Tag: Brics

  • BRICS fortalece comércio entre membros: ministro russo revela novas medidas para facilitar negociações sem barreiras econômicas.

    Em uma entrevista reveladora, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, abordou a importância das iniciativas para facilitar as negociações entre os países membros do BRICS, um agrupamento que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Siluanov enfatizou a necessidade de implementar um sistema mais eficiente que elimine barreiras comerciais, permitindo que as nações do bloco possam fortalecer suas economias por meio de acordos bilaterais e multilaterais.

    As declarações do ministro refletem um movimento mais amplo dentro do BRICS, que visa impulsionar a cooperação econômica e criar um ambiente onde as trocas comerciais possam fluir livremente. Siluanov apontou que as dificuldades enfrentadas nas transações internacionais, especialmente em um contexto de crescente tensão geopolítica, exigem soluções inovadoras. O objetivo principal é desenvolver mecanismos que não apenas simplifiquem as transações, mas que também promovam a utilização de moedas locais, reduzindo a dependência do dólar americano.

    Com o cenário global em constante mudança, a autonomia monetária e a flexibilidade nas relações comerciais tornaram-se prioridades para o BRICS. Durante a conversa, o ministro ressaltou que a criação de um espaço econômico onde os países possam negociar diretamente, sem a intervenção de terceiros, representa um passo significativo para a integração econômica do bloco. Isso não apenas fortalecerá as economias locais, mas também poderá servir como um modelo para outras nações em desenvolvimento.

    Siluanov declarou que a colaboração entre os países do BRICS deve ser baseada em princípios de respeito mútuo e benefício compartilhado. Além disso, ele mencionou que as reuniões periódicas entre os ministros das Finanças dos países do grupo são fundamentais para discutir estratégias e implementar essas políticas de maneira eficaz. O fortalecimento das relações comerciais dentro do BRICS pode ser considerado um movimento estratégico em um momento em que a economia global enfrenta desafios sem precedentes.

    A visão de Anton Siluanov para o futuro das negociações entre os países do BRICS não apenas destaca a relevância do bloco no cenário internacional, mas também ressalta uma verdadeira vontade de inovar e buscar soluções que beneficiem todos os membros. Ao adotar essas medidas, o BRICS se posiciona como um protagonista em um mundo em transformação, buscando não apenas a independência econômica, mas também a promoção do desenvolvimento sustentável entre suas nações.

  • China e Brasil Fortalecem Parceria Estratégica e Persistem em Compromissos Bilaterais Durante Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro

    Na véspera da 17ª Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, destacou a disposição do seu país em fortalecer a cooperação com o Brasil em diversas áreas estratégicas. Durante um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Li enfatizou que as relações sino-brasileiras vivem um momento de grande potencial, marcado por um compromisso compartilhado em construir um futuro mais justo e sustentável.

    Li Qiang ressaltou a importância de aprofundar parcerias em setores como a economia digital, economia verde, ciência, tecnologia e exploração aeroespacial. Durante a conversa, ele também fez questão de transmitir as saudações do presidente Xi Jinping. Entre os pontos abordados, foi lembrado o consenso estabelecido entre os dois países durante a recente visita de Lula à China, onde os líderes reafirmaram seu apoio ao multilateralismo e expressaram o desejo de transformar essas intenções em benefícios concretos para ambos os povos.

    Além das áreas mencionadas, o premiê chinês abordou a intenção de reforçar laços comerciais, financeiros e de infraestrutura, especialmente no contexto da Iniciativa do Cinturão e Rota, que visa intensificar conexões entre nações através de investimentos e desenvolvimento. Também foi proposto um intercâmbio cultural mais robusto, com foco nas atividades programadas para o Ano Cultural China-Brasil, que ocorrerá em 2026.

    Outro ponto importante discutido foi o apoio chinês ao Brasil na realização da COP30, que acontecerá em Belém do Pará, e a disposição de cooperação em fóruns multilaterais, incluindo a ONU, BRICS e G20. Li Qiang enfatizou a necessidade de uma globalização inclusiva e um mundo multipolar, buscando maior estabilidade e igualdade entre as nações.

    Por sua parte, Lula manifestou a intenção de avançar na amizade e nos laços entre os dois países, reiterando o compromisso do Brasil em ampliar a cooperação nas áreas de ciência, comércio, finanças e meio ambiente. Ao final do encontro, Brasil e China assinaram vários acordos de cooperação, abrangendo inteligência artificial, finanças e desenvolvimento estratégico, consolidando ainda mais a parceria entre as duas nações.

  • INTERNACIONAL – BRICS: Conselho Popular encerra primeira sessão e entrega recomendações a líderes globais no Rio de Janeiro; pressão popular é essential para implementação de propostas.

    No último sábado, 5 de agosto, o Rio de Janeiro foi palco da primeira sessão do Conselho Popular do Brics, um importante espaço de debate onde representantes da sociedade civil organizada de diversos países-membros do bloco se reuniram. A presidência do Brics está a cargo do Brasil até o final deste ano, e o evento marca um avanço significativo na participação da sociedade civil nos assuntos globais.

    O encontro reuniu uma diversidade de instituições, incluindo movimentos sociais, ONGs, sindicatos e universidades, que colaboraram na elaboração de um caderno repleto de recomendações. Este documento será entregue aos chefes de Estado e de governo do Brics, que se encontrarão para uma cúpula nos dias 6 e 7 de agosto, também no Rio de Janeiro.

    O esforço dos participantes originou propostas que emergem de sete grupos de trabalho dedicados a temas como saúde, educação, cultura, finanças, tecnologia, meio ambiente e governança. O resultado dessas discussões culminou em um extenso documento de quase cem páginas, que será disponibilizado ao público por meio do site do Conselho.

    Emílio Mendonça Dias da Silva, pesquisador da Universidade de São Paulo, coordenou o grupo sobre a institucionalidade do Brics e destacou a importância de todas as propostas, enfatizando a prioridade que questões de saúde e educação têm na agenda social global. Apesar do foco em temas sociais, ele alertou para a crescente relevância do debate sobre segurança internacional, especialmente diante do aumento dos conflitos no cenário mundial.

    Dentre as sugestões apresentadas, destacam-se a ampliação do uso de moedas nacionais nas transações entre os países do Brics, reformas na arquitetura de governança global para fortalecer a representação do Sul Global, e a implementação de acesso universal à saúde. As propostas também incluem a criação de um fundo climático para mitigar e adaptar-se às mudanças ambientais, além de diretrizes éticas para o uso da inteligência artificial na cultura.

    Uma das características marcantes deste conselho é a expectativa de que a sociedade civil tenha a oportunidade de se dirigir aos líderes do Brics durante a cúpula, um fato que alguns consideram ousado. João Pedro Stédile, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, enfatizou a necessidade de mobilização popular e pressionou pela promoção de lutas organizadas, destacando que a verdadeira transformação exige a presença ativa da população nas ruas, superando o ativismo digital.

    O Conselho Popular do Brics foi estabelecido durante a última cúpula do bloco em Kazan, na Rússia, e agora é responsabilidade do Brasil conduzir essa nova iniciativa. Stédile defende que é essencial institucionalizar o conselho para garantir sua continuidade e funcionalidade, e já anunciou planos para um próximo encontro em Salvador, programado para outubro, reunindo delegados de todas as nações do Brics.

    O Brics, que inclui países como Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e agora também 11 outros membros, representa uma significativa fatia da economia global e da população mundial. Este bloco visa aumentar a cooperação entre países em desenvolvimento e reclamar por uma maior equidade nas discussões em fóruns internacionais. No entanto, o Brics ainda carece de formalização como um organismo internacional, o que limita sua capacidade de execução de decisões coletivas.

    Com essa nova estrutura de participação, o futuro do Brics poderá ser moldado não apenas pela diplomacia entre os países, mas também pela voz ativa das sociedades civis de cada nação membro, sinalizando uma nova era de engajamento e transformação social.

  • BRICS Debate Criação de Serviço de Nuvem para Reduzir Dependência Tecnológica na Próxima Cúpula no Rio de Janeiro

    A próxima Cúpula do BRICS, agendada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, promete trazer à tona uma proposta inovadora: a criação de um serviço de nuvem exclusivo para os países que compõem o bloco. Essa iniciativa foi destacada por Eugênio Vargas Garcia, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia, Inovação e Propriedade Intelectual do Itamaraty, ao discutir os temas que estarão em evidência durante o encontro.

    A proposta de um serviço de nuvem do BRICS está em análise e precisa da aprovação dos líderes dos países membros, que incluem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Vargas Garcia enfatizou que a necessidade de um sistema de nuvem próprio é urgente, já que atualmente esse segmento é dominado, de forma significativa, por empresas de países que não fazem parte do bloco, particularmente os Estados Unidos. Essa dependência externa em uma área tão crítica levanta questões de soberania e segurança, uma vez que muitos dados e informações sensíveis dos países do BRICS estão armazenados em servidores no exterior.

    “Muitos serviços de armazenamento em nuvem hoje estão localizados fora das fronteiras dos países do BRICS, o que não garante uma abordagem completamente soberana. O Brasil, portanto, está engajado em atrair investimentos para o desenvolvimento de centros de armazenamento e processamento de dados que respeitem nossa autonomia”, disse Vargas Garcia, explicando a diretriz estratégica do Brasil nesse contexto.

    Este ano, a 17ª Cúpula do BRICS se destaca ainda pela presença de novos países que foram recentemente incorporados ao bloco, o que certamente trará uma nova dinâmica às discussões e à cooperação entre as nações. A ideia de um serviço de nuvem compartilhado não apenas visa reduzir a dependência tecnológica, mas também fortalecer os laços entre os países membros, possibilitando uma troca de informação e inovação mais robusta e impregnada de autonomia.

    Com esses debates, a Cúpula do BRICS se posiciona como um momento crucial para o futuro da cooperação entre os países em desenvolvimento, buscando alternativas que garantam maior independência em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

  • INTERNACIONAL – Rússia mantém planos para sistema de pagamento alternativo ao dólar, mesmo sem consenso no Brics, afirma ministro Anton Siluanov. Iniciativa avança sem acordo completo.

    No último sábado, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, confirmou a intenção do país de desenvolver um sistema de pagamento alternativo ao dólar para transações internacionais, mesmo na ausência de consenso absoluto entre os membros do Brics. Durante uma coletiva de imprensa, Siluanov explicou que a criação desse mecanismo pode ocorrer por meio de formatos de cooperação bilaterais ou trilaterais.

    O ministro enfatizou que as discussões em torno da criação de uma plataforma de investimentos estão em andamento, embora não tenha havido um acordo definitivo entre os países do Brics. “Vamos continuar avançando nessa direção com aqueles que se mostram interessados. Não é imprescindível que haja um consenso total para determinadas decisões financeiras”, afirmou. Ele ressaltou a possibilidade de que transações envolvendo a compra de títulos possam ser efetivadas entre duas ou três nações sem a necessidade de um entendimento global. Siluanov também destacou que, ao longo deste processo, alguns aspectos poderão ser implementados rapidamente, enquanto outros podem levar mais tempo.

    A reunião recente entre os ministros de Finanças e os diretores dos bancos centrais do Brics resultou em uma declaração que mencionou o progresso na busca por caminhos para viabilizar a interoperabilidade dos sistemas de pagamento. No entanto, o documento não fez referência a um acordo concreto sobre o formato desses sistemas alternativos, limitando-se a observar que um relatório técnico elaborado sobre o tema deve ser fundamental no trabalho contínuo para facilitar pagamentos internacionais de maneira mais acessível e eficiente.

    Outro tema relevante abordado por Siluanov foi a criação de um mecanismo de garantia ligado ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Os países do Brics planejam implementar uma iniciativa chamada Garantias Multilaterais do Brics (GMB), que visa mobilizar investimentos privados em infraestrutura e promovendo o desenvolvimento sustentável. A expectativa é que essa iniciativa reduza riscos associados a investimentos estratégicos, aumentando a credibilidade do grupo e do Sul Global. Um projeto piloto está previsto para ser iniciado em 2025.

    Siluanov ressaltou a importância da criação de uma resseguradora vinculada ao NDB, uma medida que é considerada estratégica pelo grupo. Ele argumentou que, apesar do crescimento do comércio e do transporte entre os países do Brics, há uma carência de seguradoras independentes. A proposta envolve a formatação de uma organização internacional com capital proporcionado pelos Estados-membros, que consiga resguardar riscos logísticos, climáticos e de construção, propondo assim uma alternativa viável às seguradoras ocidentais.

  • BRICS Debaterá Criação de Serviço de Nuvem na Cúpula do Rio de Janeiro em Julho

    A Cúpula do BRICS, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, promete ser um marco importante para a cooperação entre os países que compõem o bloco. Um dos assuntos principais a ser debatido será a criação de um serviço de nuvem, uma iniciativa que busca reduzir a dependência tecnológica das nações em relação a plataformas dominadas por entidades externas, especialmente os Estados Unidos.

    Eugênio Vargas Garcia, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia, Inovação e Propriedade Intelectual do Itamaraty, destacou a relevância dessa proposta em um contexto em que o setor de serviços de nuvem tem crescido exponencialmente. Segundo ele, é vital que os países do BRICS considerem a necessidade de desenvolver uma infraestrutura própria que garanta segurança e autonomia no armazenamento e na gestão de dados. A proposta deve ser amplamente discutida entre os líderes do bloco, buscando uma solução que atenda às necessidades de seus países membros.

    A cúpula marcará uma nova fase para o BRICS, pois contará com a participação de novos países que se juntaram recentemente à aliança, aumentando assim a diversidade e a força do grupo. Este evento é uma oportunidade de reafirmar a importância do diálogo e da colaboração em áreas-chave como tecnologia e inovação, fundamentais para o desenvolvimento econômico e social.

    Além do serviço de nuvem, outros tópicos também estarão em foco, como parcerias em ciência e tecnologia, demonstrando o compromisso dos países membros em avançar juntos para enfrentar desafios globais. O BRICS tem se posicionado cada vez mais como um ator global relevante, buscando alternativas viáveis para questões que envolvem segurança cibernética e soberania digital.

    A expectativa é que, ao final dessa cúpula, saiam propostas concretas e um compromisso renovado entre os líderes para que a agenda de inovação e tecnologia do BRICS se torne uma realidade palpável. A criação de um serviço de nuvem é vista como um passo essencial nesse caminho, garantindo que as nações do bloco possam desfrutar de maior autonomia e segurança em um mundo digital em constante evolução.

  • INTERNACIONAL – Movimentos Sociais da Venezuela Buscam Inclusão no Brics Durante Reunião do Conselho Popular no Rio de Janeiro

    Hoje, os movimentos sociais da Venezuela apresentaram um pedido formal para integrar o Brics, além de pleitear participação no Conselho Popular do bloco. A solicitação foi entregue em uma carta durante a primeira reunião presencial da organização, realizada no Rio de Janeiro.

    A entrada da Venezuela no Brics havia sido negada em 2024, em uma cúpula na Rússia, o que provocou tensões nas relações entre Brasília e Caracas. Na ocasião, o Brasil justificou o veto alegando questões como falta de transparência nas eleições presidenciais venezuelanas. Em contrapartida, Rússia e China manifestaram apoio à Venezuela, sinalizando que a adesão do país ao bloco poderia ser uma questão de tempo.

    A deputada Blanca Eekhout, que também preside o Instituto Simón Bolívar de Amizade com os Povos, foi a responsável pela entrega da solicitação. Em suas declarações, ela enfatizou que a carta representa os anseios dos movimentos sociais venezuelanos, incluindo grupos de mulheres, conselhos comunitários e comunidades indígenas. “O Brics representa um mundo novo, multipolar e pluricêntrico, que a Venezuela apoiou desde o início”, afirmou Eekhout.

    Cesar Carias, representante do Movimento Indígena Unido de Venezuela (MIUVEN), reforçou o pedido, solicitando a remoção do veto que impede a participação da Venezuela. “Os povos indígenas e movimentos sociais da Venezuela querem ser incluídos no Brics. Esta é a nossa solicitação a este conselho”, declarou.

    Além das questões de inclusão, o documento final do Conselho Popular, a ser apresentado na cúpula do bloco, deve advogar a ampliação da presença de membros plenos do Brics na América Latina. Atualmente, o Brasil é o único membro pleno, enquanto Cuba e Bolívia figuram como parceiros e a Argentina – convidada em 2024 – rejeitou a adesão sob a nova presidência de Javier Milei.

    João Pedro Stédile, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), expressou surpresa com o veto do Brasil à Venezuela, defendendo que a inclusão de mais países no Brics beneficiaria a força do bloco na luta contra o imperialismo e a hegemonia dos Estados Unidos. Ele argumentou que a expansão deve englobar não apenas a Venezuela, mas também outras nações da América Latina, África e Ásia para fortalecer a voz do Sul Global.

    A proposta fundamental do Brics é a construção de um sistema alternativo que não dependa do dólar como moeda de referência nas transações internacionais. O Conselho Popular foi instituído na Declaração de Kazan em 2024 para engajar a sociedade civil nas discussões estratégicas, e sua formação no Brasil envolveu várias organizações sociais, sindicatos, ONGs e especialistas em busca de uma maior participação popular nas decisões do bloco.

  • Novo Banco de Desenvolvimento recebe Colômbia e Uzbequistão como novos membros durante reunião em Copacabana com Dilma Rousseff.

    Neste sábado, 5 de agosto, a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, anunciou a inclusão da Colômbia e do Uzbequistão como novos membros da instituição financeira. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Copacabana, no Rio de Janeiro, após a realização da reunião anual do Conselho de Governadores do banco.

    A expectativa quanto à adesão da Colômbia já circulava entre analistas e especialistas há alguns meses. Durante o evento, Dilma detalhou que a decisão do conselho foi unânime, refletindo um consenso sobre a necessidade de expandir a representação e influência do NDB em um cenário global em constante mudança. Com a entrada da Colômbia e do Uzbequistão, a instituição passa a contar com novos aliados estratégicos, ampliando ainda mais sua capacidade de arrecadação de fundos e financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável.

    A presidente do NDB ressaltou que a inclusão da Colômbia e do Uzbequistão se junta a outros membros já aprovados, como a Argélia, consolidando um grupo diversificado que já inclui países como Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Bangladesh e Egito. Essa ampliação não apenas reforça o papel do banco como uma vital alternativa às instituições financeiras tradicionais, mas também demonstra um compromisso com a cooperação entre os países em desenvolvimento.

    “Ao estender nosso alcance e parcerias, buscamos fortalecer a colaboração regional e global, essencial para enfrentar desafios comuns, como o investimento em infraestrutura, desenvolvimento econômico e sustentabilidades ambientais”, comentou Rousseff, enfatizando a importância da união entre as nações para promover o crescimento inclusivo.

    A adição desses novos membros marca um passo significativo na trajetória do NDB, indicando uma clara estratégia de crescimento e fortalecimento da influência dos países emergentes na governança econômica global. O banco, fundado pelos BRICS, segue, assim, sua missão de financiar projetos que promovam prosperidade e desenvolvimento equitativo em nível internacional.

  • INTERNACIONAL – Lula: Brics é o “fiador de um futuro promissor” e propõe nova era de desenvolvimento sustentável e governança em inteligência artificial.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso proferido durante a abertura do Fórum Empresarial do Brics neste sábado (5) no Rio de Janeiro, destacou que o bloco continua a ser um “fiador de um futuro promissor”. Essa declaração reflete a importância do Brics como uma plataforma de diálogo e cooperação entre as nações emergentes, especialmente em tempos de incertezas econômicas e políticas globais.

    Lula enfatizou que, diante do ressurgimento do protecionismo, é imperativo que os países em desenvolvimento se unam para defender um regime multilateral de comércio e trabalhar para a reforma da arquitetura financeira internacional. O Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, se posiciona como uma força cooperativa que busca alternativas para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade compartilhada.

    Segundo o presidente, os países do Brics estão na vanguarda da transição energética, com potencial significativo para expandir a produção de biocombustíveis, baterias, placas solares e turbinas eólicas. Ele observou que esses países detêm recursos minerais estratégicos essenciais para essa transição, uma agenda fundamental para o futuro da energia renovável.

    Outro ponto destacado por Lula foi a necessidade de fortalecer o complexo industrial da saúde, com o objetivo de melhorar o acesso a medicamentos e combater doenças socialmente determinadas que afetam os mais vulneráveis. A defesa de uma governança multilateral sobre inteligência artificial também foi mencionada, com o presidente alertando que, na ausência de diretrizes claras, os modelos impostos por grandes empresas de tecnologia podem dominar a área.

    Lula abordou, ainda, a questão dos conflitos internacionais, afirmando que a cúpula do Brics terá um papel relevante na busca de soluções para essas questões, insistindo na promoção da integração e solidariedade entre as nações, em detrimento de barreiras e indiferença.

    O Fórum Empresarial do Brics discute temas cruciais como comércio, segurança alimentar, transição energética, descarbonização, economia digital e inclusão financeira. Composto por países que representam quase metade da população mundial e 40% da economia global, o Brics é um importante ator no cenário internacional, controlando também uma significativa parte das reservas de recursos naturais, incluindo terras raras e combustíveis fósseis. O evento reflete o comprometimento do bloco em seguir como um agente transformador e inovador no contexto econômico e social global.

  • Alckmin destaca BRICS como motor econômico global em fórum no Rio de Janeiro

    No encontro inaugural do BRICS Business Forum, realizado no último sábado, o vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin destacou a importância do bloco como uma das principais forças econômicas globais, superando a média de crescimento mundial. Durante sua apresentação, Alckmin enfatizou a criação de novas oportunidades para os países integrantes, especialmente em setores estratégicos como saúde, economia verde e transição energética. Em sua fala, ele observou que o desenvolvimento se configura atualmente como um sinônimo de paz, refletindo a necessidade de iniciativas colaborativas para resolver os desafios modernos enfrentados pelas nações.

    Alckmin, que também é médico, exemplificou os avanços sociais do Brasil, informando que a expectativa de vida ao nascimento alcançou 76,7 anos, e que para aqueles que chegam aos 70 anos, a expectativa média aumenta para 85 anos. Para ele, iniciativas como o programa Brasil Mais Produtivo são essenciais para modernizar o setor industrial, ajudando a reduzir custos e melhorar a eficiência, além de promover uma mobilidade verde para a indústria automotiva.

    O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Antonio Alban, reforçou a urgência em promover um desenvolvimento econômico sustentável. Para Alban, o crescimento econômico é fundamental para o bem-estar social e não pode ser alcançado sem o fortalecimento da indústria. Ele argumentou que é necessário um enfoque que una transversalidade, pragmatismo e continuidade, para que as recomendações do setor produtivo sejam efetivamente implementadas pelos líderes nacionais.

    Outro ponto central discutido foi a transição energética. O CEO da empresa sul-africana de aeroportos, Mpumi Mpofu, defendeu que essa transição deve ser realizada de maneira justa, buscando equilibrar a descarbonização das economias com a manutenção da segurança energética e empregos. Simultaneamente, Rizwan Soomar, CEO da DP World, destacou a importância de alternativas de transporte mais sustentáveis, como o ferroviário e o marítimo, ressaltando que essas opções podem reduzir significativamente as emissões de carbono.

    Os diálogos no BRICS Business Forum evidenciam a busca por uma cooperação mais profunda entre as nações emergentes, com foco na sustentabilidade e na inovação, para enfrentar os desafios econômicos e sociais do futuro.