Tag: Finanças

  • R$1,2 BILHÃO – Câmara de Maceió Decide sobre Empréstimos de R$ 1,2 Bilhão para Infraestrutura e Urbanização

    A Câmara Municipal de Maceió agendou para esta terça-feira uma sessão extraordinária com foco na aprovação de dois pedidos de empréstimo propostos pela Prefeitura. A votação, em regime de urgência, envolve uma soma superior a R$ 1,2 bilhão, destinados a projetos de infraestrutura e requalificação urbana.

    Os detalhes dos projetos foram publicados recentemente no Diário Oficial do Município. Um dos pedidos prevê a contratação de um empréstimo com o New Development Bank (NDB), no valor de até US$ 400 milhões, aproximadamente R$ 813 milhões. Este montante será direcionado ao Programa de Integração, Desenvolvimento Social e Sustentável de Maceió, conhecido como MCZ3i.

    O segundo empréstimo, de R$ 400 milhões, refere-se a uma nova operação de crédito com instituições financeiras ainda a serem definidas. Os recursos serão aplicados no programa Avança Maceió, que compreende a modernização da infraestrutura urbana, contenção de encostas e renovação de espaços públicos.

    Na mensagem enviada à Câmara, o prefeito João Henrique Caldas (JHC) destacou que os recursos estarão vinculados a projetos previamente previstos no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA).

    Além disso, os vereadores também devem deliberar sobre a LDO, ainda não votada. O texto, encaminhado pela Prefeitura em maio, estima uma receita de R$ 5,12 bilhões para o próximo ano, com despesas primárias de R$ 4,43 bilhões, resultando em um déficit de R$ 519 milhões.

    As comissões de Orçamento e de Constituição e Justiça já aprovaram pareceres referentes a emendas, receitas e despesas previstas. Na sessão extraordinária anterior, novas alterações ao projeto da LDO foram sugeridas, levando ao adiamento da votação.

  • EDUCAÇÃO –

    Olímpiada do Tesouro Direto: R$ 4 milhões em prêmios para 10 mil alunos em competição de educação financeira

    A edição deste ano da Olímpiada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef) promete movimentar a educação financeira no Brasil, ao distribuir um total de R$ 4 milhões para os 10 mil alunos que se destacarem na competição. Cada participante premiado será agraciado com R$ 400 em títulos públicos do Tesouro Selic, uma forma de incentivar o aprendizado sobre finanças desde a juventude.

    A iniciativa se destina a estudantes do 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, abrangendo alunos de escolas públicas e privadas, além de jovens que participam da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Organizada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em parceria com a B3, a bolsa de valores brasileira, a competição é administrada pela UpMat Educacional, com o suporte do Ministério da Educação (MEC).

    Diferentemente da edição anterior, que foi focada apenas nas escolas e premiou professores e gestores, desta vez a Olitef prioriza os alunos. Além dos R$ 4 milhões em prêmios individuais, ainda haverá a premiação de até quatro professores e do diretor de cada escola com um total de R$ 8 mil em títulos. Também, como parte da iniciativa, duas escolas públicas de cada estado serão selecionadas para receber kits educacionais no valor de R$ 100 mil, destinados a enriquecer laboratórios e bibliotecas.

    Na última edição, a competição atraiu 546 mil estudantes de 2.234 cidades, totalizando cerca de 43% dos municípios brasileiros. O atual ciclo já conta com mais de 4 mil escolas registradas de 1.825 cidade. As inscrições precisam ser realizadas pelas escolas até o dia 1º de setembro, uma exigência que visa garantir que apenas alunos indicados pelas instituições participem.

    As provas serão realizadas em 9 de setembro, com os resultados preliminares previstos para 20 de outubro. Após essa etapa, entre 10 de novembro e 10 de março, os alunos vencedores devem se cadastrar em uma plataforma digital específica para multiparticipar da premiação, incluindo a validação do certificado de medalhista obtido.

    O ranking nacional que definirá os ganhadores levará em consideração o desempenho nas questões mais desafiadoras, além da data e horário de inscrição das escolas, o que pode favorecer as instituições que se anteciparam.

    De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a educação financeira é fundamental para proporcionar um futuro mais equilibrado e justo. A Olitef, portanto, atua como uma semente que pode ajudar a moldar uma nova geração de cidadãos financeiros responsáveis e preparados para enfrentar os desafios do amanhã.

  • Kardbank Lança Cartão de Crédito Consignado com Menor Taxa de 2,99% ao Mês para Servidores Estaduais de Alagoas e Prioriza Transparência e Segurança.

    Kardbank Lança Cartão de Crédito Consignado com Menores Taxas de Alagoas

    A Kardbank, reconhecida como uma referência nacional em crédito responsável, recentemente anunciou uma campanha inovadora voltada para os servidores estaduais de Alagoas. A nova oferta consiste em um cartão de crédito consignado com a menor taxa do estado, fixada em apenas 2,99% ao mês. Esta iniciativa visa proporcionar aos usuários a oportunidade de obter um crédito seguro e acessível, permitindo que eles regularizem suas finanças ou realizem sonhos por meio de um planejamento adequado.

    Com uma taxa inferior a outras opções de crédito, como o PIX parcelado, o cheque especial ou o parcelamento em lojas, o cartão consignado da Kardbank se destaca como a melhor alternativa disponível em Alagoas. A CEO da fintech, Carla Pontes, enfatiza que “o servidor que compara, comprova” a competitividade da oferta. A empresa é clara em seu compromisso com a transparência e a responsabilidade financeira.

    A Kardbank também adota uma abordagem consciente à contratação de crédito. Os especialistas da fintech recomendam que os interessados sempre comparem as condições antes de fechar qualquer contrato. Nesse sentido, a Kardbank oferece não somente a melhor taxa do mercado, mas também segurança em suas operações digitais, que incluem validação de identidade e proteção antifraude.

    Com uma vasta rede de mais de 40 convênios e um número crescente de clientes em todo o Brasil, a Kardbank combina tecnologia de ponta, atendimento humano, e um forte foco em educação financeira. Essa abordagem visa democratizar o acesso ao crédito consignado, possibilitando que mais pessoas possam usufruir de suas vantagens.

    No entanto, ao optar por contratar um crédito, é crucial que os consumidores analisem não só as taxas, mas também as condições de pagamento que melhor se adaptam ao seu orçamento. Além disso, é aconselhável não se precipitar aceitando a primeira oferta, sempre solicitando a Célula de Crédito Bancário (CCB), que detalha o valor da operação e os termos do contrato.

    Outro ponto importante é que o cliente nunca deve aceitar cobranças antecipadas ou devoluções de valores sem segurança, sempre buscando um correspondente autorizado para realizar suas transações financeiras de forma segura. Para mais informações sobre suas ofertas, a Kardbank disponibiliza o aplicativo, um site dedicado e um canal telefônico disponível via WhatsApp.

    As margens de cartões consignados surgem como uma alternativa vantajosa para os servidores estaduais. Este tipo de crédito pode ser utilizado tanto para compras como para saques, garantindo acesso ao crédito mesmo para aqueles que enfrentam restrições financeiras. Com uma taxa de juros consideravelmente mais baixa do que outras modalidades de crédito, como o cheque especial, essa opção se revela ideal para quitar dívidas ou realizar investimentos em reformas e aquisições de bens duráveis.

    Utilizar esse crédito de forma consciente e planejada também pode ser um passo inteligente para quem deseja fomentar empreendimentos familiares e aumentar a renda. Portanto, a Kardbank se posiciona como uma parceira segura e confiável para os servidores de Alagoas, oferecendo condições que respeitam o bolso e promovem a segurança financeira.

  • ECONOMIA – Brasileiros sacam R$ 315 milhões em valores esquecidos; Banco Central informa que ainda há R$ 10,1 bilhões disponíveis para resgate.

    Em maio, os cidadãos brasileiros retiraram R$ 315 milhões em valores que estavam esquecidos no sistema financeiro, conforme informações recentes do Banco Central. Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já restituí R$ 10,7 bilhões aos clientes bancários. No entanto, há uma quantia ainda disponível para saque, que chega a R$ 10,1 bilhões.

    O SVR é uma ferramenta disponibilizada pelo Banco Central que permite que indivíduos consultem se têm algum valor esquecido em contas bancárias, consórcios ou outras instituições financeiras. Para utilizar o serviço, o cidadão deve informar seu CPF e data de nascimento ou, no caso de empresas, o CNPJ e a data de abertura. A consulta é rápida e não requer login, sendo totalmente gratuita. No entanto, para efetuar o resgate, é necessário ter uma conta Gov.br, com nível prata ou ouro e a verificação em duas etapas ativada.

    Existem duas maneiras de recuperar os valores: a primeira é contactar diretamente a instituição financeira responsável pelo valor e solicitar o resgate. A segunda é realizar o pedido por meio do SVR. Ao solicitar valores que pertencem a pessoas falecidas, é imprescindível que o solicitante seja herdeiro ou representante legal. Para empresas encerradas, um representante pode acessar o sistema com sua conta pessoal Gov.br.

    Recentemente, o Banco Central introduziu a solicitação automática de resgate de valores, uma funcionalidade inovadora que simplifica ainda mais o processo. Através desse sistema, o cidadão não precisa verificar periodicamente a disponibilidade de valores em seu nome, pois, quando um recurso é disponibilizado, o crédito é automaticamente feito em sua conta. Essa opção está restrita a pessoas físicas que possuem uma chave Pix do tipo CPF.

    Os tipos de recursos que podem ser recuperados incluem valores decorrentes de contas encerradas, taxas cobradas indevidamente, e sobras de cooperativas, entre outros. É importante ressaltar que, até o final de maio, mais de 31 milhões de correntistas já haviam requisitado seus valores, mas quase 48 milhões de beneficiários ainda não realizaram o saque. A maioria dos que não retiraram seus recursos são pessoas com pequenas quantias a receber, sendo que 62,84% dos beneficiários têm direito a valores inferiores a R$ 10.

    Por fim, o Banco Central alerta sobre os riscos de fraudes relacionadas a esses valores esquecidos. Correntistas devem ter cautela com estelionatários que oferecem ajuda para o resgate, já que todos os serviços do SVR são gratuitos e o banco não entra em contato direto para tratar de valores a receber. A única comunicação legítima virá das instituições que aparecem na consulta do SVR, reforçando a importância de não compartilhar senhas ou informações pessoais com terceiros.

  • ECONOMIA – Caderneta de Poupança Registra Superávit de R$ 2,1 Bilhões em Junho Após Quatro Meses de Retiradas Intensas

    Em um cenário onde as alternâncias financeiras são comuns, a caderneta de poupança no Brasil apresentou um desempenho positivo pelo segundo mês consecutivo, conforme os números revelados pelo Banco Central. Durante o mês de junho, o saldo da poupança teve um acréscimo, refletindo a diferença entre depósitos e saques. O valor das entradas superou o montante das saídas em R$ 2,1 bilhões, um indicativo de que a confiança na modalidade de investimento está voltando a crescer.

    No total, foram registrados depósitos de R$ 365,7 bilhões, enquanto os saques alcançaram R$ 363,5 bilhões. Além desse movimento, os rendimentos creditados durante o período somaram R$ 6,4 bilhões, elevando o saldo geral da poupança para pouco mais de R$ 1 trilhão. Este crescimento vem após um período desafiador, onde os quatro primeiros meses do ano apresentaram um saldo líquido negativo significativo, totalizando R$ 49,6 bilhões em retiradas até agora em 2025.

    Observando um panorama mais amplo, nos anos anteriores, a caderneta tem enfrentado uma tendência de mais saques do que depósitos. Em 2023 e 2024, os números de retiradas líquidas superaram os depósitos em R$ 87,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, respectivamente. Essa situação tem sido influenciada pela alta na taxa Selic, que atualmente se encontra em 15% ao ano, um patamar que tem atraído investidores para opções de aplicação que oferecem rendimentos superiores.

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que recentemente decidiu manter a Selic elevada, considera que esta taxa deve permanecer em vigência por um período prolongado enquanto observa os efeitos dessa decisão sobre a economia. Em suas reuniões, o Copom não descartou a possibilidade de novos aumentos nas taxas caso a inflação mostre sinais de crescimento. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic permaneça estagnada neste nível até o final de 2025.

    Assim, a recuperação da caderneta de poupança sugere um movimento de retorno dos investidores a essa forma de investimento, embora a pressão das altas taxas de juros continue a moldar o comportamento dos poupadores. A situação demanda uma atenção cuidadosa, tanto para o governo quanto para os investidores, diante das flutuações econômicas.

  • ECONOMIA – Previsão de inflação do Brasil cai para 5,18% em 2025, mas taxa Selic se mantém alta para controlar economia, segundo Boletim Focus do Banco Central.

    O mercado financeiro brasileiro registrou mais uma redução na previsão de inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 caindo de 5,2% para 5,18%. Essa é a sexta vez consecutiva que a estimativa é revisada para baixo, conforme apontou o Boletim Focus, um relatório que compila as expectativas de instituições financeiras para indicadores econômicos, divulgado semanalmente pelo Banco Central.

    Já para os próximos anos, as projeções se mantêm mais estáveis. Para 2026, a estimativa de inflação se manteve em 4,5%, enquanto para 2027 e 2028, as previsões chegaram a 4% e 3,8%, respectivamente. É importante ressaltar que a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) está em 3%, com uma margem de tolerância que varia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo assim limites de 1,5% e 4,5%.

    Recentemente, os dados de inflação mostraram uma desaceleração, com o IPCA de maio encerrando em 0,26%, uma queda em relação aos 0,43% registrados em abril. No acumulado do ano, a inflação fica em 2,75%, enquanto nos últimos 12 meses, a alta foi de 5,32%.

    O Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, como principal ferramenta para controlar a inflação. Apesar da redução recente nos índices de preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual na última reunião, marcando o sétimo aumento seguido em um ciclo de aperto monetário. Essa decisão foi uma surpresa para parte do mercado, que esperava estabilidade.

    O Copom indicou que a Selic deve ser mantida nesse nível nas próximas reuniões, à medida que observa os impactos das taxas altas na economia, mas não descartou novos aumentos caso a inflação mostre sinais de elevação. As expectativas do mercado sugerem que a Selic possa fechar 2025 em 15% ao ano, com previsões de queda para 12,5% em 2026 e 10,5% e 10% nos anos seguintes.

    Quanto ao crescimento da economia, o Boletim Focus trouxe um leve ajuste na projeção para 2023, passando de 2,21% para 2,23%. Para 2026, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 1,87% para 1,86%, enquanto para 2027 e 2028 a projeção é de uma expansão de 2% em ambos os anos. No entanto, o PIB brasileiro apresentou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, puxado pelo setor agropecuário. A previsão para o câmbio é que o dólar atinja R$ 5,70 ao fim deste ano e R$ 5,75 até 2026.

    Esses indicadores são cruciais para entender o cenário econômico do Brasil, refletindo um contexto de cautela tanto para o setor financeiro quanto para os consumidores. A escolha das ações do Banco Central, assim como as reações do mercado, formam um ciclo que influencia diretamente a vida financeira do país.

  • Banco Central Suspende Cautelarmente Três Instituições Financeiras Após Desvio de R$ 530 Milhões em Ataque Cibernético ao Sistema do Pix

    O Banco Central do Brasil tomou uma medida cautelar significativa ao suspender a participação de três instituições financeiras no sistema de pagamentos instantâneos conhecido como Pix. As entidades afetadas são a Voluti Gestão Financeira, a Brasil Cash e a S3 Bank. Essa ação ocorre em meio a investigações relacionadas a um ataque cibernético que golpeou a C&M Software, uma provedora de serviços tecnológicos que atende diversas instituições financeiras.

    Até o momento, já são seis as empresas desconectadas do sistema devido a suspeitas de envolvimento no desvio de valores utilizando o Pix. As outras três instituições já afastadas são a Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay. As apurações do Banco Central visam esclarecer se essas empresas têm alguma ligação com o incidente que resultou no desvio de pelo menos R$ 530 milhões de contas reservas mantidas por bancos na autoridade monetária.

    A suspensão, que tem duração de 60 dias, é respaldada pelo Artigo 95-A da Resolução 30 do Banco Central, que regulamenta o funcionamento do Pix. Segundo essa norma, o BC pode suspender a participação de qualquer instituição cujas ações coloquem em risco a operação regular do sistema de pagamentos.

    Em comunicado, a Transfeera confirmou a suspensão, mas assegurou que seus demais serviços permanecem em funcionamento. A empresa enfatizou que nem ela, nem seus clientes sofreram impacto direto do ataque cibernético e declarou estar colaborando com as autoridades para retomar a funcionalidade do Pix.

    Por outro lado, a Soffy e a Nuoro Pay, que operam como fintechs sem autorização direta do Banco Central para participar do Pix, não se manifestaram publicamente sobre a situação. As novas suspensões levantam questões sobre a segurança do sistema de pagamentos e a integridade das instituições financeiras envolvidas.

    O ataque à C&M Software, responsável por conectar vários bancos ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, provocou um grande furto de valores que foram posteriormente convertidos em criptomoedas. Para agravar a situação, uma recente prisão realizada pela Polícia Civil de São Paulo identificou um funcionário da C&M que, segundo as investigações, facilitou o acesso dos criminosos aos sistemas da empresa.

    Com a continuidade das investigações, as autoridades buscam não apenas rastrear os valores desviados, mas também fortalecer a segurança de todo o sistema financeiro brasileiro.

  • INTERNACIONAL – Rússia mantém planos para sistema de pagamento alternativo ao dólar, mesmo sem consenso no Brics, afirma ministro Anton Siluanov. Iniciativa avança sem acordo completo.

    No último sábado, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, confirmou a intenção do país de desenvolver um sistema de pagamento alternativo ao dólar para transações internacionais, mesmo na ausência de consenso absoluto entre os membros do Brics. Durante uma coletiva de imprensa, Siluanov explicou que a criação desse mecanismo pode ocorrer por meio de formatos de cooperação bilaterais ou trilaterais.

    O ministro enfatizou que as discussões em torno da criação de uma plataforma de investimentos estão em andamento, embora não tenha havido um acordo definitivo entre os países do Brics. “Vamos continuar avançando nessa direção com aqueles que se mostram interessados. Não é imprescindível que haja um consenso total para determinadas decisões financeiras”, afirmou. Ele ressaltou a possibilidade de que transações envolvendo a compra de títulos possam ser efetivadas entre duas ou três nações sem a necessidade de um entendimento global. Siluanov também destacou que, ao longo deste processo, alguns aspectos poderão ser implementados rapidamente, enquanto outros podem levar mais tempo.

    A reunião recente entre os ministros de Finanças e os diretores dos bancos centrais do Brics resultou em uma declaração que mencionou o progresso na busca por caminhos para viabilizar a interoperabilidade dos sistemas de pagamento. No entanto, o documento não fez referência a um acordo concreto sobre o formato desses sistemas alternativos, limitando-se a observar que um relatório técnico elaborado sobre o tema deve ser fundamental no trabalho contínuo para facilitar pagamentos internacionais de maneira mais acessível e eficiente.

    Outro tema relevante abordado por Siluanov foi a criação de um mecanismo de garantia ligado ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Os países do Brics planejam implementar uma iniciativa chamada Garantias Multilaterais do Brics (GMB), que visa mobilizar investimentos privados em infraestrutura e promovendo o desenvolvimento sustentável. A expectativa é que essa iniciativa reduza riscos associados a investimentos estratégicos, aumentando a credibilidade do grupo e do Sul Global. Um projeto piloto está previsto para ser iniciado em 2025.

    Siluanov ressaltou a importância da criação de uma resseguradora vinculada ao NDB, uma medida que é considerada estratégica pelo grupo. Ele argumentou que, apesar do crescimento do comércio e do transporte entre os países do Brics, há uma carência de seguradoras independentes. A proposta envolve a formatação de uma organização internacional com capital proporcionado pelos Estados-membros, que consiga resguardar riscos logísticos, climáticos e de construção, propondo assim uma alternativa viável às seguradoras ocidentais.

  • ECONOMIA – Banco Central Suspende Três Instituições do Pix Após Desvio de R$ 530 Milhões em Ataque Cibernético a Provedora de Serviços Tecnológicos

    O Banco Central do Brasil (BC) implementou a suspensão cautelar de mais três instituições financeiras do sistema de pagamentos instantâneos, conhecido como Pix, em decorrência de um ataque cibernético que resultou no desvio de significativos recursos financeiros. As entidades afetadas são a Voluti Gestão Financeira, Brasil Cash e S3 Bank, que se juntam a outras três já desconectadas: Transfeera, Soffy e Nuoro Pay. O total de valores desviados pode ultrapassar a quantia de R$ 530 milhões.

    Esse ataque à provedora de serviços tecnológicos C&M Software, que serve de intermediária entre as instituições financeiras e o Banco Central, provocou uma série de investigações para apurar se houve participação dessas empresas nos crimes digitais. A suspensão, que pode durar até 60 dias, foi estabelecida sob as diretrizes do Artigo 95-A da Resolução 30 do Banco Central, sancionada em outubro de 2020, que regulamenta o funcionamento do Pix. A resolução permite ao BC interromper a participação de qualquer instituição do sistema caso existam indícios de que sua atuação possa comprometer a integridade do arranjo de pagamentos.

    A Transfeera, que também foi suspensa, confirmou que sua funcionalidade no Pix foi desativada, mas garantiu que os demais serviços permanecem ativos. Em nota, a empresa declarou que nem ela nem seus clientes foram impactados pelo incidente e que estão colaborando com as investigações para retomar suas operações rapidamente.

    As fintechs Soffy e Nuoro Pay, que não têm autorização do BC para operar diretamente no Pix, realizam operações por meio de parcerias com outras instituições. Até o momento, não houve manifestação pública de sua parte sobre a situação. A Voluti, Brasil Cash e S3 Bank também não retornaram aos questionamentos sobre a suspensão.

    O Banco Central comunicou que a medida visa garantir a segurança do sistema de pagamentos enquanto as investigações sobre o desvio de recursos ainda estão em andamento. O atentado ocorrido na C&M Software concluiu-se em transferências de valores das contas de reserva mantidas pelos bancos no BC, que foram subsequentemente convertidos em criptomoedas.

    As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, e já resultaram na prisão de um funcionário da C&M que se envolveu com os criminosos, facilitando o acesso aos sistemas internos da empresa por meio de um pagamento de R$ 15 mil. O suspeito admitiu que recebeu valores em troca de informações confidenciais.

    A situação evidencia o delicado equilíbrio entre inovação financeira e a segurança dos sistemas, ressaltando a necessidade de vigilância constante e a responsabilidade das empresas em prevenir tais incidentes.

  • Maceió Contrata Banco de Brasília para Gerenciar Folha Salarial de 26 Mil Servidores por Meio de Novo Contrato de Cinco Anos

    A Prefeitura de Maceió anunciou a nova concessionária da folha de pagamento dos seus servidores: o Banco de Brasília (BRB), que venceu a licitação com um contrato estabelecido para um período de cinco anos. Essa informação foi confirmada pela instituição financeira na última sexta-feira.

    Com a implementação deste contrato, aproximadamente 26 mil funcionários públicos da capital alagoana terão seus salários geridos pelo BRB. A instituição já possui uma atuação anterior em Alagoas, iniciada em dezembro de 2024, onde já realiza pagamentos judiciais e administra a folha de pagamento do Tribunal de Justiça do Estado (TJAL).

    O BRB não apenas se responsabilizará pela administração salarial, mas também planeja expandir sua infraestrutura na capital. A previsão é de abertura de mais duas agências em Maceió para melhor atender a demanda gerada por esse novo volume de operações. Além disso, os servidores poderão abrir contas de forma digital, com a comodidade de receber cartões diretamente nos endereços cadastrados.

    Além dos serviços tradicionais, o banco promete oferecer soluções financeiras como crédito consignado e financiamento imobiliário, ampliando assim as opções para os servidores. Esta nova gestão da folha de Maceió se soma a uma série de outras iniciativas do BRB, que já está envolvido com a administração salarial de várias outras prefeituras e órgãos, incluindo os de João Pessoa, Conde, além de entidades no Governo de Tocantins e no Distrito Federal.

    Com uma base de mais de nove milhões de clientes, o BRB é uma instituição com abrangência significativa, oferecendo seus serviços em 97% dos municípios brasileiros e estabelecendo presença em 39 países. Na Alagoas, sua operação física reúne uma extensa rede que se estende a vários estados do Nordeste e outras regiões do Brasil.

    Assim, a escolha do BRB para gerenciar a folha de pagamento dos servidores de Maceió reflete um movimento em direção à modernização e à ampliação de serviços, destacando a intenção da gestão municipal em oferecer maior eficiência e acessibilidade aos seus funcionários públicos.