Tag: Desenvolvimento Rural

  • Igaci sedia Encontro Territorial da Segurança Alimentar, promovendo a caprinocultura leiteira e fortalecendo a agricultura familiar no Agreste Alagoano.

    Na manhã de sábado, 12 de agosto, o município de Igaci, situado na zona rural do Agreste alagoano, recebeu o Encontro Territorial da Segurança Alimentar da Caprinocultura Leiteira. O evento, realizado no auditório da AAGRA, no sítio Jacaré, teve como objetivo promover o intercâmbio de conhecimento e fortalecer as iniciativas voltadas à agricultura familiar na região.

    Participaram do encontro representantes de diversas cidades, incluindo Coité do Nóia, Limoeiro de Anadia, Arapiraca, Campo Grande, Palmeira dos Índios, Estrela de Alagoas e Major Isidoro. O evento contou ainda com a presença de organizações respeitadas, como a Embrapa e o Banco do Nordeste, que se uniram à AAGRA (Associação de Agricultores Alternativos) na organização do encontro.

    O vice-prefeito de Igaci, Josenildo França, marcou presença no evento acompanhado de agricultores, técnicos e outras lideranças locais. Durante sua fala, ele destacou a importância da caprinocultura leiteira para o fortalecimento da agricultura familiar na região. Josenildo também ressaltou a firme parceria entre a Prefeitura de Igaci e a AAGRA, que tem gerado resultados positivos significativos no apoio aos produtores locais. “Atualmente, estamos executando o maior programa de aração de terras do estado, o que garante melhores condições de infraestrutura e suporte ao pequeno produtor rural”, afirmou o vice-prefeito.

    Além disso, Josenildo transmitiu uma mensagem do prefeito Petrúcio Barbosa, que não pôde comparecer ao encontro, mas enviou cumprimentos aos presentes e reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento rural. “Tudo isso é fruto da visão do nosso prefeito, que não mede esforços para garantir o melhor para o povo de Igaci”, declarou o vice-prefeito, citando o apoio contínuo da administração municipal às atividades agrícolas.

    O Encontro Territorial se mostrou essencial não só pela troca de experiências, mas também por reforçar a importância da integração entre os municípios da região, firmando a caprinocultura leiteira como uma prioridade na busca pela segurança alimentar e desenvolvimento sustentável do Agreste alagoano. Este evento representa um passo significativo rumo à valorização da produção local e à melhoria das condições de vida dos agricultores da área.

  • ECONOMIA – Ministério Anuncia R$ 1 Bilhão para Microcrédito Rural, Focando no Desenvolvimento de Regiões Norte e Centro-Oeste e Redução das Desigualdades Sociais.

    Em uma coletiva realizada na quarta-feira, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional anunciou um investimento de R$ 1 bilhão voltado para operações de microcrédito rural nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Deste montante, até R$ 500 milhões serão alocados para o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e outra quantia semelhante será destinada ao Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). O ministro Waldez Góes, responsável pela pasta, destacou que a medida visa fomentar o desenvolvimento econômico local, principalmente em áreas com maior vulnerabilidade social.

    Góes enfatizou que o retorno dos programas federais de microcrédito tem apresentado resultados positivos. Segundo o ministro, no ano passado, todos os recursos disponíveis para a região amazônica foram utilizados. Ele expressou confiança no sucesso do plano, especialmente no que tange ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na vertente de microcrédito. O enfoque principal é mitigar desigualdades sociais, promover o desenvolvimento inclusivo e criar oportunidades de renda.

    Para operacionalizar essa iniciativa, será publicado um edital que regulamentará o credenciamento de instituições financeiras encarregadas da concessão de créditos a agricultores familiares. O anúncio foi reforçado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que ressaltou a importância da medida no contexto de uma administração pública que busca justiça tributária e igualdade de oportunidades.

    Teixeira lembrou que o presidente Lula, durante sua campanha, enfatizou a necessidade de incluir os menos favorecidos nos orçamentos públicos. Ele citou que o financiamento de microcrédito é um vetor essencial para essa inclusão social. As condições do Pronaf B preveem juros de 0,5% ao ano, com carência de 12 meses, e limites de crédito que variam conforme o perfil do solicitante.

    Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, também comentou sobre o impacto do microcrédito, ressaltando seu potencial de crescimento, especialmente para pequenos produtores. Ele teceu críticas à taxa básica de juros, a Selic, que atualmente se encontra em 15% ao ano, considerando-a desproporcional em um cenário de inflação controlada e crescimento econômico.

    Fávaro concluiu que iniciativas como o microcrédito são cruciais para impulsionar a economia brasileira e exemplificou isso citando a supersafra do país, que ultrapassou 1 bilhão e 100 milhões de toneladas. Com este conjunto de medidas, o governo colombiano busca não apenas fornecer suporte financeiro, mas também fortalecer o setor agrícola, central à segurança alimentar e à economia nacional.

  • Agrofloresta em Messias: Agricultora Alagoana Transforma Terreno com Práticas Sustentáveis e Contribui para o Futuro Verde da Região

    Cultura e Sustentabilidade em Messias: O Exemplo de Maria José Cavalcante

    Cuidar do meio ambiente é fundamental para um futuro viável, e em Messias, na Zona da Mata alagoana, a agricultora Maria José Cavalcante é um exemplo inspirador desse compromisso. Há 17 anos, no Assentamento Flor do Bosque, Maria José desenvolve um projeto de produção sustentável em 7,5 hectares, implementando um Sistema Agroflorestal (SAF) que integra práticas produtivas com a preservação dos recursos naturais. Essa iniciativa vem promovendo uma verdadeira transformação na qualidade do solo e na paisagem da região.

    Com um sorriso de orgulho, Maria José compartilha a diversidade de sua propriedade: “Cultivamos árvores frutíferas, espécies nativas, medicinais e exóticas, além de uma variedade de café que começou a partir de uma única muda e hoje ocupa três hectares,” conta. Essa abordagem não apenas diversifica a produção, mas também contribui para a recuperação ambiental da área que, anteriormente, era exclusivamente dedicada ao cultivo de cana-de-açúcar.

    O trabalho de Maria é acompanhado por técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri), por meio do Plano ABC+ Alagoas, uma iniciativa estadual que visa promover práticas de agricultura de baixo carbono. Este plano incentiva a implementação de técnicas que diminuem a emissão de gases de efeito estufa, ao mesmo tempo em que aumentam a produtividade e ajudam a equilibrar o clima. Ugo Araújo Souza, Superintendente de Desenvolvimento Agropecuário, afirma que “a agricultura de baixo carbono é o futuro”, destacando a viabilidade da combinação de produtividade com a preservação ambiental.

    O sucesso de Maria José não se limita à produção diversificada; ela também mantém um viveiro que produz mais de mil mudas anualmente de diversas espécies. O adubo que utiliza é resultante de um processo de compostagem natural, garantindo um bioinsumo orgânico de qualidade. Sua atuação reduz a emissão de gases do efeito estufa em 500 toneladas por ano, além de restaurar nascentes e ampliar a biodiversidade local.

    O Plano ABC+ Alagoas possui metas ousadas para expandir práticas sustentáveis em todo o estado, buscando a recuperação de pastagens degradadas, o aumento da área irrigada, e a implementação de sistemas agroflorestais, entre outros objetivos. Essas ações refletem o compromisso do governo alagoano com o desenvolvimento sustentável, garantindo segurança hídrica e fertilidade do solo.

    Maria José Cavalcante não é apenas uma produtora rural; ela é um modelo de como a agricultura pode coexistir de forma harmoniosa com o meio ambiente. A crença de que é possível cultivar respetando a natureza é a mensagem que ressoa em sua jornada. “Se o agricultor tiver seu próprio viveiro, terá autonomia. O que fiz aqui pode ser replicado em diversas terras. É uma questão de acreditar que é possível,” conclui Maria, inspirando outros a seguirem seus passos.