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  • Crescimento da Economia Chinesa Chega a 5,2% no Segundo Trimestre, Apesar das Tensões Comerciais com os Estados Unidos

    A economia da China apresentou um crescimento significativo de 5,2% no segundo trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país. Essa expansão do Produto Interno Bruto (PIB) ocorre em um cenário marcado por tensões comerciais persistentes com os Estados Unidos e a manutenção de uma trajetória de crescimento que já havia registrado 5,4% no primeiro trimestre do ano.

    A performance do mercado chinês no primeiro semestre pode ser atribuída a uma combinação de estímulos governamentais e uma trégua temporária nas disputas comerciais com o governo americano. Essa pausa nas hostilidades permitiu que os exportadores antecipassem suas transações, preparando-se para possíveis aumentos nas tarifas, o que resultou em uma ligeira elevação nas exportações chinesas. No entanto, especialistas indicam que a segunda metade do ano pode apresentar desafios adicionais, à medida que as incertezas econômicas e as tensões comerciais se intensificam.

    A estratégia do governo chinês visou não apenas fortalecer suas exportações, mas também estimular a economia interna em um momento em que a demanda global pode ser volátil. Os analistas projetam que, para sustentar esse ritmo de crescimento, serão necessários esforços contínuos para mitigar os efeitos da guerra comercial e para incentivar o consumo interno, que é um pilar crucial do crescimento econômico.

    É evidente que, apesar do crescimento registrado, a economia da China enfrenta uma série de obstáculos que podem afetar sua trajetória nos próximos meses. A vigilância em relação às políticas comerciais dos EUA e aos possíveis desdobramentos de uma nova escalada nas tarifas são fatores que continuam a gerar incertezas para o futuro econômico do país asiático. A resiliência da economia chinesa, contudo, será posta à prova, e os próximos trimestres serão decisivos para determinar se o crescimento poderá ser mantido em um cenário global desafiador. Com essa combinação de desempenho positivo e desafios iminentes, os olhos do mundo permanecem voltados para a China, na expectativa de como a nação lidará com as pressões internas e externas.

  • Vendas de combustíveis no Brasil em 2024: gasolina em queda, etanol e biodiesel em alta significativa

    Em 2024, o Brasil registrou um impressionante volume de 133,1 bilhões de litros em vendas de combustíveis líquidos automotivos, conforme os dados recentemente divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esta quantidade reflete a movimentação do setor, destacando-se a gasolina C, que, após a adição de etanol anidro, alcançou 44,19 bilhões de litros. No entanto, esse valor representa uma diminuição de 4% em relação a 2023, demonstrando uma leve queda na demanda deste combustível tradicional.

    Em contrapartida, o etanol hidratado, utilizado como opção sustentável, mostrou um desempenho exuberante, com vendas chegando a 21,66 bilhões de litros, resultando em um crescimento de 33,4%. Esses números reforçam a tendência crescente da busca por fontes renováveis, alinhando-se com as políticas de sustentabilidade e redução de emissões de gases poluentes.

    No segmento do diesel B, que já conta com a adição de biodiesel, os números apresentaram um aumento de 2,6%, com 67,25 bilhões de litros comercializados. Esse crescimento é um indicativo de que o mercado está se adaptando, aumentando a participação de biocombustíveis em resposta à demanda por alternativas mais sustentáveis.

    Os dados foram apresentados em um seminário híbrido realizado no Rio de Janeiro, onde a ANP, representada por seus diretores, abriu as discussões sobre as avaliações do mercado de combustíveis até 2025. O evento reuniu agentes do setor e interessados, proporcionando uma plataforma para o diálogo sobre as tendências e desafios futuros.

    Além disso, a produção de gasolina A, que é o combustível puro antes da mistura com etanol, manteve-se robusta, compreendendo 90% da oferta interna, com as importações preenchendo a lacuna de 10%. O cenário do diesel A, por sua vez, também incluiu uma significativa dependência de importações, que somaram 25% do total de vendas.

    O gás liquefeito de petróleo (GLP) também registrou um crescimento de 2,2% em 2024, totalizando 7,57 milhões de metros cúbicos comercializados, com as importações respondendo também por 25% deste montante. O biodiesel segue uma tendência de alta, com seu volume de vendas alcançando 8,96 bilhões de litros, um salto em relação aos 7,34 bilhões em 2023, impulsionado pelo aumento do teor de biodiesel no diesel fóssil de 12% para 14%.

    Esses dados ressaltam a dinâmica do mercado de combustíveis no Brasil, refletindo tanto desafios quanto oportunidades para o setor, que busca um equilíbrio entre demanda e sustentabilidade em um cenário em constante evolução.

  • Crescimento de Think Tanks Impulsiona Desenvolvimento do BRICS com Foco em Inovação e Soberania Digital

    Nos últimos anos, a expansão e consolidação do BRICS têm gerado um impacto significativo em várias esferas, especialmente no desenvolvimento de think tanks e instituições de pesquisa que se dedicam a estudar e promover as dinâmicas do grupo. De acordo com Camila Modanez, diretora de projetos do iBRICS+, essa crescente transformação se reflete no crescente interesse por parte de grupos de pesquisa acerca do BRICS, que se torna um elemento vital para o intercâmbio cultural e científico entre seus membros.

    Modanez defende que o Brasil, fortemente influenciado pela cultura norte-americana e europeia, deve buscar diversificar seus referenciais e fortalecer laços com outros parceiros do grupo. O iBRICS+, sob sua liderança, não apenas promove eventos para apresentar estudos e conectar pessoas, mas também tem um papel ativo em iniciativas concretas. Um dos projetos em andamento, por exemplo, envolve a parceria com o governo do Maranhão para intercâmbio de estudantes e desenvolvimento de habilidades técnicas com instituições russas.

    Entretanto, o desenvolvimento de um ecossistema de cooperação formal entre think tanks e universidades ainda apresenta desafios. Embora iniciativas individuais já estejam em andamento, a criação de uma plataforma digital que conecte os diversos projetos ainda é um pré-requisito para uma colaboração efetiva. O financiamento dessas iniciativas é um dos principais obstáculos enfrentados.

    Isabela Rocha, pesquisadora da Universidade de Brasília e presidente do Fórum para Tecnologia Estratégica do BRICS+, acrescenta que a institucionalização do BRICS é crucial para formalizar a atuação desses think tanks. A especialista ressalta a necessidade de acordos e regulamentações que garantam respaldo internacional para as iniciativas que emergem desse ecossistema.

    A proposta de criar métodos alternativos de pagamento, assim como uma criptomoeda própria para o BRICS, reflete a urgência de desenvolver um sistema financeiro que não dependa do SWIFT. Além disso, Rocha enfatiza a importância da soberania digital, ressaltando a necessidade de data centers locais que promovam segurança e proteção dos dados nacionais.

    Nesse contexto, a promoção da soberania tecnológica se destaca como um objetivo central das ações dessas entidades. O desenvolvimento de infraestrutura crítica, como a construção de data centers em solo nacional, é um passo necessário para garantir a segurança digital e afastar a dependência de tecnologias estrangeiras. Este caminho, embora repleto de desafios, é considerado imprescindível para que o BRICS possa desempenhar um papel significativo na nova ordem mundial multipolar.

  • Lula e os Cartões Corporativos: Despesas de R$252 mil em Julho Levam a Críticas e Sigilos na Presidência. Gastos Superam R$56 Milhões no Primeiro Semestre.

    Em um cenário marcado pela crescente discussão sobre a transparência nos gastos públicos, veio à tona um episódio que levanta preocupações em relação à utilização dos cartões corporativos do governo federal. Durante o mês de julho, um cartão vinculado à Presidência da República, sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva, efetuou um pagamento referente a uma única conta no valor impressionante de R$ 252 mil. Apesar do montante exorbitante, os detalhes dessa transação permanecem envoltos em sigilo, o que gera inquietações nos cidadãos sobre a real natureza das despesas.

    No geral, os cartões corporativos, um mecanismo comum usado por altos funcionários para cobrir despesas, têm mostrado um uso substancial. Apenas no primeiro semestre deste ano, esses cartões geraram uma despesa de mais de R$ 56 milhões, financiados pelos contribuintes. O Ministério da Justiça, notadamente com a participação da Polícia Federal, lidera o ranking de gastos, alcançando R$ 15,3 milhões, seguido pela própria Presidência, que consumiu R$ 12 milhões, distribuídos entre apenas 11 portadores de cartões.

    Em um mês anterior, outra despesa alarmante foi registrada, com um pagamento de R$ 189 mil também atribuído a um cartão da Presidência. Em um governo que contabiliza aproximadamente 4.325 cartões em funcionamento, a média mensal de gastos fica em torno de R$ 12,5 mil, um valor que ultrapassa em mais de oito vezes o salário mínimo no país. Esses números alarmantes não incluem os R$ 216,3 milhões dos cartões utilizados pela Defesa Civil, fundamental em situações emergenciais em diferentes estados.

    Esses dados provocam um questionamento sobre o uso consciente e ético dos recursos públicos, especialmente em um período em que a população clama por maior responsabilidade fiscal e transparência por parte de suas autoridades. O cenário levanta não apenas a reflexão sobre gastos em épocas de dificuldades financeiras, mas também sobre a necessidade de uma gestão que preze pelo bem-estar dos cidadãos e pela prestação de contas clara e acessível. Diante desses acontecimentos, a sociedade observa com atenção e expectativa como as autoridades responderão às demandas por esclarecimentos e responsabilidade.

  • ECONOMIA – Setor de Serviços Cresce 0,1% em Maio, Alcançando Novo Pico Histórico e Superando Nível Pré-Pandemia com Quatro Meses de Alta Consecutiva

    O setor de serviços, que abrange uma variedade de atividades como transporte, turismo, restaurantes, salões de beleza e tecnologia da informação, registrou um crescimento de 0,1% entre abril e maio deste ano. Esse resultado marca o quarto mês consecutivo de alta para o segmento, que voltou a atingir o nível mais elevado de sua série histórica, igualando o patamar alcançado em outubro de 2024.

    Os dados são oriundos da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que iniciou sua série histórica em janeiro de 2011. O desempenho de maio representou um crescimento significativo de 3,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 3% no acumulado dos últimos 12 meses. O setor de serviços se destaca por estar 17,5% acima dos níveis pré-pandêmicos observados em fevereiro de 2020, sendo uma das principais atividades empregadoras da economia nacional.

    Nos últimos quatro meses, as atividades do setor acumularam uma alta total de 1,6%. Fevereiro apresentou o melhor resultado do ano até agora, com crescimento de 0,9% em comparação a janeiro. Na análise entre abril e maio, três grupos de atividades apresentaram resultados positivos, enquanto outros oscilaram:

    – Serviços para as famílias: -0,6%
    – Serviços de informação e comunicação: 0,4%
    – Serviços profissionais e administrativos: 0,9%
    – Transportes, armazenagem e correio: -0,3%
    – Outros serviços: 1,5%

    Segundo analistas, uma contribuição significativa para esse crescimento veio dos serviços profissionais e administrativos, que englobam várias atividades, como agenciamento publicitário, serviços de engenharia e plataformas de negócios digitais. O aquecimento do mercado de trabalho, evidenciado pela redução da taxa de desemprego, que caiu para 6,2%, o nível mais baixo para esse período desde 2012, tem tido um impacto direto no aumento da massa salarial e, consequentemente, nas despesas com bens e serviços.

    Além disso, o Índice de Atividades Turísticas (Iatur) reportou uma queda de 0,7% na comparação entre abril e maio, seguindo uma expansão de 3,2% no mês anterior. Entretanto, quando comparado a maio de 2024, o índice apresentou um crescimento expressivo de 9,5%, impulsionado por áreas como transporte aéreo, hotéis e serviços de reservas. Esse segmento se encontra 12,4% acima dos níveis pré-pandemia.

    O levantamento do IBGE é parte de um conjunto de pesquisas mensais que também abrange a indústria e o comércio. Recentemente, o instituto divulgou que a produção industrial caiu 0,5% em maio, enquanto o comércio teve uma diminuição de 0,2% em relação ao mês anterior, evidenciando uma performance variada entre os setores da economia. Apesar dessas oscilações, a indústria acumulou um crescimento de 2,8% em 12 meses e o comércio, 3%. Essa panorama oferece uma visão abrangente e multifacetada do estado atual da economia brasileira.

  • ECONOMIA – Produção de motocicletas no Brasil cresce 15,3% no primeiro semestre de 2025, alcançando 1.000.749 unidades, com boas expectativas para o futuro.

    No primeiro semestre de 2025, a produção de motocicletas no Brasil alcançou a impressionante marca de 1.000.749 unidades, um aumento significativo de 15,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram revelados nesta sexta-feira pela entidade que representa os fabricantes do setor. Somente em junho, foram produzidas 154.113 motocicletas, marcando um crescimento robusto de 45% em relação a junho de 2024; no entanto, isso representa uma queda de 10,7% em comparação ao mês anterior.

    O presidente da associação setorial enfatizou que o mercado de motocicletas continua operando em sua capacidade máxima, atendendo tanto à demanda de consumidores que utilizam as motos como meio de transporte quanto àqueles que as empregam como ferramenta de trabalho. Ele destacou que, apesar das boas perspectivas para o segundo semestre, o cenário econômico vigente, particularmente no que se refere a taxas de juros e inflação, requer vigilância.

    No que diz respeito às vendas, os números também impressionam. O total de emplacamentos de motocicletas foi de 1.029.546, representando um crescimento de 10,3% em relação ao ano passado. No mês de junho, os emplacamentos somaram 179.407 unidades, apresentando um aumento de 8,2% no comparativo anual, mas uma retração de 7,2% se comparado a maio. A média diária de vendas no mês, considerando 20 dias úteis, foi de 8.970 motos.

    Este desempenho resultou em um dos melhores resultados da história, tanto para o primeiro semestre quanto para o mês de junho. Com uma perspectiva otimista, a expectativa é de que em 2025 sejam emplacadas cerca de 2.020.000 motocicletas, o que corresponderia a um crescimento de 7,7% em relação a 2024.

    Além do mercado interno, as exportações também mostraram um desempenho positivo, com um crescimento de 18,5% nos seis primeiros meses do ano, totalizando 18.611 unidades embarcadas. Em junho, 3.065 motocicletas foram destinadas ao exterior, representando um aumento de 39,1% em relação ao mesmo mês de 2024, embora tenha havido uma queda de 9,3% em relação ao mês anterior.

    A previsão que permeia o setor é promissora, apontando para um crescimento contínuo, tanto na produção quanto nas vendas e exportações, refletindo um mercado que se fortalece e se adapta às demandas do consumidor brasileiro.

  • ECONOMIA – Brasil se prepara para safra recorde de grãos com aumento de 339,6 milhões de toneladas, impulsionada por tecnologia e políticas públicas eficazes.

    O Brasil se prepara para uma safra histórica de grãos, com projeções que indicam um aumento considerável na produção em relação aos ciclos anteriores. Impulsionado por um clima favorável, ampliação da área cultivada e investimentos em tecnologia, o país deve colher aproximadamente 339,6 milhões de toneladas nesta temporada. Essa estimativa representa um crescimento de 14,2% em comparação com a safra do ano passado, refletindo um panorama otimista para o setor agrícola brasileiro.

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destaca que a área plantada atingiu 81,8 milhões de hectares, aumentando 2,3% em relação ao ano anterior. Embora as condições climáticas tenham impactado negativamente o plantio de culturas de inverno, como trigo e aveia, outros cultivos progrediram de maneira satisfatória em seus ciclos.

    Entre as principais culturas, a soja se destaca com uma produção prevista de 169,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior. Essa elevação na produção se deve, em parte, ao recorde na produtividade média. O milho também se mostra promissor, com a expectativa de alcançar 132 milhões de toneladas nas três safras, aumentando 14,3%.

    No que diz respeito ao algodão, a produção está estimada em 3,9 milhões de toneladas, refletindo um crescimento de 6,4% em virtude do maior incentivo à área cultivada. O arroz, que já teve sua colheita finalizada, mostra sinais de recuperação, alcançando 12,3 milhões de toneladas, um aumento significativo de 16,5%. Este crescimento é atribuído tanto ao aumento da área plantada quanto às condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul.

    Entretanto, nem todas as culturas estão apresentando resultados positivos. O feijão, por exemplo, deve produzir 3,15 milhões de toneladas, o que representa uma ligeira queda de 1,3%. Contudo, a primeira safra teve um desempenho encorajador, com um crescimento de 12,8%.

    No âmbito comercial, a recente elevação na mistura obrigatória de biodiesel deve beneficiar o mercado de soja, com uma demanda em ascensão por esmagamento. As previsões indicam um aumento na produção de óleo e farelo, enquanto as exportações de soja em grão devem se manter estáveis.

    Em relação ao milho, a forte demanda interna, especialmente para a produção de etanol, deve absorver a maior parte do aumento na oferta. A estimativa é de que 90 milhões de toneladas sejam direcionadas ao consumo doméstico, com exportações podendo ter uma leve queda. A produção de arroz, por sua vez, poderá reverter este cenário, viabilizando um crescimento nas exportações à medida que os estoques finais aumentam.

    Esse cenário positivo reforça a importância do agronegócio para a economia brasileira, evidenciando não apenas a capacidade do país em aumentar sua produção, mas também a relevância do setor na dinâmica de comércio internacional e no fortalecimento da segurança alimentar.

  • Preço do café arábica sobe 1,6% após EUA anunciarem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros

    Na última quinta-feira, o mercado de café arábica viu um aumento significativo de quase 1,6% em seus preços nas bolsas globais, uma reação direta ao anúncio feito pelos Estados Unidos sobre a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros. Estes tributos, que entrarão em vigor em 1º de agosto, serão de 50% sobre todas as mercadorias provenientes do Brasil, país que desempenha um papel essencial na produção de café arábica em nível mundial.

    Com a nova política comercial, os futuros de café arábica para setembro apresentaram um crescimento de 1,55%, atingindo o patamar de R$ 18 por libra-peso, o que equivale a aproximadamente R$ 38,2 mil por tonelada. Essa alta nos preços do arábica contrasta com a situação da variedade robusta, que, por outro lado, enfrentou uma queda de 3,17%, alcançando seu valor mais baixo desde maio do ano anterior,iferindo-se a R$ 20,160 por tonelada.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, justificou a imposição das tarifas em uma carta oficial, enfatizando preocupações econômicas que, segundo ele, justificam a medida. Em resposta, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente brasileiro, declarou que o Brasil não hesitará em adotar contramedidas apropriadas sob a Lei de Reciprocidade Econômica, alertando sobre as possíveis repercussões da decisão americana.

    Esses eventos não ocorrem em um vácuo. A relação comercial entre os dois países tem sido marcada por tensões, e o agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional, está no centro desse embate. O café, principal produto de exportação do Brasil, representa não apenas uma fonte de renda para milhões de produtores, mas também é cuidadosamente monitorado por seus impactos nas economias globais.

    A resposta do mercado ao anúncio de tarifas evidencia a sensibilidade dos preços agrícolas a mudanças políticas e comerciais. A continua interdependência entre as economias dos EUA e do Brasil, especialmente no setor de commodities, sugere que mudanças adicionais podem ocorrer à medida que ambos os países buscam equilibrar seus interesses econômicos e comerciais. Assim, o futuro próximo pode ser crucial para o mercado de café e suas dinâmicas comerciais.

  • Salário mínimo será reajustado para R$ 1.630 em 2026, o maior valor real em 50 anos, segundo anunciamento da ministra Simone Tebet.

    Na última terça-feira, 8 de agosto, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, fez um anúncio de grande impacto durante uma audiência pública na Comissão Mista de Orçamento. Após anos de estagnação, o salário mínimo brasileiro passará de R$ 1.518 para R$ 1.630 a partir de 2026. Este é um reajuste que promete ser o maior ganho real em meio século, levantando expectativas de mudança e evolução nas condições de vida da população.

    Simone enfatizou que a elevação do salário mínimo não se trata apenas de um incremento nominal, mas sim de uma recuperação do poder de compra, algo fundamental para resgatar a dignidade dos trabalhadores. Com um aumento de aproximadamente 7,38%, essa correção visa fortalecer o mercado interno e possibilitar que os brasileiros tenham mais acesso a bens essenciais. “Esse aumento significa mais comida na mesa, mais dignidade no fim do mês e mais justiça para quem sempre foi deixado para trás”, destacou o deputado Cauê Castro durante a audiência.

    Essa política de valorização do salário mínimo representa não apenas uma promessa, mas uma ação concreta do governo, que prioriza o bem-estar social em vez de optar por medidas austeras que poderiam castigar ainda mais os cidadãos. A Ministra desafiou os críticos, especialmente aqueles que promovem soluções de arrocho, afirmando que este governo opta pela valorização do povo, mostrando-se comprometido com a classe trabalhadora.

    O marco do reajuste reflete a retórica do presidente Lula sobre a necessidade de retomar as políticas que garantem a dignidade dos trabalhadores brasileiros. Em tempos em que o salário mínimo não conseguia cobrir as necessidades básicas, o novo patamar representa uma mudança significativa, simbolizando esperança e uma nova era de oportunidades. “Quando o governo é sério, quando governa com o povo e para o povo, as mudanças acontecem”, finalizou Cauê Castro, ressaltando que essa proposta poderá gerar descontentamento entre as elites e políticos tradicionais, mas é um passo necessário para criar um Brasil mais justo e igualitário.