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  • Paulo Coelho revela impacto de Raul Seixas em sua escrita e recorda colaborações musicais durante a contracultura dos anos 70.

    Recentemente, Paulo Coelho compartilhou em suas redes sociais uma memória marcante sobre sua amizade com o icônico cantor e compositor Raul Seixas. O autor, conhecido por suas obras de renome que encantam leitores ao redor do mundo, revelou que Raul teve um papel crucial em sua trajetória literária ao ajudá-lo a “simplificar a maneira de escrever”. Essa reflexão surge em um contexto nostálgico, onde Coelho evoca um tempo em que ambos eram parte da vibrante contracultura brasileira, marcada por um estilo de vida alternativo e uma busca intensa por autenticidade.

    Na postagem, Coelho fez menção a uma época em que Raul carinhosamente o chamava de “Paulete”, enquanto eles navegavam juntos pelas nuances da arte e da música. Ele recordou a famosa frase: “Quem não tem colírio usa óculos escuros”, que se tornou uma espécie de lema em meio aos desafios da vida. Essa expressão não é apenas uma referência ao estilo pessoal da época, mas também um eco das dificuldades enfrentadas por tantos artistas em busca de seus sonhos.

    Além de recordar sua amizade, Coelho listou algumas das letras memoráveis que os dois compuseram em parceria, demonstrando a profundidade de sua colaboração. Entre as canções citadas estão clássicos como “Gita”, “Tente Outra Vez”, “Óculos Escuros”, “Medo da Chuva”, “Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás” e “Sociedade Alternativa”. Cada uma dessas músicas não apenas marcou a trajetória de Raul, mas também expressou um espírito de liberdade e um forte desejo de mudança social.

    A postagem de Coelho foi inspirada pela recente minissérie “Raul Seixas: Eu Sou”, que presta homenagem ao cantor e reforça a relevância de sua obra na cultura brasileira. É interessante notar como a memória e a música se entrelaçam, perpetuando a mensagem de Raul e seu impacto duradouro na vida de muitos, incluindo a de Coelho.

    Enquanto Paulo Coelho continua a brilhar na cena literária com suas obras, que incluem clássicos como “O Alquimista” e “Brida”, é notável perceber a forma como ele valoriza suas raízes e amigos, reconhecendo que a simplicidade e a autenticidade são fundamentais, tanto na escrita quanto na vida. Essa lembrança compartilhada celebra não apenas um grande artista, mas também a força da amizade e da colaboração criativa que moldou sua trajetória.

  • Rio Grande do Sul se destaca com nova sede da Invest RS em SP e investimentos de R$ 1 bilhão em semicondutores e inovação tecnológica.

    Rio Grande do Sul Inaugura Nova Sede da Invest RS em São Paulo: Foco em Atração de Investimentos

    A Invest RS, responsável por atrair investimentos para o Rio Grande do Sul, agora conta com uma nova sede localizada perto da Avenida Faria Lima, um dos mais emblemáticos endereços do mercado financeiro brasileiro. A escolha desse local não é mera coincidência; a agência visa estabelecer conexões diretas entre o setor produtivo do estado e as oportunidades emergentes na América Latina.

    Ao estabelecer uma presença estratégica em São Paulo, a Invest RS pretende destacar o Rio Grande do Sul como um ativo central em áreas cruciais como tecnologia, energias renováveis, agroindústria e inovação industrial. Essa estratégia pretende posicionar o estado como um referencial no cenário econômico nacional e internacional.

    No setor de semicondutores, o Rio Grande do Sul possui uma infraestrutura robusta, que inclui renomados parques tecnológicos e centros de pesquisa como o Tecnopuc e o Tecnosinos. Esses hubs de inovação são vitais para o avanço da indústria de máquinas e equipamentos. Recentemente, dois projetos foram formalizados na nova sede em São Paulo. Os acordos com as empresas Tellescom Semicondutores e Chipus Microeletrônica, que somam mais de R$ 1 bilhão em investimentos e prometem a criação de mil novos empregos, são um claro indicativo do potencial do estado.

    O protocolo estabelecido com a Tellescom aborda a utilização de um terreno em Cachoeirinha para a instalação de unidades de semicondutores, focando na fabricação de componentes eletrônicos cruciais para setores como telecomunicações, automotivo e computação avançada. A Chipus, por sua vez, contará com suporte da Invest RS para o desenvolvimento de um centro de pesquisa em microeletrônica, visando a produção de semicondutores voltados para inteligência artificial e computação quântica.

    Além de contar com mão de obra qualificada, o estado apresenta uma tradição industrial consolidada, com empresas de renome atuando por décadas. O ecossistema de inovação é igualmente robusto, respaldado por incubadoras e aceleradoras que favorecem novas empresas.

    Na seara de biocombustíveis, o Rio Grande do Sul se destaca como um dos principais produtores de soja e milho, essenciais para a produção de biodiesel. O estado já está investindo no Programa RS H2V, que incentiva a cadeia produtiva do hidrogênio verde.

    O agronegócio gaúcho, consolidado na produção de grãos e carnes, também se destaca pela qualidade superior de suas criações, como as raças Hereford e Angus, reconhecidas por seus cortes de alta qualidade. Além disso, a cadeia petroquímica local abriga indústrias que vão da transformação de resinas a soluções em reciclagem, apoiadas por um contingente de pesquisadores altamente qualificados.

    Com a nova sede em São Paulo, a Invest RS intensifica sua missão de consolidar o Rio Grande do Sul como um polo de inovação e desenvolvimento econômico, impulsionando uma nova era de oportunidades para o estado.

  • ARAPIRACA – Arapiraca e Ufal Unem Forças para Criar Banco de Dados em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

    Na quarta-feira, 9 de julho, um encontro significativo ocorreu entre representantes da Prefeitura de Arapiraca e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O objetivo central da reunião foi discutir o desenvolvimento de um banco de dados municipal focado na proteção dos direitos das crianças e adolescentes. Essa iniciativa é uma parte essencial do compromisso das instituições de promover a segurança e o bem-estar dos jovens na comunidade.

    Participaram do encontro figuras de destaque, como Radamés Pereira, superintendente de Direitos Humanos e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), e Elthon Allex da Silva Oliveira, diretor acadêmico da Ufal. Também estiveram presentes Arnaldo Tenório, diretor geral do campus, e o estudante Gabryel Souza, que faz parte da equipe de desenvolvimento do projeto. A presença de diversos atores destaca a colaboração entre o setor público e o acadêmico em prol de um objetivo comum.

    Elthon Oliveira enfatizou que o projeto é um reflexo do compromisso social da universidade, sublinhando a responsabilidade da Ufal em contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Por sua vez, Gabryel Souza ressaltou a importância de aplicar o aprendizado teórico em soluções práticas, fazendo uma diferença significativa na vida das pessoas. Ele mencionou que essa é uma oportunidade valiosa para os estudantes colocarem em prática seus conhecimentos em ciências da computação.

    Ainda no encontro, Radamés Pereira fez questão de lembrar que essa iniciativa está alinhada ao Plano Municipal para Infância e Adolescência (PMIA), conforme estabelecido pela Lei nº 3.622/2023. A proposta de criar esse banco de dados tem o objetivo de agrupar informações essenciais que possibilitem uma atuação mais efetiva das políticas públicas em defesa dos direitos da criança e do adolescente. A secretária de Desenvolvimento Social, Fabrícia Galindo, também demonstrou apoio total à medida, evidenciando o envolvimento da administração municipal em questões sociais cruciais.

    O encontro simboliza mais do que uma simples reunião; representa um passo importante na luta por um futuro mais justo e seguro para as crianças e adolescentes de Arapiraca. A colaboração ativa entre a prefeitura e a universidade é uma estratégia valiosa para o fortalecimento das políticas públicas nesta área vital.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados Vota Redução de 10% em Benefícios Tributários Até 2026 para Aumentar Eficiência Fiscal, Afirma Hugo Motta.

    Na tarde desta terça-feira, 8 de julho de 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do partido Republicanos da Paraíba, destacou a importância de uma nova proposta que visa a redução dos benefícios tributários no Brasil. Durante a sessão, Motta afirmou que o Projeto de Lei Complementar 128/25, que propõe uma diminuição de pelo menos 10% nos benefícios tributários, financeiros e creditícios até o final de 2026, pode desempenhar um papel crucial na promoção de maior eficiência e na melhora do aproveitamento dos recursos públicos.

    O presidente enfatizou que tal medida representa uma contribuição significativa do Congresso Nacional para a responsabilidade fiscal do país. “De certa forma, o Congresso dá uma colaboração importante no que diz respeito à responsabilidade fiscal do país”, disse Motta, sublinhando a relevância da proposta para o reequilíbrio das contas públicas.

    A proposta em questão determina que o governo federal implemente, de forma gradual, essa redução dos benefícios tributários. Com isso, a expectativa é que se possa otimizar a gestão dos gastos públicos e, assim, contribuir para um cenário econômico mais estável. A mudança se insere em um contexto mais amplo, que inclui a proposta de um novo arcabouço fiscal, elaborado para equilibrar receitas e despesas governamentais.

    A pauta relativa ao PLP 128/25 deverá ser debatida e votada pela Câmara dos Deputados durante esta semana, conforme decisão do Colégio de Líderes. Este passo representa um dos vários esforços em andamento dentro do Legislativo para garantir que as contas do país sejam mantidas em ordem, um desafio constante diante da atual realidade econômica.

    A discussão em torno da proposta reflete uma preocupação crescente com a necessidade de ajustes nas políticas fiscais, em um momento em que o Brasil busca estabilizar sua economia e proporcionar um ambiente mais propício ao crescimento. Assim, a votação do projeto poderá ter impactos diretos sobre a gestão fiscal do governo federal nos próximos anos, além de influenciar a forma como recursos são alocados em várias áreas.

  • BRICS: Sucesso depende de instituições financeiras robustas, alerta economista sobre a nova ordem econômica global.

    O Futuro do BRICS e a Necessidade de Fortes Instituições Financeiras

    À medida que o BRICS se expande, sua capacidade de influenciar a economia global está se tornando um tema central de discussão entre economistas e analistas. No coração desse debate está a ideia de que o sucesso do bloco, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, depende da criação de instituições financeiras robustas que possam suportar suas ambições de independência econômica.

    Um dos pontos cruciais levantados por especialistas é a relevância do uso de moedas alternativas nas transações comerciais entre os países membros. Essa estratégia não apenas pode promover uma maior autonomia em relação ao dólar dos EUA e ao euro, mas também facilitar o fortalecimento das pequenas economias que, muitas vezes, se encontram à margem do sistema financeiro global predominante. Ao diversificar suas moedas, o BRICS busca reduzir a influência das potências ocidentais, promovendo um comércio mais equilibrado e justo.

    Abdul Hamid al-Fadhil, um economista líbio, enfatizou a importância dessa mudança, apontando para uma redistribuição da influência econômica global que vai além das tradicionais alianças comerciais. Ele sugere que o fortalecimento das economias menores, através do desenvolvimento de novas alianças e o uso de moedas nacionais, poderá reformular as regras do comércio internacional.

    Essa visão de um sistema financeiro mais diversificado e independente também reflete uma tendência crescente entre várias nações de buscar alternativas às instituições financeiras dominadas pelo Ocidente. Em resumo, o BRICS está em posição de não apenas alterar seu próprio destino econômico, mas também de influenciar a estrutura econômica global como um todo.

    Para que essa transformação se concretize, será vital que os países do BRICS invistam na criação e manutenção de instituições financeiras confiáveis e eficientes. As oportunidades estão se apresentando, mas a eficácia no gerenciamento dessas novas diretrizes econômicas determinará como o BRICS se posicionará frente ao cenário internacional nas próximas décadas. A trajetória de sucesso do bloco dependerá, em última análise, da sua capacidade de se reinventar e adaptar-se às exigências de um mundo em constante evolução.

  • BRICS Debate Criação de Serviço de Nuvem para Reduzir Dependência Tecnológica na Próxima Cúpula no Rio de Janeiro

    A próxima Cúpula do BRICS, agendada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, promete trazer à tona uma proposta inovadora: a criação de um serviço de nuvem exclusivo para os países que compõem o bloco. Essa iniciativa foi destacada por Eugênio Vargas Garcia, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia, Inovação e Propriedade Intelectual do Itamaraty, ao discutir os temas que estarão em evidência durante o encontro.

    A proposta de um serviço de nuvem do BRICS está em análise e precisa da aprovação dos líderes dos países membros, que incluem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Vargas Garcia enfatizou que a necessidade de um sistema de nuvem próprio é urgente, já que atualmente esse segmento é dominado, de forma significativa, por empresas de países que não fazem parte do bloco, particularmente os Estados Unidos. Essa dependência externa em uma área tão crítica levanta questões de soberania e segurança, uma vez que muitos dados e informações sensíveis dos países do BRICS estão armazenados em servidores no exterior.

    “Muitos serviços de armazenamento em nuvem hoje estão localizados fora das fronteiras dos países do BRICS, o que não garante uma abordagem completamente soberana. O Brasil, portanto, está engajado em atrair investimentos para o desenvolvimento de centros de armazenamento e processamento de dados que respeitem nossa autonomia”, disse Vargas Garcia, explicando a diretriz estratégica do Brasil nesse contexto.

    Este ano, a 17ª Cúpula do BRICS se destaca ainda pela presença de novos países que foram recentemente incorporados ao bloco, o que certamente trará uma nova dinâmica às discussões e à cooperação entre as nações. A ideia de um serviço de nuvem compartilhado não apenas visa reduzir a dependência tecnológica, mas também fortalecer os laços entre os países membros, possibilitando uma troca de informação e inovação mais robusta e impregnada de autonomia.

    Com esses debates, a Cúpula do BRICS se posiciona como um momento crucial para o futuro da cooperação entre os países em desenvolvimento, buscando alternativas que garantam maior independência em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

  • ECONOMIA –

    Empresários do Brics se Reúnem no Rio para Impulsionar Comércio e Inovação entre 11 Nações

    Neste sábado, 5 de agosto, empresários dos países que formam o Brics se reúnem no Rio de Janeiro. Este encontro, realizado um dia antes da cúpula dos líderes do grupo, tem como principal meta fortalecer e expandir os negócios entre os 11 membros do bloco. O Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, representando quase metade da população mundial e cerca de 40% da economia global.

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que existe um enorme potencial para crescimento nas trocas comerciais dentro do Brics. Atualmente, o volume de comércio entre essas nações é relativamente baixo em comparação ao que elas realizam com o resto do mundo. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou a necessidade de avançar nesse aspecto, sugerindo que o bloco busque cada vez mais oportunidades de colaboração.

    Francisco Neto, CEO da Embraer e coordenador do Conselho Empresarial do Brics (Cebrics), ressaltou a importância da integração das cadeias de suprimentos e do aumento do comércio entre os países. Entre as propostas do Cebrics estão a ampliação de rotas aéreas para conectar cidades menores, a melhoria do acesso ao capital e ao financiamento sustentável, além da modernização da logística comercial e do comércio digital.

    Além disso, o Brics concentra significativas reservas de recursos naturais, abrangendo 70% dos recursos de terras raras, mais de 40% da produção de petróleo e quase 80% da produção de carvão mineral. As exportações brasileiras para o bloco totalizam 121 bilhões de dólares.

    As prioridades discutidas pelos empresários também incluem inovação, transformação digital, transição energética e desenvolvimento sustentável. Neto mencionou a importância de garantir a segurança alimentar, promover a agricultura sustentável e explorar energias renováveis.

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou que o Brics vem se consolidando como um protagonista da geopolítica mundial, representando mais de 40% do PIB global. Ele enfatizou a relevância do encontro empresarial para fomentar oportunidades de investimento recíproco e a inovação entre os membros do bloco.

    Outro ponto discutido na reunião é a busca por aumentar a participação das mulheres na economia dos países do Brics. Mônica Monteiro, presidente da Aliança Empresarial das Mulheres do Brics, apontou que apenas 15% das empresas que atuam globalmente são lideradas por mulheres, um reflexo da desigualdade no acesso ao crédito. Para que mulheres empreendedoras possam crescer e escalar seus negócios, é essencial que sejam criadas linhas de crédito específicas para elas.

    Com a soma de esforços e a busca pela inclusão, os empresários dos países do Brics visam não apenas fortalecer o comércio entre as nações, mas também moldar um futuro mais sustentável e igualitário.

  • BRICS: Cúpula no Rio Define Temas Centrais sobre ONU e Conflitos no Oriente Médio

    A Cúpula do BRICS, que ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho de 2025, promete ser um marco importante para as relações internacionais. Este encontro ocorre no contexto da expansão do grupo, que agora inclui novos países parceiros, aumentando a relevância das discussões que serão realizadas. De acordo com informações obtidas, a declaração final da cúpula abordará temas delicados e críticos, com destaque para a reforma do Conselho de Segurança da ONU e os conflitos em regiões como Palestina e Irã.

    Ainda em processo de finalização, a declaração não contará com um consenso claro sobre como o tema do conflito israelense será tratado, refletindo as complexidades diplomáticas entre as nações participantes. O Brasil, que exerce a presidência do BRICS, está em diálogo com países africanos que buscam assentos permanentes no Conselho de Segurança, numa tentativa de encontrar um equilíbrio nas reivindicações de todas as partes envolvidas.

    Além dos pontos mencionados, a cúpula deve trazer à tona discussões sobre financiamento climático, parcerias na área da saúde para combate a doenças socialmente determinadas, e Inteligência Artificial (IA). A presidência brasileira está focada em garantir resultados concretos a partir dos debates, similar ao que ocorreu com o programa Aliança Global contra a Fome, lançado no G20, que recebeu elogios por seus avanços.

    Outro aspecto relevante da declaração final será uma posição contrária a tarifas unilaterais que vêm sendo impostas por líderes globais, como Donald Trump, embora os EUA não sejam especificamente mencionados no texto. A abordagem será mais ampla, criticando práticas que prejudicam as economias dos países em desenvolvimento.

    Seis anos após a última cúpula realizada no Brasil, o encontro deste ano terá a participação de 11 membros do BRICS e mais dez países parceiros, com fatores externos como as crises no Oriente Médio e na Ucrânia influenciando as discussões em pauta. O evento é visto como uma oportunidade para reconfigurar alianças e explorar novas formas de cooperação entre nações que anseiam por um mundo multipolar.

  • Cúpula do BRICS no Rio: reforma do Conselho de Segurança e conflitos no Oriente Médio em foco de declarações conjuntas.

    A cúpula do BRICS, que ocorrerá entre os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, promete ser um evento marcante, especialmente após a recente ampliação do bloco com a entrada de novos países. As questões centrais a serem abordadas incluem a reforma do Conselho de Segurança da ONU e os conflitos que envolvem a Palestina e o Irã. Essas temáticas, de grande relevância internacional, estão sendo cuidadosamente discutidas pelas nações participantes, conforme informações obtidas de fontes próximas às negociações.

    Este será o segundo encontro do grupo desde a ampliação, que traz um novo dinamismo à relação entre os países membros, que esperam alcançar uma declaração conjunta que reflita suas preocupações e posicionamentos sobre as crises atuais. No entanto, ainda existe um desafio significativo: o consenso sobre como Israel será mencionado. Essa questão delicada revela a complexidade das relações geopolíticas presentes no bloco. Simultaneamente, o Brasil tem buscado articular os interesses dos países africanos que reivindicam um assento permanente no Conselho de Segurança, através da União Africana.

    Além da declaração principal, o encontro no Rio também contará com três declarações adicionais, focadas em áreas estratégicas como financiamento climático, parcerias na saúde para combater doenças socialmente determinadas e Inteligência Artificial. A presidência brasileira orientou-se para a criação de documentos que gerem resultados concretos, inspirando-se em iniciativas anteriores, como a Aliança Global contra a Fome, que obteve amplo reconhecimento durante a cúpula do G20.

    Embora haja planos de direcionar críticas às tarifas unilaterais impostas pelo governo norte-americano, a estratégia é evitar menções diretas, criando uma crítica mais ampla sem citar os Estados Unidos especificamente. Esse enfoque busca manter a unidade do bloco enquanto aborda questões sensíveis.

    Seis anos após o último encontro de líderes em Brasília, o Brasil reafirma seu papel como anfitrião de uma cúpula sob um cenário global repleto de desafios, incluindo as crises no Oriente Médio e a guerra na Ucrânia. A expectativa é que a cúpula sirva não apenas como um espaço de diálogo, mas também como um catalisador para ações efetivas entre os membros do BRICS.

  • INTERNACIONAL –

    China Propõe Cooperação entre Membros do Brics para Avançar em Inteligência Artificial e Energia Sustentável

    Especialistas chineses estão enfatizando a importância da colaboração entre os membros do BRICS, um bloco composto por países emergentes, para avançar em áreas cruciais como inteligência artificial (IA) e energia sustentável. A China, que tem feito progressos significativos nessas tecnologias, é vista como um ator-chave nesse processo. A crescente competitividade da China nesse campo foi evidenciada no início deste ano, com o lançamento da IA DeepSeek, uma ferramenta que alcançou um número de acessos superior ao famoso ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, dos Estados Unidos. O objetivo da China é se tornar líder global em IA até 2030, uma meta ambiciosa que sinaliza sua determinação de dominar o setor.

    O professor Xiao Youdan, especialista em estratégias tecnológicas da Academia Chinesa de Ciências, argumenta que a cooperação entre os países do Sul Global é essencial. Ele destaca a necessidade de criar parcerias que incluam transferência de tecnologia e recursos, ressaltando a importância de uma troca de ideias que ajude a integrar as inovações tecnológicas de forma mais ampla. Durante um seminário em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e o Beijing Club for International Dialogue, o professor destacou que os países desenvolvidos, como os Estados Unidos, concentram o controle sobre as ferramentas tecnológicas, o que limita o desenvolvimento potencial dos países em desenvolvimento e acentua a disparidade digital entre nações ricas e pobres.

    Essa desigualdade é uma preocupação compartilhada por Thelela Ngcetane-Vika, pesquisadora na África do Sul, que observou que a exclusão digital é um desafio significativo na região. A falta de infraestrutura tecnológica em áreas isoladas impacta a capacidade de utilizar e desenvolver novas tecnologias, levando a um ciclo de desigualdade que perpetua os desafios socioeconômicos.

    Além da tecnologia, o seminário também abordou a transição para fontes de energia mais limpas entre os países do BRICS. A professora Maria Elena Rodriguez, da PUC-Rio, enfatizou que, embora os países do bloco tenham um papel vital nessa transição, eles partem de realidades muito diferentes. Juntos, eles representam uma significativa parcela do consumo de carbono e produção de petróleo no mundo, com alguns países como a China e a Arábia Saudita ainda altamente dependentes de combustíveis fósseis.

    A transição energética, portanto, deve considerar as especificidades históricas e geopolíticas de cada país-membro, para que os acordos sejam justos e equilibrados. Rodriguez defende uma política de cooperação que não se limite apenas a financiamento, mas que também inclua transferência de conhecimento e tecnologia, evitando a reprodução de desigualdades já existentes.

    No contexto mais amplo do BRICS, que inclui um total de 11 países-membros permanentes e outros parceiros, a conversação sobre como proceder em conjunto é mais necessária do que nunca, principalmente em uma era onde a interdependência global se torna cada vez mais evidente.