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  • ECONOMIA – Lula Defende Maior Investimento Fiscal em Cúpula do Brics para Combater Desigualdades e Garantir Saúde no Sul Global

    Na abertura do segundo dia da cúpula de líderes do Brics, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um contundente apelo por maior espaço fiscal para os países do Sul Global. Segundo Lula, essa medida é crucial para garantir uma vida saudável às populações dessas nações em desenvolvimento. Ele enfatizou que direitos básicos, como saúde, dependem fundamentalmente de investimentos em áreas como saneamento básico, alimentação saudável, educação de qualidade, moradia digna, emprego e renda.

    Lula abordou diretamente a importância do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3), que visa promover saúde e bem-estar, ressaltando que o mesmo requer a ampliação das possibilidades de gastos públicos. Durante sua fala, o presidente destacou as doenças que afligem as populações do Sul Global, frequentemente agravadas por desigualdades sociais. “No Brasil e no mundo, fatores como renda, nível educacional, gênero, etnia e local de nascimento influenciam diretamente a saúde e a mortalidade das pessoas”, alertou.

    O presidente mencionou que diversas enfermidades, que hoje ainda causam grandes danos em países em desenvolvimento, como o mal de Chagas e a cólera, teriam sido eliminadas se estivessem concentradas em países do Norte Global. Ele defendeu uma maior ênfase na ciência e na transferência de tecnologias, como um meio para priorizar a vida e a saúde das populações. Lula também chamou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a recuperar sua posição de liderança no combate às pandemias e na promoção da saúde pública.

    Uma das novidades anunciadas na cúpula foi a formação de uma parceria para a eliminação de doenças relacionadas a fatores sociais, com foco em superar desigualdades através de ações voltadas para infraestrutura física e digital.

    Lula citou avanços concretos já alcançados pelo Brics, entre eles a criação da Rede de Pesquisa de Tuberculose, apoio do Novo Banco de Desenvolvimento e cooperação em regulamentação de produtos médicos. Ao afirmar que “estamos liderando pelo exemplo”, ele reiterou o compromisso do bloco em colocar a dignidade humana no centro de suas decisões.

    O Brics, composto por 11 países, incluindo nações como Brasil, China, Índia e Rússia, representa uma parte significativa da economia e da população mundial. O grupo, que se posiciona como uma coalizão de países do Sul Global, busca intensificar a cooperação entre seus membros e reivindicar um tratamento mais justo em organismos internacionais. A presidência do Brics é rotativa, e o Brasil cederá a vez para a Índia em 2026.

  • ECONOMIA – Previsão de inflação do Brasil cai para 5,18% em 2025, mas taxa Selic se mantém alta para controlar economia, segundo Boletim Focus do Banco Central.

    O mercado financeiro brasileiro registrou mais uma redução na previsão de inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 caindo de 5,2% para 5,18%. Essa é a sexta vez consecutiva que a estimativa é revisada para baixo, conforme apontou o Boletim Focus, um relatório que compila as expectativas de instituições financeiras para indicadores econômicos, divulgado semanalmente pelo Banco Central.

    Já para os próximos anos, as projeções se mantêm mais estáveis. Para 2026, a estimativa de inflação se manteve em 4,5%, enquanto para 2027 e 2028, as previsões chegaram a 4% e 3,8%, respectivamente. É importante ressaltar que a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) está em 3%, com uma margem de tolerância que varia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo assim limites de 1,5% e 4,5%.

    Recentemente, os dados de inflação mostraram uma desaceleração, com o IPCA de maio encerrando em 0,26%, uma queda em relação aos 0,43% registrados em abril. No acumulado do ano, a inflação fica em 2,75%, enquanto nos últimos 12 meses, a alta foi de 5,32%.

    O Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, como principal ferramenta para controlar a inflação. Apesar da redução recente nos índices de preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual na última reunião, marcando o sétimo aumento seguido em um ciclo de aperto monetário. Essa decisão foi uma surpresa para parte do mercado, que esperava estabilidade.

    O Copom indicou que a Selic deve ser mantida nesse nível nas próximas reuniões, à medida que observa os impactos das taxas altas na economia, mas não descartou novos aumentos caso a inflação mostre sinais de elevação. As expectativas do mercado sugerem que a Selic possa fechar 2025 em 15% ao ano, com previsões de queda para 12,5% em 2026 e 10,5% e 10% nos anos seguintes.

    Quanto ao crescimento da economia, o Boletim Focus trouxe um leve ajuste na projeção para 2023, passando de 2,21% para 2,23%. Para 2026, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 1,87% para 1,86%, enquanto para 2027 e 2028 a projeção é de uma expansão de 2% em ambos os anos. No entanto, o PIB brasileiro apresentou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, puxado pelo setor agropecuário. A previsão para o câmbio é que o dólar atinja R$ 5,70 ao fim deste ano e R$ 5,75 até 2026.

    Esses indicadores são cruciais para entender o cenário econômico do Brasil, refletindo um contexto de cautela tanto para o setor financeiro quanto para os consumidores. A escolha das ações do Banco Central, assim como as reações do mercado, formam um ciclo que influencia diretamente a vida financeira do país.

  • Lula Multiplica Quatro Vezes Projetos Incentivados pela Lei Rouanet, Gasto Público Chega a R$ 3 Bilhões em 2024

    A gestão da cultura no Brasil, sob a liderança da Ministra Margareth Menezes, tem gerado um aumento significativo no número de projetos financiados pela Lei Rouanet desde o início do governo do presidente Lula. A comparação dos dados de 2023 com 2022 revela um crescimento acentuado: de 2.681 projetos no ano anterior, o número saltou para 10.726, um acréscimo de quatro vezes. No tocante ao valor destinado a esses projetos, a soma atingiu R$ 2,3 bilhões, e as expectativas para 2024 apontam para um cenário ainda mais otimista, com a previsão de que 14.221 iniciativas sejam apoiadas, totalizando mais de R$ 3 bilhões em investimentos.

    A tendência de liberalidade no uso de recursos públicos se mantém forte em 2023, com 3.815 projetos já autorizados, representando um impacto financeiro expressivo de R$ 786,7 milhões, conforme informações disponíveis no portal do Ministério da Cultura. O volume de novas propostas divulgadas em julho, mesmo nas primeiras semanas do mês, já contabiliza 189 iniciativas. Entretanto, a crítica sobre a qualidade de muitos desses projetos persiste.

    Durante os quatro anos da presidência anterior, de Jair Bolsonaro, foram registrados 13.791 projetos incentivados pela Lei Rouanet. Em contraste, a atual gestão de Lula já ultrapassou 28.762 iniciativas em apenas dois anos e meio, mais do que dobrando a quantidade de projetos implementados.

    Por outro lado, a cena política nacional está em polvorosa, especialmente em relação ao papel do Supremo Tribunal Federal (STF) e suas iniciativas. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes anunciou a realização de uma audiência de conciliação sobre o decreto que modifica a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), uma decisão que gerou perplexidade entre especialistas. A crítica se intensifica, com juristas como André Feliz Ricotta de Oliveira questionando a constitucionalidade dessa abordagem, já que não há respaldo legal para tal medida.

    Além disso, a insatisfação no Congresso é palpável. Os legislators demonstraram preocupação com o que consideram uma falta de respeito à vontade popular, especialmente em relação ao desejo manifestado por 383 deputados em determinada questão. A iniciativa do STF de mediar uma conciliação entre Legislativo e Executivo suscita debates acerca da separação dos poderes.

    Na seara econômica, questões sobre a eficiência do governo também vêm à tona. Flávio Bolsonaro, por exemplo, apontou um número alarmante de contestações relacionadas a descontos no INSS, ressaltando o que vê como falhas administrativas da esquerda.

    Por fim, enquanto o cenário político e econômico se desdobra, algumas instituições enfrentam penúrias, como a companhia aérea Gol, que gera frustração entre seus consumidores. Em um contexto em que as empresas aéreas no Brasil cada vez mais impõem tarifas excessivas, a União Europeia está avançando na proibição de cobranças desnecessárias, sinalizando um contraste evidente nas políticas de consumo. As discussões no Congresso Nacional, que se aproxima de um recesso, permanecem intensas, mas muitas questões críticas devem aguardar até agosto para serem resolvidas. A pressão por uma reforma tributária, entre outras questões, continua a ser um tema que exige atenção e ação imediata.

  • Trump ameaça tarifas de 10% para países que apoiarem BRICS em meio a cúpula internacional no Brasil. Crises comerciais à vista?

    Na mais recente declaração, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trouxe à tona uma ameaça que pode impactar a dinâmica econômica global. Ele anunciou que impondrá uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que manifeste apoio às políticas do BRICS, um bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A declaração foi feita por meio de sua plataforma, Truth Social, e coincide com a realização de uma cúpula dos líderes do BRICS no Rio de Janeiro, onde acordos comerciais significativos estão prestes a ser firmados.

    Trump classificou as ações do BRICS como “antiamericanas” e expressou que não há espaço para exceções nessa nova política tarifária. A medida ocorre em um contexto de crescente tensão entre os Estados Unidos e os países que compõem o bloco, os quais têm promovido um modelo de cooperação que desafia a hegemonia econômica e política dos EUA no cenário internacional.

    A cúpula do BRICS, que se inicia num momento crucial, visa fortalecer laços comerciais e discutir estratégias de desenvolvimento conjunto. Com a proposta de Trump, a pressão sobre esses países pode aumentar, já que muitos deles buscam alternativas ao domínio econômico norte-americano. Ao elevar as tarifas, os EUA buscam não apenas proteger sua economia, mas também reafirmar sua influência em um momento em que novos blocos de poder estão emergindo na arena global.

    Essa estratégia tarifária, além de ser uma medida protecionista, pode levar a um ambiente de maior instabilidade nas relações comerciais internacionais. Os países afetados poderão avaliar se a dependência dos EUA em termos comerciais vale o custo adicional imposto por suas regulamentações. Observadores de economia internacional comentam que essa postura pode agravar tensões já existentes e desencadear uma série de reações que afetarão os mercados globais.

    Enquanto a situação evolui, especialistas e líderes políticos ao redor do mundo ficarão atentos ao desenrolar dos eventos, principalmente em relação às repercussões que essa ameaça pode ter não apenas sobre as relações entre os EUA e os países do BRICS, mas também sobre o comércio global como um todo.

  • Rússia Destaca Crescimento do Comércio com BRICS em Discurso na Cúpula e Critica Dominância do Dólar e Sanções Ocidentais.

    Neste domingo, durante a sessão plenária da cúpula do BRICS, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, destacou um dado significativo: quase metade do comércio externo russo no último ano teve como destino os demais países que compõem o bloco. Lavrov afirmou que a participação dos membros do BRICS no comércio exterior da Rússia cresceu de forma constante, alcançando 48% no final de 2024, com impressionantes 90% das transações realizadas em moedas locais.

    O chanceler russo aproveitou a oportunidade para criticar o modelo tradicional de globalização, que, segundo ele, é dominado por nações ocidentais consideradas “avançadas”. De acordo com Lavrov, essa estrutura está enfrentando profundas transformações, impulsionadas por sanções unilaterais e ilegais, bem como pelo uso do dólar como ferramenta de punição. Essas práticas, segundo o ministro, têm contribuído para a erosão da ordem econômica global, levando a uma busca por alternativas.

    Lavrov defendeu a tese de que a multipolaridade, que se refere à distribuição de poder entre várias nações e blocos de países, não é apenas uma perspectiva futura, mas uma realidade já existente. Ele mencionou que essa nova configuração está se estabelecendo como um contraponto ao antigo modelo neoliberal, que ele descreveu como ultrapassado e ligado a práticas neocoloniais.

    A cúpula do BRICS, que prossegue até a próxima segunda-feira, abordará uma extensa agenda de temas relevantes, incluindo saúde, comércio, investimentos, finanças, mudanças climáticas, gestão de inteligência artificial e a promoção da paz e da segurança. Este encontro é crucial para aprofundar as relações entre essas potências emergentes e explorar formas de cooperação em um mundo em rápida transformação.

    O evento é uma oportunidade para que os países membros discutam estratégias para fortalecer seus laços, especialmente em um momento em que a dinâmica econômica global está em constante evolução. A busca por novas formas de colaboração é um tópico central, refletindo a necessidade de se adaptar a um cenário internacional complexo e desafiador.

  • Lula Defende Reforma do Multilateralismo e Critica Sistema de Ajuda Internacional na Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro

    Na abertura da plenária “Fortalecimento do Multilateralismo, Assuntos Econômico-Financeiros e Inteligência Artificial”, realizada no Rio de Janeiro, Lula, presidente do Brasil, fez críticas contundentes às práticas atuais dos organismos multilaterais. Ele destacou a necessidade de se acabar com o que chamou de “plano Marshall às avessas”, uma alusão à assistência econômica americana à Europa após a Segunda Guerra Mundial, para enfatizar que as instituições como o FMI e o Banco Mundial favorecem as nações mais ricas em detrimento dos países em desenvolvimento.

    Durante a dissertativa, Lula mencionou a Conferência da ONU de Sevilha, onde ficou evidente que a agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável não está recebendo os recursos necessários para erradicar a pobreza e garantir a prosperidade global. O presidente brasileiro lamentou a queda nos fluxos de ajuda internacional e aumento do custo da dívida para os países mais vulneráveis, ressaltando que o modelo neoliberal aprofunda as desigualdades sociais.

    Subindo o tom, ele falou sobre a criação de uma “Convenção Quadro da ONU sobre Cooperação Tributária Internacional”, que poderia ajudar a realinhar as cotas de participação no FMI, num sistema mais justo e transparente. Segundo Lula, a atual configuração das cotas não reflete o peso econômico das nações emergentes, que deveriam ter pelo menos 25% do poder de voto, comparado aos 18% atuais.

    Ele também defendeu reformas urgentes na Organização Mundial do Comércio (OMC) e discutiu propostas para aprimorar as infraestruturas de tecnologia e comunicação entre os países membros do BRICS, como a instalação de cabos submarinos, que aumentariam a segurança e a velocidade na troca de dados.

    Ao adotar a Declaração sobre Governança da Inteligência Artificial, Lula enfatizou que as novas tecnologias devem ser implementadas de maneira justa e inclusiva. O encontro também foi marcado pela admissão da Indonésia como novo membro do bloco, sinalizando a ampliação da influência do BRICS em um mundo em transformação.

    As declarações de Lula sobre o futuro do multilateralismo e a urgência de mudanças nas estruturas de poder econômico global geraram amplo debate sobre os desafios enfrentados por países em desenvolvimento e a necessidade de um sistema mais equitativo e sustentável.

  • ECONOMIA – Brics Propõe Renegociação de Dívidas para Economias de Baixa Renda em Documento Histórico da Cúpula no Rio de Janeiro

    Na recente cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, líderes dos países integrantes e associados do grupo manifestaram a necessidade de renegociação das dívidas de nações de renda baixa e média. Essa proposta figura na Declaração de Líderes, que foi assinada no último domingo. O clamor por um enfrentamento abrangente do endividamento internacional se torna ainda mais premente em um cenário global marcado por crises econômicas, destacando a vulnerabilidade de países menos favorecidos que vêm enfrentando choques financeiros nos últimos anos.

    A declaração enfatiza os impactos negativos que taxas de juros elevadas e condições de crédito restritivas exercem sobre as economias emergentes, exacerbando suas dificuldades financeiras. O texto ressalta a importância de uma abordagem holística para lidar com a questão da dívida, com o objetivo de apoiar a recuperação econômica e promover um desenvolvimento sustentável, respeitando as leis e os procedimentos internos de cada nação envolvida.

    Nesse contexto, os países do Brics endossaram a implementação do Marco Comum do G20 para Tratamento da Dívida, concebido para facilitar diálogos entre governos, credores privados e bancos multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Esse mecanismo é um passo fundamental para enfrentar coletivamente as fragilidades econômicas, promovendo um tratamento ordenado e previsível das dívidas, em conformidade com o princípio da ação conjunta.

    Adicionalmente, a declaração trouxe à tona a proposta de uma iniciativa de Garantias Multilaterais (GMB), com o intuito de estabelecer um sistema que reunisse ativos de diversos países, funcionando como uma rede de proteção contra inadimplências. A implementação da GMB poderia resultar em condições mais favoráveis para empréstimos, refletindo em juros mais baixos para financiamentos externos. Essa iniciativa visa reduzir riscos de investimentos e alavancar a credibilidade das nações do Brics e do Sul Global.

    Outro ponto abordado foi a revisão do Acordo de Reservas Contingentes (ARC), criando novas composições monetárias para oferecer suporte financeiro em momentos críticos. Este mecanismo, que existe desde 2014, tem sido vital para proporcionar assistência a países de média e baixa renda enfrentando problemas no balanço de pagamentos.

    O Brics, composto por 11 países que representam uma parcela significativa da economia e população mundial, continua buscando soluções para desafios globais, enfatizando a cooperação entre suas nações membros. A cúpula também foi um momento para relembrar a importância da integração econômica dentro do bloco, que em 2024 foi responsável por uma grande fatia do comércio exterior brasileiro. A movimentação reafirma a relevância do Brics como um fórum estratégico na ordem econômica global contemporânea.

  • BRICS fortalece comércio entre membros: ministro russo revela novas medidas para facilitar negociações sem barreiras econômicas.

    Em uma entrevista reveladora, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, abordou a importância das iniciativas para facilitar as negociações entre os países membros do BRICS, um agrupamento que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Siluanov enfatizou a necessidade de implementar um sistema mais eficiente que elimine barreiras comerciais, permitindo que as nações do bloco possam fortalecer suas economias por meio de acordos bilaterais e multilaterais.

    As declarações do ministro refletem um movimento mais amplo dentro do BRICS, que visa impulsionar a cooperação econômica e criar um ambiente onde as trocas comerciais possam fluir livremente. Siluanov apontou que as dificuldades enfrentadas nas transações internacionais, especialmente em um contexto de crescente tensão geopolítica, exigem soluções inovadoras. O objetivo principal é desenvolver mecanismos que não apenas simplifiquem as transações, mas que também promovam a utilização de moedas locais, reduzindo a dependência do dólar americano.

    Com o cenário global em constante mudança, a autonomia monetária e a flexibilidade nas relações comerciais tornaram-se prioridades para o BRICS. Durante a conversa, o ministro ressaltou que a criação de um espaço econômico onde os países possam negociar diretamente, sem a intervenção de terceiros, representa um passo significativo para a integração econômica do bloco. Isso não apenas fortalecerá as economias locais, mas também poderá servir como um modelo para outras nações em desenvolvimento.

    Siluanov declarou que a colaboração entre os países do BRICS deve ser baseada em princípios de respeito mútuo e benefício compartilhado. Além disso, ele mencionou que as reuniões periódicas entre os ministros das Finanças dos países do grupo são fundamentais para discutir estratégias e implementar essas políticas de maneira eficaz. O fortalecimento das relações comerciais dentro do BRICS pode ser considerado um movimento estratégico em um momento em que a economia global enfrenta desafios sem precedentes.

    A visão de Anton Siluanov para o futuro das negociações entre os países do BRICS não apenas destaca a relevância do bloco no cenário internacional, mas também ressalta uma verdadeira vontade de inovar e buscar soluções que beneficiem todos os membros. Ao adotar essas medidas, o BRICS se posiciona como um protagonista em um mundo em transformação, buscando não apenas a independência econômica, mas também a promoção do desenvolvimento sustentável entre suas nações.

  • INTERNACIONAL – BRICS Rejeita Tarifas Unilaterais e Defende Comércio Justo em Encontro no Rio de Janeiro antes da Cúpula de Líderes do Grupo.

    Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do Brics Condenam Tarifas Unilaterais

    Em uma recente reunião realizada no Rio de Janeiro, os ministros de Finanças e os presidentes dos Bancos Centrais dos países que compõem o Brics emitiram uma declaração robusta contra o aumento unilateral de tarifas comerciais, considerando tais medidas como distorções ao comércio internacional e incompatíveis com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC). Apesar de não citarem diretamente os Estados Unidos, a retórica clara remete às políticas tarifárias adotadas pela administração de Donald Trump.

    O encontro preparatório para a Cúpula dos Líderes do Brics, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de novembro, resultou em um conjunto de documentos que abordam questões cruciais para a economia global. Um dos trechos da declaração enfatiza a resiliência dos membros do bloco e a intenção de cooperar entre si e com outras nações, com vistas a proteger e fortalecer um sistema multilateral de comércio que seja aberto, justo e transparente. Segundo esse documento, uma escalada em guerras comerciais pode levar a uma recessão global e agravar o crescimento econômico já contido.

    Além das questões comerciais, os ministros também discutiram a necessidade de reformar o sistema financeiro internacional, destacando que as cotas do FMI ainda não refletem o crescimento vigoroso das economias emergentes. Eles propuseram um realinhamento de cotas que respeite a posição relativa dos países na economia global, ao mesmo tempo em que protejam os interesses das nações mais pobres.

    Outro ponto abordado foi a cooperação tributária internacional, com a defesa de um sistema que promova a transparência fiscal e o diálogo entre países. Os ministros ressaltaram a importância de combater a evasão fiscal e os fluxos financeiros ilícitos, especialmente aqueles associados a indivíduos de alta renda.

    O evento também trouxe à tona a próxima Conferência das Partes (COP 30), que ocorrerá em Belém em novembro. Os ministros destacaram a relevância da participação ativa dos Ministérios da Fazenda e dos Bancos Centrais nas discussões climáticas, chamando atenção para a necessidade de angariar investimentos significativos para o financiamento climático.

    A declaração sublinha que enfrentar os desafios relacionados às mudanças climáticas e à transição energética pode abrir portas para investimentos sustentáveis e oportunidades de crescimento, reiterando o compromisso dos países do Brics em buscar soluções que promovam não apenas o crescimento econômico, mas também a erradicação da pobreza e a preservação ambiental.

  • Banco Central Suspende Cautelarmente Três Instituições Financeiras Após Desvio de R$ 530 Milhões em Ataque Cibernético ao Sistema do Pix

    O Banco Central do Brasil tomou uma medida cautelar significativa ao suspender a participação de três instituições financeiras no sistema de pagamentos instantâneos conhecido como Pix. As entidades afetadas são a Voluti Gestão Financeira, a Brasil Cash e a S3 Bank. Essa ação ocorre em meio a investigações relacionadas a um ataque cibernético que golpeou a C&M Software, uma provedora de serviços tecnológicos que atende diversas instituições financeiras.

    Até o momento, já são seis as empresas desconectadas do sistema devido a suspeitas de envolvimento no desvio de valores utilizando o Pix. As outras três instituições já afastadas são a Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay. As apurações do Banco Central visam esclarecer se essas empresas têm alguma ligação com o incidente que resultou no desvio de pelo menos R$ 530 milhões de contas reservas mantidas por bancos na autoridade monetária.

    A suspensão, que tem duração de 60 dias, é respaldada pelo Artigo 95-A da Resolução 30 do Banco Central, que regulamenta o funcionamento do Pix. Segundo essa norma, o BC pode suspender a participação de qualquer instituição cujas ações coloquem em risco a operação regular do sistema de pagamentos.

    Em comunicado, a Transfeera confirmou a suspensão, mas assegurou que seus demais serviços permanecem em funcionamento. A empresa enfatizou que nem ela, nem seus clientes sofreram impacto direto do ataque cibernético e declarou estar colaborando com as autoridades para retomar a funcionalidade do Pix.

    Por outro lado, a Soffy e a Nuoro Pay, que operam como fintechs sem autorização direta do Banco Central para participar do Pix, não se manifestaram publicamente sobre a situação. As novas suspensões levantam questões sobre a segurança do sistema de pagamentos e a integridade das instituições financeiras envolvidas.

    O ataque à C&M Software, responsável por conectar vários bancos ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, provocou um grande furto de valores que foram posteriormente convertidos em criptomoedas. Para agravar a situação, uma recente prisão realizada pela Polícia Civil de São Paulo identificou um funcionário da C&M que, segundo as investigações, facilitou o acesso dos criminosos aos sistemas da empresa.

    Com a continuidade das investigações, as autoridades buscam não apenas rastrear os valores desviados, mas também fortalecer a segurança de todo o sistema financeiro brasileiro.