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  • Trump Critica Criação do America Party de Musk: “É Ridículo” e Pode Causar Confusão no Sistema Político dos EUA

    O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou sua desaprovação em relação à recente criação do “America Party”, um novo partido político proposto pelo empresário Elon Musk. Durante uma coletiva de imprensa, realizada antes de embarcar em seu voo oficial, Trump não hesitou em classificar a iniciativa como “ridícula”. Sua crítica se concentra na perspectiva de um sistema bipartidário, que, segundo ele, já enfrenta confusão suficiente e não precisa da adição de uma terceira via.

    Em suas declarações, Trump destacou que a fundação de um novo partido poderia complicar ainda mais a dinâmica política americana, que tradicionalmente gira em torno dos partidos Democrata e Republicano. Ele enfatizou que a diversidade de partidos, longe de trazer uma alternativa construtiva, tende a gerar desordem e “caos”. O ex-presidente lamentou o que considera um “desastre” na recente trajetória de Elon Musk e expressou tristeza ao ver o empresário se “desviar do caminho”, como ele próprio descreveu.

    Trump utilizou sua plataforma social, Truth Social, para expor suas frustrações. Ele argumentou que os efeitos de um partido não convencional já são visíveis nos Democratas, que, segundo ele, se dividem entre várias alas, o que contradiz o princípio de um norte político claro. Em sua visão, o novo partido de Musk apenas exacerbará essa fragmentação.

    Por outro lado, Elon Musk se manifestou nas redes sociais sobre o propósito inicial do America Party, que, segundo ele, será concentrado na obtenção de assentos na Câmara e no Senado. No entanto, Musk também não descartou a possibilidade de uma participação nas eleições presidenciais de 2028, aumentando a especulação sobre a influência que essa nova iniciativa poderia ter no cenário político futuro.

    Portanto, a entrada de um novo ator no campo político levanta questões não só sobre a viabilidade do America Party, mas também sobre as reações de figuras proeminentes como Trump, que ainda mantém uma forte presença na política americana. A rivalidade entre esses dois influentes personagens sugere que o debate sobre a polarização política e a estrutura do sistema partidário nos Estados Unidos está longe de ser resolvido.

  • ECONOMIA –

    Dilma Rousseff destaca diversificação de transações financeiras em moedas locais durante reunião do Novo Banco de Desenvolvimento no Rio de Janeiro

    A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, afirmou neste sábado, em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, que o mercado financeiro global está passando por um processo de diversificação, refletido no uso crescente de moedas locais nas transações internacionais. Esse fenômeno, no entanto, não deve ser interpretado como um movimento para desbancar o dólar como moeda central do comércio mundial, conforme esclareceu a ex-presidente do Brasil durante o encerramento da décima Reunião Anual do NDB.

    Dilma foi questionada sobre as recentes discussões entre os países que formam o Brics sobre a possibilidade de substituir o dólar, uma questão que gerou críticas de líderes estrangeiros, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, que ameaçou impor tarifas elevadas sobre as importações dos membros do Brics que adotarem essa medida. Segundo Rousseff, não há interesse de nenhum país em ocupar o espaço dos EUA no cenário econômico global.

    Ela destacou a importância de compreender que, embora os países busquem utilizar suas próprias moedas nas transações, isso não implica em uma diminuição do papel do dólar. “O mercado financeiro internacional continua predominantemente dolarizado”, enfatizou. A diversificação das opções de moeda é um reflexo das necessidades de adaptação e evolução do comércio, mas a hegemonia do dólar permanece intacta.

    Além disso, Rousseff anunciou a aceitação de dois novos membros no NDB: Uzbequistão e Colômbia, aumentando o número total de países na instituição para 11, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes, Bangladesh, Egito e Argélia. Desde sua fundação em 2015, o NDB já aprovou 122 projetos de investimento, totalizando cerca de US$ 40 bilhões, com um foco crescente em inovação e desenvolvimento tecnológico nos países membros.

    A presidente também enfatizou a relevância do financiamento em energias renováveis, especialmente em um momento em que a transição energética se torna crítica. Lembrou de suas propostas anteriores sobre a necessidade de “armazenar vento e sol”, ressaltando que a capacidade de armazenamento é fundamental para evitar crises energéticas, como as que foram recentemente enfrentadas por outros países. Para Dilma, a industrialização e a adoção de tecnologias são essenciais para garantir que os países do Brics se tornem protagonistas da tecnologia, e não apenas consumidores dos avanços produzidos por nações desenvolvidas.

    Nesse contexto, o Brics representa uma força crescente na economia global, englobando países que juntos representam uma parte significativa do PIB mundial e da população global. O bloco tem mostrado crescente relevância não apenas nas questões econômicas, mas também nas discussões sobre políticas de desenvolvimento sustentável e geração de energia limpa. A 17ª Reunião de Cúpula do Brics, sob a presidência do Brasil, destaca a importância deste agrupamento na definição de um novo paradigma de cooperação internacional.