese, que também não possuía a capacidade adequada para cumprir as demandas. A situação se agravou quando essas empresas buscaram formas de reduzir custos, o que as levou a recorrer a fábricas na China que operavam em condições irregulares. Essas instalações foram fechadas pelas autoridades após a prisão de um dos proprietários, e os trabalhadores eram submetidos a ambientes insalubres e jornadas excessivas, muitas vezes em condições clandestinas.

    As investigações também revelaram como esse sistema foi utilizado para maximizar lucros. De acordo com os documentos judiciais, a fábrica chinesa, responsável pela produção efetiva, reduziu os custos com mão de obra, infringindo normas de saúde e segurança, além de descumprir convenções coletivas laborais. Um representante da Sor-Man explicou em seu depoimento que o preço combinado com a Loro Piana para a produção de jaquetas poderia chegar a 118 euros por peça em pedidos maiores, enquanto o custo em loja variava de mil a três mil euros, resultando em uma margem de lucro que variava entre mil e dois mil euros.

    Com a decisão do tribunal, a Loro Piana terá um ano para adequar suas práticas às legislações trabalhistas. Caso consiga fazer essas alterações, a administração pode ser suspensa antes do prazo estipulado. Este não é um caso isolado; outras marcas de prestígio como Dior e Armani também enfrentaram processos semelhantes, indicando um padrão preocupante na indústria da moda de luxo.

  • ECONOMIA – Produção de motocicletas no Brasil cresce 15,3% no primeiro semestre de 2025, alcançando 1.000.749 unidades, com boas expectativas para o futuro.

    No primeiro semestre de 2025, a produção de motocicletas no Brasil alcançou a impressionante marca de 1.000.749 unidades, um aumento significativo de 15,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram revelados nesta sexta-feira pela entidade que representa os fabricantes do setor. Somente em junho, foram produzidas 154.113 motocicletas, marcando um crescimento robusto de 45% em relação a junho de 2024; no entanto, isso representa uma queda de 10,7% em comparação ao mês anterior.

    O presidente da associação setorial enfatizou que o mercado de motocicletas continua operando em sua capacidade máxima, atendendo tanto à demanda de consumidores que utilizam as motos como meio de transporte quanto àqueles que as empregam como ferramenta de trabalho. Ele destacou que, apesar das boas perspectivas para o segundo semestre, o cenário econômico vigente, particularmente no que se refere a taxas de juros e inflação, requer vigilância.

    No que diz respeito às vendas, os números também impressionam. O total de emplacamentos de motocicletas foi de 1.029.546, representando um crescimento de 10,3% em relação ao ano passado. No mês de junho, os emplacamentos somaram 179.407 unidades, apresentando um aumento de 8,2% no comparativo anual, mas uma retração de 7,2% se comparado a maio. A média diária de vendas no mês, considerando 20 dias úteis, foi de 8.970 motos.

    Este desempenho resultou em um dos melhores resultados da história, tanto para o primeiro semestre quanto para o mês de junho. Com uma perspectiva otimista, a expectativa é de que em 2025 sejam emplacadas cerca de 2.020.000 motocicletas, o que corresponderia a um crescimento de 7,7% em relação a 2024.

    Além do mercado interno, as exportações também mostraram um desempenho positivo, com um crescimento de 18,5% nos seis primeiros meses do ano, totalizando 18.611 unidades embarcadas. Em junho, 3.065 motocicletas foram destinadas ao exterior, representando um aumento de 39,1% em relação ao mesmo mês de 2024, embora tenha havido uma queda de 9,3% em relação ao mês anterior.

    A previsão que permeia o setor é promissora, apontando para um crescimento contínuo, tanto na produção quanto nas vendas e exportações, refletindo um mercado que se fortalece e se adapta às demandas do consumidor brasileiro.

  • ECONOMIA – Brasil tem medidas comerciais contra EUA que não afetam a inflação, afirma ministro da Fazenda Fernando Haddad. Diplomacia segue aberta para resolver impasse.

    Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou as possibilidades de retaliação comercial do Brasil em resposta às sanções impostas pelos Estados Unidos, enfatizando que tais medidas não impactariam a inflação interna. Haddad destacou a Lei de Reciprocidade Econômica, que foi aprovada recentemente pelo Congresso, como um mecanismo que permite ao Brasil adotar ações não tarifárias e aumentos de tarifas que não afetam os preços aos consumidores nacionais.

    O ministro explicou que o governo está avaliando uma série de opções para responder às novas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, anunciadas pelo presidente Donald Trump. Ele ressaltou que as medidas brasileiras estão sendo cuidadosamente estudadas por um grupo de trabalho, e que o foco não está em criar pressões inflacionárias, mas sim em desenvolver estratégias de retaliação justas e ponderadas.

    Haddad também mencionou que os canais de diálogo entre Brasil e Estados Unidos permanecem abertos, reafirmando a intenção de buscar um entendimento que evite uma escalada de tensões comerciais. “Estamos comprometidos em encontrar soluções através da diplomacia”, afirmou. A lei, segundo ele, recebeu apoio significativo no Congresso, incluindo votos de setores da oposição, o que indica um consenso amplo sobre a importância da soberania nacional nas relações comerciais.

    Em suas declarações, o ministro não hesitou em criticar a postura dos Estados Unidos, classificando as tarifas como “irracionais” e sem justificativa econômica plausível. Ele lembrou que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos mantiveram um superávit em sua balança comercial com o Brasil, o que levanta questões sobre a necessidade de tais medidas protecionistas. Haddad reforçou que o Brasil não busca adotar posturas de proteção comercial, mas sim assegurar um comércio justo e equilibrado.

    Além das discussões comerciais, Haddad também comentou rapidamente sobre a audiência de conciliação relacionada ao decreto que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), reiterando a posição da Fazenda de que o ato é constitucional. Essa posição indica que o governo está se preparando para possíveis desafios legais, enquanto tenta equilibrar a agenda fiscal do país com as necessidades do comércio exterior.

  • ECONOMIA – Impacto da Tarifa de 50% sobre Exportações aos EUA Abala Mercado Financeiro, Dólar Fecha em Alta e Bolsa Tem Queda Seletiva

    A recente imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, anunciada pelo governo de Donald Trump, gerou um impacto significativo no mercado financeiro nacional. Contudo, ao longo do dia, as tensões iniciais foram amenizadas. O dólar, que havia alcançado a marca de R$ 5,61 logo nos primeiros momentos de negociação, conseguiu se estabilizar, fechando a R$ 5,543, representando uma alta de R$ 0,039, ou 0,72%. Vale ressaltar que o valor ainda se manteve abaixo da máxima atingida durante o dia e, na mínima, teve um leve recuo para R$ 5,52 por volta das 10h50.

    Atualmente, a moeda americana encontra-se no seu nível mais elevado desde o dia 25 de junho, quando ficou cotada a R$ 5,55. Ao longo desta semana, o dólar acumula uma alta de 2,22%, mas, em um cenário mais amplo, observamos uma queda de 10,3% em relação a 2025. Este cenário reflete a volatilidade dos mercados e a constante insegurança em relação às diretrizes econômicas.

    No âmbito do mercado acionário, o dia também foi marcado por flutuações. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou em 136.743 pontos, apresentando um recuo de 0,54%. Durante a manhã, o índice chegou a registrar uma queda superior a 1%, mas, ao longo do dia, conseguiu recuperar parte das perdas, superando os 137 mil pontos às 13h30. Apesar dessas oscilações, não houve uma correção universal das ações, com as perdas ocorrendo predominante entre empresas que dependem das exportações para os Estados Unidos, como é o caso da indústria.

    Um exemplo notável foi a fabricante de aeronaves Embraer, cujas ações caíram até 7% durante a manhã, mas ao final do periodo, encerraram o dia cotadas a R$ 75,32, com uma desvalorização de 3,7%. Essa tendência aponta para as consequências diretas da nova tarifa sobre o comportamento das empresas voltadas para o comércio internacional, refletindo as incertezas no cenário econômico. Em suma, o mercado demonstra resiliência diante de desafios, mas os sinais de tensão permanecem, especialmente para setores específicos da economia brasileira.

  • Preço do café arábica sobe 1,6% após EUA anunciarem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros

    Na última quinta-feira, o mercado de café arábica viu um aumento significativo de quase 1,6% em seus preços nas bolsas globais, uma reação direta ao anúncio feito pelos Estados Unidos sobre a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros. Estes tributos, que entrarão em vigor em 1º de agosto, serão de 50% sobre todas as mercadorias provenientes do Brasil, país que desempenha um papel essencial na produção de café arábica em nível mundial.

    Com a nova política comercial, os futuros de café arábica para setembro apresentaram um crescimento de 1,55%, atingindo o patamar de R$ 18 por libra-peso, o que equivale a aproximadamente R$ 38,2 mil por tonelada. Essa alta nos preços do arábica contrasta com a situação da variedade robusta, que, por outro lado, enfrentou uma queda de 3,17%, alcançando seu valor mais baixo desde maio do ano anterior,iferindo-se a R$ 20,160 por tonelada.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, justificou a imposição das tarifas em uma carta oficial, enfatizando preocupações econômicas que, segundo ele, justificam a medida. Em resposta, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente brasileiro, declarou que o Brasil não hesitará em adotar contramedidas apropriadas sob a Lei de Reciprocidade Econômica, alertando sobre as possíveis repercussões da decisão americana.

    Esses eventos não ocorrem em um vácuo. A relação comercial entre os dois países tem sido marcada por tensões, e o agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional, está no centro desse embate. O café, principal produto de exportação do Brasil, representa não apenas uma fonte de renda para milhões de produtores, mas também é cuidadosamente monitorado por seus impactos nas economias globais.

    A resposta do mercado ao anúncio de tarifas evidencia a sensibilidade dos preços agrícolas a mudanças políticas e comerciais. A continua interdependência entre as economias dos EUA e do Brasil, especialmente no setor de commodities, sugere que mudanças adicionais podem ocorrer à medida que ambos os países buscam equilibrar seus interesses econômicos e comerciais. Assim, o futuro próximo pode ser crucial para o mercado de café e suas dinâmicas comerciais.

  • ECONOMIA – Possibilidade de Queda nos Preços da Gasolina e Diesel é Afirmada pelo Ministro de Minas e Energia Durante Cúpula do Brics no Rio de Janeiro

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que há uma perspectiva positiva para a redução dos preços da gasolina e do diesel nas próximas semanas, desde que os valores do petróleo no mercado internacional permaneçam estáveis. A declaração foi feita durante sua participação na reunião de cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro.

    Em sua entrevista, Silveira expressou preocupação com a tensão política decorrente do conflito entre Israel e Irã, afirmando que a diminuição dessa tensão ajudou a gerar otimismo. “Nós estávamos muito apreensivos com essa guerra, mas agora a situação parece estar mais controlada. Esperamos que esse conflito encontre uma resolução”, disse o ministro.

    Além disso, o ministro destacou os esforços do governo para evitar aumentos abusivos nos preços dos combustíveis. Ele ressaltou a determinação do presidente Lula em garantir que as reduções aplicadas pela Petrobras sejam refletidas nos preços cobrados ao consumidor final. “Estamos intensificando a fiscalização para assegurar que os preços na bomba de combustível sejam justos, permitindo que o resultado das políticas públicas se concretize em justiça tarifária para o país”, acrescentou Silveira.

    Durante a cúpula do Brics, o ministro também abordou a importância da sustentabilidade, enfatizando o papel do grupo como um fórum crucial para articular o financiamento da transição energética. Ele mencionou a atuação do Banco do Brics nesse contexto, onde os países membros podem colaborar para um desenvolvimento mais sustentável. “O Brics é essencial, principalmente para promover o financiamento necessário para a transição energética”, destacou.

    Silveira mencionou ainda que o Brasil e outros integrantes do Brics possuem reservas significativas de minerais críticos, importantes para essa transição. No entanto, ele alertou sobre a necessidade de um equilíbrio entre a exploração econômica desses recursos e a conformidade com a legislação ambiental. A busca por esse equilíbrio deve guiar as ações futuras, visando não apenas o crescimento econômico, mas também a proteção ambiental e a sustentabilidade.

  • ECONOMIA – Petrobras Aumenta Escoamento de Gás Natural para Reduzir Preços e Atender Indústrias em Novo Pacote de Investimentos de R$ 33 Bilhões

    Nesta quinta-feira, 3 de outubro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a intenção da estatal de elevar o volume de gás natural que chega à costa brasileira. A medida visa não apenas facilitar o escoamento do combustível, mas também reduzir os preços para setores industriais que dependem desse insumo essencial. Em uma apresentação a jornalistas, Chambriard enfatizou a relevância dessa ação em um contexto em que o gás natural é um elemento crucial tanto como fonte de energia quanto como matéria-prima para a produção de fertilizantes, por exemplo.

    No âmbito de um abrangente pacote de investimentos que ultrapassa R$ 33 bilhões, a Petrobras focará na integração da Rota 3, linha de escoamento de gás dos campos do pré-sal localizados na Bacia de Santos, com as Unidades Petroquímicas e a Refinaria Duque de Caxias, situadas na região metropolitana do Rio de Janeiro. Este conjunto de ações visa aumentar a eficiência do transporte e a disponibilidade do gás no mercado brasileiro.

    Ao ser questionada sobre a possibilidade de que esses investimentos resultem em reduções no preço do gás natural, Chambriard afirmou que, embora a empresa esteja se esforçando para alcançar esse objetivo, o processo deve ser gradual. A presidente da estatal afirmou que a Petrobras tem um compromisso com a sociedade e pretende “abrasileirar” os preços, garantindo que os custos reflitam não apenas as flutuações internacionais, mas também a realidade de produção local.

    Contudo, o preço elevado do gás natural tem gerado descontentamento entre empresários. Um estudo recente apontou que o custo do gás no Brasil pode ser até dez vezes superior ao dos Estados Unidos e duas vezes mais que na Europa. Este cenário foi reforçado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que considerou a diminuição do preço do gás como fundamental para reindustrializar o país.

    Chambriard detalhou que as enormes distâncias dos campos de petróleo offshore representam um desafio logístico significativo, uma vez que as plataformas atuais não foram projetadas para exportação. Entretanto, novas estruturas, como o projeto da navio-plataforma Búzios 12, estão sendo desenvolvidas para otimizar a concentração de gás e facilitar seu transporte.

    A presidente da Petrobras também comentou sobre a importação de gás da Argentina e da Bolívia, ressaltando que o grande desafio é garantir que esse gás chegue ao Brasil a um custo acessível. A Petrobras atua em parceria com a estatal colombiana Ecopetrol em grandes campos de gás, mas ainda não há certeza sobre a quantidade que poderá ser exportada para o Brasil. Com uma abordagem focada no aumento da oferta e na sustentabilidade dos preços, a Petrobras se compromete a buscar soluções eficazes para um mercado tão vital quanto o do gás natural.