Tag: Desastres

  • Jovem pode ter sobrevivido até 32 horas após queda em trilha na Indonésia, revela nova necropsia; resgate ocorreu quatro dias depois

    A história de Juliana Marins, uma jovem de 26 anos, reverberou em meio à comoção e à triste realidade da imprevisibilidade dos acidentes. Juliana caiu de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, e um novo laudo necroscópico revelou que ela pode ter permanecido viva por até 32 horas após a queda. A informação foi trazida à luz durante uma coletiva de imprensa realizada pela Defensoria Pública da União (DPU) no Rio de Janeiro e se fundamenta em análises entomológicas que examinaram larvas encontradas no corpo da vítima.

    O legista Reginaldo Franklin Pereira, que faz parte da equipe da Polícia Civil do Rio, relatou que a colaboração com a entomologista Janyra Oliveira Costa permitiu calcular o momento da morte de Juliana, o que aconteceu cerca de meio-dia em 22 de junho, horário local. Isso significa que a jovem teria caído às 4h da manhã do dia anterior e, portanto, poderia ter sobrevivido por mais de um dia após sua queda. A causa da morte foi oficialmente classificada como politraumatismo, com lesões advindas de impacto.

    Os especialistas também revelaram que, em decorrência de uma queda subsequente, Juliana sofreu ferimentos que se mostraram fatais. Testemunhas afirmaram ter ouvido os pedidos de socorro da jovem durante mais de 14 horas. No entanto, o resgate só ocorreu quatro dias depois do acidente, em 25 de junho. A primeira autópsia, realizada na Indonésia, foi considerada inconclusiva, o que levou a família de Juliana a solicitar uma nova análise, que foi autorizada pela Justiça Federal.

    O laudo foi apresentado em uma emotiva coletiva que contou com a presença da família de Juliana, defensores públicos e peritos forenses. Durante o evento, os especialistas enfatizaram a importância da metodologia científica em suas conclusões, que evitaram conjecturas e valorizam a precisão dos dados coletados. O legista finalizou a coletiva ressaltando que a determinação do momento da morte baseou-se em fundamentos científicos sólidos e não em suposições meras, oferecendo um sopro de clareza em meio à dor da perda.

  • SENADO FEDERAL – Ministro Explana na Comissão os Desafios da Integração e Aumento de Alertas em Resposta a Desastres Naturais no Brasil em Audiência Pública

    Na última terça-feira, a Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) recebeu o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e seus secretários para uma audiência pública. O encontro teve como foco os desafios enfrentados pelo ministério na mitigação dos danos causados pelas chuvas e a avaliação dos resultados obtidos nos últimos anos, incluindo o significativo aumento no número de alertas de desastres naturais.

    Conforme informou o ministro, os alertas do governo federal dispararam quase 14 vezes entre 2022 e 2024, com os números de 2025 já se aproximando do total registrado no ano anterior. Esta expansão se deve à implementação da ferramenta Defesa Civil Alerta, que envia notificações via celular para avisar os cidadãos sobre riscos de alagamentos, enxurradas e outros desastres naturais. O ministro salientou que, para o sucesso da iniciativa, é essencial que haja um alinhamento com as prefeituras e os estados. Waldez Góes enfatizou a importância de ter um plano de contingência em vigor nas comunidades alertadas, de modo a evitar que um desastre se agrave devido à falta de orientações sobre como proceder em situação de risco.

    Além dos alertas, a discussão também abordou questões relacionadas à infraestrutura. A senadora Professora Dorinha Seabra chamou a atenção para a dificuldade de alguns ministérios em aceitar emendas parlamentares para a manutenção de estradas de terra, que frequentemente se deterioram devido às chuvas. Ela comparou a situação ao ato de “secar gelo”, mencionando que os investimentos em melhorias de estradas muitas vezes se perdem rapidamente após as chuvas. O ministro comentou que o ministério está implementando uma solução de pavimentação mais econômica, que utiliza revestimentos impermeabilizantes para melhorar a durabilidade das estradas.

    Na esfera regional, foi ressaltado que o Rio Grande do Sul recebeu R$ 3,6 bilhões do ministério em resposta às enchentes do ano anterior, beneficiando um número bem maior de famílias do que o previsto inicialmente. Além disso, o senador Alan Rick mencionou os desafios enfrentados pelo Acre, que, depois de sofrer com enchentes, teve que lidar com uma grave seca, levando o governo a decretar estado de emergência.

    Outro ponto discutido foi a questão do saneamento básico, com os parlamentares expressando preocupações sobre o atendimento insuficiente em municípios menores. O diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico informou que o órgão está trabalhando na formulação de normas para padronizar o saneamento no Brasil e garantir tarifas mais acessíveis para a população de baixa renda.

    O encontro ainda abordou a importância dos fundos constitucionais no financiamento de pequenos negócios nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com ênfase no apoio ao empreendedorismo feminino. A senadora Dorinha comentou as dificuldades enfrentadas na destinação de emendas parlamentares, reforçando a necessidade de melhorias nessas áreas.

    Esses diálogos são cruciais para o desenvolvimento regional e para enfrentar os desafios derivados de fenômenos climáticos extremos, bem como para garantir a infraestrutura adequada e a promoção de igualdade nas oportunidades de desenvolvimento em todo o Brasil.

  • Mais de 300 mortos em 48 horas na Faixa de Gaza devido a ataques israelenses intensificam crise humanitária e agravam conflitos regionais.

    Conflito na Faixa de Gaza: Mais de 300 mortos em 48 horas de bombardeios

    Nos últimos dois dias, a situação na Faixa de Gaza se intensificou de maneira alarmante, resultando na morte de mais de 300 pessoas em decorrência de ataques aéreos israelenses, de acordo com informações oficializadas por fontes locais nesta quarta-feira. Os bombardeios, que atingiram predominantemente áreas civis, foram descritos como uma série de 26 ataques, deixando também centenas de feridos e desaparecidos.

    A escalada de violência ocorre em um contexto de crescente tensões entre Israel e o grupo palestino Hamas, que lançou um ataque de grande escala contra o território israelense. Este conflito, que teve início em outubro de 2023, viu a incursão de militantes do Hamas nas áreas fronteiriças, resultando em confrontos com as forças armadas israelenses e em efeitos devastadores para a população civil.

    Em resposta aos intensos ataques, o exército israelense, através da operação chamada “Espadas de Ferro”, não hesitou em atingir alvos no enclave, levando a uma crise humanitária sem precedentes, marcada pela escassez de recursos essenciais, como água, eletricidade, alimentos e medicamentos. Este bloqueio severo agravou ainda mais a situação dos habitantes da região, muitos dos quais já viviam em condições extremas antes do início dos bombardeios.

    Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem que Israel aceitou uma proposta de cessar-fogo, que teria duração de 60 dias. Durante esse período, espera-se que as partes envolvidas busquem um acordo para pôr fim a este conflito devastador, que já resultou na morte de aproximadamente 60 mil palestinos, ainda que algumas organizações internacionais indiquem que esse número pode ser significativamente maior. Trump também advertiu o Hamas sobre as possíveis consequências de não aceitar a trégua, indicando que a situação pode piorar ainda mais.

    O conflito em Gaza não se restringe mais a essa única região; há sinais de uma crescente escalada que afeta também áreas adjacentes, como o Líbano e o Iémen, levando a uma preocupação internacional quanto à segurança e à estabilidade no Oriente Médio. Essa série de eventos trágicos traz à tona a grave crise humanitária vivida por milhares de palestinos, que enfrentam um futuro incerto em meio à contínua violência.