Tag: Igualdade de Gênero

  • FEMINICÍDIO – Homem é Preso por Feminicídio em Alagoas; Crime Ocorreu na Presença da Filha Recém-Nascida

    Na madrugada do último domingo, um brutal caso de feminicídio chocou o bairro Olho D’Água dos Cazuzinhos, em Arapiraca, Alagoas. A Polícia Civil, em resposta rápida e coordenada, prendeu o suspeito de assassinar sua esposa, Cledja Valéria dos Santos, de 28 anos. O crime ocorreu na residência do casal após uma discussão acalorada que começou durante o consumo de bebidas alcoólicas.

    Segundo as investigações, Cledja foi atacada com pelo menos quatro facadas pelo companheiro, um jovem de 24 anos. Inicialmente ferida no banheiro, ela tentou desesperadamente fugir, mas foi alcançada e esfaqueada novamente na calçada em frente à casa. A polícia foi rapidamente acionada, com a equipe da UALC 3 assumindo a liderança das investigações. Em uma busca incessante por justiça, os agentes visitaram o Hospital de Emergência e o Instituto Médico Legal, reunindo provas e informações essenciais para identificar o culpado.

    O suspeito foi localizado e levado à Central de Polícia de Arapiraca, onde, sob a supervisão da delegada plantonista Daniela Camargo, foi formalizado o auto de prisão em flagrante. Durante o interrogatório, ele confessou o delito, alegando estar sob o efeito de álcool e sem memória clara do ocorrido. Um detalhe ainda mais perturbador é que a filha recém-nascida do casal estava presente durante o ataque.

    Agora, o acusado aguarda a audiência de custódia, onde será decidido se sua prisão será mantida. Esse terrível incidente ressalta, mais uma vez, a urgência de tratar a violência doméstica e o feminicídio com a seriedade que merecem, buscando justiça e proteção para as vítimas.

  • Penedo Realiza Primeira Conferência Regional de Políticas Públicas para Mulheres com Enfoque em Igualdade e Protagonismo Feminino

    No dia 11 de agosto, a cidade de Penedo, em Alagoas, fez história ao sediar a primeira Conferência Regional de Políticas Públicas para Mulheres, reunindo representantes dos estados de Pernambuco e Sergipe. O evento ocorreu em um espaço localizado no charmoso bairro Santo Antônio, às margens do poderoso rio São Francisco, e contou com a participação de 204 pessoas inscritas, todas comprometidas em discutir questões centrais voltadas à promoção da igualdade e do protagonismo feminino.

    Sob o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas Para Todas”, a conferência abordou propostas organizadas em quatro eixos temáticos: o protagonismo feminino, a violência contra mulheres e suas redes de proteção, os direitos das mulheres em povos tradicionais, e a importância da educação, saúde, cultura e participação política. Esses eixos foram discutidos em um ambiente que promoveu interação e troca de experiências entre participantes de diversas cidades, como Maceió e Arapiraca, em Alagoas, e Olinda e Canindé do São Francisco, em Pernambuco e Sergipe, respectivamente.

    Mariana Barbosa, secretária municipal da Mulher, destacou a relevância do evento para Penedo, que é conhecido por sua diversidade cultural e pela força das mulheres que lá residem, incluindo quilombolas, ciganas e ribeirinhas. Ela enfatizou que reuniões como essa são fundamentais para a construção de um futuro em que todas possam avançar juntas. Barbara ressaltou, “Quando a mulher avança, ninguém fica para trás”.

    O prefeito Ronaldo Lopes também se fez presente, reforçando o papel de Penedo nas discussões em torno da paridade de gênero. Ele mencionou que o município se destaca por ter nove mulheres ocupando pastas importantes na administração, simbolizando um compromisso com a valorização feminina.

    Representando o governo do estado, o secretário executivo de Saúde, Guilherme Lopes, expressou sua satisfação pelo município receber um evento que atrai participantes de toda a região, contribuindo para um debate enriquecedor sobre políticas públicas. Ele declarou que a área dos direitos das mulheres merece atenção especial, e a conferência foi um passo significativo nesse sentido.

    O evento também contou com atividades culturais e acessos a serviços de beleza, proporcionando uma experiência holística às participantes. Com palestras inspiradoras e apresentações que ressaltaram a riqueza cultural local, a conferência se consolidou como um marco na luta por igualdade e democracia, gerando propostas que serão levadas ao Ministério das Mulheres, indicando um futuro promissor para as políticas públicas voltadas às mulheres.

  • Nomeação Histórica: Marluce Caldas se Tornará Primeira Mulher Alagoana no Superior Tribunal de Justiça Brasileiro

    Na noite desta quinta-feira, o grupo de apoio Por Mulheres Brasil fez questão de celebrar a histórica nomeação de Maria Marluce Caldas Bezerra para o cargo de Ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com essa conquista, Marluce se torna a primeira mulher alagoana a ingressar na mais alta instância da Justiça Federal no Brasil, um feito que representa um marco significativo na luta por igualdade de gênero nos espaços de poder.

    O movimento, que tem se mostrado ativo e engajado ao longo do processo de candidatura de Marluce, ressaltou a importância dessa nomeação não apenas como uma vitória pessoal, mas também como uma afirmação do compromisso por uma representação mais justa e equitativa em um dos pilares do sistema judiciário brasileiro.

    Andreia Feitosa, fundadora do Por Mulheres Brasil, comentou sobre a relevância da conquista. “Essa nomeação representa muito mais do que uma simples promoção; é um símbolo da luta por equidade e pela paridade no Judiciário, em especial nos cargos mais altos”, destacou. Essa afirmação reflete um desejo coletivo de promover um ambiente jurídico mais diverso e inclusivo, desafiando o tradicional domínio masculino que historicamente prevaleceu em instituições de grande importância.

    Ao longo de sua trajetória, o movimento Por Mulheres Brasil mobilizou diversas forças sociais em torno da candidatura de Marluce, mostrando que a união em prol de um objetivo comum pode trazer resultados transformadores, não apenas para as mulheres, mas para toda a sociedade. A vitória de Marluce é vista como um avanço institucional considerável, simbolizando não apenas a representatividade feminina, mas também o fortalecimento da democracia no país.

    Conforme a nota divulgada pelo movimento, há um compromisso contínuo em apoiar e promover ainda mais mulheres em posições de liderança. “A chegada de Marluce ao STJ é um sinal de que estamos progredindo, e seguiremos firmes na luta por mais mulheres em cargos de decisão”, conclui o comunicado. Ao destacar a importância dessa nomeação, o grupo reafirma seu papel como agente de mudança e inspiração para futuras gerações.

  • Marluce Caldas é Nomeada Ministra do Superior Tribunal de Justiça por Lula e Aguarda Aprovação do Senado

    Na noite de ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação de Marluce Caldas Bezerra como nova ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão será formalizada em uma edição extra do Diário Oficial da União, marcando um importante passo na carreira de Marluce e na composição do tribunal.

    Atualmente, Marluce ocupa o cargo de procuradora de Justiça no Ministério Público de Alagoas e seu nome foi um dos três indicados na lista tríplice que chegou à mesa do presidente Lula em outubro de 2024. Além dela, foram sugeridos outros dois candidatos: Sammy Barbosa Lopes, do Ministério Público do Acre, e Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal. A escolha, que levanta expectativas no meio jurídico, sinaliza um compromisso em diversificar e fortalecer a atuação da Corte Superior.

    Com a nomeação, Marluce, que é tia do prefeito de Maceió, JHC, agora precisa passar pelo crivo do Senado. A aprovação pelos senadores representa a última etapa do processo antes que ela possa assumir plenamente suas funções no STJ. Sua formação em Direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde se graduou em 1982, representa uma sólida base acadêmica que se complementa com uma trajetória profissional extensa e respeitada.

    Iniciando sua carreira no Ministério Público de Alagoas em 1986, Marluce construiu uma reputação forte ao atuar nas áreas criminal e de direitos humanos. Sua promoção ao cargo de procuradora de Justiça, em 2021, foi um reconhecimento à sua dedicação e competência ao longo dos anos. Com essa nova posição no STJ, espera-se que Marluce traga sua experiência e uma perspectiva renovada às discussões e decisões da corte.

    A ascensão de Marluce Caldas também reflete um movimento maior dentro do sistema judiciário brasileiro, onde a representação e a diversidade de experiências são cada vez mais valorizadas em altos cargos. Sua trajetória é vista como inspiradora, não apenas para os profissionais da área do direito, mas também para aqueles que acreditam na importância de uma justiça mais inclusiva e acessível a todos os cidadãos.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Audiência Pública Discute Desigualdade de Gênero no Hip Hop Brasileiro nesta Quinta-feira na Câmara dos Deputados.

    No cenário contemporâneo do hip hop brasileiro, as desigualdades de gênero se destacam como um desafio significativo. Diante dessa realidade, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública nesta quinta-feira, 10 de julho de 2025, para discutir a participação das mulheres neste importante movimento cultural. A iniciativa foi proposta pela deputada Erika Kokay, do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal, e ocorrerá às 15 horas no plenário 14.

    A parlamentar ressaltou a importância do evento, afirmando que ele representa uma oportunidade vital para promover a equidade de gênero e dar visibilidade às vozes femininas dentro do hip hop. Erika Kokay afirmou que, historicamente, as contribuições das mulheres foram frequentemente invisibilizadas. “Esse espaço cultural, que é tão rico e diversificado, precisa reconhecer e valorizar a presença feminina, que, embora essencial, é muitas vezes subestimada”, destacou a deputada.

    Com o hip hop emergindo nas comunidades afro-americanas e latinas de Nova York na década de 1970, o movimento se expandiu para diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, onde encontrou um terreno fértil para a expressão cultural. O hip hop não se limita à música; ele incorpora dança, artes visuais e moda, englobando um espectro amplo que reflete a criatividade e as vivências das comunidades.

    A audiência pública visa não apenas mapear a participação das mulheres no hip hop, mas também discutir medidas concretas para promover sua inclusão e empoderamento no cenário musical e cultural. Há a expectativa de que as vozes femininas sejam ouvidas com mais força, contribuindo assim para a construção de uma representação mais justa e equilibrada no movimento.

    Com a relevância do hip hop na sociedade contemporânea, discutir a inclusão feminina é um passo essencial. Ao fomentar diálogos sobre questões de gênero, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher busca não apenas uma maior representatividade, mas também a transformação das estruturas que perpetuam a desigualdade no meio. Essa audiência pode ser o primeiro de muitos passos rumo a um hip hop mais inclusivo e representativo.

  • DIREITOS HUMANOS – Programa ‘Nós+Seguras’ do Rio de Janeiro busca combater violência de gênero, após dados alarmantes sobre meninas vítimas em escolas e promover educação para a saúde emocional.

    Em um panorama alarmante, dados do sistema educacional do Rio de Janeiro revelaram que as meninas são as principais vítimas de violência nas escolas. Em 2023, elas representaram 91% dos casos de violência sexual e 67% das situações de bullying, conforme o Registro de Violência Escolar. Além disso, os números mostram que as meninas foram responsáveis por 73% dos episódios de autoagressão e em todas as tentativas de suicídio registradas.

    Diante dessa preocupante realidade, o governo do estado lançou o programa “Nós+Seguras”, que visa implementar ações educativas nas comunidades escolares com o objetivo de prevenir a violência de gênero. A superintendente de Enfrentamento às Violências da Secretaria de Estado da Mulher, Giulia Luz, explicou que o programa envolverá profissionais da rede de proteção, que atuam em atendimento especializado para meninas e mulheres.

    O programa também se dedica ao desenvolvimento de materiais pedagógicos, que servirão de suporte para professores e diretores na formação e interação com os alunos. Luz enfatizou a importância de discutir temas como masculinidade saudável, consentimento e relações respeitosas, sugerindo que esses assuntos deveriam fazer parte do currículo escolar de forma contínua.

    Coordenado pelas secretarias de mulher, educação e saúde, a iniciativa será realizada em parceria com a Organização Não Governamental Serenas. Amanda Sadalla, diretora da ONG, destacou que o programa surge a partir de um pedido dos alunos. “As meninas demonstram interesse em conhecer seus direitos e as leis que garantem sua proteção. É um sinal de que desejam se conscientizar sobre suas situações”, expressou.

    Além disso, os meninos também se mostraram receptivos às discussões sobre mudar seus comportamentos. Muitos deles manifestaram a vontade de ser “homens diferentes” de seus pais, que, em muitos casos, foram associados a relações tóxicas ou violentas. Ao serem questionados sobre como poderiam aprender a se relacionar de maneira mais saudável, muitos afirmaram que gostariam de abordar esse tema na escola.

    A primeira fase do programa envolverá um diagnóstico das condições em que as escolas operam, com o objetivo de fundamentar a criação dos materiais pedagógicos e das ações de formação. Há a expectativa de que esses materiais sejam entregues aos profissionais da educação até o fim do ano, além da oferta de um curso online a ser lançado no ano seguinte. Com essa proposta, o governo busca não apenas combater a violência de gênero, mas também promover uma transformação cultural nas relações entre estudantes.

  • AGRESSÃO CONTRA MULHER – Alfredo Gaspar reage a agressão em Quebrangulo e propõe endurecer regras para audiência de custódia

    Em resposta a um recente e chocante caso de violência em Quebrangulo, no interior de Alagoas, o deputado federal Alfredo Gaspar expressou sua indignação nas redes sociais. Imagens que circulam pela internet mostram uma mulher sendo violentamente agredida em plena via pública por um homem que, segundo relatos, foi liberado em audiência de custódia. Esse fato gerou forte reação do parlamentar, que foi promotor de Justiça e secretário de Segurança Pública de Alagoas. Ele critica a facilidade com que agressores reincidentes retornam às ruas.

    Gaspar, membro da Comissão de Constituição e Justiça, está trabalhando em um projeto que visa endurecer as diretrizes das audiências de custódia para crimes que envolvam violência grave. O deputado sublinhou que casos como este, envolvendo agressões contra mulheres, tentativa de feminicídio, latrocínio e estupro, não podem ser tratados com leveza nas decisões judiciais. “É inadmissível que criminosos de alta periculosidade sejam soltos, desrespeitando vítimas e a sociedade como um todo”, declarou ele, destacando a necessidade de uma aplicação mais rigorosa da lei.

    Ele enxerga a impunidade como a principal catalisadora do crime e cobra mudanças urgentes. “A soltura de criminosos dessa natureza é um convite aberto à delinquência”, afirmou. Gaspar está prestes a apresentar um relatório crucial na CCJC que demandará prioridade na votação.

    O deputado reiterou que a proteção às vítimas, especialmente às mulheres, deve ser urgente e inegociável. Alfredo Gaspar enfatiza que intensificar o rigor nas audiências é um passo vital na luta contra a violência e a impunidade. A expectativa é que o relatório avance rapidamente, visando mudar um sistema que, segundo ele, perpetua a violência.

  • DIREITOS HUMANOS – ONU Mulheres alerta: desafios para igualdade de gênero crescem, e 15 ações são propostas para proteger conquistas e evitar retrocessos nos direitos femininos.

    Em uma reflexão sobre os direitos das mulheres, Ana Querino, representante da ONU Mulheres no Brasil, oferece uma analogia em que esses direitos se compararam a ondas do mar: embora possam ocorrer retrocessos, os avanços são contínuos e persistentes. Em um contexto global que abrange cerca de 4 bilhões de meninas e mulheres, a luta pela igualdade de gênero ainda enfrenta muitos desafios. A baixa representação feminina na política e em cargos de liderança, juntamente com a vulnerabilidade das mulheres à pobreza e à violência, destaca a urgência de estratégias eficazes.

    Em 2025, a ONU Mulheres completará 15 anos de atuação e reconhece que seu percurso não tem sido linear. O caminho para a igualdade de gênero tem sido marcado por oscilações, mas é crucial promover uma nova pactuação para prevenir retrocessos. Uma pesquisa recente da entidade revelou que em um de cada quatro países, os direitos humanos das mulheres estão ameaçados, e a violência contra elas, bem como a exclusão digital, apresentam crescimento alarmante.

    De acordo com a ONU Mulheres, o momento atual é de fragilidade, com a vida das mulheres se deteriorando, especialmente em situações de conflito. Hoje, cerca de 600 milhões de mulheres e meninas vivem em áreas de conflito, um aumento significativo em relação aos últimos dez anos. As condições precárias nessas regiões não só elevam as taxas de mortalidade materna, mas também expõem as mulheres a formas específicas de violência, como o uso do estupro como arma de guerra. Assim, é essencial que as lideranças políticas se comprometam com os compromissos internacionais, priorizando a inclusão feminina na tomada de decisões.

    Dentro desse escopo, a ONU Mulheres delineou 15 ações estratégicas para garantir a proteção dos direitos das mulheres e assegurar que os avanços não sejam revertidos. Uma das principais diretrizes é a inclusão digital das mulheres, vital para que elas não sejam apenas usuárias, mas também criadoras e influenciadoras na indústria tecnológica. O fortalecimento das leis relacionadas à violência contra as mulheres e a implementação de políticas de igualdade salarial são igualmente críticos.

    Além disso, a organização destaca a importância de abordar questões como a pobreza extrema e a insegurança alimentar que afetam desproporcionalmente as mulheres. Ao implantar ações que visem erradicar a pobreza e garantir acesso igualitário a oportunidades econômicas, a ONU Mulheres busca uma meta ambiciosa: transformar a realidade vivida por meninas e mulheres em todo o mundo. O desafio é grande, mas a persistência e a força do movimento por igualdade de gênero são igualmente robustas. Somente com um esforço coletivo, que envolva todos os setores da sociedade, será possível alcançar um futuro mais justo e igualitário.