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  • Polícia Federal Investiga Sumiço de Papagaios Ameaçados em Zoológico de Alagoas Durante Operação Chauá

    Na manhã desta quinta-feira, 10 de outubro, a Polícia Federal de Alagoas iniciou a Operação Chauá, que visa investigar o desaparecimento de 12 papagaios de um zoológico em Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió. O caso é alarmante principalmente devido à natureza das aves envolvidas, sendo que 11 delas pertencem à espécie papagaio-chauá, classificada como ameaçada de extinção e protegida por leis ambientais.

    A operação foi desencadeada com a expedição de um mandado de busca e apreensão pela Justiça Federal, que busca coletar evidências e localizar os papagaios desaparecidos. Durante as investigações, os agentes federais também encontraram três aves mantidas de forma irregular, incluindo um casal da espécie pintor-verdadeiro, que também está em risco de extinção.

    A Polícia Federal informou que os trabalhos seguem em progresso para identificar os indivíduos responsáveis pelo desvio das aves e para investigar possíveis vínculos com o tráfico de animais silvestres. Os envolvidos nessa situação podem ser responsabilizados por crimes ambientais, que incluem furto, receptação e a manutenção ilegal de fauna nativa. As sanções para esses delitos podem resultar em várias anos de prisão e na aplicação de multas significativas.

    O papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) é uma ave nativa da Mata Atlântica brasileira e figura na lista das espécies vulneráveis à extinção, que já sofre com a perda de habitat e o tráfico ilegal. Sua ausência de ambientes controlados, como zoológicos, é considerada uma grave ameaça à conservação e aos programas de reprodução em cativeiro, que desempenham um papel crucial na preservação da biodiversidade.

    A PF ainda não revelou os nomes dos possíveis suspeitos, porém reforçou a importância da participação da população. Os cidadãos podem contribuir com denúncias anônimas através dos canais oficiais de atendimento, potencialmente ajudando a esclarecer o caso e assegurar a proteção das espécies ameaçadas.

  • Oposição promete rigor na CPMI do INSS e busca responsabilizar todos os envolvidos em fraudes, independentemente de partido ou ideologia, afirma senador Izalci Lucas.

    Senador Izalci Lucas Defende Ações Rigorosas na CPMI do INSS

    O senador Izalci Lucas, representante do DF pelo PL e líder da oposição no Congresso Nacional, não hesita em declarar sua intenção firme à frente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Designado membro titular, Izalci falou sobre a urgência de responsabilizar todos os envolvidos em possíveis desvios de recursos previdenciários, enfatizando que a investigação será imparcial e rigorosa: “Independente do partido ou ideologia, todos os envolvidos na corrupção precisarão prestar contas.”

    A CPMI foi criada para investigar fraudes de grande magnitude conectadas a aposentadorias, pensões e demais benefícios pagos pela Previdência Social, que, segundo análises recentes, poderiam envolver bilhões desviado de maneira irregular. O senador Ivan foi incisivo ao reafirmar que nenhum aliado político, independentemente de sua posição, estará acima da lei. “Não é porque é da direita que vamos passar a mão na cabeça. Todos os culpados terão que pagar por isso”, declarou, demonstrando um compromisso claro de que a Justiça deve prevalecer, principalmente em relação a recursos destinados a aposentados e pensionistas.

    Lembrando sua experiência com a Medida Provisória 871/2019, que tinha como objetivo endurecer as regras para concessão de benefícios e combater fraudes, o senador mencionou que muitos problemas do INSS vão além das aposentadorias, alcançando áreas como o seguro-defeso. “Aqui em Brasília mesmo, o número de pescadores registrados ultrapassava a capacidade do Lago Paranoá”, destacou, apontando para as distorções no sistema.

    Além das iniciativas contra fraudes, Izalci expressou preocupações quanto à composição da CPMI. A possibilidade de a base do governo influenciar as investigações provoca apreensão no senador, que teme a perda de independência nas apurações. A escolha do senador Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da comissão trouxe incertezas, embora Izalci tenha se mostrado esperançoso em relação à capacidade de Aziz em conduzir os trabalhos de forma justa. “Ele vai querer apurar os detalhes e não colocará empecilhos”, afirmou.

    Por fim, o senador defendeu que o relator da CPMI seja indicado pela minoria, a fim de garantir um equilíbrio adequado nas investigações. “A CPMI é um instrumento da minoria e, portanto, deveria ser comandada por ela”, argumentou, apontando para a importância da representação equitativa nas deliberações. Os trabalhos da CPMI terão início em agosto, após o recesso parlamentar, e a expectativa é que os membros façam um esforço conjunto para trazer à luz todas as questões relacionadas aos desvios no INSS.