Tag: Integração

  • Rio Grande do Sul se destaca com nova sede da Invest RS em SP e investimentos de R$ 1 bilhão em semicondutores e inovação tecnológica.

    Rio Grande do Sul Inaugura Nova Sede da Invest RS em São Paulo: Foco em Atração de Investimentos

    A Invest RS, responsável por atrair investimentos para o Rio Grande do Sul, agora conta com uma nova sede localizada perto da Avenida Faria Lima, um dos mais emblemáticos endereços do mercado financeiro brasileiro. A escolha desse local não é mera coincidência; a agência visa estabelecer conexões diretas entre o setor produtivo do estado e as oportunidades emergentes na América Latina.

    Ao estabelecer uma presença estratégica em São Paulo, a Invest RS pretende destacar o Rio Grande do Sul como um ativo central em áreas cruciais como tecnologia, energias renováveis, agroindústria e inovação industrial. Essa estratégia pretende posicionar o estado como um referencial no cenário econômico nacional e internacional.

    No setor de semicondutores, o Rio Grande do Sul possui uma infraestrutura robusta, que inclui renomados parques tecnológicos e centros de pesquisa como o Tecnopuc e o Tecnosinos. Esses hubs de inovação são vitais para o avanço da indústria de máquinas e equipamentos. Recentemente, dois projetos foram formalizados na nova sede em São Paulo. Os acordos com as empresas Tellescom Semicondutores e Chipus Microeletrônica, que somam mais de R$ 1 bilhão em investimentos e prometem a criação de mil novos empregos, são um claro indicativo do potencial do estado.

    O protocolo estabelecido com a Tellescom aborda a utilização de um terreno em Cachoeirinha para a instalação de unidades de semicondutores, focando na fabricação de componentes eletrônicos cruciais para setores como telecomunicações, automotivo e computação avançada. A Chipus, por sua vez, contará com suporte da Invest RS para o desenvolvimento de um centro de pesquisa em microeletrônica, visando a produção de semicondutores voltados para inteligência artificial e computação quântica.

    Além de contar com mão de obra qualificada, o estado apresenta uma tradição industrial consolidada, com empresas de renome atuando por décadas. O ecossistema de inovação é igualmente robusto, respaldado por incubadoras e aceleradoras que favorecem novas empresas.

    Na seara de biocombustíveis, o Rio Grande do Sul se destaca como um dos principais produtores de soja e milho, essenciais para a produção de biodiesel. O estado já está investindo no Programa RS H2V, que incentiva a cadeia produtiva do hidrogênio verde.

    O agronegócio gaúcho, consolidado na produção de grãos e carnes, também se destaca pela qualidade superior de suas criações, como as raças Hereford e Angus, reconhecidas por seus cortes de alta qualidade. Além disso, a cadeia petroquímica local abriga indústrias que vão da transformação de resinas a soluções em reciclagem, apoiadas por um contingente de pesquisadores altamente qualificados.

    Com a nova sede em São Paulo, a Invest RS intensifica sua missão de consolidar o Rio Grande do Sul como um polo de inovação e desenvolvimento econômico, impulsionando uma nova era de oportunidades para o estado.

  • DIREITOS HUMANOS –

    Integração da População Venezuelana no Brasil Precisa Urgentemente de Políticas Públicas Abrangentes e Igualdade de Gênero, Aponta Pesquisa da ONU

    As iniciativas voltadas para o acolhimento e a integração da população venezuelana no Brasil demandam, com urgência, uma articulação mais eficaz entre diversas políticas públicas. Setores como saúde, habitação, educação e emprego precisam dialogar em níveis nacional e local, com uma ênfase especial na promoção da igualdade de gênero. Esse é um dos resultados destacados em um recente estudo elaborado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a ONU Mulheres.

    Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos se interiorizaram voluntariamente de Boa Vista para mais de mil cidades brasileiras. Embora o relatório aponte avanços, como um aumento de 12% na renda média mensal individual e de 8% na renda domiciliar per capita, ainda há desafios a serem enfrentados. Entre os principais problemas estão as desigualdades persistentes entre homens e mulheres, especialmente na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais. O estudo revela que homens venezuelanos, particularmente os sem filhos e com níveis educacionais mais altos, têm melhores chances de conseguir oportunidades quando se deslocam de Roraima para outros estados. Em contraste, as mulheres enfrentam vulnerabilidades significativas, liderando muitas vezes famílias monoparentais e apresentando índices de desemprego e informalidade mais elevados.

    No que diz respeito ao mercado de trabalho, houve uma redução no tempo médio de desemprego de 6,7 meses para 4,7 meses, com uma leve melhora na inserção laboral das mulheres, ainda que inferior a dos homens. No entanto, o acesso à educação continua sendo um obstáculo, com crianças e adolescentes abrigados enfrentando dificuldades para ingressar nas escolas. Embora se note uma melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres, ainda há um longo caminho a percorrer.

    Além disso, questões relacionadas à saúde reprodutiva revelam um aumento no uso de métodos contraceptivos, mas o acesso ao pré-natal e à prevenção do câncer permanece limitado. A pesquisa também ressalta um aumento da insegurança alimentar e da discriminação entre as mulheres venezuelanas.

    Damelis Castillo, uma venezuelana que atua como artista e professora de espanhol, coordena o projeto Guaramo Solidário, que visa apoiar imigrantes venezuelanos. Ela reforça que o Brasil simboliza esperança para muitos que fogem de conflitos na América do Sul e no Caribe. Castillo defende o valor agregado que as mulheres imigrantes trazem ao país e menciona a importância da diversidade para a construção de um futuro melhor.

    Essa pesquisa, iniciada em 2021, coletou dados em três fases e entrevistou venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos, sublinhando a relevância da colaboração entre diversas instituições acadêmicas e organizações para melhor compreender a situação dessa população no Brasil.

  • DIREITOS HUMANOS – “Pesquisa Revela Necessidade de Integração Urgente da População Venezuelana no Brasil com Foco em Igualdade de Gênero e Acesso a Serviços Essenciais”

    A integração da população venezuelana no Brasil, coletivamente acolhida desde 2018, revela um cenário que exige atenção e uma abordagem mais articulada entre diferentes políticas públicas. A necessidade de promover o acesso a saúde, educação, moradia e trabalho é premente, especialmente quando se observa as significativas disparidades de gênero que afetam essa comunidade.

    Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram interiorizados de forma voluntária, redistribuindo-se em 1.100 cidades brasileiras. Embora tenham sido observados avanços, como um aumento de 12% na renda mensal dos indivíduos e uma melhoria no rendimento domiciliar per capita, as diferenças entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e o acesso a serviços essenciais ainda são preocupantes. Enquanto os homens, particularmente aqueles sem filhos e com melhores níveis educacionais, têm mais chances de se beneficiar do programa de interiorização, as mulheres enfrentam um cenário mais desafiador.

    As mulheres venezuelanas, muitas vezes chefes de famílias monoparentais, continuam a se deparar com elevadas taxas de desemprego e informalidade. A pesquisa revela que, embora tenha havido uma redução no tempo médio sem trabalho, ainda há um abismo em comparação ao desempenho masculino, o que requer ações específicas para a promoção da equidade de gênero no ambiente laboral.

    Em termos educacionais, crianças e adolescentes venezuelanos abrigados no Brasil enfrentam dificuldades significativas para acessar o sistema escolar, embora haja uma melhoria na compreensão do português, especialmente entre mulheres. Esta barreira educacional pode afetar a integração das novas gerações ao país.

    No setor de saúde, a situação é crítica, com um aumento no uso de métodos contraceptivos, mas Barreira no acesso aos cuidados pré-natais e na prevenção de doenças, como o câncer, ainda persiste, evidenciando lacunas que necessitam ser urgentemente abordadas.

    Além disso, a pesquisa aponta um crescimento nas questões de insegurança alimentar e discriminação entre essa população. A análise incluiu dados coletados em três fases, de 2021 a 2023, e destacou a importância de uma abordagem integrada e sensível aos problemas multifacetados enfrentados pelos imigrantes venezuelanos no Brasil. A promoção de políticas que considerem as peculiaridades de gênero e as circunstâncias específicas de cada população é fundamental para garantir uma integração mais efetiva e sustentável.

  • INTERNACIONAL – Movimentos Sociais da Venezuela Buscam Inclusão no Brics Durante Reunião do Conselho Popular no Rio de Janeiro

    Hoje, os movimentos sociais da Venezuela apresentaram um pedido formal para integrar o Brics, além de pleitear participação no Conselho Popular do bloco. A solicitação foi entregue em uma carta durante a primeira reunião presencial da organização, realizada no Rio de Janeiro.

    A entrada da Venezuela no Brics havia sido negada em 2024, em uma cúpula na Rússia, o que provocou tensões nas relações entre Brasília e Caracas. Na ocasião, o Brasil justificou o veto alegando questões como falta de transparência nas eleições presidenciais venezuelanas. Em contrapartida, Rússia e China manifestaram apoio à Venezuela, sinalizando que a adesão do país ao bloco poderia ser uma questão de tempo.

    A deputada Blanca Eekhout, que também preside o Instituto Simón Bolívar de Amizade com os Povos, foi a responsável pela entrega da solicitação. Em suas declarações, ela enfatizou que a carta representa os anseios dos movimentos sociais venezuelanos, incluindo grupos de mulheres, conselhos comunitários e comunidades indígenas. “O Brics representa um mundo novo, multipolar e pluricêntrico, que a Venezuela apoiou desde o início”, afirmou Eekhout.

    Cesar Carias, representante do Movimento Indígena Unido de Venezuela (MIUVEN), reforçou o pedido, solicitando a remoção do veto que impede a participação da Venezuela. “Os povos indígenas e movimentos sociais da Venezuela querem ser incluídos no Brics. Esta é a nossa solicitação a este conselho”, declarou.

    Além das questões de inclusão, o documento final do Conselho Popular, a ser apresentado na cúpula do bloco, deve advogar a ampliação da presença de membros plenos do Brics na América Latina. Atualmente, o Brasil é o único membro pleno, enquanto Cuba e Bolívia figuram como parceiros e a Argentina – convidada em 2024 – rejeitou a adesão sob a nova presidência de Javier Milei.

    João Pedro Stédile, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), expressou surpresa com o veto do Brasil à Venezuela, defendendo que a inclusão de mais países no Brics beneficiaria a força do bloco na luta contra o imperialismo e a hegemonia dos Estados Unidos. Ele argumentou que a expansão deve englobar não apenas a Venezuela, mas também outras nações da América Latina, África e Ásia para fortalecer a voz do Sul Global.

    A proposta fundamental do Brics é a construção de um sistema alternativo que não dependa do dólar como moeda de referência nas transações internacionais. O Conselho Popular foi instituído na Declaração de Kazan em 2024 para engajar a sociedade civil nas discussões estratégicas, e sua formação no Brasil envolveu várias organizações sociais, sindicatos, ONGs e especialistas em busca de uma maior participação popular nas decisões do bloco.

  • ARAPIRACA – “Arapiraca Fortalece Gestão Democrática na Educação com Formação de Conselheiros e Diretores e Incentivo à Participação da Comunidade Escolar”

    Na última quinta-feira, 3 de julho, a Prefeitura de Arapiraca, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, promoveu uma significativa formação voltada para Conselheiros Educacionais e Diretores da Rede Municipal de Ensino. O evento ocorreu no Espaço Renê, no centro da cidade, e contou com a presença de representantes de mais de 90 escolas do município. O principal objetivo da iniciativa é fortalecer a gestão democrática nas instituições de ensino, enfatizando a importância da participação de todos os envolvidos no ambiente escolar, incluindo pais, alunos, professores e demais técnicos.

    Os participantes tiveram a oportunidade de assistir a uma palestra ministrada pelo professor-doutor Walter Pinheiro Barbosa Junior, do Departamento de Fundamentos e Políticas da Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Com o tema “Um Conselho para o Cotidiano”, o professor ressaltou a relevância dos conselhos escolares na promoção de um ambiente educacional mais participativo e colaborativo.

    A formação também teve a presença de diversas autoridades educacionais, entre as quais estavam a secretária-adjunta de Educação, Etelvina Carnaúba; a superintendente de Gestão Pedagógica, Márcia Barbosa; e o presidente do Conselho Municipal de Educação, André Luiz. Também se fizeram presentes representantes de outros conselhos e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal), demonstrando o comprometimento da comunidade educacional.

    Em suas palavras, a secretária Municipal de Educação, Ana Valéria Peixoto, destacou a importância do evento ao afirmar que a gestão democrática vai além da mera escolha de diretores. Ela enfatizou que a participação efetiva de todos os segmentos escolares é fundamental nas fases de planejamento, execução e avaliação das ações educacionais. Para Ana Valéria, essa formação é apenas a primeira de muitas, com o intuito de promover uma educação inclusiva, justa e participativa.

    Os conselhos educacionais de Arapiraca foram regulamentados por meio do decreto nº 1.664/1997 e fortalecidos pela Lei nº 3.274/2017. Esses órgãos possuem funções deliberativas, consultivas e fiscalizadoras, servindo como um importante elo entre a escola e a comunidade, e promovendo a participação social. Atualmente, a rede municipal de ensino conta com 94 conselhos, e a Secretaria Municipal de Educação continua a incentivar a atuação desses grupos nas decisões que impactam a qualidade da educação na cidade.