Tag: Doenças Respiratórias

  • ALAGOAS – Nutrição Clínica: Arma Estratégica na Recuperação de Doenças Respiratórias em Unidades Hospitalares Durante o Inverno

    Durante os meses mais frios, hospitais observam um aumento significativo nas internações devido a doenças respiratórias como gripes, pneumonias e infecções virais. No Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, a Nutrição Clínica tem se destacado como um componente crucial na recuperação de pacientes afetados por tais condições.

    No período conhecido como Julho da Prevenção, quando as doenças respiratórias são mais prevalentes, o Serviço de Nutrição Clínica do hospital reforça seu papel estratégico no cuidado aos internados. Pacientes com infecções respiratórias costumam apresentar um estado nutricional comprometido, fator que pode intensificar os sintomas e prolongar a estadia no hospital. O nutricionista David Braga, responsável pelo setor no Hospital Ib Gatto Falcão, destaca a necessidade de um suporte nutricional personalizado para esses pacientes, visando preservar a massa muscular, melhorar a imunidade e favorecer a cicatrização e a recuperação funcional.

    As ações da equipe incluem triagem nutricional precoce, personalização de dietas para pacientes com disfagia ou inapetência, e monitoramento contínuo da evolução clínica e antropométrica. A nutricionista Luana Souza ressalta a importância de um cuidado nutricional atento e humanizado, essencial para oferecer um apoio eficaz que vá além de simples prescrições de dietas. “A nutrição adequada pode ser decisiva para evitar complicações em quadros respiratórios graves”, conclui.

    Essa abordagem integrada, que reúne nutricionistas, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, tem mostrado resultados eficazes no Hospital Ib Gatto Falcão. A iniciativa destaca-se por promover desfechos clínicos mais rápidos e seguros, principalmente em pacientes mais vulneráveis, evidenciando a importância da nutrição como um aliado indispensável na prevenção de agravos e promoção da saúde durante as internações por doenças respiratórias.

  • SAÚDE – Internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave ainda elevadas no Rio, mesmo com sinais de desaceleração; pressão por leitos persiste entre os mais afetados.

    Apesar de uma leve desaceleração, o estado do Rio de Janeiro ainda enfrenta um cenário preocupante em relação às internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Dados da mais recente edição do Panorama SRAG, divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde, apontam que o número de internações permanece acima do considerado normal. A situação se agrava com uma demanda contínua por leitos hospitalares, que supera 600 pedidos por semana, mesmo com a redução na quantidade de casos.

    Até o dia 8 deste mês, foram registrados 11.635 internações e 836 óbitos associados à SRAG. Esses números refletem uma ligeira queda nas últimas semanas, e são calculados através do método conhecido como nowcasting, que ajusta as distorções provocadas por atrasos nas notificações. A faixa etária mais afetada continua sendo a de crianças entre 1 e 5 anos, que enfrentam um aumento nas internações principalmente por conta do Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

    Entre os idosos, particularmente aqueles com 60 anos ou mais, o subtipo H1N1 da Influenza A foi o responsável pela maioria dos casos identificados entre abril e junho. Embora os números de internação relacionados à influenza tenham diminuído, uma nova preocupação surge com o aumento das internações por Covid-19 na mesma faixa etária.

    Luciane Velasque, superintendente de Vigilância em Saúde, destacou a baixa cobertura vacinal contra a Influenza, que se encontra em torno de 30%. Ela enfatizou a importância da vacinação, especialmente para as crianças, que ainda estão enfrentando casos significativos de infecções respiratórias, e os idosos, que devem ser vacinados contra gripe e Covid-19.

    Até a data mais recente do relatório, foram aplicadas 2.837.024 doses de vacinas, sendo apenas 1.314.059 destinadas aos grupos prioritários, o que representa apenas 29,4% da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. As regiões da baixada litorânea, Metropolitana I e Baía da Ilha Grande se destacam pelos baixos índices de cobertura vacinal.

    A campanha de vacinação gratuita e segura contra a influenza segue até janeiro de 2026, com iniciativas específicas para alcançar os grupos mais vulneráveis. Desde fevereiro, o estado também ampliou a disponibilidade de leitos pediátricos para atender casos graves de SRAG, totalizando 85 leitos nos hospitais estaduais Ricardo Cruz e Zilda Arns. A mobilização para aumentar a imunização é crucial para mitigar o impacto dessas doenças respiratórias e proteger a população.