Tag: Desenvolvimento

  • ECONOMIA – Fórum Brasil-Índia discute parcerias comerciais e identifica 385 oportunidades de produtos em evento paralelo à cúpula do Brics no Rio de Janeiro.

    No dia 7 de agosto, o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro foi palco do Fórum Econômico Brasil-Índia, um evento que visou fortalecer as relações comerciais entre os dois países. Este encontro reuniu empresários, diplomatas e representantes do governo em um momento estrategicamente relevante, coincidente com a Reunião de Cúpula do Brics e a visita do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

    Embora fosse esperada a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua participação foi cancelada devido a compromissos em Brasília, onde ele se reunirá com Modi no dia seguinte. A agenda do fórum traçou um cenário promissor, identificando 385 oportunidades para produtos brasileiros em setores variados, como combustíveis minerais, máquinas e equipamentos de transporte, artigos manufaturados, produtos químicos e óleos animais e vegetais.

    O evento foi promovido por diversas instituições, incluindo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), além de parcerias com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e câmaras de comércio de ambos os países. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou que a relação entre Brasil e Índia é baseada na amizade e na ausência de conflitos, citando um potencial de crescimento do comércio bilateral, que atualmente gira em torno de R$ 12 bilhões.

    Ricardo Alban, presidente da CNI, enfatizou a complementaridade das economias dos dois países, mencionando a colaboração no setor de biocombustíveis e sua importância para o fornecimento de combustível sustentável de aviação. Durante o evento, foi anunciado o lançamento do Conselho Empresarial Brasil-Índia, com o objetivo de fomentar diálogos e propostas que melhorem o ambiente de negócios.

    Márcio Elias Rosa, do MDIC, apontou a necessidade de um modelo de desenvolvimento que priorize sustentabilidade e inclusão social. Ele indicou que ambos os países podem se beneficiar mutuamente através de segmentos como equipamentos, fertilizantes e economia digital.

    Laudemar Aguiar, do Ministério das Relações Exteriores, frisou a importância de construir uma agenda bilateral forte que reflita o papel político de Brasil e Índia no cenário global e o compromisso com o multilateralismo. A Índia se posiciona como a quinta maior economia mundial, mas atualmente é apenas o 13º destino das exportações brasileiras. Entre os principais produtos transacionados estão açúcar e compostos farmacêuticos.

    As relações comerciais entre os dois países apresentam um grande potencial inexplorado e iniciativas como o fórum são essenciais para se alcançar uma maior integração e desenvolvimento econômico mútuo.

  • ECONOMIA – Lula Defende Maior Investimento Fiscal em Cúpula do Brics para Combater Desigualdades e Garantir Saúde no Sul Global

    Na abertura do segundo dia da cúpula de líderes do Brics, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um contundente apelo por maior espaço fiscal para os países do Sul Global. Segundo Lula, essa medida é crucial para garantir uma vida saudável às populações dessas nações em desenvolvimento. Ele enfatizou que direitos básicos, como saúde, dependem fundamentalmente de investimentos em áreas como saneamento básico, alimentação saudável, educação de qualidade, moradia digna, emprego e renda.

    Lula abordou diretamente a importância do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3), que visa promover saúde e bem-estar, ressaltando que o mesmo requer a ampliação das possibilidades de gastos públicos. Durante sua fala, o presidente destacou as doenças que afligem as populações do Sul Global, frequentemente agravadas por desigualdades sociais. “No Brasil e no mundo, fatores como renda, nível educacional, gênero, etnia e local de nascimento influenciam diretamente a saúde e a mortalidade das pessoas”, alertou.

    O presidente mencionou que diversas enfermidades, que hoje ainda causam grandes danos em países em desenvolvimento, como o mal de Chagas e a cólera, teriam sido eliminadas se estivessem concentradas em países do Norte Global. Ele defendeu uma maior ênfase na ciência e na transferência de tecnologias, como um meio para priorizar a vida e a saúde das populações. Lula também chamou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a recuperar sua posição de liderança no combate às pandemias e na promoção da saúde pública.

    Uma das novidades anunciadas na cúpula foi a formação de uma parceria para a eliminação de doenças relacionadas a fatores sociais, com foco em superar desigualdades através de ações voltadas para infraestrutura física e digital.

    Lula citou avanços concretos já alcançados pelo Brics, entre eles a criação da Rede de Pesquisa de Tuberculose, apoio do Novo Banco de Desenvolvimento e cooperação em regulamentação de produtos médicos. Ao afirmar que “estamos liderando pelo exemplo”, ele reiterou o compromisso do bloco em colocar a dignidade humana no centro de suas decisões.

    O Brics, composto por 11 países, incluindo nações como Brasil, China, Índia e Rússia, representa uma parte significativa da economia e da população mundial. O grupo, que se posiciona como uma coalizão de países do Sul Global, busca intensificar a cooperação entre seus membros e reivindicar um tratamento mais justo em organismos internacionais. A presidência do Brics é rotativa, e o Brasil cederá a vez para a Índia em 2026.

  • Lula critica “negacionismo” e “unilateralismo” durante a Cúpula do BRICS e defende avanços em saúde e meio ambiente no Rio de Janeiro.

    No segundo e último dia da reunião de Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou questões cruciais para o futuro global, manifestando preocupação com o aumento do negacionismo e do unilateralismo que, segundo ele, ameaçam os avanços sociais e ambientais que poderiam ser alcançados. Durante sua fala, Lula destacou a importância da cooperação internacional para enfrentar os desafios contemporâneos.

    O mandatário brasileiro chamou atenção para as agressões ao meio ambiente, enfatizando a necessidade de respeitar os compromissos estabelecidos no Acordo de Paris. Ele ressaltou que a proteção do planeta deve ser uma prioridade inegociável, apresentando a transição para fontes de energia renováveis, essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Para Lula, terminar com a dependência de combustíveis fósseis é fundamental, pois isso contribuirá não apenas para a saúde do planeta, mas também para assegurar um futuro sustentável para as próximas gerações.

    Além disso, o presidente enfatizou o papel vital da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Mundial do Comércio (OMC) na garantia de acesso a medicamentos e vacinas. Ele destacou que esses insumos são essenciais no combate a epidemias como HIV/Aids, malária e tuberculose, abordagens fundamentais que ainda precisam de mais atenção e recursos. Lula argumentou que os países devem trabalhar em conjunto para superar as desigualdades no acesso à saúde, reforçando a ideia de que solidariedade internacional é imprescindível em tempos de crise.

    Por fim, ao concluir suas observações, Lula reiterou que um futuro mais equitativo e saudável depende de um compromisso coletivo entre as nações, onde os interesses globais se sobreponham a agendas individuais. Ele fez um apelo para que os líderes mundiais adotem uma postura colaborativa, evitando o caminho do negacionismo e do unilateralismo, que apenas atrasam o progresso em diversas áreas essenciais para a humanidade.

  • INTERNACIONAL – BRICS Avança em Projeto de Cabos Submarinos para Aumentar Velocidade e Soberania na Comunicação entre Países Membros

    Na 17ª Reunião de Cúpula do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro, os países membros do grupo discutiram a viabilidade de um projeto ambicioso: a construção de uma rede de comunicação de alta velocidade via cabos submarinos. A proposta, que busca interligar os países de maneira mais eficiente e segura, foi formalizada na Declaração Final do encontro, evidenciando a determinação dos líderes em avançar na troca de dados entre as nações.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a importância deste estudo ao destacar que a criação de cabos submarinos aumentaria a velocidade e a segurança na transferência de informações. Segundo Lula, essa infraestrutura é essencial para fortalecer a soberania digital dos países do Brics e facilitar, por exemplo, o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA). O primeiro passo para a concretização desse projeto será a realização de um estudo de viabilidade técnica e econômica, que deverá ser financiado pelo Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco do Brics.

    Atualmente, a rede global de cabos de fibra óptica que suporta a comunicação mundial é predominantemente concentrada no Norte Global, dominada por economias como a dos Estados Unidos, da França, do Japão e da China. Em um cenário onde a infraestrutura de dados é vital para o desenvolvimento econômico e social, a ministra Luciana Santos ressaltou a necessidade de um sistema que permita o controle soberano dos estímulos digitais, afirmando: “Nós temos que ter um cabo próprio, em que os dados sejam nossos”.

    O Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, entre outros, representa uma parcela significativa da economia mundial, com os países membros respondendo por 39% do PIB global e 48,5% da população. Espacialmente, há um potencial enorme para o intercâmbio comercial, dado que estes países foram responsáveis por 36% das exportações brasileiras em 2024, enquanto as importações do Brasil representaram 34% do total proveniente desses parceiros.

    Além do estudo sobre a rede de comunicação, o encontro resultou em um documento específico sobre a Governança Global da Inteligência Artificial. No contexto nacional, o Brasil conta com 11 centros de competência dedicados ao desenvolvimento de soluções em IA, alinhados com as necessidades específicas de setores como saúde e educação, parte integrante do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, que já conta com um financiamento de R$ 23 milhões.

    A ministra Luciana Santos finalizou suas declarações destacando que a inteligência artificial deve ser encarada como uma ferramenta que, se bem utilizada, pode promover avanços significativos na sociedade, desde que controlada com responsabilidade e ética. Essa visão ressalta a busca do Brasil por um futuro em que ciência e tecnologia estejam cada vez mais alinhadas com os interesses e necessidades da população.

  • Lula Defende Reforma do Multilateralismo e Critica Sistema de Ajuda Internacional na Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro

    Na abertura da plenária “Fortalecimento do Multilateralismo, Assuntos Econômico-Financeiros e Inteligência Artificial”, realizada no Rio de Janeiro, Lula, presidente do Brasil, fez críticas contundentes às práticas atuais dos organismos multilaterais. Ele destacou a necessidade de se acabar com o que chamou de “plano Marshall às avessas”, uma alusão à assistência econômica americana à Europa após a Segunda Guerra Mundial, para enfatizar que as instituições como o FMI e o Banco Mundial favorecem as nações mais ricas em detrimento dos países em desenvolvimento.

    Durante a dissertativa, Lula mencionou a Conferência da ONU de Sevilha, onde ficou evidente que a agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável não está recebendo os recursos necessários para erradicar a pobreza e garantir a prosperidade global. O presidente brasileiro lamentou a queda nos fluxos de ajuda internacional e aumento do custo da dívida para os países mais vulneráveis, ressaltando que o modelo neoliberal aprofunda as desigualdades sociais.

    Subindo o tom, ele falou sobre a criação de uma “Convenção Quadro da ONU sobre Cooperação Tributária Internacional”, que poderia ajudar a realinhar as cotas de participação no FMI, num sistema mais justo e transparente. Segundo Lula, a atual configuração das cotas não reflete o peso econômico das nações emergentes, que deveriam ter pelo menos 25% do poder de voto, comparado aos 18% atuais.

    Ele também defendeu reformas urgentes na Organização Mundial do Comércio (OMC) e discutiu propostas para aprimorar as infraestruturas de tecnologia e comunicação entre os países membros do BRICS, como a instalação de cabos submarinos, que aumentariam a segurança e a velocidade na troca de dados.

    Ao adotar a Declaração sobre Governança da Inteligência Artificial, Lula enfatizou que as novas tecnologias devem ser implementadas de maneira justa e inclusiva. O encontro também foi marcado pela admissão da Indonésia como novo membro do bloco, sinalizando a ampliação da influência do BRICS em um mundo em transformação.

    As declarações de Lula sobre o futuro do multilateralismo e a urgência de mudanças nas estruturas de poder econômico global geraram amplo debate sobre os desafios enfrentados por países em desenvolvimento e a necessidade de um sistema mais equitativo e sustentável.

  • Brasil e China Firmam Acordo para Desenvolvimento do Satélite Geoestacionário CBERS-5 durante Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro

    A cooperação espacial entre Brasil e China alcançou um marco significativo com a finalização das negociações para o desenvolvimento conjunto do Satélite Geoestacionário Meteorológico CBERS-5. Este acordo foi formalizado durante a 17ª edição da Cúpula do BRICS, que teve início no Rio de Janeiro neste domingo, com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e do primeiro-ministro chinês, Li Qiang.

    O CBERS-5 irá integrar o programa China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS), representando uma nova etapa na colaboração entre as duas nações, marcada por uma evolução na tecnologia espacial, uma vez que é a primeira vez que essa parceria elabora um satélite geoestacionário. Este feito coloca o Brasil entre um seleto grupo de países – menos de dez – que têm a capacidade de desenvolver essa tecnologia avançada.

    O satélite será posicionado estrategicamente sobre o território brasileiro, o que proporcionará ao país autonomia em relação aos dados espaciais nas esferas meteorológica e ambiental. Isso não apenas contribuirá para uma melhor previsão do tempo, mas também permitirá um aprimoramento na capacidade de resposta a desastres naturais, como secas e tempestades. Tais melhorias são fundamentais para a segurança e a proteção da população brasileira.

    Além disso, os dados gerados pelo CBERS-5 serão disponibilizados gratuitamente para outros países da América Latina e do Caribe, o que fortalece a ideia de uma cooperação regional e o compartilhamento de informações. Essa iniciativa reforça o compromisso de ambos os países com o avanço científico e tecnológico, buscando, ao mesmo tempo, um desenvolvimento sustentável.

    Adicionalmente, a parceria envolve a estipulação formal da transferência de tecnologia e de conhecimento, uma estratégia essencial para garantir que o desenvolvimento conjunto beneficie não apenas o Brasil e a China, mas também suas comunidades. No mesmo encontro, foram firmados acordos de cooperação estratégica financeira e a criação do Centro China-Brasil em Aplicação em Inteligência Artificial, que visam fomentar um intercâmbio ainda maior entre as duas nações.

    A assinatura destes acordos acontece apenas dois meses após a visita de Lula a Pequim, onde mais de 30 acordos foram celebrados, destacando a crescente aproximação entre Brasil e China em diversas áreas estratégicas.

  • China e Brasil Fortalecem Parceria Estratégica e Persistem em Compromissos Bilaterais Durante Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro

    Na véspera da 17ª Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, destacou a disposição do seu país em fortalecer a cooperação com o Brasil em diversas áreas estratégicas. Durante um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Li enfatizou que as relações sino-brasileiras vivem um momento de grande potencial, marcado por um compromisso compartilhado em construir um futuro mais justo e sustentável.

    Li Qiang ressaltou a importância de aprofundar parcerias em setores como a economia digital, economia verde, ciência, tecnologia e exploração aeroespacial. Durante a conversa, ele também fez questão de transmitir as saudações do presidente Xi Jinping. Entre os pontos abordados, foi lembrado o consenso estabelecido entre os dois países durante a recente visita de Lula à China, onde os líderes reafirmaram seu apoio ao multilateralismo e expressaram o desejo de transformar essas intenções em benefícios concretos para ambos os povos.

    Além das áreas mencionadas, o premiê chinês abordou a intenção de reforçar laços comerciais, financeiros e de infraestrutura, especialmente no contexto da Iniciativa do Cinturão e Rota, que visa intensificar conexões entre nações através de investimentos e desenvolvimento. Também foi proposto um intercâmbio cultural mais robusto, com foco nas atividades programadas para o Ano Cultural China-Brasil, que ocorrerá em 2026.

    Outro ponto importante discutido foi o apoio chinês ao Brasil na realização da COP30, que acontecerá em Belém do Pará, e a disposição de cooperação em fóruns multilaterais, incluindo a ONU, BRICS e G20. Li Qiang enfatizou a necessidade de uma globalização inclusiva e um mundo multipolar, buscando maior estabilidade e igualdade entre as nações.

    Por sua parte, Lula manifestou a intenção de avançar na amizade e nos laços entre os dois países, reiterando o compromisso do Brasil em ampliar a cooperação nas áreas de ciência, comércio, finanças e meio ambiente. Ao final do encontro, Brasil e China assinaram vários acordos de cooperação, abrangendo inteligência artificial, finanças e desenvolvimento estratégico, consolidando ainda mais a parceria entre as duas nações.

  • NDB: Dilma Rousseff destaca expansão do Banco do BRICS e respeito à soberania dos países na 10ª Reunião Anual, no Rio de Janeiro.

    O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), comumente referenciado como Banco do BRICS, se consolida como uma figura proeminente no cenário financeiro internacional, especialmente entre nações do Sul Global. A instituição, que foi criada por nações em desenvolvimento para servir às suas próprias necessidades, prioriza a igualdade de seus membros e busca promover um ambiente de cooperação financeira. Recentemente, a presidente do NBD, Dilma Rousseff, destacou esses aspectos em uma coletiva de imprensa realizada durante a 10ª Reunião Anual do banco, que teve lugar no Rio de Janeiro.

    Dilma Rousseff enfatizou que o NBD está atualmente focado em duas principais prioridades: a expansão do número de seus membros, incorporando nações estratégicas, e a ampliação dos financiamentos com recursos em moedas locais. Ela anunciou a adesão recente de dois novos países ao banco: Uzbequistão e Colômbia. Rousseff fez questão de ressaltar que a adesão ao banco, assim como a concessão de empréstimos, é feita sem exigências de condicionalidade. Essa abordagem respeitosa à soberania dos países membros é um dos pilares fundamentais da governança do NBD.

    Em suas palavras, Dilma ilustrou a postura do banco, afirmando que não seria correto impor condições sobre investimentos em infraestrutura, como a privatização de empresas estatais, para viabilizar suporte financeiro. Esse compromisso em respeitar as decisões soberanas de cada país membro é fundamental para a credibilidade e sustentação do NBD.

    Outro ponto abordado pela presidente foi a importância do financiamento em moedas locais. Embora Dilma não tenha afirmado categoricamente que um processo de desdolarização esteja em andamento, observou-se que o dólar perdeu parte de sua antiga reputação como um “porto seguro” em tempos de crise. De acordo com Dilma, a dinâmica atual é distinta, já que não houve uma corrida para o dólar em momentos de turbulência econômica, ao contrário do que ocorreu em crises anteriores, como a de 2008.

    Com essas declarações, Dilma Rousseff reafirmou o papel do NBD como uma alternativa viável e respeitosa às práticas tradicionais de instituições financeiras internacionais, colocando as necessidades dos países do Sul Global em primeiro plano.

  • Reino Unido lança vacina experimental contra 15 tipos de câncer; senadora brasileira defende modernização do SUS para acesso a inovações médicas.

    O sistema público de saúde do Reino Unido deu um passo significativo na luta contra o câncer ao lançar uma vacina experimental, carinhosamente chamada de “super dose”. Essa inovação promete atuar contra até 15 tipos diferentes de câncer, incluindo os mais comuns, como os do pulmão, da pele, da bexiga e do rim. Desenvolvida com base no perfil genético de cada tumor, a vacina representa um avanço notável na medicina personalizada, oferecendo esperança para milhões de pacientes ao redor do mundo que enfrentam essa doença devastadora.

    A senadora Dra. Eudócia, com um histórico de atuação em prol da saúde pública, observa atentamente os avanços científicos que têm potencial para mudar a forma como tratamos doenças. Para a senadora, o Brasil não pode ficar à margem dessas inovações. Ela defende que é essencial que o país invista na modernização do Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo acesso a tratamentos que sejam ao mesmo tempo eficazes e personalizados, acompanhando o ritmo das descobertas científicas.

    “Estamos vivendo uma era de progresso científico sem precedentes, e é dever do Estado garantir que essas inovações cheguem a todos os brasileiros. Não podemos permitir que a desigualdade no acesso à saúde limite as opções de tratamento disponíveis à população”, declara a senadora. Sua mensagem reforça a necessidade de um compromisso firme com a ciência e a inovação dentro do sistema de saúde.

    Dra. Eudócia tem se mostrado uma defensora incansável do fortalecimento do SUS, direcionando esforços para fomentar a pesquisa científica, impulsionar inovações tecnológicas e garantir a implementação de práticas baseadas em evidências. Entre suas prioridades estão as vacinas de nova geração, especialmente aquelas que apresentam promissora eficácia na luta contra o câncer. Para a senadora, acompanhar esses desenvolvimentos e adaptá-los ao contexto brasileiro é fundamental para garantir um futuro mais saudável para a população. Assim, ela reacende o debate sobre a importância de alinhar as políticas de saúde à revolução científica que está ocorrendo no mundo, apostando na esperança de um tratamento mais eficaz e acessível.

  • Dilma Rousseff: “NBD é um banco do Sul Global, focado em soberania e financiamento em moedas locais”

    Novo Banco de Desenvolvimento: Um Marco para o Sul Global

    No último sábado, durante a 10ª Reunião Anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco do BRICS, Dilma Rousseff, atual presidenta da instituição, reafirmou o compromisso do NBD com os países do Sul Global. Com sede no Rio de Janeiro, Rousseff enfatizou que “somos um banco feito pelo Sul Global, para o Sul Global”, destacando a essência e a missão do NBD em atender as necessidades específicas desses países, sem impor condicionantes que possam comprometer sua soberania.

    Dilma Rousseff anunciou a entrada de dois novos membros na instituição: o Uzbequistão e a Colômbia. Segundo a líder do banco, a adesão e os empréstimos são realizados com absoluto respeito à autonomia dos estados, o que é um pilar fundamental da governança do NBD. “Não podemos exigir mudanças estruturais em nossos parceiros apenas para conceder financiamentos”, afirmou Rousseff, ressaltando que o banco se diferencia de outras instituições financeiras internacionais por garantir uma abordagem mais equitativa e colaborativa.

    Além da expansão da adesão de novos membros, a presidenta destacou outra prioridade: o financiamento em moedas locais. Embora não se possa afirmar que a desdolarização tenha acontecido de forma efetiva, Dilma observou que a busca pelo dólar como um “porto seguro” não se manifestou na atual crise, diferentemente do que ocorreu em crises anteriores, como a de 2008.

    “Neste episódio, as pessoas não correram para o dólar”, observou Dilma, sinalizando uma possível mudança nas dinâmicas financeiras globais. Essa tendência de diversificação na utilização de moedas locais representa uma nova abordagem em um cenário econômico global em transformação, onde a volatilidade da moeda americana pode não ser mais vista como uma proteção garantida.

    A reunião do NBD não apenas evidenciou a determinação do banco em se fortalecer como uma alternativa viável para os países em desenvolvimento, mas também sinalizou que uma nova era de cooperação financeira está se formando, centrada na autonomia, igualdade e mutualidade entre os membros do Sul Global.