Tag: China

  • Crescimento da Economia Chinesa Chega a 5,2% no Segundo Trimestre, Apesar das Tensões Comerciais com os Estados Unidos

    A economia da China apresentou um crescimento significativo de 5,2% no segundo trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país. Essa expansão do Produto Interno Bruto (PIB) ocorre em um cenário marcado por tensões comerciais persistentes com os Estados Unidos e a manutenção de uma trajetória de crescimento que já havia registrado 5,4% no primeiro trimestre do ano.

    A performance do mercado chinês no primeiro semestre pode ser atribuída a uma combinação de estímulos governamentais e uma trégua temporária nas disputas comerciais com o governo americano. Essa pausa nas hostilidades permitiu que os exportadores antecipassem suas transações, preparando-se para possíveis aumentos nas tarifas, o que resultou em uma ligeira elevação nas exportações chinesas. No entanto, especialistas indicam que a segunda metade do ano pode apresentar desafios adicionais, à medida que as incertezas econômicas e as tensões comerciais se intensificam.

    A estratégia do governo chinês visou não apenas fortalecer suas exportações, mas também estimular a economia interna em um momento em que a demanda global pode ser volátil. Os analistas projetam que, para sustentar esse ritmo de crescimento, serão necessários esforços contínuos para mitigar os efeitos da guerra comercial e para incentivar o consumo interno, que é um pilar crucial do crescimento econômico.

    É evidente que, apesar do crescimento registrado, a economia da China enfrenta uma série de obstáculos que podem afetar sua trajetória nos próximos meses. A vigilância em relação às políticas comerciais dos EUA e aos possíveis desdobramentos de uma nova escalada nas tarifas são fatores que continuam a gerar incertezas para o futuro econômico do país asiático. A resiliência da economia chinesa, contudo, será posta à prova, e os próximos trimestres serão decisivos para determinar se o crescimento poderá ser mantido em um cenário global desafiador. Com essa combinação de desempenho positivo e desafios iminentes, os olhos do mundo permanecem voltados para a China, na expectativa de como a nação lidará com as pressões internas e externas.

  • China Avança na Corrida da Inteligência Artificial e Ameaça Domínio dos EUA no Cenário Global

    A disputa pela supremacia em inteligência artificial é um tema central na geopolítica atual, com a China emergindo como uma potência significativa nesse campo. Especialistas alertam que, caso os Estados Unidos não consigam manter a liderança, isso poderá resultar em uma reconfiguração do equilíbrio de poder global, desfavorecendo o país no cenário internacional. David Sacks, um influente consultor da administração do ex-presidente Donald Trump, ressaltou os riscos envolvidos nessa competição. Sacks afirmou que a perda da liderança em inteligência artificial para a China poderia ter consequências devastadoras para a posição dos EUA no mundo.

    Atualmente, a China é responsável por cerca de 50% dos pesquisadores de IA do planeta, um marco que demonstra seu avanço acelerado em tecnologia e inovação. Apesar desse cenário desafiador, Sacks acredita que os Estados Unidos ainda têm a capacidade de competir e até vencer, se estabelecerem suas próprias tecnologias como o padrão global. Essa perspectiva destaca a importância de esforços robustos para desenvolver e integrar inovações tecnológicas que possam garantir a liderança americana nesse setor estratégico.

    Recentemente, em um evento realizado na Pensilvânia, Trump anunciou um investimento substancial na construção de novos data centers de IA e na atualização das redes elétricas. Ele enfatizou que a riqueza natural dos EUA, especialmente em petróleo e gás, poderia ser catalisadora para uma revitalização industrial e para a ascensão do país como a principal potência em inteligência artificial e criptomoedas.

    Trump declarou que sua visão é que os Estados Unidos devem dominar todos os setores tecnológicos, uma ambição que inclui ser a nação líder em IA. Essa abordagem não se limita a um posicionamento econômico, mas também busca garantir uma influência significativa sobre a direção futura das inovações tecnológicas no mundo inteiro.

    Assim, a corrida pela inteligência artificial não é apenas uma questão de progresso técnico, mas uma batalha pela influência global e pelo futuro da ordem mundial. A maneira como Estados Unidos e China se posicionarão nessa arena pode muito bem determinar o cenário global nas próximas décadas, tornando essa competição uma das mais importantes do século XXI.

  • Xi Jinping Recebe Sergey Lavrov em Pequim e Fortalece Relações entre China e Rússia

    Na última semana, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, foi recebido pelo presidente da China, Xi Jinping, em Pequim, durante uma visita que destaca a importância contínua das relações entre os dois países. O encontro ocorreu antes da reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), programada para ser realizada em Tianjin. Lavrov chegou à China no dia 13 de julho, e no dia seguinte, teve um diálogo significativo com seu homólogo chinês, Wang Yi.

    Durante a audiência, Lavrov não apenas cumprimentou Xi Jinping, mas também trouxe os melhores votos do presidente russo, Vladimir Putin. Essa troca de gentilezas evidencia a parceria próxima entre as duas nações, que têm se fortalecido diante de um cenário internacional cada vez mais complexo. Os líderes discutiram tópicos relevantes da agenda bilateral, abordando não apenas questões de caráter político interno, mas também a situação geopolítica que tem influenciado suas respectivas nações.

    Xi Jinping expressou entusiasmo pela futura visita de Putin à China, destacando o longo histórico de amizade entre os dois líderes. Esse laço pessoal é refletido nas declarações de ambos sobre a qualidade das relações bilaterais, que foram reafirmadas como sendo “as mais estáveis e maduras do mundo moderno”. O presidente chinês reafirmou seu compromisso em aprofundar a cooperação estratégica e o desenvolvimento da parceria abrangente com a Rússia.

    Esses encontros são parte de uma estratégia mais ampla de cooperação que envolve várias áreas, incluindo segurança, economia e desenvolvimento sustentável. À medida que o mundo enfrenta tensões geopolíticas significativas, a aliança entre Moscou e Pequim se torna ainda mais relevante. Isso reflete não apenas uma convergência de interesses, mas também uma resposta conjunta a dinâmicas globais, que exigem um posicionamento eficaz por parte das grandes potências emergentes.

    O futuro parece promissor para essa relação, com os líderes buscando intensificar a interação em diversos níveis, preparando-se para a cúpula da OCX, onde a colaboração entre os aliados poderá ser discutida de forma ainda mais aprofundada. Assim, este encontro é apenas mais um capítulo em uma história de cooperação que promete expandir seus horizontes nas próximas décadas.

  • China Se Destaca no Cenário Internacional Enquanto EUA Enfrentam Recuo Diplomático Sob Administração Trump, Aponta Novo Relatório da Comissão do Senado

    A crescente atuação diplomática da China tem chamado a atenção enquanto os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, apresentam uma significativa retração em sua presença global. Um relatório elaborado por membros democratas da Comissão de Relações Exteriores do Senado traz à tona essa dinâmica, destacando o impacto das políticas do governo americano na forma como a China tem se posicionado no cenário internacional.

    Com o Departamento de Estado norte-americano passando por cortes drásticos, mais de 1.350 servidores foram desligados, parte de um processo que pode implicar na eliminação de até 3.000 postos. Essa reestruturação foi acompanhada por cortes bilionários em ajuda internacional, que culminaram no fechamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). Esse movimento resultou na demissão de milhares de funcionários e na interrupção de mais de 80% dos programas apoiados pela agência, apontando para uma diminuição notável na capacidade dos EUA de influenciar eventos globais.

    O impacto desse recuo é alarmante; especialistas alertam que essa diminuição na ajuda externa pode até mesmo resultar em milhões de mortes ao longo da próxima década. A senadora Jeanne Shaheen, que representa os democratas na comissão, observa que, enquanto os Estados Unidos sofrem uma reversão de compromissos globais, a China aproveita para consolidar sua imagem como um parceiro mais confiável.

    O relatório também assinala uma série de iniciativas diplomáticas da China para preencher o vazio deixado pelos EUA. Por exemplo, na África, enquanto Washington cancelava programas de auxílio alimentar, a China anunciou a doação de R$ 10,8 milhões em arroz para Uganda e comprometeu-se a fornecer testes rápidos de HIV para a Zâmbia após o cancelamento de um subsídio americano.

    Na região do Sudeste Asiático, a visita do líder chinês, Xi Jinping, resultou em acordos significativos com países como Vietnã e Malásia, enquanto na América Latina, a China lançou créditos para infraestrutura, demonstrando uma estratégia clara para expandir sua influência.

    Esses acontecimentos sinalizam uma nova era na geopolítica mundial, onde a China está se consolidando como uma potencia significativa diante da diminuição da influência dos Estados Unidos. A evidência desse fenômeno sugere que o equilíbrio de poder global pode estar mudando, desafiando os tradicionais paradigmas de diplomacia e desenvolvimento.

  • Comércio China-EUA encolhe 10,4% no primeiro semestre de 2025 em meio a tensões na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

    O intercâmbio comercial entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do mundo, registrou uma queda significativa de 10,4% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa diminuição elevou o valor total das trocas comerciais para aproximadamente US$ 289,3 bilhões, o que equivale a cerca de R$ 1,6 trilhões. A desvalorização é uma consequência direta da ongoing guerra comercial entre os dois países, que já vinha se intensificando nos últimos anos.

    As exportações da China para os Estados Unidos, que ocupa o status de terceiro maior parceiro comercial de Pequim, tiveram uma redução ainda mais acentuada, com um recuo de 10,9%. Isso representa um total de US$ 215,5 bilhões, ou R$ 1,2 trilhões. Por outro lado, as importações dos EUA pela China também enfrentaram uma diminuição, embora em uma proporção um pouco menor, caindo 8,7% e somando US$ 73,8 bilhões (aproximadamente R$ 411,2 bilhões) no mesmo semestre.

    A balança comercial entre os dois países em junho de 2025 apresentou um saldo de US$ 49,7 bilhões, sendo que a maior parte desse montante correspondeu às exportações chinesas. Este cenário é bastante contrastante com o que foi registrado em 2024, quando o comércio entre as nações havia crescido 3,7% em relação ao ano anterior, alcançando um montante total de US$ 688,2 bilhões (cerca de R$ 3,8 trilhões).

    A Guerra Comercial, agora em seus últimos estágios, originou-se de uma série de tarifas impostas por ambos os lados como forma de pressão econômica e estratégica. Esses desenvolvimentos são observados com atenção, já que repercutem não apenas nas duas potências, mas também em uma rede maior de países que dependem desse comércio bilateral. Enquanto isso, analistas permanecem divididos sobre as perspectivas futuras para as relações comerciais entre ambas as nações, que parecem cada vez mais tensas e incertas.

  • Lula defende multilateralismo e critica desmoronamento da ordem internacional em artigo assinado por líderes globais, omite papel de Rússia e China na crise.

    Em um cenário de tensões comerciais internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a relevância do multilateralismo no contexto atual, ao assinar um artigo publicado em importantes jornais globais, como Le Monde, The Guardian, e El País. No texto intitulado “Não há alternativa ao multilateralismo”, Lula enfatiza a fragilidade da ordem internacional contemporânea, sem, no entanto, citar diretamente as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que exacerbaram a crise.

    O artigo traz à tona uma crítica contundente à Organização Mundial do Comércio (OMC), que, segundo Lula, está “esvaziada” e sujeita à “lei do mais forte”, uma representação do poderio econômico que ameaça a equidade no comércio global. Analistas, no entanto, apontam para a ausência de menções ao papel da Rússia e da China, enfatizando que, apesar das críticas à ordem internacional, essas potências também foram omissas na proposta de reforma do multilateralismo.

    Lula argumenta que a estrutura das organizações internacionais, que remonta ao pós-Segunda Guerra Mundial, não é mais adequada para enfrentar os novos desafios que o mundo enfrenta. Ele propõe uma nova fundação para o multilateralismo, baseada em princípios de justiça e inclusão. Especialistas, como Vinicius Rodrigues Vieira, sugerem que essa abordagem deveria ser mais incisiva ao abordar as potências não ocidentais, dado que tanto a Rússia quanto a China detêm um papel de destaque no cenário internacional.

    A desconexão entre o discurso de Lula e suas práticas em política externa também gera debates. Vitelio Brustolin, professor de Relações Internacionais, critica a ambivalência do presidente ao lidar com regimes autoritários, como o de Putin, o que pode comprometer a credibilidade do Brasil na busca por uma nova ordem global. Por outro lado, outros analistas têm apontado que o tom do artigo reflete uma tentativa de equilibrar interesses entre o Norte e Sul globais, visando a posicionar o Brasil como um interlocutor respeitável no debate internacional.

    Em meio a este contexto, a reflexão proposta por Lula sobre o multilateralismo é uma convocação à ação, para fortalecer as instituições que, de acordo com ele, têm trazido avanços significativos à humanidade. O presidente defende que é vital resistir ao isolamento e buscar soluções cooperativas para os desafios comuns que ameaçam o bem-estar global. Em tempos de crescente polarização, a urgência de renovar e revitalizar as estruturas multilaterais é uma mensagem que ressoa em meio à crise atual, convidando todos os países a unir esforços na construção de um futuro mais justo e sustentável.

  • Alemanha Acusa China de Ameaçar Aeronave em Missão da UE Contra Houthi no Mar Vermelho e Convoca Embaixador para Esclarecimentos

    O governo da Alemanha fez uma grave acusação contra a China nesta terça-feira, ao apontar que um de seus aviões foi alvo de um laser enquanto participava de uma missão militar da União Europeia no Mar Vermelho. O incidente ocorreu em julho durante a operação Aspides, que tem como objetivo garantir a segurança da navegação na região, em resposta aos ataques da milícia houthi, que vem desestabilizando a área.

    A denúncia foi formalizada pelo Ministério das Relações Exteriores alemão em uma postagem na plataforma X, que ressaltou a seriedade da situação ao convocar o embaixador da China em Berlim, Deng Hongbo, para uma reunião de emergência. Para o governo do chanceler Friedrich Merz, a utilização de lasers contra uma aeronave de vigilância não só representa um risco significativo para a segurança da tripulação, mas também compromete a eficácia da missão, que é considerada crucial para a estabilidade regional. “O perigo para a tripulação alemã e a interrupção da missão são completamente inaceitáveis”, declarou um porta-voz do governo.

    A operação Aspides, que foi implementada em 2024, possui como objetivo principal assegurar a liberdade de navegação em uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, que inclui o Mar Vermelho, o Golfo de Áden e o Golfo de Omã. Atualmente, cerca de 700 militares alemães estão integrados à esta importante missão. A tensão entre a China e a Alemanha em relação a este incidente não é um fato isolado. Segundo informações do jornal “Bild”, essa não seria a primeira vez que forças militares chinesas utilizaram lasers para interferir em operações de aeronaves ocidentais, criando um cenário preocupante de desrespeito à segurança aérea na região.

    Esse incidente é emblemático das crescentes tensões nas relações internacionais e na segurança marítima, levantando questões sobre as práticas militarizadas na área e a necessidade de diálogo diplomático para evitar futuras escaladas de conflitos. A expectativa é que a reunião convocada pelo governo alemão possa proporcionar esclarecimentos e, possivelmente, um caminho para a redução das tensões entre as duas nações.

  • ECONOMIA – Brasil e China Firmam Acordo para Estudo de Corredor Ferroviário Ligando Atlântico e Pacífico, Impulsionando Integração de Ferrovias e Logística na Região.

    Brasil e China Unem Forças para a Criação de Corredor Ferroviário Estratégico

    Em um passo significativo rumo à integração regional e ao aprimoramento da infraestrutura de transporte, Brasil e China firmaram um acordo para dar início a estudos conjuntos sobre um corredor ferroviário que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico. A assinatura do memorando ocorreu nesta segunda-feira no Ministério dos Transportes, em Brasília, e destaca a colaboração e o potencial de desenvolvimento estratégico entre os dois países.

    O projeto visa unir as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (Fico) à Ferrovia Norte-Sul (FNS), criando uma rota que culminará no recém-inaugurado porto de Chancay, no Peru. Os estudos serão realizados pela Infra S.A., empresa estatal vinculada ao Ministério dos Transportes, em cooperação com o China Railway Economic and Planning Research Institute.

    Atualmente, a Fiol e a Fico estão em diferentes estágios de execução do projeto ferroviário. A Fiol se estende de Ilhéus, na Bahia, até Mara Rosa, em Goiás, enquanto a Fico conecta Mara Rosa a Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. Lucas do Rio Verde será o entroncamento crucial que integrará essas ferrovias à FNS, que possui uma extensa trajetória de Açailândia, no Maranhão, até Estrela d’Oeste, em São Paulo.

    A Ferrovia Bioceânica, uma iniciativa ambiciosa, começará em Lucas do Rio Verde e se estenderá até o Peru, atravessando a fronteira com a Bolívia e passando por várias regiões do Brasil. Este trecho ferroviário não apenas melhorará o fluxo de mercadorias entre os países, mas também facilitará o comércio com o porto de Chancay, que foi construído com investimentos chineses.

    Integral a este desenvolvimento, a Ferrovia Bioceânica será uma parte central das Rotas de Integração Sul-Americana, um projeto lançado em 2023 que busca priorizar a integração de modais rodoviários, fluviais e ferroviários nas áreas de fronteira. Esse projeto representa uma ambiciosa iniciativa do governo, com foco em conectar efetivamente os países vizinhos através da infraestrutura.

    Os estudos realizados pela estatal chinesa se concentrarão em uma análise aprofundada da malha ferroviária brasileira, considerando a unificação dos diversos modais de transporte. A interação entre rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos será um dos focos deste trabalho, que visa otimizar e modernizar a infraestrutura de transporte no Brasil.

    O impacto deste projeto ultrapassa as fronteiras do Brasil, oferecendo oportunidades significativas para o desenvolvimento econômico regional. A integração das estruturas de transporte é essencial para estimular o desenvolvimento sustentável e respeitar a soberania dos países envolvidos. Este compromisso foi enfatizado na recente reunião de líderes do Brics, onde representantes reafirmaram a importância de dialogar sobre a ampliação da infraestrutura de transportes em países em desenvolvimento.

    Assim, o acordo firmado entre Brasil e China não só representa uma promessa de melhorias no transporte, mas também simboliza um investimento no futuro de relações diplomáticas e econômicas mais robustas na região. Com um olhar voltado para a sustentabilidade e a resiliência econômico-ambiental, o projeto promete ser um marco na trajetória de desenvolvimento dos dois países, além de um exemplo de cooperação internacional.

  • INTERNACIONAL – Brics Lança Parceria para Eliminar Doenças Relacionadas à Pobreza e Promover Saúde Equitativa para Países em Desenvolvimento

    Na última segunda-feira, 7 de outubro, os países do Brics formalizaram o lançamento da Parceria para a Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas (DSDs). Esta iniciativa ambiciona reforçar a cooperação entre as nações participantes, mobilizar recursos e avançar em esforços conjuntos para erradicar doenças que afetam desproporcionalmente as populações em situação de vulnerabilidade, frequentemente exacerbadas pela pobreza e desigualdade social.

    A proposta é que os membros do Brics colaborem na eliminação de doenças que, por não afetarem com frequência os países desenvolvidos, acabam relegadas a um segundo plano em termos de financiamento para pesquisa e tratamento. As DSDs a serem abordadas incluem, entre outras, a tuberculose, hanseníase, malária e dengue, dependendo das especificidades de cada nação envolvida. Atualmente, fazem parte da parceria os tradicionais membros do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, além de países parceiros como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Malásia, Bolívia e Cuba.

    A iniciativa, fruto de discussões realizadas nas reuniões que antecederam a recente Cúpula de Líderes do grupo, também foi incorporada à Declaração Final da 17ª Reunião de Cúpula. O tema saúde foi uma das oito prioridades definidas pela presidência brasileira do Brics, inspirando-se no Programa Brasil Saudável, que visa combater problemas sociais e ambientais que influenciam a saúde das populações vulneráveis.

    Os países do Brics estão determinados a fomentar a pesquisa e desenvolvimento de novas estratégias para saúde, incluindo vacinas e métodos de diagnóstico e tratamento. Além disso, buscam atrair investimentos internacionais e fortalecer esforços diplomáticos para inserir a erradicação das DSDs no cerne das agendas globais de saúde, promovendo assim a priorização dessa questão em fóruns multilaterais.

    O documento oficializou que os países utilizarão tecnologias inovadoras, como inteligência artificial, para potencializar o combate às doenças e estabelece cinco objetivos principais, alinhados às diretrizes da Organização Mundial da Saúde. O foco inclui o fortalecimento dos sistemas de saúde, a promoção de ações intersetoriais que considerem os determinantes sociais da saúde, e a busca por financiamento sustentável junto a instituições financeiras.

    Os primeiros passos para a efetivação da parceria envolverão seminários técnicos, atividades de capacitação e engajamento com redes de pesquisa e instituições financeiras. A colaboração entre os países do Brics representa um esforço significativo para enfrentar desafios que históricamente foram negligenciados, buscando um futuro mais saudável e equitativo para as populações mais vulneráveis.

  • Brasil e China Firmam Acordo para Desenvolvimento do Satélite Geoestacionário CBERS-5 durante Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro

    A cooperação espacial entre Brasil e China alcançou um marco significativo com a finalização das negociações para o desenvolvimento conjunto do Satélite Geoestacionário Meteorológico CBERS-5. Este acordo foi formalizado durante a 17ª edição da Cúpula do BRICS, que teve início no Rio de Janeiro neste domingo, com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e do primeiro-ministro chinês, Li Qiang.

    O CBERS-5 irá integrar o programa China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS), representando uma nova etapa na colaboração entre as duas nações, marcada por uma evolução na tecnologia espacial, uma vez que é a primeira vez que essa parceria elabora um satélite geoestacionário. Este feito coloca o Brasil entre um seleto grupo de países – menos de dez – que têm a capacidade de desenvolver essa tecnologia avançada.

    O satélite será posicionado estrategicamente sobre o território brasileiro, o que proporcionará ao país autonomia em relação aos dados espaciais nas esferas meteorológica e ambiental. Isso não apenas contribuirá para uma melhor previsão do tempo, mas também permitirá um aprimoramento na capacidade de resposta a desastres naturais, como secas e tempestades. Tais melhorias são fundamentais para a segurança e a proteção da população brasileira.

    Além disso, os dados gerados pelo CBERS-5 serão disponibilizados gratuitamente para outros países da América Latina e do Caribe, o que fortalece a ideia de uma cooperação regional e o compartilhamento de informações. Essa iniciativa reforça o compromisso de ambos os países com o avanço científico e tecnológico, buscando, ao mesmo tempo, um desenvolvimento sustentável.

    Adicionalmente, a parceria envolve a estipulação formal da transferência de tecnologia e de conhecimento, uma estratégia essencial para garantir que o desenvolvimento conjunto beneficie não apenas o Brasil e a China, mas também suas comunidades. No mesmo encontro, foram firmados acordos de cooperação estratégica financeira e a criação do Centro China-Brasil em Aplicação em Inteligência Artificial, que visam fomentar um intercâmbio ainda maior entre as duas nações.

    A assinatura destes acordos acontece apenas dois meses após a visita de Lula a Pequim, onde mais de 30 acordos foram celebrados, destacando a crescente aproximação entre Brasil e China em diversas áreas estratégicas.