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  • Parlamento Suíço Inicia Investigação Sobre Aumento de Custos na Compra dos Caças F-35A dos EUA após Aviso de Despesas Adicionais de US$ 1,3 bilhão.

    O Parlamento suíço, por meio de sua comissão de controle, decidiu investigar a compra dos caças F-35A, adquiridos dos Estados Unidos, após recentes notificações sobre um aumento significativo nas despesas relacionadas ao contrato. A aquisição, firmada em setembro de 2022, previa um investimento de cerca de 6,25 bilhões de dólares – aproximadamente 34,1 bilhões de reais – para a compra de 36 jatos. Contudo, na última semana, Urs Loher, responsável pelas aquisições de defesa na Suíça, revelou que a administração americana comunicou custos adicionais que poderiam somar 1,3 bilhão de dólares, representando mais de 20% a mais do que o valor inicialmente estipulado.

    Esse desdobramento gerou um clima de incerteza em relação ao cumprimento dos prazos de entrega dos caças, programados entre 2027 e 2030. A investigação do Parlamento visa não apenas esclarecer como as autoridades suíças geriram a questão do preço fixo na aquisição, mas também analisar os resultados das auditorias relacionadas ao contrato e validar as informações que têm sido comunicadas ao público e ao órgão fiscalizador.

    Recentemente, as tensões geopolíticas e as políticas do governo americano, especialmente sobre a liderança de Donald Trump, têm influenciado as decisões de compra de armamentos na Europa. Em um contexto onde a incerteza política aumenta, vários países estão considerando desenvolver suas próprias capacidades de defesa, como caças de sexta geração, o que demonstra um movimento em direção à autonomia militar e a possíveis projetos colaborativos na região. O ex-ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, afirmou que as expectativas em torno de acordos de defesa na Europa cresceram, especialmente com a pressão para que projetos pan-europeus sejam priorizados.

    Enquanto isso, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, destacou que, na realidade, os F-35 ainda não têm uma alternativa viável, e que uma rescisão do contrato poderia comprometer as relações diplomáticas entre a Alemanha e os Estados Unidos. A situação reafirma o dilema que muitos países europeus enfrentam ao tentar equilibrar suas necessidades de defesa com as complicações políticas internacionais.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Projeto de Lei Propõe Nova Classificação para Pessoas Desaparecidas e Melhora Medidas de Busca, Diz Deputada Laura Carneiro

    No dia 30 de junho de 2025, a Câmara dos Deputados recebeu para análise um novo Projeto de Lei, de número 306/25, que busca modificar a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. A proposta é de autoria da deputada Laura Carneiro, do PSD do Rio de Janeiro, e visa incluir três categorias distintas de desaparecimento, cada uma com abordagens específicas.

    Dentre as definições apresentadas no projeto, a primeira é a de “pessoa desaparecida voluntária”, que se refere a indivíduos maiores de idade que optam, por vontade própria, por se desvincular de suas famílias, amigos e conhecidos. A segunda categoria, denominada “pessoa desaparecida involuntária”, abrange aqueles que desaparecem devido a eventos imprevistos, como desastres naturais, acidentes ou questões de saúde mental. Há também os menores de 18 anos que se afastam de seus responsáveis de maneira não intencional. Por sua vez, a terceira categoria, “pessoa desaparecida forçada”, identifica aqueles desaparecidos em situações de coação, incluindo sequestros, tráfico de pessoas e violência doméstica.

    Atualmente, a legislação vigente apenas considera como desaparecida qualquer pessoa cujo paradeiro seja desconhecido, sem discriminar as circunstâncias do desaparecimento. A única exceção se aplica a crianças e adolescentes, que possuem regras específicas. Segundo Laura Carneiro, essa definição genérica dificulta a implementação de medidas adequadas para cada tipo de caso. A deputada enfatiza que a categorização dos desaparecimentos permitirá uma abordagem mais eficaz e direcionada por parte dos órgãos competentes, possibilitando a criação de protocolos de investigação específicos.

    A parlamentar também ressaltou a importância do dever do Estado em promover a busca por indivíduos desaparecidos, afirmando que os familiares têm o direito fundamental de encontrar seus entes queridos. O projeto seguirá agora em caráter conclusivo, passando pela avaliação das comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, além de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, a proposta precisará ser aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal. Essa iniciativa reflete um avanço significativo na forma como o Brasil lida com casos de desaparecimentos, buscando uma resposta mais assertiva e humanizada para a questão.