Tag: Inclusão

  • Giovanna Ewbank e Paulo Vieira denunciam racismo em postagem de vice da RedeTV! após comentário sobre furto ligado à aparência africana

    Na última terça-feira, 15, a apresentadora Giovanna Ewbank e o humorista Paulo Vieira usaram suas plataformas nas redes sociais para criticar o vice-presidente da RedeTV!, Marcelo de Carvalho, por um comentário racialmente insensível. O descontentamento se originou de uma postagem de Carvalho no X (antigo Twitter), onde ele mencionou ter sido vítima de furto por “um sujeito de aparência africana, dos milhões que a Europa deixou entrar”. Essa declaração gerou uma forte repercussão negativa, levando o empresário a apagar o post.

    A postura de Carvalho foi rapidamente alvo de indignação. Uma das primeiras vozes a se manifestar foi Giovanna Ewbank, que afirmou que o comentário expunha uma clara discriminação racial. Para ela, a associação entre a origem racial do suposto autor do crime e o ato criminoso revela uma mentalidade perigosamente preconceituosa, que deve ser condenada. Além disso, Ewbank ressaltou que o racismo é crime e criticou a visão privilegiada de quem faz esse tipo de afirmação, sugerindo que tal comportamento perpetua estigmas prejudiciais.

    Paulo Vieira também expressou sua preocupação, enfatizando que é alarmante que alguém com a influência de Carvalho, que ocupa uma posição de destaque em uma emissora de televisão, tenha esse tipo de pensamento. Vieira destacou que uma figura pública com essa mentalidade pode impactar milhões, moldando a percepção social através do conteúdo que veicula. A defesa de ideias preconceituosas, segundo o humorista, não deve ter espaço em instituições que têm a responsabilidade de informar e entreter o público.

    Após as críticas, Carvalho tentou justificar suas palavras, afirmando que sua menção ao migrante africano não tinha intenção discriminatória, mas era uma anotação objetiva sobre o ocorrido, respaldada por dados e ocorrências. No entanto, essa defesa não foi suficiente para mitigar a onda de repúdio que se seguiu, evidenciando uma necessidade urgente de discussão sobre preconceito e responsabilidade na comunicação.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados Cancela Audiência sobre Inclusão de Pessoas Autistas no Mercado de Trabalho e Ainda Não Marca Nova Data para Debate

    A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados cancelou uma audiência pública programada para o dia 16 de julho de 2025, que tinha como pauta central a inclusão de pessoas autistas no mercado de trabalho. Até o momento, não há uma nova data agendada para a discussão desse assunto relevante.

    O pedido para o debate foi feito pelo deputado João Daniel, do Partido dos Trabalhadores de Sergipe. O objetivo principal da audiência era tratar da inclusão de indivíduos neurodivergentes, em especial aqueles diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A proposta é discutir o dilema enfrentado por essas pessoas, que muitas vezes se sentem deslocadas em vagas de emprego convencionais e inadequadas para posições reservadas a pessoas com deficiência.

    Além de abordar o tema da inclusão, o deputado também pretendia discutir os desafios enfrentados por adultos que recebem o diagnóstico de autismo tardiamente, enfatizando a necessidade de políticas públicas que possam atender essa população de forma eficaz. O parlamentar salientou que a legislação atualmente disponível no Brasil apresenta lacunas significativas, especialmente no que diz respeito aos critérios de elegibilidade para ações afirmativas e a classificação de pessoas com deficiência.

    João Daniel é o autor do Projeto de Lei 5499/23, que propõe a criação da Política Nacional de Proteção às Pessoas Neurodivergentes. Essa proposta já recebeu aprovação em múltiplas comissões, incluindo as de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e a de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. A expectativa é que a reunião que não ocorreu traga subsídios que possam contribuir para o aprimoramento desse projeto, que atualmente permanece pendente de votação na Comissão de Educação.

    A importância desse debate vai além da inclusão no mercado de trabalho; trata-se de promover uma sociedade mais justa e igualitária, em que todas as vozes, especialmente das pessoas neurodivergentes, sejam ouvidas e respeitadas. O cancelamento da audiência pública levanta preocupações sobre a continuidade da discussão em torno desse assunto vital e sobre os caminhos necessários para efetivar a inclusão e proteção dessa população.

  • EDUCAÇÃO – Desigualdade Racial: Brancos Dominaram Pós-Graduação no Brasil entre 1996 e 2021, enquanto Negros e Indígenas Permanecem Marginalizados.

    Entre 1996 e 2021, dados alarmantes revelam que praticamente metade dos títulos de mestrado, correspondendo a 49,5%, e um terço dos doutorados, que atinge 57,8%, foram conferidos a pessoas brancas. Este panorama de desigualdade é ainda mais evidente ao se observar a composição racial nos cursos de pós-graduação stricto sensu no Brasil. Embora os negros representem 55,5% da população, de acordo com o Censo 2022, sua presença entre os titulados é irrisória: apenas 4,1% dos mestres e 3,4% dos doutores são pretos. Por outro lado, os pardos somam 16,7% e 14,9%, respectivamente, enquanto os indígenas correspondem a apenas 0,23% e 0,3% das titulações de mestrado e doutorado no mesmo período.

    O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) realizou um levantamento que aponta, em 2021, a disparidade crescente na formação acadêmica. Para cada 100 mil habitantes, havia 38,9 mestres brancos, em comparação com apenas 21,4 mestres pretos, 16,1 mestres pardos e 16 mestres indígenas. No contexto do doutorado, essa diferença é ainda mais aguda: enquanto a população branca apresenta 14,5 doutores por 100 mil habitantes, menos de 5 doutores entre pretos, pardos e indígenas são registrados.

    Essa desigualdade não termina com a conquista dos títulos. No mercado de trabalho, as disparidades permanecem gritantes. A concentração de vínculos empregatícios nas mãos de pessoas brancas se reflete nas diferenças salariais. Em 2021, mestres pretos ganhavam, em média, 13,6% menos que seus colegas brancos. No doutorado, a diferença salarial não é menos preocupante: os doutores negros recebiam em média 6,4% a menos.

    Sofia Daher, coordenadora do estudo e analista em ciência e tecnologia, destaca a relevância dessa análise no contexto atual, sublinhando a necessidade de políticas que promovam uma maior equidade racial na educação e no mercado de trabalho. Este estudo sobre diversidade racial será apresentado na 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que está acontecendo em Recife (PE). Os dados evidenciam um cenário que clama por ações efetivas e mudanças estruturais para que a diversidade presente na sociedade brasileira se reflita também nas esferas acadêmica e profissional.

  • MACEIÓ – Maceió Oferece Rede de Apoio Completa para Pessoas com Albinismo na Saúde Pública

    O albinismo, condição genética rara que afeta a produção de melanina, impacta diretamente na cor da pele, olhos e cabelos das pessoas acometidas, tornando-as mais sensíveis à luz solar. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2022, no Brasil, cerca de 21 mil pessoas vivem com essa condição. Devido às necessidades específicas de cuidados, essas pessoas requerem suporte contínuo para garantir uma melhor qualidade de vida.

    Com esse objetivo, a Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) estabeleceu uma rede de apoio para assistir pessoas com albinismo. Rosário Vasconcelos, responsável pela Coordenação Geral de Atenção à Pessoa com Deficiência, explica que o atendimento começa nas Unidades de Saúde, por demanda espontânea ou encaminhamento, e segue para o Centro de Referência no Pam Salgadinho. Neste local, uma equipe multiprofissional oferece todo suporte clínico necessário.

    Um exemplo de quem se beneficia desse serviço é Laura Heloísa, com apenas dois meses de vida. Sua mãe, Evelyn Rayane, descreve o susto inicial ao descobrir a condição da filha, seguido pelo alívio ao receber o apoio em Maceió. “Ao nascer, Laura recebeu todas as orientações. Procurei uma unidade de saúde e obtive todo o suporte. Minha filha está bem, com vacinas em dia e acompanhada por especialistas”, afirma Evelyn.

    Para ter acesso ao serviço, é necessário que o paciente ou responsável realize um cadastro na rede municipal, apresentando documentação básica e relatórios médicos. Atualmente, a SMS atende 27 pessoas com albinismo, oferecendo acompanhamento médico e distribuição de protetor solar para prevenir problemas dermatológicos e oftalmológicos.

    O trabalho contínuo da Secretaria reflete um compromisso em promover acessibilidade e suporte aos que enfrentam os desafios do albinismo, garantindo que cada paciente receba cuidados adequados e orientação para enfrentar as dificuldades associadas à condição.

  • DIREITOS HUMANOS –

    Ativista Maha Mamo: O Amor como Pilar da Migração e da Identidade em Tempos de Crise

    Maha Mamo é uma ativista que reinterpreta a conhecida expressão “tempo é dinheiro”. Para ela, o verdadeiro valor do tempo reside nas oportunidades de buscar felicidade e estar ao lado das pessoas que se ama. A crença de que “a vida se move com amor” permeia a história de Maha, marcada por sua migração do Líbano para o Brasil e, mais tarde, para os Estados Unidos, motivada primeiramente pelo amor à família e, depois, à sua esposa.

    Ao conversar sobre sua trajetória, Maha compartilha sua experiência ao migrar mais de uma vez e os aprendizados que acumulou ao longo de seus 37 anos. Ela menciona que, em várias partes do mundo, o ato de migrar é frequentemente mal compreendido. Segundo ela, as pessoas não abandonam seus países de origem por vontade própria, mas pela busca de melhores condições de vida. “É triste perceber que a empatia está se perdendo”, afirma, ressaltando a necessidade urgente de gentileza nas interações humanas.

    Maha e sua irmã, Souad, fizeram história ao se tornarem as primeiras apátridas reconhecidas pelo Brasil. Nascida em Beirute, Maha não pôde ser registrada como libanesa, e a questão se complicou em relação à nacionalidade síria devido ao casamento inter-religioso de seus pais. Durante 30 anos, elas viveram sem nacionalidade, sem acesso a serviços básicos. Foi apenas em 2014, ao migrar para o Brasil em busca de acolhimento, que Mahar obteve seu primeiro documento oficial. Em 2018, ela e sua irmã finalmente conquistaram a nacionalidade brasileira.

    A ativista luta para que outras pessoas não enfrentem a mesma realidade que elas viveram, defendendo a extinção das leis que causam a apatria. Atualmente, de acordo com dados da ONU, cerca de 4,4 milhões de pessoas ainda se encontram nessa situação.

    A jornada de Maha a levou a questionar a natureza do amor, que ela entende como um motor vital da vida. Sua vivência de sexualidade, por exemplo, floresceu em um ambiente mais acolhedor, longe das restrições que enfrentou no Líbano. No Brasil, encontrou a liberdade e o pertencimento que buscava, permitindo-se amar abertamente.

    Recentemente casada com sua namorada, Isabela, que a acompanhou para os Estados Unidos, Maha se deparou com novos desafios familiares. Depois de quatro anos de casamento, revelou a sua mãe, uma mulher síria conservadora, que Isabela não era apenas uma amiga. Essa conversa se transformou num momento de aceitação surpreendente e tocante.

    Com o plano de lançar um podcast chamado “Ser in Love”, Maha deseja explorar temas sobre amor e reflexões pessoais. O projeto promete um intercâmbio cultural, pois mesmo que o inglês seja uma das línguas de comunicação, ela considera o português como seu meio de expressão mais autêntico. “Quando você ama um país e sua língua, isso se torna parte de você”, conclui.

  • MUNICIPIOS – Conferência em Traipu promove direitos da pessoa idosa com foco em equidade, inclusão e participação da sociedade na construção de políticas públicas.

    Na última quinta-feira, a cidade de Traipu promoveu a 1ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, um evento significativo que buscou reforçar as garantias e a proteção dos direitos desse grupo etário. Organizada pela Prefeitura Municipal, através do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa e da Secretaria Municipal de Assistência Social, a conferência ocorreu nas instalações da Câmara de Vereadores e contou com a presença de secretários, autoridades locais, profissionais da área e representantes da sociedade civil.

    O tema central desta conferência, “Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por Equidade, Direitos e Participação”, enfatiza a necessidade de reconhecer e respeitar a diversidade presente entre as pessoas idosas. O Conselho Municipal destacou a importância desse evento como um espaço para ouvir as demandas da comunidade e construir propostas concretas que promovam a equidade e os direitos dessa parcela da população.

    Durante sua fala, a secretária de Assistência Social, Priscilla Oliveira, destacou a urgência em adotar políticas que garantam a inclusão e a proteção das pessoas idosas em todos os âmbitos da sociedade. Reginaldo Farias, presidente do Conselho, também ressaltou que essas conferências são etapas cruciais para a formulação de políticas públicas voltadas para o envelhecimento, promovendo discussões sobre as diversas realidades e direitos dos idosos.

    Os temas abordados na conferência foram estruturados de forma a integrar ações entre as esferas municipal, estadual e federal, visando uma abordagem coordenada das necessidades da população idosa. As deliberações obtidas no evento serão levadas adiante nas Conferências Estadual e Nacional, influenciando diretamente as políticas do Governo Federal em relação aos direitos da terceira idade.

  • EDUCAÇÃO – São Paulo Reserva Vagas em Universidades para Pessoas com Deficiência Segundo Nova Lei de Inclusão Educacional

    A recente promulgação da Lei 18.167/2025, pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, marca um passo significativo na inclusão de estudantes com deficiência nas instituições de ensino ao exigir reservas de vagas em cursos técnicos e universidades estaduais. Publicada no Diário Oficial, a legislação determina que as instituições de educação superior e de ensino técnico devem oferecer, no mínimo, uma quantidade de vagas equivalente ao percentual de pessoas com deficiência na população do estado, conforme apontado pelo último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Conforme dados do IBGE, a taxa de pessoas com algum tipo de deficiência é de 7,9% em São Paulo, enquanto no Brasil esse percentual atinge 8,9%. Especificamente entre jovens de 10 a 19 anos, esse número cai para 3,3%, mas cresce significativamente na faixa etária acima de 50 anos, onde mais de 12% da população apresenta alguma deficiência. A nova lei não deixa claro se o critério etário será aplicado, gerando expectativa e discussões sobre a forma como as instituições irão gerenciar a reserva de vagas.

    Além disso, a realidade educacional das pessoas com deficiência no Brasil ainda é desafiadora. Em 2022, a taxa de analfabetismo entre esse grupo atingia 21,3% para aqueles com 15 anos ou mais, um índice quase quatro vezes superior ao de pessoas sem deficiência, cuja taxa era de 5,2%. Esses dados ressaltam a urgência e a relevância da inclusão educacional, evidenciando as barreiras que ainda precisam ser superadas para garantir igualdade de oportunidades no desencadeamento do potencial acadêmico e profissional dessa parcela da população.

    A legislação concede um prazo de dois anos para que as instituições cumpram integralmente suas obrigações quanto à reserva de vagas, o que representa uma oportunidade valiosa para que as universidades e centros de ensino técnico se preparem e adaptem suas estruturas para acolher e proporcionar igualdade nas oportunidades educacionais. Essa iniciativa, além de promover a equidade, poderá alterar positivamente os cenários sociais e profissionais, contribuindo para um ambiente mais inclusivo e acessível.

  • Maceió Realiza Ação de Realocação para Famílias em Situação de Rua na Praça Sinimbu com Programa de Trabalho e Apoio Social

    Na última quinta-feira, 10, a Prefeitura de Maceió tomou uma importante medida para apoiar famílias em situação de rua que habitavam a Praça Sinimbu, localizada no centro da cidade. A ação, que faz parte do Programa Praça é Massa, visa realocar os indivíduos para ambientes mais adequados, além de oferecer oportunidades de trabalho e capacitação.

    Sob a coordenação da Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), a iniciativa envolve também a colaboração de diversas secretarias municipais, incluindo Saúde, Infraestrutura, Segurança Cidadã, Desenvolvimento Social e outras. Essa colaboração intersecretarial é essencial para garantir que os participantes do programa recebam não apenas um salário mínimo, mas também capacitação profissional e suporte para sua reintegração social.

    Até o momento, aproximadamente 50 pessoas já se inscreveram no programa, com o auxílio das equipes dos Centros Pop, que trabalham diretamente com a população em situação de rua. Os inscritos serão capacitados em áreas como zeladoria, paisagismo e limpeza urbana, passando por treinamentos teóricos e práticos. Essa abordagem oferece uma nova perspectiva de vida para essas famílias, permitindo que cuidem dos espaços públicos enquanto se reestruturam profissionalmente.

    Além disso, em junho, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Semdes) concluiu o cadastro das famílias que ocupavam a praça, possibilitando sua inclusão em programas sociais do município. Até agora, 27 famílias já receberam as duas primeiras parcelas do auxílio-moradia, um benefício que pode ser oferecido por até dois anos. Também foram distribuídas cestas básicas, colchões e kits de limpeza como parte do esforço para assegurar uma nova fase de moradia digna.

    Rafaelly Machado, representante da população em situação de rua, ressaltou que essa ação resultou de um diálogo construtivo entre a administração municipal e as lideranças comunitárias. Ela enfatizou que as famílias estão sendo acompanhadas de perto e recebem um apoio contínuo durante a transição. Essa abordagem integrada e humanizada demonstra o compromisso da gestão pública em enfrentar os desafios da vulnerabilidade social na cidade.

  • Governo de Alagoas Lança Cartilha “Combata o Capacitismo” com Entrega de Documentos para Pessoas com Deficiência e Autismo durante Evento no Detran.

    Na manhã desta quinta-feira, o Governo de Alagoas realizou um evento significativo na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), onde lançou a cartilha intitulado “Combata o Capacitismo”. Essa iniciativa, promovida pela Secretaria de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef), tem como propósito fundamental a inclusão social e a promoção da igualdade entre todas as pessoas, especialmente aquelas com deficiências.

    Durante a cerimônia, um total de 357 Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) e 210 cartões destinados a pessoas com deficiência (PcD) foram entregues. A secretária Tereza Nelma enfatizou a importância da cartilha, que oferece diretrizes sobre o respeito à diversidade humana. Segundo ela, o capacitismo não apenas marginaliza as pessoas com deficiência, mas também perpetua estigmas que podem levar ao sofrimento. A cartilha sugere a substituição de termos capacitistas por expressões mais respeitosas e inclusivas, reforçando a necessidade de uma sociedade que acolha as diferenças.

    O evento não se limitou ao lançamento da cartilha. Um ciclo de palestras aconteceu no auditório do Detran, abordando questões relacionadas ao capacitismo, incluindo a relevância dos documentos Ciptea e PcD. Essas palestras foram dirigidas especialmente aos servidores do órgão, mas também contaram com a participação das famílias beneficiadas, promovendo uma discussão mais ampla sobre inclusão e acessibilidade.

    No local, o espaço denominado Arena Detranzinho ofereceu atividades lúdicas e educativas, visando proporcionar um ambiente de aprendizado e conscientização para crianças e adultos. A ação faz parte das comemorações dos dez anos da Lei Brasileira de Inclusão, um marco importante que busca garantir a dignidade e os direitos de pessoas com deficiência no Brasil.

    A iniciativa representa um passo importante para sensibilizar a sociedade acerca da necessidade de respeitar e valorizar a diversidade humana, destacando que a inclusão deve ser uma prioridade em todos os âmbitos da vida social. O Governo de Alagoas reafirma, com essa ação, seu compromisso com a promoção da cidadania e igualdade, ampliando oportunidades e direitos para todos os cidadãos.

  • Murici/AL Inicia Distribuição de Protetores Auditivos para Crianças com TEA em Ação de Inclusão Social

    A Prefeitura de Murici, no estado de Alagoas, tomou uma iniciativa notável em sua busca pela inclusão social. Recentemente, a administração municipal realizou a entrega de protetores auditivos para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que sofrem de hipersensibilidade auditiva. O prefeito Remi Filho liderou esse projeto, destacando a importância de proporcionar conforto e bem-estar para esses jovens, sobretudo em ambientes com altos níveis de ruído.

    Crianças recebendo protetores auditivos

    Esses protetores são essenciais para minimizar o desconforto causado por sons altos e inesperados, como ressaltou a Primeira Dama do município, Milena Calheiros, durante a cerimônia de entrega. O prefeito Remi Filho também destacou que o uso desses dispositivos é fundamental para prevenir crises sensoriais, comuns em crianças com TEA. “Vale lembrar que é proibido o uso de fogos de estampido aqui. Este é um direito dessas crianças e nossa obrigação assegurá-lo”, enfatizou Milena, reafirmando o compromisso do governo local de evitar barulhos que possam perturbar essas crianças.

    Avanços na Conscientização

    A distribuição dos protetores auditivos marca apenas o início de um programa abrangente de conscientização acerca dos direitos e da inclusão das pessoas com TEA na comunidade. Para apoiar essa iniciativa, já está em funcionamento um transporte especial (uma van) dedicado a atender as necessidades logísticas dessas crianças. A administração de Murici está empenhada em atender as necessidades das famílias, criando um ambiente mais seguro e acolhedor. Com essas ações, o município se destaca como um modelo de como medidas simples podem ter um impacto significativo na qualidade de vida de crianças com necessidades especiais.

    Produção de conteúdo: Edmílson Teixeira