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  • ECONOMIA –

    Empresários do Brics se Reúnem no Rio para Impulsionar Comércio e Inovação entre 11 Nações

    Neste sábado, 5 de agosto, empresários dos países que formam o Brics se reúnem no Rio de Janeiro. Este encontro, realizado um dia antes da cúpula dos líderes do grupo, tem como principal meta fortalecer e expandir os negócios entre os 11 membros do bloco. O Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, representando quase metade da população mundial e cerca de 40% da economia global.

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que existe um enorme potencial para crescimento nas trocas comerciais dentro do Brics. Atualmente, o volume de comércio entre essas nações é relativamente baixo em comparação ao que elas realizam com o resto do mundo. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou a necessidade de avançar nesse aspecto, sugerindo que o bloco busque cada vez mais oportunidades de colaboração.

    Francisco Neto, CEO da Embraer e coordenador do Conselho Empresarial do Brics (Cebrics), ressaltou a importância da integração das cadeias de suprimentos e do aumento do comércio entre os países. Entre as propostas do Cebrics estão a ampliação de rotas aéreas para conectar cidades menores, a melhoria do acesso ao capital e ao financiamento sustentável, além da modernização da logística comercial e do comércio digital.

    Além disso, o Brics concentra significativas reservas de recursos naturais, abrangendo 70% dos recursos de terras raras, mais de 40% da produção de petróleo e quase 80% da produção de carvão mineral. As exportações brasileiras para o bloco totalizam 121 bilhões de dólares.

    As prioridades discutidas pelos empresários também incluem inovação, transformação digital, transição energética e desenvolvimento sustentável. Neto mencionou a importância de garantir a segurança alimentar, promover a agricultura sustentável e explorar energias renováveis.

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou que o Brics vem se consolidando como um protagonista da geopolítica mundial, representando mais de 40% do PIB global. Ele enfatizou a relevância do encontro empresarial para fomentar oportunidades de investimento recíproco e a inovação entre os membros do bloco.

    Outro ponto discutido na reunião é a busca por aumentar a participação das mulheres na economia dos países do Brics. Mônica Monteiro, presidente da Aliança Empresarial das Mulheres do Brics, apontou que apenas 15% das empresas que atuam globalmente são lideradas por mulheres, um reflexo da desigualdade no acesso ao crédito. Para que mulheres empreendedoras possam crescer e escalar seus negócios, é essencial que sejam criadas linhas de crédito específicas para elas.

    Com a soma de esforços e a busca pela inclusão, os empresários dos países do Brics visam não apenas fortalecer o comércio entre as nações, mas também moldar um futuro mais sustentável e igualitário.

  • Lula Enfatiza Oportunidades de Negócios no Fórum do BRICS e Defende o Sul Global como Protagonista em Desenvolvimento Sustentável

    Na manhã de 5 de julho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início ao Fórum Empresarial do BRICS, sediado no Rio de Janeiro. O evento reúne empresários de 11 países membros e dez nações parceiras, destacando a relevância da aliança econômica em um mundo em constante transformação. Durante sua fala, Lula destacou a necessidade de os governos facilitarem a criação de novos negócios, enfatizando que “os presidentes abrem as portas, mas quem sabe fazer negócios são os empresários”.

    Lula também comentou sobre o convite que recebeu para participar da cúpula da Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN), que ocorrerá em setembro na Malásia. Segundo ele, o BRICS já representa quase 40% do PIB global em paridade de poder de compra e mantém um crescimento médio superior ao da maioria das economias mundiais.

    O presidente brasileiro ressaltou que o Sul Global deve liderar uma nova abordagem de desenvolvimento sustentável, focada em industrialização verde e práticas agrícolas com baixo impacto ambiental. Ele argumentou que a região está pronta para essa transformação, baseada em seus recursos ecológicos e comprometimento social. “Temos 33% das terras agricultáveis do planeta e investimos em energia renovável. É nosso papel apresentar soluções para os desafios mundiais”, enfatizou.

    Além disso, ele alertou que a descarbonização das economias é um caminho sem volta e que uma revolução tecnológica se faz necessária em diversas áreas, incluindo infraestrutura e inteligência artificial. Lula também destacou o papel do BRICS em enfrentar questões como a fome e a pobreza, exigindo mobilização de recursos e uma maior capacitação na cadeia global de suprimentos. Nesse contexto, reiterou a importância de simplificar o comércio internacional e criar alternativas de pagamento que reforcem a soberania econômica dos países do Sul.

    Em seu discurso, Lula fez um apelo à paz, criticando a falta de liderança internacional que contribui para crises humanitárias e conflitos. Ele enfatizou que a responsabilidade pela estabilidade mundial recai sobre os líderes de Estado, e que é preciso unir forças para buscar um futuro mais seguro. No encerramento, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar bin Ibrahim, ressaltou a importância do Sul Global como defensores do multilateralismo, reconhecendo Lula como uma voz corajosa das aspirações dessas nações.

  • ECONOMIA – Cúpula do Brics no Rio de Janeiro: Negociações avançam em saúde, IA e clima visando erradicação da pobreza e segurança alimentar.

    Os negociadores dos 11 países que compõem o Brics finalizaram, na última sexta-feira (4), os diálogos preparatórios para a cúpula que ocorrerá neste domingo (6) e na segunda-feira (7) no Rio de Janeiro. O encontro, marcado pela busca de um pacto em torno de temas prioritários, culminou em progressos significativos em três áreas chave: promoção de saúde pública visando a erradicação de doenças socialmente determinadas, desenvolvimento de inteligência artificial e ações contra a mudança climática.

    Os resultados dessas negociações, conduzidas pelos “sherpas” – representantes designados de cada país – serão apresentados às lideranças políticas do grupo, com a expectativa de que se traduzam em declarações concretas. O Brasil, anfitrião do evento, pretende acabar com a predominância de agendas geopolíticas para priorizar questões como erradicação da pobreza, segurança alimentar e fortalecimento dos sistemas de saúde. “Este é um esforço para reposicionar esses assuntos no centro da agenda do Brics. Temos essa oportunidade na presidência, assim como fizemos no G20, ao lançar iniciativas para o combate à fome e à pobreza”, destacou o embaixador Maurício Lyrio, sherpa brasileiro responsável por coordenar as discussões.

    Além dos tópicos já mencionados, a reunião também tratou de questões como a institucionalização do grupo, a nova estrutura de presidência rotativa e a inclusão de países parceiros. Com a recente adesão do Vietnã, o Brics agora conta com dez países nessa nova categoria.

    As deliberações sobre mudanças climáticas incluíram um foco notável no financiamento destinado a políticas ambientais. Os países do Sul Global, representados no Brics, enfatizaram que as nações mais ricas, responsáveis pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa, devem colaborar facilitando recursos para que os estados em desenvolvimento possam realizar sua transição rumo à sustentabilidade. Para o Brasil, ações robustas contra a mudança climática são especialmente urgentes, tendo em vista que será o país-sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), programada para novembro em Belém.

    A reunião dos sherpas nesta semana marca o encerramento de um ciclo de negociações que já se estendeu ao longo do primeiro semestre, incluindo encontros em fevereiro e abril, onde foram tratados outros temas relevantes, incluindo uma Parceria Estratégica na Área Econômica e a proposta de que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) desempenhe um papel central no financiamento da industrialização do Sul Global.

  • ECONOMIA – Brics conclui negociações pré-Cúpula no Rio; tensões sobre Irã, Palestina e Índia desafiam consenso entre países-membros antes de encontro decisivo.

    Os negociadores políticos do Brics, conhecidos como sherpas, concluíram na noite de sexta-feira, 4 de outubro, a última rodada de negociações antes da Cúpula de Líderes, programada para os dias 6 e 7 no Rio de Janeiro. Este encontro se faz em um momento delicado, marcado por tensões geopolíticas e uma multiplicidade de assuntos que demandam consenso entre os países membros.

    Entre os tópicos mais controversos discutidos nesta fase preparatória, destacam-se os conflitos recentes entre Irã e Israel, a complexa situação na Palestina e a comparação em torno da reforma do Conselho de Segurança da ONU. Apesar dos avanços alcançados nas discussões, os países ainda não conseguiram alcançar um entendimento comum sobre essas questões.

    O Irã se destaca como foco de tensão, pressionando por uma posição mais assertiva do grupo contra os bombardeios israelenses e americanos ocorridos entre 13 e 24 de setembro. Entretanto, países como Arábia Saudita e Índia, que possuem laços mais fortes com os Estados Unidos e Israel, mostraram-se cautelosos em adotar uma postura que possa prejudicar suas relações diplomáticas.

    A situação na Palestina, aliada do Irã, também complica o cenário. Desde maio do ano passado, Gaza tem sido alvo de intensos ataques aéreos, resultando em um número alarmante de vítimas civis, e isso gera uma pressão adicional sobre os membros do Brics para que se posicionem de forma coesa.

    Outra questão crítica diz respeito à Índia, que recententemente se envolveu em uma breve, mas intensa, disputa militar com o Paquistão. A instabilidade na região permanece, e a acusação de que a China teria fornecido informações estratégicas ao Paquistão somente exacerba as divisões internas do grupo.

    Embora nem todos os líderes estarão presentes na cúpula, como é o caso do presidente da China, Xi Jinping, que será representado pelo primeiro-ministro Li Qiang, e do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que participará remotamente, a expectativa é que a reunião resulte em uma declaração conjunta. Essa declaração deve refletir as posições consensuais entre os membros e evitar a impressão de que é uma mera manifestação da presidência brasileira, o que poderia reduzir seu impacto político.

    Uma estratégia adotada pelo Brasil consiste em fragmentar a declaração final em quatro partes: uma declaração geral e três específicas focadas em saúde, clima e inteligência artificial. Embora os textos ainda estejam em elaboração, há um otimismo crescente em torno da possibilidade de se chegar a um consenso.

    No campo da saúde, o destaque recai sobre a proposta de estabelecer colaborações para combater doenças relacionadas a fatores socioeconômicos e ambientais, com ênfase na produção de vacinas. A estratégia é vista como uma resposta a necessidades prementes, especialmente nos países do Sul Global.

    Além disso, avanços nas discussões sobre financiamento climático estão em pauta, com o objetivo de encontrar uma abordagem comum que envolva a participação de bancos multilaterais e mobilização de capital privado. Por fim, as conversas sobre inteligência artificial se concentram na busca por uma governança ética, que não apenas minimize problemas sociais, mas também ajude a enfrentar desafios como a pobreza e as mudanças climáticas.

    Assim, com um ambiente político em ebulição e diversos pontos sensíveis a serem abordados, a Cúpula de Líderes do Brics promete ser um evento crucial para delinear o futuro das relações entre as nações envolvidas e, potencialmente, para a política global.

  • INTERNACIONAL – Cúpula do Brics no Rio terá ausência de líderes da China e Rússia, que serão representados por seus ministros. Brasil e Índia confirmam presença.

    Neste final de semana, o Rio de Janeiro se prepara para sediar a Cúpula do Brics, um grupo que, desde sua formação, compõe-se de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Contudo, a reunião contará com a ausência de dois de seus membros fundadores. O presidente chinês, Xi Jinping, optou por não comparecer ao evento, delegando sua representação ao primeiro-ministro Li Qiang. Da mesma forma, o presidente russo, Vladimir Putin, também não estará presente fisicamente, mas deverá participar virtualmente. A Rússia será representada, na cúpula, pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.

    As presenças confirmadas incluem o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que são figuras-chave no contexto da aliança. A Cúpula do Brics está prevista para acontecer nos dias 6 e 7 de novembro, e é um momento significativo para a discussão de pautas que envolvem questões econômicas, políticas e de desenvolvimento.

    Atualmente, o Brics evoluiu de sua formação inicial e conta com um total de onze países-membros. Além das cinco nações fundadoras, o grupo expandiu-se para incluir Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia, Indonésia e Irã. Também há uma gama de países-parceiros que participam do bloco, como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Essa diversidade reflete um desafio e uma oportunidade para que o Brics, enquanto agente de influência global, possa jogar um papel significativo no cenário internacional.

    A presidência do grupo é exercida de maneira rotativa e atualmente é ocupada pelo Brasil, com mandato que se estenderá até 31 de dezembro de 2025. Esse modelo de liderança rotativa é uma tentativa de balancear o poder entre as nações envolvidas e garantir uma voz equitativa para os membros, promovendo um diálogo construtivo e cooperativo em um mundo cada vez mais multipolar. A reunião no Rio de Janeiro será um ponto crucial para o futuro das relações entre estas nações, dando sequência ao debate sobre colaboração e integração econômica e política.

  • Cúpula do BRICS no Rio: Brasil em Alta e Desafios Globais em Foco na Nova Era da Diplomacia Internacional

    A Cúpula do BRICS, que acontece no Rio de Janeiro, traz um foco renovado para o papel do Sul Global em meio a uma série de crises globais, incluindo o conflito entre Irã e Israel e a situação na Ucrânia. Este é o segundo encontro após a maior expansão do grupo, que agora conta com 11 membros e 10 países parceiros. O evento representa uma oportunidade significativa para o Brasil, que atua como presidente do BRICS em um momento de intensa atenção internacional.

    De acordo com analistas, como o professor Dawisson Belém Lopes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Brasil está em um ponto de “máxima visibilidade internacional”, podendo reforçar suas relações multilaterais enquanto conecta o Sul Global ao Ocidente. O papel do país na cúpula é crucial, especialmente após outra importante reunião do G20 realizada no final do ano passado.

    A cúpula é vista como um palco para o Brasil adotar a “receita” que funcionou no G20, girando em torno de consensos mínimos sobre temas como mudanças climáticas, combate à pobreza e reforma da governança global. O professor Guilherme Casarões da Fundação Getulio Vargas (FGV) destaca que as discussões em torno desses tópicos podem colocar o Brasil em uma posição de liderança, dada sua influência nas questões globais.

    Embora a reunião ganhe força com vários países autônomos, alguns líderes importantes, como Vladimir Putin da Rússia e Xi Jinping da China, não estarão presentes, o que levanta questões sobre a influência da cúpula. Lopes pondera que essa ausência não deve subestimar a relevância do encontro, citando que decisões importantes ainda serão tomadas.

    Porém, a diversidade de opiniões e culturas entre os membros do BRICS pode gerar divergências nas discussões. Lopes acredita que, apesar das diferenças, há mais pontos em comum que podem conectar os países. Ele observa que a ausência de uma posição unificada sobre assuntos externos, como o conflito entre Israel e Irã, não deve ser um obstáculo para a colaboração.

    A cúpula no Rio de Janeiro também é percebida como uma grande oportunidade para os países do BRICS afirmarem sua importância no cenário global, respondendo por cerca de 40% da economia mundial e mais de 48% da população global. O evento é, portanto, mais do que uma simples reunião; representa uma chance para os países do Sul Global revisarem e fortalecerem sua presença nas decisões internacionais.

  • SAÚDE – Hospitais e UPAs do Rio funcionam normalmente em feriados devido à Cúpula do Brics; serviços de saúde permanecem ativos na cidade durante o evento.

    Na próxima sexta-feira, 4 de outubro, e no feriado de segunda-feira, 7, os hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) seguirão operando normalmente. Essas atividades acontecem em um contexto especial, já que a capital fluminense sedia a Cúpula do Brics, um importante encontro que reunirá líderes dos países membros do grupo, que inclui Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. O evento está programado para ocorrer no Museu de Arte Moderna (MAM), localizado no centro do Rio, e as delegações estarão hospedadas na rede hoteleira, predominantemente na zona sul da cidade.

    O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), que é gerido pela Secretaria de Saúde do Estado, manterá sua operação em regime de 24 horas durante o período do evento. Essa continuidade é essencial, especialmente em um momento em que a cidade espera um aumento no fluxo de pessoas.

    Outra informação relevante é que o Hemorio, situado na Rua Frei Caneca, 8, no centro, estará aberto diariamente, garantindo a coleta de sangue entre 7h e 18h. O Rio Imagem, uma unidade de diagnóstico localizada na Avenida Presidente Vargas, também funcionará neste feriado, oferecendo apenas exames de ressonância magnética, tomografia computadorizada, raio-X e mamografia. A partir da terça-feira, 8, a unidade voltará a disponibilizar a gama completa de exames, incluindo biópsias, ultrassonografias e ecocardiogramas.

    Entretanto, o Ambulatório Médico de Especialidades Susana Naspolini, em Ipanema, não abrirá suas portas durante esta sexta-feira nem na segunda-feira. As atividades desse ambulatório estão previstas para retornar ao normal na terça-feira, 8 de outubro.

    A Cúpula do Brics, que teve seu início em 2009 com a união de Brasil, Rússia, Índia e China, passou a contar com a África do Sul em 2011, ampliando sua importância no cenário global. Recentemente, o grupo se expandiu, com a admissão de novos membros como Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Irã, a partir de janeiro de 2024, além da Indonésia, que se juntou em janeiro de 2025. Essa evolução reflete a crescente influência do bloco nos debates sobre desenvolvimento econômico e cooperação internacional.

  • Sputnik Brasil Celebra 10 Anos com Painel sobre BRICS e Soberania Global em Véspera da Cúpula no Rio de Janeiro

    No dia 3 de julho, a Sputnik Brasil celebra uma década de atuação com um painel que discute o papel do bloco BRICS na soberania global. O evento ocorre véspera da tão aguardada Cúpula do BRICS, que será realizada no Rio de Janeiro. Intitulado “BRICS como Promessa de Soberania Econômica, Midiática e Conceitual para o Sul Global”, o painel reunirá especialistas e analistas de renome para explorar a importância do BRICS na construção de um futuro mais autônomo e diversificado para os países do Sul Global.

    A discussão abordará como o BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, pode servir como uma plataforma para promover a soberania econômica, ajudando na defesa dos interesses dos países emergentes em um mundo cada vez mais multipolar. Temas como a soberania digital e o fortalecimento do multilateralismo também estarão em pauta, evidenciando a relevância do bloco em um cenário onde a hegemonia ocidental é frequentemente questionada.

    Entre os participantes do painel, destacam-se figuras de expressão como Aleksandr Dugin, filósofo russo conhecido por suas teorias sobre o eurasiatismo; Paulo Nogueira Batista Jr., economista brasileiro com vasta experiência em instituições internacionais; Glenn Greenwald, jornalista de renome que cofundou o site The Intercept, e Pepe Escobar, jornalista brasileiro que ganhou notoriedade pela sua análise crítica das dinâmicas geopolíticas globais.

    O evento, que será transmitido ao vivo através das redes sociais da Sputnik Brasil, promete trazer insights valiosos sobre como os países membros do BRICS podem colaborar para enfrentar os desafios contemporâneos e promover uma ordem mundial que priorize a autonomia e os interesses do Sul Global.

    Com uma década de história, a Sputnik Brasil se estabelece como um espaço de debate e reflexão sobre temas que muitas vezes são negligenciados pela grande mídia, convidando o público a participar dessa discussão essencial sobre o futuro da soberania e cooperação internacional.

  • INTERNACIONAL – Brics se Reúne no Rio para Traçar Estratégias Climáticas de Impacto Pré-COP30 e Promover Financiamento Sustentável entre Países em Desenvolvimento.

    A iminente reunião de cúpula do Brics, que ocorrerá no Rio de Janeiro nesta semana, é aguardada como um importante fórum para a construção de soluções globais e a antecipação de discussões cruciais que já estão na pauta para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), programada para novembro em Belém. O evento une 11 países, incluindo Brasil, China, Índia, Rússia entre outros, que buscam avançar em estratégias para enfrentar os desafios climáticos e promover um desenvolvimento sustentável.

    O Brasil tem grandes expectativas em relação às deliberações do Brics, especialmente no contexto da COP30. A expectativa é que o grupo se comprometa com ações robustas e ambiciosas, alinhadas à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O governo brasileiro tem defendido uma nova abordagem para a liderança climática, fundamentada na solidariedade internacional, com o intuito de gerar respostas justas e eficazes às mudanças climáticas que afetam o planeta.

    Em maio, uma proposta de documento, que será analisada pelos líderes do Brics durante a cúpula, já foi aprovada por delegados do grupo. Essa proposta abrange temas como o financiamento climático, essenciais para assegurar que as nações em desenvolvimento recebam o suporte necessário para implementar suas políticas ambientais. A secretária do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, ressaltou a importância de discutir reformas em bancos multilaterais e o aumento do financiamento concessional para assegurar que os países mais vulneráveis possam se adaptar às mudanças.

    A visão dos acadêmicos sobre o que pode emergir dessa cúpula é de grande importância. O professor da Universidade de Brasília, Antonio Jorge Ramalho da Rocha, acredita que será crucial enfatizar o financiamento à transição energética verde, bem como fortalecer alianças multilaterais. Temáticas como o combate à desertificação e a poluição marinha também ganharão destaque nas discussões.

    A coordenadora da Plataforma Socioambiental do Brics Policy Center, Maureen Santos, destaca que um resultado positivo da reunião seria a adoção de compromissos financeiros que garantam uma transição justa e que atendam incessantes compromissos climáticos. Nesse contexto, a fragilidade do Acordo de Paris, que completa uma década, se torna ainda mais evidente, especialmente após a retirada dos Estados Unidos do pacto.

    Recentemente, em uma reunião preparatória da COP30 em Bonn, na Alemanha, representantes dos países do G77 solicitaram maior investimento por parte das nações desenvolvidas, uma vez que estas têm a responsabilidade de apoiar os países em desenvolvimento. Essa questão do financiamento continua a ser um ponto chave nas discussões globais.

    O Brics, com sua diversidade de economias e desafios, pode se afirmar como uma plataforma essencial não apenas para discutir estratégias de financiamento, mas também para pressionar seus membros a entregarem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), fundamentais para a mitigação das emissões de gases do efeito estufa.

    A complexa relação entre o uso de combustíveis fósseis e o comprometimento com a transição energética justa também ocupa espaço nas conversas. Enquanto alguns de seus membros, como Brasil e Rússia, dependem economicamente desses combustíveis, o Brics propõe ações que busquem reduzir as emissões e promover a geração de energia renovável.

    Por fim, a cúpula do Brics se apresenta como uma oportunidade não apenas para debater a resposta coletiva às mudanças climáticas, mas para reafirmar a importância de uma ação concertada diante de um dos maiores desafios do nosso tempo. Se bem-sucedidas, as negociações poderão, de fato, pavimentar o caminho para um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo em um contexto global cada vez mais interconectado.

  • Cientistas e Pesquisadores se Reúnem no Rio em Evento Pré-Cúpula dos BRICS com Foco em Inovação e Tecnologia para o Futuro Global

    A cidade do Rio de Janeiro está se preparando para receber a Cúpula dos BRICS, marcada para os dias 6 e 7 de julho de 2025, no Museu de Arte Moderna (MAM). Em antecipação ao evento, a Semana de Ciência Aberta do BRICS+ foi lançada, promovendo uma série de atividades focadas na intersecção entre ciência e sociedade. Este evento está reunindo cientistas e instituições de pesquisa de diferentes países, incluindo Brasil, Rússia e Belarus, com o objetivo de debater temas fundamentais para o futuro compartilhado.

    A programação da Semana de Ciência Aberta é bastante diversificada. Inclui o Fórum de Divulgadores da Ciência, apresentações sobre inovações e a exposição “Ciência nos Rostos”, que destaca jovens pesquisadores que realizaram descobertas relevantes. Durante a campanha “Cientistas nas Escolas”, mais de 50 profissionais visitaram escolas no Rio de Janeiro, enfatizando a importância da pesquisa científica e incentivando o interesse pelo conhecimento.

    Instituições renomadas como a Universidade Estatal de Moscou, o Instituto Kurchatov e a Fundação Skolkovo enviaram representantes para participar deste encontro. A troca de ideias se concentrará nas prioridades do BRICS: segurança alimentar e energética, saúde, desenvolvimento sustentável, inteligência artificial, bem como tecnologias quânticas e exploração espacial. A saúde será um dos temas centrais, com foco em inovações como biossensores e implantes.

    A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, compartilhou em entrevista a visão do governo brasileiro para a presidência do BRICS em 2025. Ela destacou a importância da ciência e da tecnologia na inserção internacional do Brasil, enfatizando a ampliação da soberania digital e o fortalecimento da cooperação Sul-Sul.

    Em termos de segurança, o Estado do Rio de Janeiro mobilizará aproximadamente 17 mil agentes, entre policiais civis e militares, além do apoio das Forças Armadas, que garantirão a ordem em áreas estratégicas. O plano de segurança contará com tecnologia avançada, como câmeras de reconhecimento facial e drones.

    Com a combinação de ciência e segurança, a Cúpula dos BRICS no Rio de Janeiro promete ser um fórum valioso para discussão e cooperação entre economias emergentes, abrangendo desafios globais contemporâneos.