Tag: Energia

  • ECONOMIA – Petrobras Revela Investimentos de R$ 33 Bilhões em Refino e Petroquímica no Rio, Gerando 38 Mil Empregos até 2029

    A Petrobras anunciou um investimento robusto que ultrapassa R$ 33 bilhões nas áreas de refino e petroquímica no estado do Rio de Janeiro, plano que está alinhado com suas metas até 2029. A expectativa é que essa iniciativa gere cerca de 38 mil postos de trabalho, abrangendo tanto empregos diretos quanto indiretos, em um cenário de desenvolvimento industrial significativo para a região.

    Os investimentos incluem um aporte considerável na Braskem, que ocupa a sexta posição entre as indústrias petroquímicas do mundo e onde a Petrobras possui uma participação acionária significativa. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, referiu-se a esse plano como “gigantesco”, evidenciando a conexão entre diversos projetos, como a Rota 3, que se encarrega do escoamento de gás natural dos campos de pré-sal na Bacia de Santos; o Complexo de Energias Boaventura, anteriormente conhecido como Comperj; e a Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

    Chambriard ressaltou que esse megaprojeto vai além do tradicional segmento de exploração e produção de petróleo, enfatizando o esforço para agregar valor e gerar emprego e renda para a sociedade. O projeto abrange uma vasta rede de empresas que se beneficiarão das atividades nas regiões ao redor de Duque de Caxias e Itaboraí.

    O detalhamento dessas iniciativas ocorreu na sede da Petrobras no Rio de Janeiro, com a presidente participando de forma remota, já que estava em Portugal. Ela retornará ao Brasil para acompanhar uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Refinaria Duque de Caxias.

    Os R$ 33 bilhões representam uma revisão do plano inicial, que havia estimado R$ 20 bilhões. A integração entre a Reduc e o Complexo Boaventura será responsável por uma parte significativa desse investimento, com a geração de aproximadamente 30 mil postos de trabalho.

    Na Refinaria Duque de Caxias, um dos principais focos é aumentar a produção de Diesel S10, que terá uma ampliação de 76 mil barris por dia, além de um aumento na produção de querosene de aviação e lubrificantes. A evolução da produção também permitirá a fabricação do combustível sustentável de aviação (SAF) e o rerefino de lubrificantes usados.

    Adicionalmente, o pacote inclui planos para minimizar a dependência do Brasil por importações de ácido acético e monoetileno glicol, produtos essenciais na fabricação de plásticos e tintas. A unidade da Braskem em Duque de Caxias será integral à expansão da produção de polietileno, reforçando a capacidade local e a geração de empregos.

    Por fim, também estão previstas três usinas termelétricas com capacidade total de 1.200 megawatts, que vão contribuir para a matriz energética do país. A Refinaria, com um histórico significativo de consumo energético, receberá melhorias que fortalecerão sua eficiência.

    Com esses passos, a Petrobras reafirma seu compromisso com o estado do Rio de Janeiro, que permanece como o centro das atividades petrolíferas do Brasil. A expectativa é que essa série de investimentos promova não apenas a geração de empregos, mas também um fortalecimento macroeconômico para a região.

  • Data Centers podem consumir 10% da energia mundial em cinco anos, alerta diretora da Elea sobre desafios e oportunidades no Brasil

    No dia 3 de outubro, Caroline Ranzani, diretora de Relações Institucionais da Elea Data Centers, trouxe à tona uma previsão preocupante: em um horizonte de cinco anos, estima-se que os data centers serão responsáveis por aproximadamente 10% do consumo global de energia. Esta afirmação ressalta a crescente dependência das infraestruturas digitais, um indicativo claro do aumento na demanda por serviços de tecnologia da informação em âmbito mundial.

    A Elea Data Centers, uma plataforma voltada para a criação de infraestrutura digital sustentável, está avançando em um projeto ambicioso em colaboração com a Prefeitura do Rio de Janeiro. No Parque Olímpico da cidade, está sendo desenvolvida uma “cidade de data centers”, que promete não apenas impulsionar a capacidade de armazenamento e processamento de dados, mas também fomentar a economia local.

    Contudo, um ponto alarmante destacado por Ranzani é a atual posição do Brasil no cenário global de processamento de dados. A executiva apontou que mais da metade dos dados brasileiros é processada na Virgínia, nos Estados Unidos. Essa situação é reflexo da falta de competitividade do país no setor, uma vez que as tarifas de importação de equipamentos de tecnologia da informação podem chegar a impressionantes 60%. Além disso, a incapacidade nacional de produzir esses equipamentos agrava ainda mais o problema.

    Diante desse cenário, surge uma discussão no setor sobre a necessidade de atrair investimentos estrangeiros, que poderiam permitir que as empresas brasileiras se beneficiem de uma matriz energética mais eficiente, ao mesmo tempo em que contribuiriam para o desenvolvimento econômico local.

    A diretora também revelou que uma Medida Provisória que está pronta no Ministério da Casa Civil poderá trazer alívio fiscal para o setor. Essa medida visa desonerar os tributos federais sobre os investimentos em data centers, mas com uma condição: os centros que se beneficiarem da desoneração deverão ser 100% sustentáveis e dedicar 10% de sua capacidade de processamento a cargas nacionais. Essa ação tem como objetivo fomentar um ecossistema de inovação tecnológico dentro do Brasil, almejando um futuro mais sustentável e autônomo na área de tecnologia da informação.

  • ECONOMIA – “ONS Intensifica Medidas para Garantir Suprimento de Energia Durante Transição Seca e Úmida em 2025/2026”

    Em uma ação estratégica para garantir a estabilidade no fornecimento de energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reforçou, em colaboração com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), a necessidade de maximizar a geração térmica e assegurar a prontidão das usinas. Essa solicitação se alinha com os preparativos para o período seco, que antecede a transição para a fase mais úmida do ano hidrológico de 2025/2026, com o objetivo de assegurar um abastecimento contínuo ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

    O ONS, responsável pela coordenação e supervisão das operações de geração e transmissão de energia elétrica, ressaltou a importância de uma atuação incisiva para garantir que as demandas de carga e potência da população brasileira sejam atendidas de forma adequada, especialmente no segundo semestre de 2025. O CMSE, por sua vez, atua como uma entidade chave no monitoramento do setor elétrico, propondo ações que visam à segurança e confiabilidade no fornecimento de energia.

    Em uma reunião ordinária realizada em junho, o ONS apresentou uma série de recomendações ao CMSE, destacando a necessidade de revitalizar os níveis de armazenamento de água nos reservatórios da região Sul. As propostas incluem otimizar a modulação das usinas hidrelétricas localizadas no rio São Francisco, além de maximizar a disponibilidade da geração termelétrica. Essa abordagem é considerada essencial para fortalecer o sistema elétrico e atender a crescente demanda.

    Outra medida importante discutida pelo colegiado foi o monitoramento contínuo do subsistema Sul, que sofreu impactos significativos devido a condições climáticas adversas nos últimos meses. A expectativa é de que os níveis dos reservatórios comecem a se elevar a partir de agosto, mas o ONS permanece vigilante.

    Marcio Rea, diretor-geral do ONS, enfatizou que o atendimento de potência neste período crucial continua sendo uma prioridade. Ele destacou a implementação de diversas ações que visam garantir que a demanda energética da população seja satisfeita, reforçando a importância da preparação e resiliência do setor elétrico diante de desafios climáticos e operacionais. Essa estratégia proativa é vista como vital para a segurança energética do país nos próximos anos.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão debate armazenamento de energia como solução para excedente de produção em audiência na Câmara dos Deputados.

    No dia 2 de julho de 2025, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados do Brasil promoveu uma audiência pública que reuniu especialistas e representantes do setor elétrico para discutir a urgência de implementar sistemas de armazenamento de energia no país. O evento foi solicitado pelo deputado Diego Andrade, presidente da comissão, e teve como objetivo principal examinar a crescente necessidade de soluções que garantam a eficiência do abastecimento elétrico brasileiro, especialmente diante do aumento da geração de fontes renováveis, como a energia solar e eólica.

    Os sistemas de armazenamento de energia, notadamente representados pelas baterias estacionárias de grande porte (BESS, na sigla em inglês), são fundamentais para maximizar a utilização da energia gerada, permitindo que a eletricidade excedente seja guardada e disponibilizada em momentos de necessidade. Bernard Küsel, representante do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), destacou que, com o aumento da geração eólica e solar, que já supera o crescimento da demanda, a implementação dessas tecnologias se torna indispensável para mitigar cortes na produção, um fenômeno conhecido no setor como “curtailment”.

    Christiany Salgado Faria, do Ministério de Minas e Energia, reconheceu os desafios que a diversificação da matriz energética impõe. Segundo ela, a discussão sobre armazenamento de energia é crítica, pois envolve a necessidade de atender às demandas de potência e flexibilidade operativa que a nova configuração do setor exige. O governo já planejou um leilão para a contratação de sistemas de armazenamento, embora a data ainda permaneça indefinida.

    Entre os pontos levantados, Markus Vlasits, presidente da Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia, enfatizou as vantagens das baterias, como a agilidade e facilidade de instalação. Ele defendeu a urgência de um marco legal que regule esse setor, sugerindo que a Medida Provisória 1300/25, voltada à modernização do setor elétrico, poderia ser um bom ponto de partida para essa regulamentação.

    Durante a audiência, Daniel Danna, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), anunciou que uma resolução normativa sobre sistemas de armazenamento deverá ser divulgada no próximo semestre. No entanto, Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, argumentou que essa regulação deve ser complementada por um marco legal mais amplo, aprovado pelo Congresso, que cubra questões que vão além das competências da Aneel.

    Diego Andrade concluiu a audiência enfatizando que, independentemente das decisões futuras, o foco das discussões deve sempre ser o bem-estar do cidadão. Ele alertou sobre a insustentabilidade de desperdiçar energia em um país que possui um potencial significativo de geração de eletricidade limpa e acessível. Além de Andrade, outros deputados e representantes do setor elétrico também marcaram presença no evento, evidenciando a colaboração necessária entre governo e setor privado para a construção de um futuro energético mais sustentável.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara Discute Risco de Apagões na Rede Elétrica com Especialistas e Autoridades nesta Quarta-Feira

    Audiência Pública Debate Riscos de Sobrecarga na Rede Elétrica Brasileira

    No dia 2 de julho de 2025, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizará uma importante audiência pública para discutir os riscos de sobrecarga na rede elétrica do Brasil nos próximos anos. O evento, que foi convocado pelo deputado Hugo Leal, do PSD do Rio de Janeiro, está agendado para as 16 horas em um plenário a ser definido.

    A preocupação levantada pelo deputado surge após a divulgação de um relatório elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que aponta um potencial risco de apagões em nove estados entre 2025 e 2029. Este cenário, segundo o relatório, estaria associado ao crescimento da geração de energia solar, que pode sobrecarregar subestações de transmissão. Esta situação levanta alarmes sobre a sustentabilidade do sistema elétrico em um país que já enfrentou crises de energia em anos anteriores.

    Em suas declarações, Hugo Leal enfatizou a gravidade da questão, afirmando que “tais informações, se verdadeiras, aumentam ainda mais a preocupação em relação aos constantes apagões que nosso país tem enfrentado nos últimos anos, causando enormes prejuízos de ordem social, econômica e de segurança pública”. Essas preocupações são particularmente pertinentes em um contexto em que a demanda por energia continua a crescer, e as fontes renováveis, como a energia solar, se tornam cada vez mais populares.

    Após a divulgação deste relatório, o ONS esclareceu que o documento não sugere um risco iminente de apagão, mas sim que serve como uma avaliação da habilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN) em manter um funcionamento equilibrado no futuro. O ONS alertou que seu papel é antecipar cenários, avaliar possíveis impactos e propor soluções para assegurar a confiabilidade do sistema elétrico.

    Diante desse panorama, o deputado Hugo Leal ressaltou a importância de que os órgãos responsáveis pela gestão da energia elétrica no Brasil apresentem esclarecimentos sobre as medidas que estão sendo adotadas para mitigar ou eliminar esses riscos. Esse diálogo é crucial para garantir um futuro energético seguro e sustentável para o país, especialmente considerando os desafios crescentes do setor elétrico.