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  • SENADO FEDERAL – Senador Izalci Lucas Critica Supremo e Avisa: “Decisões Buscam Impedir Candidatura de Bolsonaro em 2026”

    Na última terça-feira, o senador Izalci Lucas (PL-DF) utilizou sua fala no Plenário para expressar veementes críticas à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que não apenas suspendeu atos do governo relacionados ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mas também convocou os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para uma audiência referente ao tema. Para Izalci, essa atitude do STF representa uma tentativa de reafirmar sua autoridade sobre os demais Poderes da República, uma postura com a qual ele não concorda.

    O senador argumentou que o decreto que propunha o aumento do IOF foi derrubado pelos parlamentares com uma ampla maioria, evidenciando uma clara resistência à medida. Ele definiu o decreto como inconstitucional, ressaltando que o IOF não deve ser utilizado como ferramenta arrecadatória, mas sim como um instrumento para regular o mercado de câmbio em situações excepcionais. A reação do STF, conforme Izalci, ao declarar a inconstitucionalidade do decreto e ainda ultrapassar o papel do Congresso ao convocar seus presidentes, é vista por ele como uma tentativa de impor uma hierarquia de poder que deslegitima a atuação do Legislativo.

    Além disso, o senador também dirigiu suas críticas a decisões anteriores do STF, como a que declarou parcialmente inconstitucional o artigo 19 do Marco Civil da Internet. Esse artigo abordava a responsabilização de plataformas online por conteúdos gerados por usuários. O entendimento do STF, que exigiu uma revisão na forma como as plataformas moderam conteúdos, foi encarado por Izalci como um deslocamento da responsabilidade de censura para o setor privado. Ele defendeu, ainda, a necessidade de um mecanismo judicial mais ágil, que permita decisões rápidas em relação a conteúdos, sem que plataformas precisem tomar essas decisões de forma isolada.

    Izalci também fez questão de esclarecer que acredita que as ações judiciais contra Jair Bolsonaro visam deslegitimar sua participação nas eleições de 2026. O senador afirmou que essas acusações não estão relacionadas a corrupção, mas sim são estratégias para impedir que o ex-presidente se candidate novamente. Ele enfatizou que a perseguição ao político é baseada em crimes inexistentes, apontando para um medo do que Jair Bolsonaro representa no cenário político atual. Essa postura delineia um contexto de tensões entre os Poderes e levanta questionamentos sobre a autonomia e ações do Judiciário em relação ao Legislativo.

  • POLÍTICA – Advogado Defende Projeto para Conter Judicialização no STF e Fortalecer o Papel do Congresso Nacional

    O renomado advogado Adeilson Bezerra lançou luz sobre uma questão que vem preocupando muitos observadores da política nacional: a inversão de papéis entre os poderes da República. Bezerra destaca que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido frequentemente envolvido para decidir sobre temas que, originalmente, deveriam ser competência do parlamento. Ele ressalta que essa não é uma crítica direta ao STF, uma vez que o tribunal apenas age quando provocado. No entanto, ele acredita que o uso excessivo da Corte tem gerado um protagonismo desmedido e prejudicial.

    Esse fenômeno, conhecido como judicialização da política, configura o que Bezerra denomina “Supremocracia”. Para ele, isso corrói o papel do Congresso e compromete o funcionamento democrático. Em meio a esse cenário, surge como relevante o projeto de lei proposto pelo senador Davi Alcolumbre, que busca estabelecer critérios de representatividade para que partidos políticos possam questionar decisões legislativas no STF.

    Bezerra elogia o projeto, considerando-o uma medida urgente e corajosa para conter a judicialização excessiva. A proposta sugere a restrição de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) por parte de partidos com baixíssima representatividade, os quais, segundo o advogado, conseguem interromper e até mesmo anular decisões do parlamento que foram aprovadas por ampla maioria.

    Bezerra enfatiza que sua crítica não se destina ao judiciário, mas sim às estratégias de alguns partidos para compensar sua fragilidade política, o que acaba enfraquecendo a democracia e o papel do eleitor. Ele conclui defendendo a necessidade de devolver ao Congresso sua função constitucional plena, considerando o projeto de Alcolumbre um passo importante para reforçar o respeito ao cidadão e à soberania popular.

  • Haddad Afirma que Decisões do STF Reforçam Democracia e Defende Diálogo entre os Poderes na Busca por Equilíbrio Institucional

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou recentemente da 10ª reunião do conselho do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), realizada no Rio de Janeiro. Durante o encontro, Haddad abordou com a imprensa a relevância do Supremo Tribunal Federal (STF) no delineamento das competências entre os diferentes poderes do Estado. Ele enfatizou que, ao contrário do que muitos afirmam, não há uma crise institucional em andamento no Brasil.

    Em suas declarações, Haddad foi questionado sobre múltiplos temas, incluindo a recente derrota do governo relacionada ao IOF e a proposta de taxação sobre os mais ricos. O ministro defendeu o papel crucial do STF, afirmando que a Corte tem sido chamada a se pronunciar sobre questões fundamentais para a execução orçamentária e o equilíbrio das contas públicas. Segundo ele, as decisões do STF têm proporcionado marcos importantes para a institucionalidade democrática e a política econômica do país.

    Haddad também mencionou três decisões recentes do STF que, em sua visão, ajudam a normalizar a relação entre os poderes e a fortalecer as instituições democráticas. Embora não tenha detalhado quais seriam essas decisões, afirmou com convicção que todas elas caminham na direção da estabilização das relações políticas.

    Na área econômica, o ministro ressaltou que o governo está incentivando ajustes necessários nas contas públicas sem penalizar a população de baixa renda, destacando a importância de fechar as brechas que favorecem a sonegação fiscal. Ele afirmou que todos devem colaborar para a saúde fiscal do país, evitando que os trabalhadores arcam com os ônus necessários para ajustar as finanças públicas.

    Sobre a possibilidade de reconciliação entre os poderes, Haddad expressou um otimismo cauteloso, especialmente após decisões liminares do ministro Alexandre de Moraes. Ele ressaltou que essas decisões têm aberto espaço para um diálogo mais construtivo entre as instituições, evidenciando que os arranjos constitucionais resultantes são benéficos para a nação.

    Finalmente, ao ser indagado sobre a audiência de conciliação marcada no STF, o ministro se mostrou esperançoso. Ele acredita que as diretrizes estabelecidas pelas liminares são um caminho promissor, essencial para garantir a definição clara das competências constitucionais, o que deverá beneficiar não apenas o governo atual, mas também futuros presidentes.