Tag: Energia

  • ECONOMIA – Petrobras Nomeia Angélica Laureano como a Nova Diretora de Transição Energética, Marcando uma Virada Histórica com Mais Mulheres na Alta Administração

    A engenheira Angélica Garcia Cobas Laureano foi nomeada como a nova diretora executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, um marco significativo na composição da alta administração da empresa. Com essa indicação, o número de mulheres na diretoria executiva da estatal brasileira subiu para cinco, superando a presença masculina em um cenário até então predominantemente masculino. Magda Chambriard, que já ocupava a presidência da companhia, também integra essa nova configuração, que conta com um total de nove integrantes.

    Este é um momento histórico para a Petrobras, que pela primeira vez em sua trajetória tem mais mulheres do que homens em sua alta administração. Segundo a própria empresa, essa nova formação reflete seu compromisso com a diversidade e a equidade de gênero, reforçando a posição da Petrobras como uma líder em responsabilidade social no mercado brasileiro. Essa mudança se torna ainda mais relevante frente aos dados divulgados pela B3, a bolsa de valores do Brasil, em setembro de 2024, que revelou que apenas 6% das 359 companhias listadas possuem três ou mais mulheres em suas diretorias estatutárias, enquanto 59% não têm nenhuma representação feminina.

    Em declarações sobre a nova fase da companhia, Magda Chambriard enfatizou a importância de promover a participação feminina em todos os setores da Petrobras. Ela destacou que equipes diversas não apenas tornam o ambiente de trabalho mais saudável, mas também aumentam a produtividade. A presidente expressou esperança de que a liderança feminina na Petrobras sirva de inspiração para outras mulheres que buscam posições de liderança, especialmente em setores ainda dominados por homens, como o petróleo e gás.

    A recém-criada diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, estabelecida em abril de 2023, busca concentrar esforços para impulsionar as iniciativas da Petrobras relacionadas à transição energética, integrando áreas como gás e energia, mudanças climáticas, descarbonização e energias renováveis. De acordo com Angélica Laureano, a nova diretora, a empresa pretende continuar investindo em projetos de descarbonização e na produção de combustíveis mais sustentáveis, com o objetivo de zerar suas emissões operacionais até 2050.

    Com uma sólida experiência na Petrobras, Angélica Laureano já ocupou diversos cargos de liderança em áreas relacionadas a materiais, abastecimento e gás, além de ter sido presidente da Gaspetro, subsidiária voltada à gestão de distribuidoras de gás natural em diferentes estados. Após sua aposentadoria, atuou como consultora e, mais recentemente, foi presidindo a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil SA. A sua escolha para a nova posição no comando da Transição Energética e Sustentabilidade posiciona a Petrobras em uma importante trajetória de transformação e alinhamento com as demandas contemporâneas por um futuro energético mais sustentável.

  • Lula Assina Medida Provisória para Mitigar Impactos Financeiros da Lei das Eólicas Offshore e Controlar Aumento na Conta de Luz

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou importantes medidas nesta sexta-feira, ao assinar uma nova medida provisória que visa mitigar os impactos financeiros decorrentes da recente derrubada de vetos à Lei das Eólicas Offshore. A iniciativa tem como objetivo primordial evitar um aumento significativo na conta de luz dos brasileiros, um tema já debatido amplamente em tempos de crise energética.

    Publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União, esse ato legislativo introduz uma série de mecanismos que buscam não apenas proteger os consumidores, mas também aprimorar o mercado de gás natural no Brasil. A proposta inclui a definição de um teto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o que deve ajudar a controlar os custos associados ao setor elétrico.

    A medida provisória também altera a dinâmica da contratação de novos projetos, substituindo termelétricas por pequenas hidrelétricas, uma mudança que pode trazer impactos significativos para a estrutura de geração de energia no país. Além disso, a MP reorganiza os subsídios concedidos ao setor elétrico, focando especialmente naqueles que são financiados pela CDE. Os subsídios são cruciais para garantir que políticas públicas relevantes, como a tarifa social para famílias de baixa renda, a universalização do acesso à energia e compensações para distribuidoras em regiões onde a geração é mais cara, continuem a ser financiadas.

    A derrubada dos vetos, no entanto, levanta preocupações sobre o futuro. De acordo com especialistas, o custo da CDE deve aumentar exponencialmente nos próximos anos, impactando diretamente os consumidores. Para conter esse aumento, a nova medida fixa um teto orçamentário que começa a valer a partir de 2026. Caso o limite seja ultrapassado, os custos adicionais serão arcados por aqueles que se beneficiam diretamente dos subsídios, como empresas de distribuição, geração e comercialização de energia.

    Essa iniciativa do governo federal demonstra um esforço consistente para equilibrar a necessidade de investimento no setor energético com a proteção do orçamento das famílias brasileiras em um momento delicado. Assim, as ações tomadas são parte de um esforço mais amplo para garantir uma transição energética sustentável e acessível a todos.

  • ECONOMIA – Medida Provisória busca conter alta nas contas de luz com teto para CDE e substituição de termelétricas por pequenas centrais hidrelétricas no Brasil.

    Uma nova medida provisória, publicada na última sexta-feira, tem como objetivo mitigar o impacto da alta nas tarifas de energia elétrica, consequência da recente derrubada de vetos relacionados à Lei das Eólicas Offshore no Congresso Nacional. Essa MP introduz importantes mudanças no setor elétrico, estabelecendo um teto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e substituindo a contratação de termelétricas por pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

    A CDE é um fundo fundamental que suporta políticas públicas na área de energia, incluindo tarifas sociais para consumidores de baixa renda e a universalização do acesso à eletricidade. Contudo, com a derrubada dos vetos, espera-se que os custos da CDE aumentem de maneira significativa nos próximos anos, o que poderá pressionar os consumidores. A nova MP fixa um limite para o orçamento da CDE a partir de 2026. Caso esse teto seja extrapolado, o excedente será pago pelas empresas que se beneficiam diretamente dos subsídios, como distribuidoras e geradoras.

    Um novo encargo, denominado Encargo de Complemento de Recursos (ECR), será implementado assim que o teto for superado. Essa nova cobrança será proporcional ao benefício recebido, e a partir de 2027, começará a ser aplicada de maneira gradual, com uma cobrança de 50% em seu primeiro ano e a totalidade a partir de 2028. É importante ressaltar que esse encargo não afetará programas como Luz para Todos e Tarifa Social.

    A medida também aborda as recentes decisões do Congresso que exigem a contratação de novas usinas, mesmo sem só necessidade, o que poderia elevar os custos de energia em até R$ 35 bilhões anuais. A MP busca evitar essa situação, substituindo a obrigatoriedade de termelétricas pela de PCHs, permitindo a contratação de até 3 gigawatts (GW) em PCHs até o início do próximo ano.

    Além disso, a nova legislação concede maior controle ao governo federal na regulação do uso do gás natural. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) agora terá a responsabilidade de definir as condições e os preços para o acesso às infraestruturas de gás, com a intenção de reduzir custos para a indústria e aumentar a competitividade em setores como fertilizantes e siderurgia.

    As medidas visam portanto não apenas aliviar a carga dos consumidores, mas também reorganizar um setor vital para a economia nacional, buscando alternativas mais sustentáveis e eficientes.

  • EUA buscam energia de Itaipu, acendendo tensões históricas entre Brasil e Paraguai e elevando preocupações sobre a influência americana na região.

    O desejo crescente dos Estados Unidos de adquirir a energia excedente da usina de Itaipu, especificamente aquela gerada pelo lado paraguaio, traz à tona tensões históricas entre Brasil e Paraguai. A exploração desse recurso energético não apenas pode influenciar a segurança energética do Brasil, mas também comprometer investimentos em integração regional no continente sul-americano.

    Recentemente, o cenário foi intensificado pela crescente demanda por energia, especialmente em função da expansão dos data centers e dos avanços na inteligência artificial. Segundo especialistas em relações internacionais, como Regiane Bressan, a proposta americana aponta para uma política pragmática que visa inserir empresas de tecnologia na região, utilizando as energias limpas disponíveis. Este movimento, segundo analistas, gera inquietude no Brasil, que percebe a interferência de uma potência extrarregional em uma área tradicionalmente marcada por disputas bilaterais.

    Bressan também destaca que a energia excedente de Itaipu é gerida por um acordo binacional que historicamente permitiu ao Brasil acessá-la a um custo reduzido. A possibilidade de os Estados Unidos monopolizarem essa energia coloca em risco a viabilidade de um recurso renovável que poderia ser vital para diversas iniciativas brasileiras.

    Além das tensões energéticas, surgem ainda acusações de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra instituições paraguaias, prática que se intensificou durante os últimos três governos brasileiros. Vinícius Rodrigues Vieira, professor da Fundação Armando Alvares Penteado, enfatiza que esse tipo de atividade pode minar a confiança bilateral essencial para a integração sul-americana.

    Outro ponto que complica a relação é a ascensão do Paraguai em direção a uma maior aproximação com os EUA, impulsionado pela afinidade política entre o novo presidente paraguaio e a administração de Donald Trump. Essa mudança pode ser vista como uma estratégia americana para evitar qualquer projeto regional que busque maior autonomia.

    Criar um novo pacto sobre a gestão da energia de Itaipu, que inclua contrapartidas tecnológicas e um planejamento integrado, poderia ser uma possível saída para o impasse. Entretanto, o histórico de desconfiança, agravado pela assimetria econômica entre os dois países – a cidade de São Paulo, por exemplo, possui um PIB superior ao de todo o Paraguai – ainda desafia qualquer esforço de aproximação.

    A complexidade dessa situação não se limita ao campo energético; ela ressoa com o peso da história e permite perceber que, numa era de novos alinhamentos geopolíticos, a autonomia do Paraguai é um fator crucial, não apenas para sua própria soberania, mas para a estabilidade regional.

  • ECONOMIA – Aumento nos preços e bandeira tarifária elevam inflação acima da meta, aponta Banco Central em carta aberta do primeiro semestre de 2023.

    O cenário econômico brasileiro apresenta desafios significativos, conforme revelado pelo Banco Central em uma recente comunicação sobre a inflação no primeiro semestre do ano. O documento expõe a preocupação com o aumento nos preços de produtos industrializados, como o café, e o impacto da bandeira tarifária na energia elétrica, que contribuíram para o estouro da meta estabelecida para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

    Segundo a nova abordagem de metas em vigor desde o início do ano, o Banco Central é obrigado a emitir uma carta aberta sempre que a inflação exceder o teto de 4,5% fixado pelo Conselho Monetário Nacional. No último mês de junho, o IPCA registrou um aumento de 0,24%, resultando em uma inflação acumulada de 5,35% nos últimos doze meses, superando assim o limite estabelecido. O Banco Central, ao abordar essa questão, indexa as elevações nos preços de gasolina, serviços e alguns alimentos como fatores primordiais para esse desvio.

    Particularmente, a carta também menciona a influência de fatores administrados, cuja variação de preços apresentou resultados acima do esperado, principalmente em virtude da energia elétrica, que tem sido afetada pela escassez de chuvas. Curiosamente, essa pressão foi compensada, em grau considerável, pela queda nos preços de alimentação em domicílio, que surpreendeu os analistas de forma positiva.

    Dentre as razões que levaram ao desvio de 2,35 pontos percentuais da meta de 3%, a autoridade monetária elencou a inércia inflacionária dos últimos doze meses, expectativas de inflação, e a inflação importada como os mais impactantes. Além disso, a bandeira tarifária também havia influência significante nesse cálculo.

    O Banco Central projetou que a inflação não deve convergir para níveis abaixo do teto até o primeiro trimestre de 2026. A expectativa é de que a inflação permaneça na faixa de 5,4% a 5,5% nos primeiros trimestres do próximo ano, descendendo para 4,2% no final do primeiro trimestre de 2026.

    Para controlar a inflação, o Banco Central mantém a Taxa Selic em 15% ao ano, o nível mais elevado desde 2006. A política monetária permanecerá contracionista por um período prolongado, visando restaurar a inflação dentro dos limites desejados. O Comitê de Política Monetária (Copom) estará atento, podendo ajustar a taxa conforme necessário para enfrentar os desafios que possam surgir.

  • ECONOMIA – Sistema elétrico brasileiro em risco: falta de leilões pode agravar suprimento de energia nos próximos cinco anos, especialmente durante horários de pico.

    O cenário do sistema elétrico brasileiro para os próximos cinco anos é motivo de preocupação, principalmente em relação à capacidade de atender à demanda de energia elétrica durante os horários de pico, especialmente ao final do dia. O diagnóstico alarmante foi apresentado no mais recente Plano da Operação Energética (PEN 2025), elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    De acordo com as previsões contidas no documento, a necessidade de despachar usinas térmicas flexíveis aumenta consideravelmente para atender à demanda que tende a crescer durante esses períodos críticos. Uma das soluções em discussão é o retorno do horário de verão, que foi suspenso durante a gestão do ex-presidente Bolsonaro. Porém, essa medida dependerá de análises futuras sobre a capacidade de atendimento.

    A análise do ONS também revela um crescimento na geração de energia no país, impulsionado principalmente por fontes intermitentes como a eólica e a solar. Contudo, estas fontes enfrentam uma limitação significativa: a produção de energia solar e a micro e mini geração distribuída praticamente se interrompem durante o período noturno, quando a demanda é mais elevada. Diante disso, estima-se que a capacidade instalada do sistema aumente em 36 Gigawatts (GW) até 2029, totalizando 268 GW. As fontes solares devem representar uma parcela considerável da matriz elétrica neste horizonte, o que traz novos desafios no que diz respeito à operação do sistema.

    O ONS aponta a necessidade urgente de se preparar para um elevado despacho termelétrico, especialmente no segundo semestre deste ano. O documento ressalta a exigência por um sistema que oferece flexibilidade para se adaptar às rápidas variações na demanda e nas fontes de geração intermitentes.

    Entretanto, apesar do aumento previsto nas térmicas, o ONS não recomenda a inclusão de novas usinas que apresentem alto nível de inflexibilidade. A necessidade de uma operação mais ágil e adaptável é cada vez mais evidente, considerando o novo perfil da matriz elétrica. A realização de leilões anuais de reserva de capacidade é considerada uma ação fundamental, pois a capacidade atual não é suficiente para garantir um fornecimento seguro e confiável ao longo dos anos subsequentes.

    Os especialistas também alertam sobre a inserção de cargas especiais, como datacenters e hidrogênio verde, que demandam alta capacidade de energia e possuem baixa flexibilidade. Isso representa um desafio adicional para o sistema, principalmente durante os períodos de pico, onde as dificuldades operacionais já são significativas. Em resumo, a situação exige um planejamento cuidadoso e uma ação rápida para evitar crises futuras no fornecimento de energia elétrica no Brasil.

  • Ucrânia Alega Falha em Reator Nuclear e Tenta Impedir AIEA de Divulgar Informação Secreta, Revela Memorando do Serviço de Segurança Ucraniano.

    Em uma revelação preocupante sobre a segurança nuclear na Ucrânia, surgiu a informação de que o governo de Kiev teria ocultado uma falha técnica em um reator da usina nuclear de Yuzhnoukrainsk. A denúncia foi veiculada por um veículo de imprensa turco, que acessou um memorando secreto proveniente do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). Segundo o conteúdo do documento, um oficial do SBU teria se empenhado em evitar que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tomasse conhecimento do problema, o que levanta sérias questões sobre a transparência no gerenciamento das instalações nucleares da região.

    De acordo com as informações do memorando, a origem da falha estaria ligada a uma violação das condições operacionais que regem o funcionamento do reator e dos sistemas de segurança críticos. Esta situação é alarmante, pois qualquer disfunção em uma usina nuclear pode acarretar riscos não apenas para a população local, mas também para a segurança ambiental de todo o continente europeu. A usina de Yuzhnoukrainsk é uma das principais instalações nucleares da Ucrânia, e a ocultação de problemas técnicos pode ser vista como uma tentativa de minimizar preocupações diante de outras nações, especialmente em um contexto geopolítico já tenso.

    Os detalhes dessa falha e a suposta tentativa de abafar a situação levantam uma série de perguntas sobre a responsabilidade do governo ucraniano para com a segurança pública e a conformidade com as normas internacionais de nuclear. As ações do SBU, caso confirmadas, podem ser interpretadas como uma manobra risco, cuja repercussão poderia ser desastrosa.

    A AIEA, que tem papel crucial na supervisão de questões relacionadas à segurança nuclear global, foi contatada para comentar a situação. No entanto, a falta de transparência nas operações e a ocultação de informações críticas podem criar um clima de desconfiança não só entre a Ucrânia e a comunidade internacional, mas também entre os próprios cidadãos ucranianos. Assim, a revelação do memorando enfatiza a necessidade de um maior rigor no controle e na comunicação da segurança nuclear em um mundo cada vez mais preocupado com a energia atômica. As próximas semanas serão cruciais para que se esclareçam os fatos e se tome uma posição mais firme sobre a questão.

  • ECONOMIA – Petrobras Anuncia Investimentos de R$ 33 Bilhões que Aumentarão Segurança Energética e Reduzirão Dependência de Importações no Brasil, Afirma Ministro Alexandre Silveira.

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou na última sexta-feira um importante investimento da Petrobras no Rio de Janeiro, que soma mais de R$ 33 bilhões. O valor, destinado às áreas de refino e petroquímica, é considerado um passo significativo para aumentar a segurança energética do Brasil, diminuir a dependência de importações e garantir um abastecimento mais estável, com impactos reduzidos sobre a população.

    Durante um evento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), o ministro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizou a importância da ampliação do refino de petróleo nacional. Silveira destacou que essa iniciativa não apenas contribui para a segurança energética, mas também tem efeitos diretos na economia. “O aumento da capacidade de nossas refinarias resulta em preços de combustíveis mais acessíveis e alivia a inflação, o que, por sua vez, beneficia a população em geral”, afirmou.

    Outro ponto abordado pelo ministro foi o potencial do Brasil na produção de combustíveis sustentáveis, especialmente para a aviação. Ele revelou que, a partir dos próximos meses, a Refinaria Duque de Caxias começará a produzir 50 mil metros cúbicos mensais de SAF (combustível sustentável de aviação), com conteúdo renovável. Este avanço é atribuído à “Lei do Combustível do Futuro”, aprovada no ano anterior, que coloca o Brasil como um dos principais fornecedores dessa alternativa no cenário global.

    A Petrobras já completou testes de produção de SAF misturado com óleo técnico de milho e recebeu a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para iniciar a produção comercial. Além disso, foi anunciada a ampliação da capacidade produtiva de Diesel S10 da Reduc em 76 mil barris por dia, juntamente com a construção de uma nova central termoelétrica focada na eficiência energética e a implantação de uma planta dedicada ao SAF 100% renovável no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, elevando, apenas essas iniciativas, o total de investimentos para mais de R$ 27 bilhões.

    A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também compartilhou dados relevantes sobre os impactos da companhia na economia nacional. Nos últimos 12 meses, a empresa pagou aproximadamente R$ 270 bilhões em tributos a diferentes esferas do governo, destacando seu papel na segurança energética do Brasil, ao fornecer 31% de toda a energia primária no país. Magda ressaltou que a Petrobras produziu cerca de 900 milhões de barris de petróleo no último ano, conseguindo repor suas reservas, e reafirmou o compromisso da estatal em elevar a produção nos anos subsequentes, consolidando o Brasil como um dos dez maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo.

  • ECONOMIA – Petrobras Aumenta Escoamento de Gás Natural para Reduzir Preços e Atender Indústrias em Novo Pacote de Investimentos de R$ 33 Bilhões

    Nesta quinta-feira, 3 de outubro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a intenção da estatal de elevar o volume de gás natural que chega à costa brasileira. A medida visa não apenas facilitar o escoamento do combustível, mas também reduzir os preços para setores industriais que dependem desse insumo essencial. Em uma apresentação a jornalistas, Chambriard enfatizou a relevância dessa ação em um contexto em que o gás natural é um elemento crucial tanto como fonte de energia quanto como matéria-prima para a produção de fertilizantes, por exemplo.

    No âmbito de um abrangente pacote de investimentos que ultrapassa R$ 33 bilhões, a Petrobras focará na integração da Rota 3, linha de escoamento de gás dos campos do pré-sal localizados na Bacia de Santos, com as Unidades Petroquímicas e a Refinaria Duque de Caxias, situadas na região metropolitana do Rio de Janeiro. Este conjunto de ações visa aumentar a eficiência do transporte e a disponibilidade do gás no mercado brasileiro.

    Ao ser questionada sobre a possibilidade de que esses investimentos resultem em reduções no preço do gás natural, Chambriard afirmou que, embora a empresa esteja se esforçando para alcançar esse objetivo, o processo deve ser gradual. A presidente da estatal afirmou que a Petrobras tem um compromisso com a sociedade e pretende “abrasileirar” os preços, garantindo que os custos reflitam não apenas as flutuações internacionais, mas também a realidade de produção local.

    Contudo, o preço elevado do gás natural tem gerado descontentamento entre empresários. Um estudo recente apontou que o custo do gás no Brasil pode ser até dez vezes superior ao dos Estados Unidos e duas vezes mais que na Europa. Este cenário foi reforçado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que considerou a diminuição do preço do gás como fundamental para reindustrializar o país.

    Chambriard detalhou que as enormes distâncias dos campos de petróleo offshore representam um desafio logístico significativo, uma vez que as plataformas atuais não foram projetadas para exportação. Entretanto, novas estruturas, como o projeto da navio-plataforma Búzios 12, estão sendo desenvolvidas para otimizar a concentração de gás e facilitar seu transporte.

    A presidente da Petrobras também comentou sobre a importação de gás da Argentina e da Bolívia, ressaltando que o grande desafio é garantir que esse gás chegue ao Brasil a um custo acessível. A Petrobras atua em parceria com a estatal colombiana Ecopetrol em grandes campos de gás, mas ainda não há certeza sobre a quantidade que poderá ser exportada para o Brasil. Com uma abordagem focada no aumento da oferta e na sustentabilidade dos preços, a Petrobras se compromete a buscar soluções eficazes para um mercado tão vital quanto o do gás natural.

  • Petrobras planeja ampliar escoamento de gás natural e investimentos de R$ 33 bilhões para baratear combustível e gerar 38 mil empregos no Rio de Janeiro.

    A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, revelou em coletiva realizada na última quinta-feira que a empresa está se mobilizando para aumentar a oferta de gás natural para a costa brasileira, com o objetivo de reduzir os custos desse insumo para as indústrias do país. Contudo, ela ressaltou que a implementação desse processo não será imediata.

    Durante sua apresentação, realizada por teleconferência a partir de Portugal, Chambriard enfatizou a importância de trazer mais gás para a costa, almejando um preço mais acessível para a população. A presidente destacou que a Petrobras está comprometida em tornar os combustíveis mais “abrasileirados”, ou seja, buscando mitigar os impactos das flutuações dos preços internacionais no mercado interno.

    O plano da Petrobras envolve um investimento robusto, ultrapassando R$ 33 bilhões, alocado principalmente no setor de refino e na indústria petroquímica, com a expectativa de gerar cerca de 38 mil empregos diretos e indiretos. Dentre as principais iniciativas está a integração entre a Rota 3, que escoará gás natural dos novos campos de pré-sal na Bacia de Santos, e as unidades da Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

    Chambriard mencionou que a integração entre a Reduc e o Complexo Boaventura, conhecido anteriormente como Comperj, representará R$ 26 bilhões desse total de investimento. Esta atualização em relação ao planejamento anterior, de setembro de 2024, reflete o crescimento do projeto.

    Conforme apontado por estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o gás brasileiro é um dos mais caros do mundo. Atualmente, seu preço é dez vezes superior ao dos Estados Unidos e o dobro do que é praticado na Europa. Nesse contexto, a presidenta reafirmou o compromisso da Petrobras em tornar suas plataformas mais eficientes na extração de gás, uma ação necessária já que, neste momento, a empresa ainda precisa recorrer à importação de gás da Argentina e da Bolívia.

    Na próxima sexta-feira, Magda Chambriard retornará ao Brasil para acompanhar a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Reduc, onde serão apresentados os investimentos em tecnologia e produção.

    Com relação à Refinaria Duque de Caxias, as perspectivas incluem a ampliação na produção de diesel S10, querosene de aviação e lubrificantes, todos utilizando petróleo do pré-sal. Essa mudança deve reduzir a dependência de petróleo importado, principalmente do árabe, além de promover a produção de combustíveis sustentáveis. O projeto prevê ainda a geração de empregos e a realização de estudos para a produção de insumos químicos, como ácido acético, a fim de diminuir a necessidade de importação desses produtos.

    Esse ciclo de investimentos, muito aguardado pela indústria brasileira, reflete um esforço da Petrobras para fortalecer sua base operacional e ampliar sua atuação de maneira sustentável e econômica.