Tag: Idade Média

  • Descobertos em Oslo, sapatos e bolsas da Idade Média revelam riqueza cultural e histórica da Noruega; arqueólogos esperam encontrar mais de mil peças.

    Em uma descoberta arqueológica impressionante, mais de 200 sapatos e bolsas de couro datando da Idade Média foram desenterrados em uma área do bairro de Bjorvika, localizado na capital norueguesa, Oslo. Os arqueólogos estimam que o número total de artefatos pode superar mil peças, revelando uma rica tapeçaria da vida cotidiana da Oslo medieval.

    Os sapatos encontrados, que têm entre 600 a 700 anos de idade, apresentam uma variedade de estilos que vão desde modelos simples e baixos até outros adornados com detalhes intricados. Esta diversidade sugere que os moradores daquela época tinham acesso a opções diferentes, dependendo de suas condições sociais. As botas de cano alto também foram identificadas entre os itens resgatados. Os estudos indicam que esses calçados foram utilizados intensivamente, revelando a rotina de pessoas que caminhavam longas distâncias em um ambiente urbano onde o transporte era majoritariamente a pé.

    A escassez de materiais na época significava que os sapatos eram itens caros e valiosos, o que torna o cuidado e a manutenção desses objetos ainda mais significativos. A arqueóloga Marja-Liisa Petrelius Grue enfatiza a importância do ciclo de vida desses sapatos, que muitas vezes apresentavam buracos reparados de diferentes maneiras, evidências claras do uso prolongado.

    Dentro da amostra encontrada, mais de 40 sapatos eram sob medida para crianças, mostrando que a confecção infantil seguia os mesmos padrões técnicos e materiais dos calçados adultos, reforçando a importância do vestuário na educação e socialização dos jovens na época.

    As escavações, iniciadas na primavera europeia, já revelaram mais de 2.900 artefatos, com uma predominância significativa de itens feitos de couro, incluindo capas de faca e bolsas. Essa descoberta não apenas ilumina aspectos da moda medieval, mas também oferece um panorama fascinante das interações sociais e culturais dos habitantes de Oslo no passado. Continuamos a aguardar mais detalhes sobre os achados, que prometem enriquecer nosso conhecimento sobre a dinâmica urbana e a vida cotidiana na Idade Média.

  • Peste Pneumônica: Primeira Morte em Arizona Desde 2007 Acende Alerta Sobre Infecções Raras nos EUA

    Uma tragédia recente abalou o estado do Arizona, nos Estados Unidos, com a confirmação da morte de um paciente devido à peste pneumônica, uma doença causada pela bactéria Yersinia pestis. Este micro-organismo é notoriamente conhecido por ser o agente etiológico da Grande Peste, que devastou a população europeia durante a Idade Média, levando à morte de milhões de pessoas.

    O incidente ocorreu no condado de Coconino, onde o Flagstaff Medical Center Emergency atendeu o paciente. Segundo informações divulgadas pela instituição, o cidadão deu entrada na emergência e, menos de 24 horas depois, veio a falecer. Apesar de receber tratamento inicial adequado, as tentativas de reanimação não tiveram sucesso, apontando para a gravidade da infecção e a rapidez com que a doença progrediu.

    Determinadas informações, como a identidade do paciente e a data da morte, não foram tornadas públicas em respeito à privacidade da família enlutada. Vale destacar que o condado de Coconino não registrava casos fatais de peste desde 2007, fazendo com que essa ocorrência seja um motivo de preocupação e alerta para as autoridades de saúde pública locais.

    A peste, enquanto doença, se apresenta em três formas principais: a pneumônica, a septicêmica e a bubônica, sendo a pneumônica a mais letal e rápida em se alastrar. A infecção por Yersinia pestis é considerada rara nos dias atuais, principalmente em regiões urbanas, com incidências mais frequentes em áreas rurais, onde as condições de sobrevivência do vetor, como roedores e pulgas, são muito mais propícias.

    Diante deste evento trágico, especialistas em saúde pública reiteram a importância de medidas preventivas e educativas para manter a população informada sobre os riscos de infecções e a necessidade de intervenções rápidas em casos suspeitos. A história da peste, mesmo após séculos, reforça que vigilância e educação são fundamentais para evitar que doenças de épocas passadas ainda causem dor e sofrimento na atualidade.