Tag: Geologia

  • INTERNACIONAL – Geólogos Descobrem Ondas Pulsantes Abaixo da Etiópia e Uganda, Revelando Poderoso Mecanismo que Pode Transformar o Continente Africano em Ilha

    Geólogos britânicos revelaram uma descoberta intrigante: ondas rítmicas, semelhantes às batidas de um coração, estão presentes sob a região de Afar, que abrange partes da Etiópia e Uganda. Essa pesquisa, publicada na renomada revista científica Nature, destacou a contribuição da geóloga Emma J. Watts e envolveu a cooperação de 16 pesquisadores.

    Em uma profundidade considerável, os cientistas identificaram uma coluna de rocha derretida que se eleva do interior da Terra até a superfície, pulsando com um padrão regular. Esse fenômeno é potencialmente responsável pela formação de uma fissura que está gradativamente separando o continente africano. Se esse processo continuar, pode resultar na criação de um novo oceano e transformar parte da Etiópia em uma ilha.

    A área subjacente de Afar é notável por ser um ponto de confluência de três fendas tectônicas: a rift da Etiópia, a do Mar Vermelho e a do Golfo de Áden. Ao longo de milhões de anos, à medida que as placas tectônicas se afastam umas das outras, elas experimentam estiramento e afinamento, levando à formação de estruturas geológicas conhecidas como riftes.

    De acordo com os resultados obtidos, o movimento dessas placas tectônicas influencia o manto abaixo de Afar a se movimentar também, gerando os pulsos detectados. Durante a pesquisa, os especialistas analisaram dados geoquímicos de mais de 130 amostras de vulcões, conhecidas como “jovens”, que possuem menos de 2,6 milhões de anos. Esta análise permitiu aos geólogos comparar essas amostras com rochas mais antigas, proporcionando insights sobre as modificações químicas ocorridas ao longo do tempo.

    Os pesquisadores agora se dedicam a aprofundar seus conhecimentos sobre a velocidade dessas ondas rítmicas e os efeitos que podem causar na superfície do planeta. Com isso, espera-se não apenas compreender melhor os fenômenos geológicos em jogo, mas também prever como essas mudanças poderão impactar o futuro da geografia da região.

  • Erupção do Monte Lewotobi Laki Laki na Indonésia Lança Materiais Vulcânicos a 18 Quilômetros e Acende Alerta Máximo para População e Aviação.

    O Monte Lewotobi Laki Laki, localizado na Indonésia, chamou a atenção do mundo nesta segunda-feira, 7 de agosto, ao registrar uma erupção de grande magnitude. O vulcão expeliu uma coluna de materiais vulcânicos impressionante que alcançou cerca de 18 quilômetros de altitude, uma demonstração poderosa da sua atividade geológica. A erupção foi acompanhada pela dispersão de cinzas que se espalharam sobre várias comunidades nas proximidades, embora, até o momento, as autoridades não tenham reportado vítimas.

    A Agência Geológica da Indonésia já havia elevado o nível de alerta para o vulcão, que permanece em estado crítico desde junho. Durante a erupção, o Lewotobi não apenas lançou cinzas; lava, gás e rochas foram arremessados a distâncias de até cinco quilômetros de suas encostas, uma evidência clara de sua intensa atividade vulcânica. A utilização de drones para monitoramento possibilitou registros da cratera sendo preenchida com lava, revelando uma significativa atividade magmática interna, acompanhada de tremores associados que indicam a instabilidade do núcleo do vulcão.

    Essa erupção foi a mais forte registrada no Lewotobi desde novembro de 2024, período em que a erupção anterior resultou na trágica morte de nove pessoas. Em resposta ao nível elevado de perigo, as autoridades locais estão adotando medidas preventivas de segurança, incluindo a avaliação da possibilidade de ampliar a área de restrição para garantir a proteção da população. Há também a consideração de evacuar moradores que vivem nas áreas mais vulneráveis e a suspensão das atividades turísticas nas redondezas do vulcão, devido aos riscos associados.

    Monitorar a evolução da atividade vulcânica e manter a população informada sobre potenciais riscos se tornou uma prioridade para as autoridades locais. Medidas de cautela são essenciais, não apenas para a segurança dos habitantes, mas também para o controle das consequências que quaisquer novas erupções possam trazer para a região.

  • Ilha japonesa registra mais de 1 mil terremotos em menos de 15 dias e coloca moradores em estado de alerta e evacuação.

    No arquipélago de Tokara, localizado ao sul da ilha de Kyushu, no Japão, a pequena ilha de Akuseki está passando por um período de intensa atividade sísmica, alarmando seus habitantes. Entre os dias 21 de junho e 3 de julho, foram registrados impressionantes 1.031 terremotos na região, com o tremor mais forte ocorrendo em 3 de julho, atingindo uma magnitude de 6 na escala japonesa.

    De acordo com as autoridades, a situação é preocupante, e recomendações foram feitas para que moradores de localidades afetadas evacuem suas casas. O arquipélago Tokara, que abriga um total de sete ilhas com uma população de cerca de 668 pessoas, tem na ilha Akuseki um dos centros mais afetados pelos tremores, onde a quantidade de sismos notificados desde 1995 é a maior registrada.

    O secretário-chefe de Gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, garantiu durante coletiva de imprensa que, até o momento, não houve relatos de danos significativos à infraestrutura ou aos serviços públicos, e todos os moradores estão a salvo. No entanto, ele ressaltou a importância de monitorar a situação, mantendo uma comunicação constante com as prefeituras locais para garantir a segurança da população.

    Isamu Sakamoto, dirigente de uma associação comunitária da ilha, revelou que os moradores estão coesos em suas decisões de evacuação, com um plano emergencial que os leva a uma escola em caso de tremores com magnitude superior a 5. Apesar da atividade sísmica, muitos moradores expressam a intenção de permanecer na ilha.

    Ayataka Ebita, diretor da divisão de monitoramento de terremotos e tsunamis da Agência Meteorológica do Japão, tranquilizou a respeito do risco de tsunami associada aos últimos tremores, mas alertou para o perigo de deslizamentos de terra devido ao afrouxamento do solo em áreas afetadas. Ele destacou que regiões com tremores intensos correm maior risco de colapso de construções e deslizamentos.

    Vale lembrar que o arquipélago Tokara já passou por períodos semelhantes de sismos intensos. Em setembro de 2023, foram registrados 346 terremotos, e em dezembro de 2021, 308 tremores, incluindo um de grande magnitude na ilha de Akuseki. As autoridades continuam na expectativa, monitorando a situação e buscando garantir a segurança dos locais atingidos.