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  • ECONOMIA – Setor de Serviços Cresce 0,1% em Maio, Alcançando Novo Pico Histórico e Superando Nível Pré-Pandemia com Quatro Meses de Alta Consecutiva

    O setor de serviços, que abrange uma variedade de atividades como transporte, turismo, restaurantes, salões de beleza e tecnologia da informação, registrou um crescimento de 0,1% entre abril e maio deste ano. Esse resultado marca o quarto mês consecutivo de alta para o segmento, que voltou a atingir o nível mais elevado de sua série histórica, igualando o patamar alcançado em outubro de 2024.

    Os dados são oriundos da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que iniciou sua série histórica em janeiro de 2011. O desempenho de maio representou um crescimento significativo de 3,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 3% no acumulado dos últimos 12 meses. O setor de serviços se destaca por estar 17,5% acima dos níveis pré-pandêmicos observados em fevereiro de 2020, sendo uma das principais atividades empregadoras da economia nacional.

    Nos últimos quatro meses, as atividades do setor acumularam uma alta total de 1,6%. Fevereiro apresentou o melhor resultado do ano até agora, com crescimento de 0,9% em comparação a janeiro. Na análise entre abril e maio, três grupos de atividades apresentaram resultados positivos, enquanto outros oscilaram:

    – Serviços para as famílias: -0,6%
    – Serviços de informação e comunicação: 0,4%
    – Serviços profissionais e administrativos: 0,9%
    – Transportes, armazenagem e correio: -0,3%
    – Outros serviços: 1,5%

    Segundo analistas, uma contribuição significativa para esse crescimento veio dos serviços profissionais e administrativos, que englobam várias atividades, como agenciamento publicitário, serviços de engenharia e plataformas de negócios digitais. O aquecimento do mercado de trabalho, evidenciado pela redução da taxa de desemprego, que caiu para 6,2%, o nível mais baixo para esse período desde 2012, tem tido um impacto direto no aumento da massa salarial e, consequentemente, nas despesas com bens e serviços.

    Além disso, o Índice de Atividades Turísticas (Iatur) reportou uma queda de 0,7% na comparação entre abril e maio, seguindo uma expansão de 3,2% no mês anterior. Entretanto, quando comparado a maio de 2024, o índice apresentou um crescimento expressivo de 9,5%, impulsionado por áreas como transporte aéreo, hotéis e serviços de reservas. Esse segmento se encontra 12,4% acima dos níveis pré-pandemia.

    O levantamento do IBGE é parte de um conjunto de pesquisas mensais que também abrange a indústria e o comércio. Recentemente, o instituto divulgou que a produção industrial caiu 0,5% em maio, enquanto o comércio teve uma diminuição de 0,2% em relação ao mês anterior, evidenciando uma performance variada entre os setores da economia. Apesar dessas oscilações, a indústria acumulou um crescimento de 2,8% em 12 meses e o comércio, 3%. Essa panorama oferece uma visão abrangente e multifacetada do estado atual da economia brasileira.

  • ECONOMIA – Previsão de inflação do Brasil cai para 5,18% em 2025, mas taxa Selic se mantém alta para controlar economia, segundo Boletim Focus do Banco Central.

    O mercado financeiro brasileiro registrou mais uma redução na previsão de inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 caindo de 5,2% para 5,18%. Essa é a sexta vez consecutiva que a estimativa é revisada para baixo, conforme apontou o Boletim Focus, um relatório que compila as expectativas de instituições financeiras para indicadores econômicos, divulgado semanalmente pelo Banco Central.

    Já para os próximos anos, as projeções se mantêm mais estáveis. Para 2026, a estimativa de inflação se manteve em 4,5%, enquanto para 2027 e 2028, as previsões chegaram a 4% e 3,8%, respectivamente. É importante ressaltar que a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) está em 3%, com uma margem de tolerância que varia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo assim limites de 1,5% e 4,5%.

    Recentemente, os dados de inflação mostraram uma desaceleração, com o IPCA de maio encerrando em 0,26%, uma queda em relação aos 0,43% registrados em abril. No acumulado do ano, a inflação fica em 2,75%, enquanto nos últimos 12 meses, a alta foi de 5,32%.

    O Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, como principal ferramenta para controlar a inflação. Apesar da redução recente nos índices de preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual na última reunião, marcando o sétimo aumento seguido em um ciclo de aperto monetário. Essa decisão foi uma surpresa para parte do mercado, que esperava estabilidade.

    O Copom indicou que a Selic deve ser mantida nesse nível nas próximas reuniões, à medida que observa os impactos das taxas altas na economia, mas não descartou novos aumentos caso a inflação mostre sinais de elevação. As expectativas do mercado sugerem que a Selic possa fechar 2025 em 15% ao ano, com previsões de queda para 12,5% em 2026 e 10,5% e 10% nos anos seguintes.

    Quanto ao crescimento da economia, o Boletim Focus trouxe um leve ajuste na projeção para 2023, passando de 2,21% para 2,23%. Para 2026, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 1,87% para 1,86%, enquanto para 2027 e 2028 a projeção é de uma expansão de 2% em ambos os anos. No entanto, o PIB brasileiro apresentou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, puxado pelo setor agropecuário. A previsão para o câmbio é que o dólar atinja R$ 5,70 ao fim deste ano e R$ 5,75 até 2026.

    Esses indicadores são cruciais para entender o cenário econômico do Brasil, refletindo um contexto de cautela tanto para o setor financeiro quanto para os consumidores. A escolha das ações do Banco Central, assim como as reações do mercado, formam um ciclo que influencia diretamente a vida financeira do país.