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  • POLÍTICA – Ministra Marina Silva enfrenta novos ataques em audiência, enquanto destaca redução do desmatamento e crescimento do agronegócio no Brasil.

    Na última quarta-feira, durante uma audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfrentou um novo ataque de parlamentares, refletindo tensões crescentes no debate sobre políticas ambientais. A convocação da ministra tinha como objetivo esclarecer questões ligadas à proteção ambiental, mas o clima rapidamente se tornou hostil, assim como já havia ocorrido em um evento anterior no Senado.

    A audiência, que se estendeu por mais de cinco horas, teve momentos de alta tensão, em particular quando o deputado Evair de Melo (PP-ES), identificado como aliado da bancada ruralista, fez comparações infelizes entre Marina e organizações armadas como as Farc e o Hamas. Ele não hesitou em afirmar que a ministra se assemelhava a um “câncer”, ressalvando que sua declaração anterior, também criticada, havia sido inadequada.

    A frase de Evair provocou indignação, e a ministra respondeu a esse ataque com uma firme defesa de suas posições, antes se esquivando de ser interrompida e denunciando uma postura machista. Em situações como essa, a intensidade do debate muitas vezes parece ser medida de forma desigual, com discursos masculinos frequentemente recebendo mais legitimidade e menos crítica.

    A audiência também trouxe à tona lembranças de um incidente semelhante em maio, quando Marina Silva deixou uma sessão do Senado após ser desrespeitada pelo senador Plínio Valério, que afirmou que a ministra não merecia respeito. Nesta nova ocasião, apesar das ofensas, Marina manteve-se firme em suas convicções, mencionando que a luta contra o negacionismo e em favor da justiça ambiental deveria se sobrepor a ataques pessoais.

    No decorrer de sua apresentação, a ministra aproveitou a oportunidade para destacar conquistas importantes, como a redução do desmatamento na Amazônia, que obteve uma queda de 46%, além de ressaltar os números positivos do agronegócio brasileiro, que cresceu 15%. A ministra finalizou sua fala reafirmando que é preferível sofrer injustiças do que praticá-las, instando os presente a refletirem sobre a importância da ética em qualquer debate, especialmente quando se trata de questões ambientais críticas ao futuro do país.

  • Deputados Acreditam que Impeachment de Ministros do STF Não Será Aprovado no Congresso, Revela Pesquisa Genial/Quaest

    Uma pesquisa recente revelou que apenas 35% dos deputados federais acreditam que o Congresso Nacional poderá aprovar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O levantamento, realizado entre 7 de maio e 30 de junho de 2025, entrevistou 203 parlamentares e apresenta uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais. A pesquisa destaca que 65% dos deputados consideram improvável a aprovação do impeachment. Essa questão se torna ainda mais complexa ao lembrar que a responsabilidade sobre processos de impeachment de ministros do STF recai exclusivamente sobre o Senado.

    Outro dado relevante da pesquisa aponta que a gestão do presidente da Câmara, Hugo Motta, é bem avaliada, com 68% dos parlamentares classificando seu trabalho como bom ou ótimo. Essa avaliação é especialmente positiva entre os deputados independentes, com 82% aprovando sua liderança. O apoio diminui entre os membros da base governista, que chega a 77%, enquanto na oposição apenas 47% expressam satisfação em relação ao desempenho de Motta.

    O estudo também analisou a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os números mostram um cenário desanimador, já que 46% dos deputados avaliam negativamente o governo, o pior índice desde o início de sua gestão. Esta percepção negativa é ainda mais acentuada entre a oposição, onde 96% consideram o governo ruim. Entre os independentes, esse número cai para 44%.

    A pesquisa fez uma previsão sobre as eleições presidenciais de 2026. A maioria dos deputados, cerca de 68%, acredita que Lula será candidato, mas muitos duvidam de sua capacidade de reeleição. Além disso, 51% dos entrevistados consideram que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta problemas legais e está inelegível, deveria se afastar de uma nova candidatura. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, surge como o principal nome da oposição, refletindo as incertezas políticas que permeiam o cenário atual.

  • INTERNACIONAL – Lula visita Cristina Kirchner em prisão domiciliar antes da Cúpula do Mercosul, reafirmando laços políticos entre Brasil e Argentina.

    O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, programou uma visita à ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que atualmente cumpre prisão domiciliar em Buenos Aires. Lula chegará à capital argentina nesta quarta-feira, dia 2, para participar da Cúpula do Mercosul, evento que será presidido por Javier Milei, o atual mandatário argentino.

    Recentemente, a Suprema Corte da Argentina decidiu manter a condenação de Kirchner, imposta por corrupção, que resultou em uma sentença de seis anos de prisão. Essa data é significativa, pois também representa um marco na trajetória política da ex-presidente, que está impedida de ocupar qualquer cargo público por tempo indeterminado. A condenação ocorreu dentro do contexto do caso Vialidad, onde Kirchner foi acusada de favorecer o empresário Lázaro Báez em projetos de obras públicas na região da Patagônia.

    Cristina Kirchner, que já ocupou dois mandatos como presidente e atuou como vice-presidência entre 2019 e 2023, refuta as acusações e se considera uma vítima de perseguições políticas. Em um gesto de apoio, Lula havia contatado a ex-presidente logo após a decisão da Corte, ressaltando a força e determinação dela em enfrentar a adversidade. Este encontro é esperado com grande expectativa, pois Kirchner mencionou que planeja se candidatar às eleições legislativas de setembro, em um importante distrito da província de Buenos Aires, reconhecido por seu histórico de apoio ao peronismo.

    A visita de Lula marca a primeira interação entre os dois líderes desde a posse de Milei e condensa uma importante ligação histórica e política entre Brasil e Argentina. O governo argentino concedeu autorização para a visita, observando algumas normas de comportamento que Kirchner deve seguir, afim de garantir a tranquilidade da vizinhança.

    Vale lembrar que em um episódio similar, em 2019, o ex-presidente argentino, Alberto Fernández, visitou Lula durante seu encarceramento, o que ressalta a dinâmica de apoio mútuo entre as figuras políticas da região. Com Lula assumindo a presidência do Mercosul por seis meses durante esta cúpula, o encontro com Kirchner não só simboliza um rejuvenescimento das relações entre os dois países, mas também representa um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados na política sul-americana atual.

  • Lula Afirma que Sem STF Não Governará, Lewandowski Destaca Importância do Diálogo no Congresso

    Conflito entre o Executivo e o Legislativo: Lula e a Questão do IOF

    Na última quarta-feira, 2 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua insatisfação com a recente decisão do Congresso Nacional de derrubar um decreto que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em uma entrevista concedida à TV Bahia, Lula afirmou que a medida visava não apenas aumentar a receita do governo, mas também ajudar a cumprir as metas estabelecidas no novo arcabouço fiscal.

    Lula revelou que havia um acordo firmado entre os representantes do governo e membros do Congresso, durante uma reunião na residência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O entendimento previa a discussão de alternativas ao aumento do IOF com a equipe econômica. No entanto, apenas 20 dias após esse acordo, Motta pautou a votação do projeto que resultou na derrubada do decreto, um movimento que, segundo o presidente, pegou o governo de surpresa. “O erro, na minha opinião, foi o descumprimento de um acordo”, afirmou.

    O presidente também criticou a falta de diálogo, mencionando que Motta não atendeu às tentativas da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, de explorar alternativas antes da votação, além de ter ignorado os apelos de aliados para discutir a questão em reuniões de líderes partidários.

    Em um comentário controverso, Lula insinuou que, se não recorresse ao Supremo Tribunal Federal (STF), perderia sua capacidade de governar. “Se eu não entrar com um recurso no Poder Judiciário, não for à Suprema Corte, não governo mais”, disse, evidenciando a tensão entre os poderes.

    O ex-ministro do STF e atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, procurou desdramatizar a declaração de Lula, informando que o Brasil opera sob um “presidencialismo de coalizão”. Nesse contexto, o chefe do Executivo depende do consenso do Congresso Nacional para decisões cruciais. Lewandowski ainda frisou que levar questões ao Judiciário é parte do processo democrático e que o STF é a instância apropriada para resolver impasses desse tipo.

    A situação expõe um momento crítico nas relações entre os poderes no Brasil, destacando as dificuldades do governo em manter a governabilidade em um cenário legislativo fragmentado. A tensão se acentua em um tempo onde decisões financeiras e fiscais são vitais para a estabilidade econômica do país, tornando-se um desafio a ser administrado por Lula em sua administração.

  • CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara Recebe Propostas para um Plano Nacional de Educação Antirracista com Foco na Inclusão de Negros e Indígenas nas Escolas Brasileiras.

    Câmara dos Deputados Recebe Propostas para um Plano Nacional de Educação Antirracista

    Na última terça-feira, 1º de julho de 2025, a Câmara dos Deputados foi palco de um importante evento em que a Frente Parlamentar Antirracismo, juntamente com entidades da sociedade civil e especialistas em questões raciais, apresentou o “Caderno PNE Antirracista”. Esse documento, que reúne mais de 400 propostas, tem como objetivo influenciar o debate sobre o projeto de lei referente ao novo Plano Nacional de Educação (PNE), que vigora até 2034.

    O caderno destaca a necessidade de democratizar o acesso ao ensino, reconhecer a rica história afro-indígena do Brasil e capacitar educadores para lidar com o racismo estrutural presente nas escolas. A vice-coordenadora da frente parlamentar, deputada Carol Dartora, fez uma contundente fala sobre a realidade enfrentada por estudantes negros. Ela mencionou que a aparência dos alunos muitas vezes é motivo de rejeição e que sua identidade é constantemente minada nas instituições de ensino.

    Dados do Ministério da Educação revelam que 70% dos jovens negros que não concluíram o ensino médio pertencem a esse grupo, além de 71% dos analfabetos entre 15 e 39 anos. Apenas 21% dos professores universitários são negros, o que evidencia a urgência de mudança neste cenário.

    O relator da comissão que analisa o PNE, deputado Moses Rodrigues, também esteve presente e ressaltou a relevância das propostas contidas no caderno. Ele afirmou que essas ideias serão fundamentais para enriquecer as discussões do Plano Nacional de Educação. Outras entidades alertaram que já identificaram emendas ao PNE que são contrárias à busca pela equidade no ensino, desafiando avanços conquistados, como a Lei de Cotas.

    Afonso Gomes, do Coletivo Nacional da Juventude Negra, comentou que a construção de uma educação antirracista não deve ser vista como um ato de caridade, mas sim como uma ação de reparação histórica e justiça. A importância das propostas foi também defendida por Iêda Leal, representante do Movimento Negro Unificado, que enfatizou a relevância da implementação de escolas antirracistas.

    Durante o evento, foram condenadas as moras na aplicação das leis que obrigam o ensino da história afro-brasileira e indígena. O professor Edson de Brito, do Instituto Federal da Bahia, criticou a abordagem folclórica imposta às culturas indígenas, destacando a diversidade de mais de 300 povos no Brasil.

    Clélia dos Santos, diretora de políticas de educação étnico-racial do Ministério da Educação, defendeu que as propostas do Caderno PNE Antirracista são cruciais para enfrentar as desigualdades educacionais. Ela ressaltou a necessidade de superar um histórico de marginalização que ainda afeta o desenvolvimento educacional e social do país.

    Essas discussões estão em um momento oportuno, onde se reconhece a necessidade de um ensino mais inclusivo e representativo para todas as minorias brasileiras, em busca de um futuro mais justo e igualitário.

  • SENADO FEDERAL – Senado Aprova Uso do Fundo Social para Infraestrutura e Habitação Popular, Ampliando Aplicações Financeiras em Projetos Sociais e Enfrentamento de Calamidades.

    Na última terça-feira, o Senado Federal aprovou a medida provisória 1291/2025, que possibilita a utilização de recursos do Fundo Social para o financiamento de projetos de infraestrutura social, habitação popular e ações de enfrentamento a calamidades públicas. Essa decisão marca uma mudança significativa na destinação dos fundos, que anteriormente estavam limitados a categorias específicas, como educação, cultura, esporte, saúde pública, ciência e tecnologia, meio ambiente e adaptação às mudanças climáticas.

    O Fundo Social é alimentado por diversas fontes de receita, incluindo uma parte dos royalties federais, o bônus de assinatura pago por empresas no momento da exploração de recursos naturais e pela comercialização do petróleo que é de competência da União no regime de partilha de produção. Com a aprovação da nova medida provisória, essa ampla gama de recursos poderá ser redirecionada para demandas emergenciais e essenciais, como infraestrutura e moradia, que se fizeram cada vez mais urgentes em diversas regiões do país.

    Os parlamentares destacaram a importância desta mudança para atender problemas sociais e estruturais que afetam a população. A nova redação do texto cria uma flexibilidade que pode facilitar a alocação de verbas em áreas que, embora não estivessem no escopo anterior de uso do fundo, são cruciais para o bem-estar da sociedade.

    Após a aprovação no Senado, a medida provisória seguirá para a sanção do presidente, que deverá corroborar a decisão legislativa. O governo, por sua vez, vê essa iniciativa como um passo importante para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de maneira mais eficiente e eficaz, especialmente em tempos de crise e de necessidade urgente de investimentos em áreas que impactam diretamente a qualidade de vida da população.

    Com essa nova perspectiva de utilização dos recursos, se espera que haja uma resposta mais ágil e efetiva às demandas sociais e às calamidades, refletindo um novo compromisso com o desenvolvimento social e a melhoria das condições de vida no Brasil.

  • Maceió Inicia Vacinação com ACWY e Amplia Proteção Contra Meningite em Crianças a Partir de 12 Meses

    A partir desta terça-feira, 1º de outubro, Maceió implementa uma nova diretriz estabelecida pelo Ministério da Saúde, que altera o esquema vacinal infantil contra a meningite. As principais alterações incluem a substituição da vacina meningocócica C pela vacina meningocócica ACWY como dose de reforço para crianças com 12 meses de idade. Essa atualização visa ampliar a proteção contra a meningite, abrangendo os sorogrupos A, C, W e Y. Anteriormente, o imunizante disponível na rede pública protegia somente contra o sorogrupo C.

    A coordenadora técnica de imunização de Maceió, Eunice Amorim, detalhes a significativa mudança no protocolo de vacinação. Com a nova estratégia, o calendário vacinal para meningite agora contempla as seguintes etapas: aos três meses de vida, a primeira dose da vacina meningocócica C deve ser administrada; aos cinco meses, as crianças recebem a segunda dose da mesma vacina. O reforço com a vacina meningocócica ACWY será aplicado entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, além de um novo reforço entre 11 e 14 anos.

    Eunice também destaca que crianças que não tomarem a dose de reforço com a ACWY no primeiro ano de vida poderão ser vacinadas até completarem quase cinco anos. Por outro lado, aquelas que já completaram o esquema vacinal com as três doses da meningocócica C não necessitam de revacinação com a nova vacina.

    Para facilitar o acesso da população, a vacinação está sendo oferecida em todas as salas de imunização das Unidades de Saúde de Maceió, de segunda a sexta-feira. Além disso, alguns pontos fixos foram designados para atender aos munícipes, como os shoppings Maceió, Pátio e Parque, bem como o Centro de Atendimento ao Turista. Esses locais funcionarão em horários diversos, garantindo que os pais possam levar suas crianças para vacinação em horários convenientes.

    A ampliação da cobertura vacinal é uma oportunidade fundamental para proteger as crianças e reforçar a saúde pública na capital alagoana, destacando a importância da adesão da população às novas diretrizes estabelecidas.

  • Lula Esclarece: Proposta de Reconhecimento do Dia Nacional da Consolidação da Independência não Cria Novo Feriado, Afirma Secretaria de Comunicação

    Na noite desta terça-feira, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República trouxe um importante esclarecimento a respeito de uma proposta divulgada recentemente. O chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva, não sugeriu a criação de um novo feriado nacional, como inicialmente informado por algumas fontes. Em realidade, o projeto enviado ao Congresso Nacional tem como objetivo principal o reconhecimento da data de 2 de julho como um marco nacional, e não a instituição de um feriado.

    Segundo o governo, a proposta busca formalizar o Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil, que homenageia a data histórica em que, em 1823, as tropas portuguesas foram expelidas da Bahia. Essa data é particularmente significativa porque marca um evento que ocorreu um ano após a declaração da independência do Brasil pelo imperador D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822.

    Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente Lula ressaltou a relevância deste acontecimento. Ele enfatizou que, embora o Grito da Independência proclamado por D. Pedro I seja amplamente conhecido, o que muitas pessoas desconhecem é que o dia 2 de julho de 1823 representa um momento crucial na luta pela independência. “É verdade que D. Pedro fez o grito da Independência, todo mundo sabe disso, mas pouca gente sabe que foi no dia 2 de julho de 1823 que, na Bahia, os baianos conseguiram fazer com que os portugueses voltassem para Portugal definitivamente”, afirmou.

    A proposta do governo busca, portanto, não apenas o reconhecimento histórico da luta pela independência, mas também o fortalecimento da identidade nacional. A data já é celebrada como feriado estadual na Bahia, onde ações e comemorações ocorrem anualmente. Com o reconhecimento a nível nacional, a expectativa é que a data ganhe nova dimensão, estimulando a reflexão sobre a história do Brasil e sua busca pela autonomia. A proposta ainda aguarda análise e deliberação dos parlamentares, que terão a responsabilidade de decidir sobre a inserção dessa data no calendário oficial do país.