Tag: Governo

  • POLÍTICA – Congresso Nacional se une para enfrentar tarifas de importação dos EUA, afirmam Davi Alcolumbre e Hugo Motta em defesa da soberania nacional e empregos brasileiros.

    Em um cenário de crescente tensão nas relações comerciais internacionais, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, manifestou sua preocupação em relação ao anúncio feito pelo governo dos Estados Unidos de que, a partir de 1º de agosto, começará a aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Alcolumbre considerou essa medida uma “agressão” direta aos interesses nacionais e afirmou que o Congresso Nacional está determinado a defender a soberania do Brasil e a proteção de seus empregos e indústrias.

    Durante entrevistas após uma reunião onde estiveram presentes também o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, Alcolumbre destacou o papel crucial do Poder Legislativo em unir esforços em prol do país. “A nossa prioridade é cuidar dos interesses do povo brasileiro diante dessa situação”, enfatizou. Ele ainda ressaltou que as tratativas diplomáticas precisam ser lideradas pelo Executivo, e reconheceu a importância de Alckmin, que detém o ministério responsável pelo Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, na coordenação de um comitê criado com o intuito de enfrentar as novas barreiras comerciais impostas pelos EUA.

    Alcolumbre elogiou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em delegar responsabilidades a Alckmin, enfatizando que essa liderança é fundamental para garantir que as negociações sejam conduzidas sem perder de vista a soberania nacional. Ele pediu resiliência e serenidade na busca por soluções, enquanto destacou a importância de manter diálogos e estreitar relações.

    Por sua vez, Hugo Motta avaliou que a situação gerou um “momento de unidade nacional”, onde diferentes setores políticos estão alinhados em defesa da indústria e do emprego brasileiro. Ele lembrou que, em abril, o Congresso aprovou a Lei da Reciprocidade Comercial, permitindo a adoção de medidas contra países que impuserem barreiras aos produtos brasileiros. A regulamentação dessa lei foi oficialmente realizada por Lula recentemente, aumentando assim a capacidade do governo de reagir a quaisquer ameaças externas à economia nacional.

    Motta reafirmou que o congresso estará ativo ao lado do Executivo para agir rapidamente em defesa dos interesses brasileiros, enfatizando a importância de decisões que respeitem a soberania nacional e evitem interferências externas. Além deles, e reforçando o consenso entre as esferas do governo, participaram das discussões importantes lideranças políticas e membros do governo federal, buscando estratégias eficazes para responder à nova conjuntura comercial imposta por Washington.

  • ECONOMIA – STF deve decidir em breve sobre aumento do IOF; ministro Haddad aponta acordo em 90% do decreto controverso e aguarda solução rápida para o impasse.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou a expectativa de uma resolução célere, ainda nesta semana, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à divergência entre o governo federal e o Legislativo sobre o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração ocorreu na última terça-feira (15). segundo Haddad, cerca de 90% do decreto governamental referente ao imposto não apresenta controvérsias.

    Na véspera, o relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, conduziu uma audiência de conciliação, mas as partes envolvidas não conseguiram chegar a um consenso. De acordo com o ministro, o ponto ainda em discussão é relacionado às operações de risco sacado, situação em que fornecedores recebem antecipadamente do banco o montante que deveriam receber do comprador.

    Haddad ressaltou que o ministro Alexandre de Moraes está plenamente informado sobre a questão. O ministro do STF interagiu com os presidentes da Câmara e do Senado, além de ter conversado diretamente com Haddad, demonstrando um entendimento claro das nuances econômicas e jurídicas da situação. Segundo Haddad, a perspectiva é de uma decisão rápida e alinhada com as necessidades do Brasil, ainda que alguns detalhes possam permanecer em aberto.

    O decreto que provocou a polêmica, lançado em maio pelo Ministério da Fazenda, previa um aumento das alíquotas do IOF para operações de crédito, seguros e câmbio, com o objetivo de reforçar a arrecadação do governo e cumprir as metas fiscais estabelecidas. A previsão é de que essa medida possa gerar um acréscimo de R$ 12 bilhões nas receitas, e Haddad indicou que as operações de risco contemplam cerca de 10% desse total.

    Entretanto, a maioria dos legisladores se manifestou contrária ao aumento das alíquotas, resultando na derrubada do decreto presidencial em junho. Em resposta, a Advocacia-Geral da União entrou com uma ação no STF para reverter essa decisão. Após a designação de Moraes como relator, todos os decretos referentes às modificações na cobrança do IOF foram suspensos.

    Atualmente, não estão agendadas novas reuniões entre as partes, que aguardam a decisão de Moraes. Haddad expressou confiança de que, após as discussões sobre o que é controverso e o que é incontroverso, uma solução satisfatória poderá ser alcançada, embora tenha admitido a possibilidade de um desvio dessa expectativa.

  • ECONOMIA – Setor Agropecuário Emite Alerta: Taxação dos EUA Pode Gerar Perdas Milionárias e Crise no Comércio Brasileiro a Partir de Agosto

    Na última terça-feira, 15 de agosto, representantes do setor agropecuário brasileiro se reuniram em Brasília com membros do governo federal, incluindo os ministros Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária. O foco do encontro foi a recente decisão dos Estados Unidos de impor uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida que ameaça a competitividade e viabilidade das exportações de diversas commodities nacionais.

    Durante a reunião, os produtores expressaram seu apoio e confiança nas ações do governo para reverter a medida punitiva, porém alertaram sobre as graves consequências que a imposição dessa taxa poderá causar. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Perosa, a nova taxa tornaria a exportação de carne bovina para o mercado norte-americano praticamente inviável, resultando em prejuízos significativos para a indústria. Ele destacou que muitos frigoríficos já suspenderam a produção, embora cerca de 30 mil toneladas de carne estejam atualmente em trânsito para os Estados Unidos.

    Perosa sugeriu que o governo busque a prorrogação do início da taxação, ressaltando que a maioria dos contratos já está em andamento. Ele defendeu que não é justo implementar um novo imposto em um setor que já enfrenta uma carga tributária de cerca de 36%. O clima de apreensão não se limita à carne; o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, evidenciou a preocupação entre os produtores de manga, que já planejaram sua safra e contrataram 2,5 mil contêineres para atender à demanda do mercado americano.

    Coelho enfatizou a necessidade de excluir os alimentos do pacote de taxas, alertando que alternativas logísticas não são viáveis. Ele insistiu que a colheita não pode ser descartada ou realocada para outros mercados, dado o potencial colapso na demanda interna e o consequente desemprego em massa.

    Os produtores de laranja, por sua vez, também levantaram preocupações relevantes, já que 40% das suas exportações têm como destino os Estados Unidos. O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, ressaltou que 70% do suco de laranja consumido nos EUA é brasileiro. Ele mostrou-se esperançoso de que haja tempo para negociações e que o governo consiga um resultado favorável.

    Por fim, o setor de café, representado por Márcio Ferreira, presidente do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), destacou a importância do café brasileiro para o mercado americano, com 33% do consumo total nos EUA oriundo do Brasil. Ferreira elogiou os esforços do governo em abrir mercados e manifestou confiança em que uma solução benéfica para todos será alcançada.

    O encontro, portanto, refletiu a seriedade da situação em que se encontram os setores afetados e a necessidade urgente de ações decisivas por parte do governo para mitigar os riscos associados a essa nova taxação.

  • INTERNACIONAL –

    Alckmin Reúne Empresários para Discutir Impactos de Tarifas dos EUA sobre Indústria e Agropecuária Brasileira

    Na última terça-feira, 15 de agosto, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, conduziu uma série de reuniões com empresários dos setores industrial e agropecuário. O encontro ocorreu em meio a preocupações geradas pela recente decisão dos Estados Unidos de elevar em 50% as tarifas de importação sobre produtos brasileiros. A reunião, que contou com a presença de outros ministros e secretários, tinha como objetivo avaliar o impacto dessa medida no comércio bilateral.

    Os empresários que participaram do encontro expressaram confiança nas ações do governo federal e enfatizaram a necessidade de evitar retaliações. Eles relataram que a produção nas áreas industrial e agropecuária já enfrenta desafios significativos, resultantes de uma série de prejuízos acumulados. Algumas associações, em selas propostas, sugeriram que o Brasil solicitasse um adiamento da implementação das novas tarifas, que estão programadas para entrar em vigor em 1º de agosto.

    Alckmin destacou a determinação do governo em buscar um acordo antes que as tarifas entrem em vigor. De acordo com suas palavras, a reunião foi produtiva ao reunir representantes de setores com significativas trocas comerciais com os Estados Unidos, como aviação, aço, alumínio, máquinas, têxteis, calçados, papel e celulose. O vice-presidente enfatizou a união em torno da negociação e trouxe uma mensagem de apoio do presidente Lula para reverter a situação adversa.

    Estatísticas recentes indicam que, apenas entre janeiro e junho deste ano, as exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 4,37%, enquanto as importações dos americanos para o Brasil aumentaram 11,48%. Esse cenário é alarmante, especialmente considerando que as exportações dos Estados Unidos para o Brasil são quase três vezes superiores às exportações brasileiras. Alckmin sublinhou a relevância de uma relação comercial robusta, enfatizando que tarifas elevadas podem encarecer produtos e possuir repercussões na economia americana. Ele também apontou a abertura de oportunidades para a formação de novos acordos comerciais.

    Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, também teve papel central nas discussões, lembrando que a missão do governo Lula é ampliar os mercados para a agropecuária brasileira. Fávaro destacou os 393 novos mercados abertos desde o início da gestão e reafirmou a importância de manter as vendas destinadas ao mercado americano. Ele finalizou ressaltando que, apesar das dificuldades, o diálogo permanece aberto, sempre respeitando a soberania nacional. O cenário atual requer atenção e ação para proteger os interesses econômicos do Brasil frente a novos desafios no comércio internacional.

  • Conflito sobre alíquota do IOF no STF pode impulsionar Lula ou aprofundar crise política, afirmam especialistas

    Nesta terça-feira, 15 de julho de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) convoca uma audiência de conciliação envolvendo representantes da presidência da República, da Câmara e do Senado, além da Procuradoria-Geral da República e da Advocacia-Geral da União. O tema em pauta é o recente aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que se transformou em um dos principais embates do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

    A discussão se acirrou após a Câmara e o Senado considerarem o aumento do IOF um desvio de finalidade do imposto, que deveria ter uma função regulatória, mas foi utilizado para fins arrecadatórios. Essa postura legislativa levou à derrubada de um decreto do Executivo que visava incrementar a alíquota. Em contrapartida, o Planalto questionou a constitucionalidade dessa ação, insinuando que o Legislativo ultrapassou seus limites.

    O impacto desse conflito é significativo para a administração de Lula. Especialistas analisam que a resistência do Legislativo não apenas desafiou a autoridade do presidente como também abriu espaço para que ele posicionasse o governo como defensor das classes mais baixas, propondo uma taxação maior sobre os super-ricos. Essa situação criou uma narrativa política que pode favorecer Lula, especialmente em um cenário onde a Câmara e o Senado podem ser percebidos como opostos aos interesses populares.

    Fábio Sobral, professor da Universidade Federal do Ceará, considera que a ação do Congresso foi “fora da Constituição”, mas a reação governamental ofereceu uma chance para que Lula se aliéntasse à defesa das classes menos favorecidas. A popularidade de Lula, portanto, está em jogo, à medida que ele busca consolidar sua imagem de líder voltado para a defesa dos mais vulneráveis.

    Por outro lado, Afonso de Albuquerque, da Universidade Federal Fluminense, destaca que, independente do resultado da audiência, a percepção de que o Congresso atua contra o país pode ser uma estratégia de comunicação eficaz para Lula. Essa narrativa pode gerar divisões e desgastes na imagem do Legislativo, ao mesmo tempo que confere ao Executivo uma aura de resistência em defesa do povo.

    Roberto Bocaccio Piscitelli, da Universidade de Brasília, também aponta que, na atual conjuntura, há uma luta de poder acirrada entre os dois poderes. O comportamento do Congresso nesse período, que se intensificou durante o governo de Jair Bolsonaro, resultou em um fortalecimento de sua capacidade de veto, levando a uma complexa dinâmica onde propostas significativas para o Brasil podem encontrar obstáculos consideráveis.

    Lula enfrenta, assim, uma escolha crucial. Ele deve resistir à pressão do Legislativo sobre a alíquota do IOF para reafirmar sua posição de força, mas esta estratégia precisa ser acompanhada de uma habilidade negociadora, a fim de evitar qualquer possibilidade de impeachment. A luta pela alíquota do IOF pode, portanto, tanto solidificar a sua administração quanto aprofundar uma crise institucional, refletindo a crescente tensão entre os poderes no Brasil contemporâneo.

  • Acordo acelera devolução de descontos indevidos em benefícios previdenciários; pagamentos começam em 24 de julho para quem aderir até 21 de julho.

    Um importante acordo foi estabelecido entre diversas entidades, incluindo o Governo Federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o objetivo de simplificar e acelerar a devolução de valores descontados indevidamente nos benefícios previdenciários. Essa iniciativa é um passo significativo para garantir que os segurados possam reaver quantias que foram descontadas de maneira incorreta, um problema que vem atingindo muitos aposentados e pensionistas em todo o país.

    Os beneficiários que desejam solicitar a devolução dos valores poderão aderir ao programa entre agora e o dia 21 de julho, com os pagamentos começando a ser realizados a partir de 24 de julho. Para manifestar interesse, os segurados têm à disposição diversos canais oficiais, como o aplicativo e o site Meu INSS, além da opção de comparecer pessoalmente a agências dos Correios. Esta facilidade é um alívio para aqueles que foram surpreendidos por cobranças irregulares em seus contracheques, muitas vezes sem qualquer aviso prévio.

    Além disso, vale destacar que os segurados que ainda não contestaram os descontos indevidos têm até o dia 14 de novembro para fazê-lo. Essa possibilidade de revisão é uma conquista importante para milhões de brasileiros que se sentiram inseguros em relação aos seus direitos e às suas finanças.

    O governo também alertou a população sobre a necessidade de precaução ao buscar informações ou fazer reclamações. É fundamental que os beneficiários evitem cair em golpes, pois o INSS não envia mensagens por aplicativos de conversa nem solicita dados pessoais por meio de redes sociais. Por isso, é essencial que qualquer consulta seja realizada unicamente por meio dos canais oficiais, garantindo assim um acesso seguro à restituição dos valores que lhes são devidos.

    Esse acordo não só reforça o compromisso do governo com a transparência e a justiça no sistema previdenciário, mas também representa um avanço significativo na proteção dos direitos dos segurados, que finalmente poderão ver seus problemas resolvidos de maneira mais eficiente e rápida.

  • SENADO FEDERAL – Urgência na Liberação de Licença para Exploração de Petróleo na Margem Equatorial é Cobrada em Seminário em São Luís

    No mais recente seminário realizado pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) em São Luís, a urgência na liberação de licenças para a exploração de petróleo na Margem Equatorial foi destacada por representantes do Ministério de Minas e Energia e do setor petrolífero. A Margem Equatorial, que se estende do Amapá até o Rio Grande do Norte, é vista como uma área estratégica para a exploração de recursos energéticos, dada a sua potencialidade em reservas de petróleo.

    Durante o evento, os participantes enfatizaram a importância de acelerar os processos burocráticos que envolvem a concessão de licenças, considerando a necessidade de impulsionar a economia local e gerar empregos na região. No entanto, essa demanda encontra obstáculos significativos, especialmente em relação às preocupações ambientais levantadas por entidades como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

    O Ibama tem expressado suas preocupações sobre os potenciais impactos ambientais que a exploração de petróleo pode acarretar. As repercussões sobre ecossistemas frágeis e as comunidades tradicionais que habitam a região são questões críticas que precisam ser levadas em consideração. As posições de preservação ambiental e o desenvolvimento econômico parecem estar em um impasse, e esse conflito de interesses tem gerado um intenso debate entre os envolvidos.

    Além das questões ambientais, o seminário também abordou a importância de um diálogo aberto entre os setores público e privado, com o intuito de encontrar um equilíbrio que não comprometa o futuro sustentável da região. A exploração de petróleo é vista por alguns como uma oportunidade indispensável para o crescimento econômico, enquanto outros alertam para os graves perigos que a atividade pode representar, especialmente em um país que já enfrenta desafios ecológicos significativos.

    Assim, a discussão em torno da exploração na Margem Equatorial se torna um reflexo das tensões que permeiam o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental no Brasil. O futuro da região dependerá não apenas das decisões políticas, mas também do comprometimento em assegurar que as vozes das comunidades locais sejam ouvidas e levadas em consideração nas deliberações que afetarão seu meio ambiente e modo de vida.

  • Governo Lula Elabora Estratégias para Enfrentar Taxações de Produtos Brasileiros Impostas por Trump. Diversificação Comercial é Prioridade nas Reuniões deste Terça-feira.

    O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inicia nesta terça-feira, 15 de julho, uma estratégia para mitigar os impactos das altas tarifas que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, deverá impor a produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A iniciativa será formalizada por meio de um decreto que regulamentará a Lei da Reciprocidade, que será publicado no Diário Oficial da União.

    Na manhã de hoje, o vice-presidente Geraldo Alckmin se reunirá com representantes do setor industrial para discutir a diversificação dos mercados consumidores brasileiros. O objetivo é reduzir a dependência econômica em relação aos Estados Unidos, fortalecendo outras parcerias comerciais que possam compensar as perdas que as novas taxações possam causar.

    À tarde, Alckmin se encontrará com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e membros do setor agropecuário, que é um dos segmentos mais afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O governo brasileiro espera que a diversificação das parcerias comerciais traga alívio nesse contexto desafiador.

    O presidente Lula confiou a Alckmin a missão de buscar novos aliados comerciais. Entre as possibilidades discutidas, destaca-se a expectativa de que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que já se encontra em fase avançada de negociações, seja finalizado ainda este ano. Além disso, a administração Lula planeja fortalecer laços com a Associação Europeia de Livre Comércio, que inclui países como Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

    Apesar da expectativa de alguns membros do governo de que Trump possa reconsiderar a imposição da taxa de 55% sobre produtos brasileiros, a diversificação tornou-se uma prioridade no Palácio do Planalto. Enquanto as tarifas não são aplicadas, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está trabalhando para persuadir os Estados Unidos a não avançar com essa medida, embora os esforços até o momento não tenham se mostrado suficientemente eficazes.

    Nesse cenário, o governo brasileiro demonstra determinação em proteger suas exportações e buscar novos horizontes comerciais, reforçando a ideia de que a diversificação é fundamental diante dos desafios impostos pela política tarifária americana.

  • SENADO FEDERAL – Governo Edita Medida Provisória para Controlar Tarifas de Luz e Reformular Subsídios do Setor Elétrico

    Na última sexta-feira, dia 11, o governo federal anunciou a publicação de uma nova medida provisória, a MPV 1304/2025, com o objetivo de conter o aumento nas tarifas de energia elétrica e reformular a maneira como os subsídios do setor energético são geridos. Essa iniciativa é significativa, uma vez que os subsídios são financiados por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo essencial que contribui para a implementação de programas sociais, como a Tarifa Social de Energia Elétrica. Este programa, em específico, permite que famílias de baixa renda tenham acesso a descontos em suas contas de luz, garantindo assim uma assistência vital em um cenário financeiro desafiador.

    A necessidade de reestruturar o pagamento dos subsídios reflete a crescente preocupação do governo em assegurar que as tarifas não se tornem um fardo para os consumidores, especialmente em um contexto de inflação e aumento do custo de vida. A medida também é uma resposta às crescentes críticas sobre a transparência e a sustentabilidade financeira do sistema elétrico nacional, que enfrenta desafios devido ao aumento dos custos de produção de energia, principalmente com a dependência de fontes mais caras.

    Além de abordar os aspectos da energia, a medida provisória também aponta mudanças nas regras que regulam o mercado de gás natural. Esse segmento é crucial para o país, já que o gás não só é uma fonte importante de energia, mas também tem implicações diretas na indústria e no transporte. A proposta busca promover uma maior concorrência nesse mercado, potencialmente reduzindo preços e aumentando a segurança energética.

    Essas mudanças são vistas como um passo importante para garantir a estabilidade do setor energético brasileiro e para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Com a medida, o governo espera estabelecer um ambiente mais justo e sustentável para o consumo de energia, numa época em que a demanda por soluções energéticas mais eficientes e acessíveis se torna cada vez mais urgente. A expectativa é que as novas diretrizes venham a beneficiar não apenas os consumidores individuais, mas a economia como um todo, promovendo um uso mais equilibrado dos recursos energéticos disponíveis no país.

  • Crise em Israel: Partido Ultraortodoxo Judaísmo Unido da Torá Deixa Governo de Netanyahu em Protesto Contra Recrutamento de Estudantes da Yeshivá

    Na última segunda-feira, o partido ultraortodoxo Judaísmo Unido da Torá (UTJ) tomou uma decisão significativa ao deixar a coalizão do governo liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Esta ação reflete uma disputa em curso relacionada ao recrutamento de estudantes da yeshivá, uma instituição educacional judaica dedicada ao estudo de textos rabínicos.

    A ala Degel Hatorah do UTJ foi a primeira a formalizar sua saída, com seu porta-voz, Dov Lando, anunciando que, seguindo as diretrizes do rabino responsável, os membros do Knesset vinculados a essa ala deixariam o governo. Lando sustentou que o governo de Netanyahu tem frustrado os esforços para garantir melhorias nas condições de vida dos estudantes da Torá, alegando que não cumpriu sua obrigação de regularizar o status legal desses estudantes.

    Em comunicado posterior, a delegação da Knesset deixou claro que a decisão de renunciar se baseava em repetidas violações por parte do governo em relação aos compromissos assumidos em relação ao bem-estar dos estudantes da yeshivá. Os membros do partido afirmaram que a participação na coalizão deveria ser encerrada imediatamente, incluindo a renúncia a todos os cargos ocupados.

    O ministro de Assuntos de Jerusalém, Meir Porush, destacou que a decisão de se afastar do governo foi motivada pelo exame de um novo projeto de lei sobre recrutamento Haredi, que, segundo ele, não atendia às demandas do partido nem dos seus líderes espirituais. Entre os membros que deixaram o governo estão figuras influentes, como Moshe Gafni, presidente do Comitê de Finanças do Knesset, e Uri Maklev, vice-ministro dos Transportes.

    As renúncias, que entrarão em vigor em 48 horas, abrem uma janela para que Netanyahu tente persuadi-los a permanecer na coalizão, almejando assim evitar uma possível instabilidade política em um momento delicado para seu governo. A saída do UTJ, um apoio crucial em uma coalizão já tenuemente mantida, pode ter repercussões significativas para a governabilidade de Netanyahu nas próximas semanas.