Tag: EUA

  • Nunca Aposte Contra a América: Lições de Warren Buffett sobre Investimentos em Tempos de Crise

    Em um cenário global marcado por crises econômicas, guerras e incertezas, uma máxima se destaca pela sua permanência: “Nunca aposte contra a América!” Esta frase, que se tornou um lema entre investidores, é uma reflexão do otimismo inabalável de Warren Buffett, considerado o maior investidor da era moderna. Em meio ao caos da pandemia de 2020, quando muitos se aventuraram a vender suas ações em desespero, Buffett optou por aumentar suas participações no mercado americano, demonstrando que, em momentos de crise, a resiliência do país se destaca.

    Desde a sua independência em 1776, os Estados Unidos provaram ser uma nação que enfrenta grandes desafios e emerge mais forte. Foram inúmeras as provações, incluindo guerras mundiais, crises financeiras e pandemias. No entanto, a história mostrou que o país não apenas sobreviveu a essas turbulências, mas se posicionou como um líder global, especialmente no campo da inovação. Buffett fez uma observação pertinente ao afirmar que, em toda a sua história, “não houve incubadora para liberar o potencial humano como a América”.

    A América se tornou um celeiro de marcas icônicas e empresas que transcendiam fronteiras, como Apple, Google, Microsoft e Nike. Enquanto isso, seu principal rival, a China, embora também em ascensão, enfrenta incertezas relacionadas à intervenção governamental. No cenário americano, os investidores podem operar com um grau de confiança que se torna cada vez mais raro no mundo atual. A transparência e a previsibilidade das regulamentações oferecem um ambiente mais estável, o que é essencial para aqueles que desejam proteger e expandir seus investimentos.

    Embora seja inevitável que a bolsa americana enfrente oscilações e quedas, a resiliência do mercado é inegável. Exemplos históricos como a Grande Depressão de 1929, a bolha das pontocom e a crise de 2008 são testemunhas de que crises podem ser superadas, frequentemente resultando em um renascimento ainda mais forte das empresas e da economia. A recente pandemia de Covid-19, que devastou economias globais, viu o S&P 500 alcançando novos recordes ao se recuperar em velocidades surpreendentes.

    Assim, enquanto muitos se apegam a previsões sombrias, a realidade é que os EUA continuam a ser um farol de inovação, crescimento e estabilidade. O dólar permanece como a moeda de reserva global e os títulos do governo americano são considerados um porto seguro para investidores de todo o mundo.

    Portanto, ao ponderar estratégias de investimento, é crucial não permitir que alarmismos e incertezas definam seu caminho. A história do investimento nos Estados Unidos demonstra que aqueles que mantêm a calma e acreditam no potencial do país tendem a prosperar. Em suma, apostar contra a América pode significar perder a oportunidade de participar do sucesso de uma das economias mais dinâmicas da história.

  • EUA Atacam Instalações Nucleares do Irã e Levantam Preocupações sobre Precedente Perigoso, Avisa Chanceler da China

    No cenário internacional, a recente escalada de tensões entre Estados Unidos e Irã, acompanhada de ataques diretos a instalações nucleares iranianas, suscita preocupações sobre as implicações futuras desses eventos. O chanceler da China, Wang Yi, advertiu que essa atuação militar dos EUA estabelece um precedente perigoso que pode intensificar a instabilidade global.

    Os ataques ocorreram no mês passado, quando as forças armadas dos Estados Unidos realizaram missões específicas contra estruturas que, segundo alegações, pertencem a um programa nuclear militar interdito do Irã. Essas ações não apenas provocaram uma resposta imediata do Irã, que retaliou com mísseis dirigidos a bases americanas, mas também desencadearam um ciclo de hostilidades que durou cerca de duas semanas. Esta dinâmica ilustra a complexidade do conflito, onde a utilização da força militar é vista como uma solução por alguns, enquanto muitos especialistas alertam para os riscos de uma escalada maior.

    Para Wang Yi, a solução para a questão iraniana não reside na guerra, mas sim no diálogo e na diplomacia. O chanceler destacou que configurar a justiça com base na força pode abrir a “caixa de Pandora”, resultando em uma série de desdobramentos indesejados. De acordo com ele, o caminho para a paz no Oriente Médio deve ser buscado por meio de esforços colaborativos, em vez de táticas militares que podem exacerbar a situação.

    O presidente americano na época, Donald Trump, manifestou otimismo quanto a um possível desfecho pacífico após os ataques, afirmando que eles poderiam “liberar a pressão” e viabilizar um cenário de conciliação na região. Em meio ao tumulto, a comunicação entre Irã e Israel indicou o estabelecimento de um cessar-fogo após longos dias de conflitos. Este episódio reflete a fragilidade das relações bilaterais na região e a necessidade de medidas urgentes para evitar um novo conflito armado.

    Diante deste contexto, o alerta de Wang Yi ecoa a preocupação de muitos líderes mundiais sobre as ramificações de uma abordagem militarista, especialmente em um tempo em que a diplomacia poderia ser a resposta mais viável para desafios históricos entre nações.

  • Trump Anuncia Envio de Cartas Tarifárias a Países Parceiros e Ameaça Taxas Após Prazo de Negociações

    Na última quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que seu governo começará a enviar cartas a países parceiros comerciais que estão sujeitos a tarifas, um movimento que ocorre em um contexto de tensões comerciais. O presidente revelou que o envio das cartas terá início na manhã da próxima sexta-feira, data que coincide com o chamado “Dia da Libertação”.

    Este anúncio segue uma ação anterior de Trump, que em abril deste ano havia declarado a implementação de tarifas sobre mais de 110 países, embora tenha optado por suspender essas taxas por um período de 90 dias. Essa pausa visava facilitar negociações comerciais, durante a qual uma tarifa universal de 10% foi aplicada. As nações têm até o dia 9 de julho para negociar esses pontos e evitar a imposição de tarifas mais altas.

    Trump explicou que o governo planeja enviar uma média de 10 cartas por dia, informando os respectivos países sobre os valores que precisarão pagar para poder realizar negócios com os Estados Unidos. “Provavelmente enviaremos algumas cartas, começando amanhã”, afirmou, ressaltando a necessidade de termos claros nas negociações comerciais.

    O presidente tem exercido pressão sobre os parceiros comerciais, alertando que, se não houver avanços nas negociações até o final do período concedido, ele não hesitará em aplicar taxas adicionais. Durante uma coletiva, Trump foi questionado sobre a possibilidade de firmar novos acordos, ao que respondeu que, embora houvesse algumas negociações em andamento, sua preferência é comunicar diretamente quais tarifas serão aplicadas.

    Além disso, Trump expressou um otimismo cauteloso em relação às negociações com a Índia, mas também demonstrou desconforto nas tratativas com o Japão, caracterizando o país como um parceiro difícil. Em um tom assertivo, mencionou que o Japão deveria ser compelido a arcar com tarifas de até 35%, evidenciando a dureza da sua abordagem nas relações comerciais internacionais. Essa postura tem gerado esferas de preocupação e debate sobre as repercussões que estas tarifas poderão ter nas relações diplomáticas e econômicas entre os países envolvidos. A estimativa é que as ações do governo americano possam provocar uma onda de reações defensivas e retaliatórias entre as nações afetadas.

    As próximas semanas prometem ser decisivas para o futuro das relações comerciais dos Estados Unidos, que se encontra em um momento crítico de reavaliação com seus tradicionais parceiros comerciais.

  • Argentina Alinha-se aos EUA e Troca Blindados Brasileiros por Strykers em Acordo Estratégico com Defesa Americana

    Em um movimento significativo, a Argentina decidiu priorizar a aquisição de veículos blindados dos Estados Unidos em detrimento de uma oferta anterior do Brasil. O ministro da Defesa argentino, Luis Petri, em uma visita ao Pentágono, firmou um acordo com seu colega dos EUA, Pete Hegseth, que contempla a compra de oito unidades do veículo blindado Stryker M1126 8×8. Este movimento marca um momento decisivo nas relações de defesa entre os países e reflete uma nova estratégia militar sob a liderança do presidente Javier Milei.

    O acordo, que será realizado inicialmente em uma fase que envolve a entrega de apenas oito veículos, representa uma mudança substancial na política de defesa argentina, que há décadas busca modernizar suas forças armadas. Os Strykers, inspecionados em junho passado, foram classificados como “em pleno estado operacional” pelo Ministério da Defesa argentino. Esses veículos são considerados eficientes em terrenos variados e têm a capacidade de transportar tropas com proteção adequada, atendendo a múltiplas missões, desde transporte até evacuação médica.

    Antes desta nova parceria com os EUA, a Argentina havia explorado a aquisição de 156 veículos blindados 6×6 Guarani do Brasil, um projeto que enfrentou dificuldades financeiras e políticas. A suspensão das negociações estava diretamente ligada à instabilidade econômica sob o governo anterior e à mudança de administração com a vitória de Milei. Essa transição impulsionou uma aproximação maior com os EUA, que historicamente tem sido um fornecedor militar chave para Buenos Aires, mesmo durante períodos de distanciamento político.

    O analista Juan José Roldán destaca que a nova aquisição é uma resposta a uma demanda antiga do Exército argentino por veículos blindados, embora exista o risco de que essa operação se torne apenas uma compra pontual, não atendendo às necessidades reais das forças armadas. Ele alerta que a implementação de novos sistemas militares não se limita à aquisição, envolvendo também custos de operação e manutenção, o que é especialmente crítico dado o atual contexto de restrições orçamentárias na Argentina.

    Roldán também menciona que as Forças Armadas enfrentam uma deterioração nas condições de vida do pessoal militar, agravada por uma falta de atualizações salariais e benefícios, o que pode impactar ainda mais a eficácia da nova adoção de equipamentos. Portanto, mesmo que a Argentina avance na modernização de sua frota com veículos mais sofisticados, a verdadeira eficácia dessa mudança dependerá de um financiamento sustentável e de políticas de apoio ao pessoal militar.

  • Deputado americano afirma que Trump não tem provas de finalização do programa nuclear do Irã após ataques aéreos.

    Análise Crítica sobre os Ataques ao Programa Nuclear Iraniano

    Recentemente, os Estados Unidos executaram uma operação militar contra instalações nucleares iranianas em Isfahan, Fordow e Natanz, alegando ter causado um impacto significativo no programa nuclear do Irã. Contudo, especialistas e parlamentares têm questionado a eficácia e as consequências dessa ação, destacando que as alegações oficiais ainda carecem de evidências concretas.

    O deputado e ex-coronel do Exército dos EUA, Eugene Vindman, expressou reservas sobre a narrativa da administração atual, argumentando que a operação, embora possa ter sido uma vitória tática imediata, configura um erro estratégico em longo prazo. Segundo ele, a falta de provas concretas sobre os supostos danos ao programa nuclear levanta sérias dúvidas sobre a credibilidade das declarações governamentais. Vindman salientou que, conforme relatos de inteligência vazados, os bombardeios não teriam frustrado os esforços nucleares iranianos de maneira eficaz, mas sim atrasado o progresso por um período relativamente curto, o que contrasta com a declaração oficial de sucesso retumbante.

    Além disso, o deputado enfatizou que os objetivos da ação militar permaneceram vagos e que, mesmo diante de um ataque anunciado, Teerã teve tempo suficiente para proteger suas instalações e materiais sensíveis. Ele lembrou que presidentes dos EUA, tanto de partidos democratas quanto republicanos, historicamente hesitaram em bombardear o Irã devido aos riscos elevados que tal ação poderia acarretar, como a possível indução de um movimento do programa nuclear para a clandestinidade.

    Em meio a esse cenário, o presidente Donald Trump afirmou acreditar que o Irã estaria disposto a negociar, uma posição que suscita críticas e ceticismos quanto à eficácia das ações militares. De acordo com fontes, em uma conversa com Vladimir Putin, o presidente russo ressaltou a importância de resolver as questões no Oriente Médio através de meios diplomáticos, destacando uma visão mais cautelosa sobre a abordagem militar.

    A operação, denominada “Martelo da Meia-Noite”, mobilizou cerca de 125 aeronaves, incluindo bombardeiros B-2 Spirit e submarinos equipados com mísseis de cruzeiro Tomahawk. Este tipo de intervenção militar levanta questões sobre suas implicações geopolíticas, e muitos observadores consideram que tais ações podem provocar consequências indesejadas, exacerbando tensões regionais e interferindo nas dinâmicas políticas já voláteis do Oriente Médio.

    Diante deste contexto, a exigência por maior transparência e explicações detalhadas ao Congresso e ao público americano sobre os resultados da operação torna-se premente, uma vez que decisões de tal magnitude não só impactam a segurança nacional, mas também alteram o equilíbrio de poder em uma das regiões mais conflituosas do mundo.

  • Trump celebra aprovação de nova lei orçamentária como presente ideal para os EUA em aniversário da independência, prometendo cortes sociais e aumento militar.

    Na última quinta-feira (3), o ex-presidente Donald Trump classificou a aprovação de um novo projeto de lei orçamentária pelo Congresso dos Estados Unidos como o “melhor presente” de aniversário para a nação. Esta declaração vem em um momento em que o país se prepara para celebrar o Dia da Independência, comemorado em 4 de julho. O projeto, que já havia recebido o apoio do Senado, foi posteriormente aprovado pela Câmara dos Representantes e aguarda a assinatura presidencial.

    Entre as principais disposições da nova legislação está o aumento do teto da dívida pública em impressionantes US$ 5 trilhões, o que representa um incremento significativo nas obrigações financeiras do governo americano. As implicações desse movimento são abrangentes, com cortes previstos em diversos programas sociais, ao mesmo tempo que se busca expandir os gastos militares. O projeto também mantém os benefícios fiscais que foram instituídos durante o primeiro mandato de Trump, sinalizando uma continuidade em sua política econômica.

    Entretanto, especialistas em orçamento têm alertado que essa medida pode levar a um aumento da dívida nacional em até US$ 3,3 trilhões ao longo da próxima década. Isso poderá ter consequências severas, com estimativas sugerindo que cerca de 12 milhões de americanos poderiam ficar sem acesso a um seguro de saúde, um componente crucial da proteção social no país.

    O contexto em torno dessa decisão é marcado por um cenário econômico complicado. O Escritório de Orçamento do Congresso já havia mencionado a preocupação com o endividamento crescente do governo, o que levanta questões sobre a sustentabilidade fiscal a longo prazo. A combinação de aumento na dívida e cortes em serviços essenciais levanta debates acalorados entre legisladores e especialistas, muitos dos quais temem os impactos sociais e econômicos que essas alterações podem causar.

    Com a assinatura de Trump prevista para coincidir com a celebração do Dia da Independência, a aprovação do projeto orçamentário não apenas reflete decisões políticas em vigor, mas também simboliza um marco na trajetória fiscal dos Estados Unidos. Resta saber como essa nova legislação afetará a economia americana e, especialmente, a vida dos cidadãos, em um futuro não tão distante.

  • ESPORTE – Hugo Calderano Fica de Fora do WTT Grand Smash nos EUA por Problemas com Visto Após Viagem a Cuba em 2023

    Hugo Calderano, mesatenista brasileiro e atual número 3 do mundo, enfrenta um revés inesperado em sua carreira ao não poder participar do WTT Grand Smash nos Estados Unidos, que acontece em Las Vegas a partir desta sexta-feira. O que deveria ser uma disputa de grande relevância no circuito global de tênis de mesa acabou se tornando uma fonte de frustração e preocupação para o atleta. A situação se deve a complicações relacionadas ao visto de entrada no país, uma questão que nunca havia enfrentado anteriormente.

    Calderano recebeu a notícia de que não poderia ser elegível para a dispensa de visto após sua viagem a Cuba em 2023. Apesar de ter cidadania e passaporte portugueses, o que normalmente garantiria isenção de visto para entrar nos EUA, a sua recente visita a Cuba alterou essa condição. Ao seguir os protocolos habituais para a solicitação de isenção de visto, por meio do Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem (ESTA), o mesatenista teve sua solicitação pendente por bastante tempo. Quando finalmente entrou em contato com a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CPB), descobriu o motivo da não-autorização.

    “Segui o mesmo protocolo de todas as viagens anteriores que fiz aos Estados Unidos utilizando meu passaporte português”, afirmou Calderano, expressando sua frustração. Ele mobilizou sua equipe para tentar obter um visto regular de emergência, mas o tempo foi insuficiente para resolver a situação a tempo. A competição, considerada uma das mais importantes do calendário, agora não contará com a presença do vice-campeão mundial.

    A equipe de Calderano, que inclui apoio de organizações como a Associação de Tênis de Mesa dos Estados Unidos (USATT) e o Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC), realizou esforços consideráveis para garantir um visto emergencial. Embora tenha conseguido um agendamento, não houve disponibilidade para uma entrevista consular que permitisse sua participação na competição.

    Recentemente, o atleta brilhou ao conquistar o WTT Star Contender em Ljubljana, na Eslovênia, e teve uma performance notável na Liga Alemã de Tênis de Mesa. No entanto, a ausência em Las Vegas representa um golpe duro em sua preparação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que se aproximam rapidamente. As novas diretrizes de imigração, especialmente aquelas relacionadas a pessoas que viajaram a Cuba, complicam ainda mais a situação para atletas e viajantes. Assim, o futuro competitivo de Calderano está temporariamente em suspenso, aguardando novas oportunidades e soluções.

  • Câmara dos Representantes aprova megaprojeto orçamentário de Trump, que prevê cortes fiscais e aumento de gastos em defesa, gerando controvérsia e críticas.

    O ambicioso projeto orçamentário proposto pelo ex-presidente Donald Trump recebeu a aprovação da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, avançando agora para a sanção presidencial. A votação ocorreu nesta quinta-feira, 3 de julho, e resultou em 218 votos a favor, comparados a 214 contra. Curiosamente, dois membros do Partido Republicano, a sigla a que Trump pertence, optaram por votar contra a proposta.

    Denominado de “One Big Beautiful Bill” — que em tradução livre significa “Um Grande e Belo Projeto” — o pacote orçamentário apresenta uma série de reformas que visam cortes de impostos para os cidadãos, além de redução de recursos destinados a programas sociais. Em contrapartida, a proposta aumenta os investimentos em áreas como segurança nacional e controle nas fronteiras.

    O processo de votação não ocorreu sem controvérsias. Um discurso proferido pelo deputado democrata Hakeem Jeffries, que se estendeu por quase oito horas, adiou a análise da proposta, revelando a intensa oposição que a iniciativa enfrenta. As discussões na Câmara foram acaloradas, refletindo um clima de polarização política.

    As críticas não vieram apenas do lado da oposição, mas também de ex-aliados de Trump. O bilionário Elon Musk, fundador das empresas Tesla e SpaceX, caracterizou o projeto como uma “abominação repugnante”, indo além ao acusar o presidente de conduzir a nação a um caminho de falência. Essa discordância pública entre Musk e Trump levanta questões sobre a viabilidade e a aceitação do pacote entre aqueles que anteriormente apoiavam o ex-presidente.

    Segundo estimativas do Orçamento do Congresso dos EUA, a dívida pública nacional deve aumentar em impressionantes US$ 3,3 trilhões em decorrência das medidas propostas. Essa elevação da dívida levanta preocupações sobre as implicações econômicas, destacando o dilema enfrentado por legisladores ao buscar um equilíbrio entre a redução de impostos e o aumento nos gastos públicos. O futuro do projeto agora está em mãos do presidente, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo, definindo assim um novo capítulo nas políticas orçamentárias do país.

  • Economistas Revelam: Livre Mercado é Mito Usado para Sustentar Hegemonia dos EUA desde Bretton Woods

    Os Mitos do Livre Mercado: Uma Análise Crítica das Dinâmicas Globais

    A noção de “livre mercado” é frequentemente apresentada como um ideal em que a produção e a distribuição de bens e serviços são guiadas unicamente pelas forças de oferta e demanda, sem a intervenção estatal. Contudo, especialistas em economia afirmam que essa concepção é, na prática, um mito, sustentado por uma série de intervenções de grandes instituições financeiras e potências mundiais.

    Durante uma recente entrevista no podcast Mundioka, economistas, incluindo Renan Silva, do Ibmec Brasília, argumentaram que, embora exista uma distinção entre “livre mercado” e “economia de mercado”, a realidade global é marcada por regras que favorecem os interesses de potências como os Estados Unidos. Silva observa que a ideia de um comércio global sem restrições é ilusória, uma vez que diferentes regiões operam sob “livres comércios” regionalmente acordados, muitas vezes em meio a uma “colcha de retalhos” de acordos bilaterais.

    Um dos elementos que complicam esse cenário é o uso das sanções econômicas. Os embargos, que podem ser tanto econômicos quanto geopolíticos, como visto no caso do embargo a Cuba durante a Guerra Fria, exemplificam como os EUA têm imposto suas vontades. Segundo Silva, essa estratégia visava conter a influência da União Soviética na América Latina.

    Adicionalmente, Pedro Faria, outro economista presente na conversa, enfatizou que a infraestrutura que suporta os mercados globais é dominada por potências ocidentais, que controlam redes bancárias e de seguros. Essa configuração permite que países como os EUA imponham sanções com facilidade. Faria sugere que a dependência de países em relação a essas instituições globais, como o FMI e a OMC, reforça a hegemonia americana, e que qualquer tentativa dessas organizações de apoiar países como a China pode rapidamente levar a um colapso de sua imparcialidade.

    A consequência desse sistema complexo é uma crescente procura por alternativas ao dólar. Com os Estados Unidos sancionando diversos países, esses vêm buscando novos parceiros comerciais e sistemas financeiros que não dependam da influência americana. À medida que economias ao redor do mundo se reconfiguram, o conceito de livre mercado parece distante da realidade, onde o poder e a hegemonia financeira ainda ditam as regras do jogo.

    Em suma, os ideais de um mercado verdadeiramente livre são desafiados por uma realidade onde interesses geopolíticos e comerciais predominam, deixando uma pergunta crucial no ar: até que ponto o livre mercado é realmente livre?

  • EUA Anunciam Fim das Restrições à Exportação de Softwares de Chips para a China, Acelerando a Competição Tecnológica entre as Potências

    Na manhã desta quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram a revogação das restrições sobre a exportação de softwares para o design de microchips destinados à China. Essa decisão foi comunicada à mídia pela Siemens, uma das principais empresas envolvidas nesse setor, que declarou que já retomou o fornecimento dos produtos aos seus clientes chineses.

    Essas restrições foram implementadas em maio de 2025, sob a administração do então presidente Donald Trump, quando o Departamento de Comércio dos EUA enviou notificações a fabricantes de tecnologia requerendo a suspensão das entregas a clientes na China. Na ocasião, o governo norte-americano justificou a medida, afirmando que o acesso das entidades chinesas a tecnologias sensíveis poderia comprometer a segurança nacional dos EUA. De acordo com as regras anteriores, empresas que não obtivessem as licenças necessárias antes de exportar tais tecnologias poderiam enfrentar sanções legais severas, além de terem suas operações limitadas no mercado americano.

    Os microchips, que vão além de simples componentes eletrônicos, são fundamentais em uma gama de aplicações, desde centros de dados até veículos autônomos e telecomunicações. Além disso, eles são vitais para o desenvolvimento de inteligência artificial (IA) na China, uma área que gera intensa concorrência com empresas de tecnologia dos EUA, como Nvidia e Google. A revogação das restrições pode ser um sinal de que a administração atual dos Estados Unidos está buscando aliviar tensões e promover uma dinâmica comercial mais equilibrada com a China.

    Ao retirar essas barreiras, os Estados Unidos podem facilitar a recuperação de suas relações comerciais com o país asiático, que têm enfrentado desafios significativos nos últimos anos em razão de uma crescente guerra tarifária e outras disputas geopolíticas. A interação entre as economias das duas nações continua a ser um assunto de interesse global, com implicações que vão desde a inovação tecnológica até a estabilidade econômica mundial.

    Esse passo é, portanto, um indicativo de uma possível nova fase nas relações comerciais e nas estratégias de concorrência tecnológica entre EUA e China, temas que permanecem no centro das discussões sobre o futuro econômico global.