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  • Implante Contraceptivo Implanon será Disponibilizado Gratuitamente pelo SUS para 500 Mil Mulheres até 2025, Ampliando Opções de Planejamento Familiar.

    Em uma iniciativa que promete alavancar o planejamento familiar no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) anunciará, em breve, a disponibilização gratuita do implante contraceptivo Implanon. O lançamento desse método, que na rede privada pode atingir o valor de R$ 4 mil, está programado para ocorrer em 2025. Segundo informações recentes, a expectativa é que até 500 mil mulheres tenham acesso ao dispositivo no segundo semestre do próximo ano.

    O Implanon consiste em uma pequena haste que é inserida sob a pele do braço feminino. Este método contraceptivo é altamente funcional, oferecendo proteção por um período de até três anos. Ele atua liberando etonogestrel, um hormônio que possui a capacidade de inibir a ovulação. Desta forma, possui uma taxa de falha de apenas 0,5 para cada mil casos, o que o torna um dos métodos contraceptivos mais eficazes disponíveis no mercado, superando até mesmo a vasectomia e o dispositivo intrauterino (DIU) hormonal.

    O Ministério da Saúde aponta que o projeto inicial contempla a distribuição de 1,8 milhão de unidades até 2026, acompanhado de um investimento aproximado de R$ 245 milhões. A implantação desse plano começará com 500 mil dispositivos, que visam não apenas oferecer a contracepção, mas também assegurar que os profissionais de saúde recebam o treinamento adequado para a inserção do método. Esses treinamentos incluirão aulas teóricas e práticas, de modo a garantir a segurança e eficácia no atendimento às mulheres.

    Até o momento, o SUS já disponibiliza uma gama de métodos contraceptivos, incluindo preservativos masculinos e femininos, DIUs de cobre, anticoncepcionais orais combinados, pílulas de progestágeno e injeções hormonais mensais e trimestrais. A introdução do Implanon representa um avanço significativo na oferta de opções de planejamento familiar, ampliando as alternativas disponíveis para as mulheres brasileiras, que agora poderão contar com um método eficiente e acessível como parte de sua saúde reprodutiva. Essa decisão do governo sinaliza um compromisso com a saúde e o bem-estar das mulheres, permitindo-lhes uma maior autonomia na gestão de sua fertilidade e planejamento familiar.

  • STF Promete Reagir a Indulto de Bolsonaro: Ministros Consideram Ato Inconstitucional e Planejam Anular Benefício em Caso de Vitória de Aliados nas Eleições

    Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF), cresce a apreensão acerca das possíveis implicações que um futuro governo, alinhado com Jair Bolsonaro, poderia ter sobre a concessão de indultos presidenciais. A preocupação principal reside na possibilidade de que aliados de Bolsonaro, como Eduardo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado, que já manifestaram apoio à ideia de anistia, possam ter a oportunidade de perdoar o ex-presidente. Este cenário se torna ainda mais delicado, considerando que Bolsonaro enfrenta um processo que pode culminar em sua condenação por tentativa de golpe de Estado.

    Ministros do STF expressaram, em conversas reservadas, que um indulto a Bolsonaro, se concedido por esses nomes, seria considerado inconstitucional. A Corte se prepara para uma eventual ação que visa anular esse indulto, buscando amparo nas mesmas razões que levaram à anulação do perdão dado ao ex-deputado Daniel Silveira durante a presidência de Bolsonaro.

    Em decisões anteriores, o STF talhou um importante precedente, enfatizando que, apesar do indulto individual ser prerrogativa do presidente, o Judiciário possui o direito de avaliar a legalidade dessa concessão. A ministra Rosa Weber, por exemplo, ressaltou que indultos não podem ser decididos com base em “afinidade político-ideológica”, o que contraria os princípios de impessoalidade e moralidade administrativa da Constituição.

    A ministra enfatizou que a concessão de indultos deve sempre priorizar o interesse público. Interpretar o indulto como uma ferramenta para atender a interesses pessoais ou políticos, segundo ela, configuraria uma séria instrumentalização do Estado e de suas instituições. Isso levantaria questões éticas e legais, especialmente se essas decisões fossem tomadas com o objetivo de favorecer indivíduos em processos judiciais.

    O cenário político para 2024 promete intensificar essa discussão, com o STF preparado para agir em defesa da Constituição e da moralidade pública, independentemente de quem conquiste a presidência. A cautela e a vigilância são palavras de ordem nas instituições judiciais brasileiras, refletindo um compromisso inabalável com a justiça e a legalidade em tempos de incerteza política.

  • Argentina Alinha-se aos EUA e Troca Blindados Brasileiros por Strykers em Acordo Estratégico com Defesa Americana

    Em um movimento significativo, a Argentina decidiu priorizar a aquisição de veículos blindados dos Estados Unidos em detrimento de uma oferta anterior do Brasil. O ministro da Defesa argentino, Luis Petri, em uma visita ao Pentágono, firmou um acordo com seu colega dos EUA, Pete Hegseth, que contempla a compra de oito unidades do veículo blindado Stryker M1126 8×8. Este movimento marca um momento decisivo nas relações de defesa entre os países e reflete uma nova estratégia militar sob a liderança do presidente Javier Milei.

    O acordo, que será realizado inicialmente em uma fase que envolve a entrega de apenas oito veículos, representa uma mudança substancial na política de defesa argentina, que há décadas busca modernizar suas forças armadas. Os Strykers, inspecionados em junho passado, foram classificados como “em pleno estado operacional” pelo Ministério da Defesa argentino. Esses veículos são considerados eficientes em terrenos variados e têm a capacidade de transportar tropas com proteção adequada, atendendo a múltiplas missões, desde transporte até evacuação médica.

    Antes desta nova parceria com os EUA, a Argentina havia explorado a aquisição de 156 veículos blindados 6×6 Guarani do Brasil, um projeto que enfrentou dificuldades financeiras e políticas. A suspensão das negociações estava diretamente ligada à instabilidade econômica sob o governo anterior e à mudança de administração com a vitória de Milei. Essa transição impulsionou uma aproximação maior com os EUA, que historicamente tem sido um fornecedor militar chave para Buenos Aires, mesmo durante períodos de distanciamento político.

    O analista Juan José Roldán destaca que a nova aquisição é uma resposta a uma demanda antiga do Exército argentino por veículos blindados, embora exista o risco de que essa operação se torne apenas uma compra pontual, não atendendo às necessidades reais das forças armadas. Ele alerta que a implementação de novos sistemas militares não se limita à aquisição, envolvendo também custos de operação e manutenção, o que é especialmente crítico dado o atual contexto de restrições orçamentárias na Argentina.

    Roldán também menciona que as Forças Armadas enfrentam uma deterioração nas condições de vida do pessoal militar, agravada por uma falta de atualizações salariais e benefícios, o que pode impactar ainda mais a eficácia da nova adoção de equipamentos. Portanto, mesmo que a Argentina avance na modernização de sua frota com veículos mais sofisticados, a verdadeira eficácia dessa mudança dependerá de um financiamento sustentável e de políticas de apoio ao pessoal militar.

  • ECONOMIA –

    Petrobras Luta para Preencher Vagas em Meio à Escassez de Mão de Obra Especializada e Anuncia Investimentos de R$ 33 Bilhões

    A Petrobras enfrenta um desafio crescente para preencher suas vagas de trabalho, especialmente nas operações que dependem de empresas terceirizadas. Em uma estratégia para contornar essa dificuldade, a companhia tem buscado parcerias com instituições que possam ajudar a qualificar a mão de obra e está também empenhada em reatrair profissionais que deixaram o setor, muitos dos quais foram forçados a mudar para ocupações informais, como motoristas de aplicativos.

    Durante uma apresentação recente a jornalistas, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, juntamente com diretores da empresa, destacou que a condição do mercado de trabalho está se aproximando de um estado de pleno emprego. Esse cenário caracteriza-se pela existência de oportunidades para todos aqueles que desejam e estão aptos a trabalhar. Medidas de incentivo à contratação foram integradas ao anúncio de um robusto plano de investimentos, que inclui R$ 33 bilhões destinados ao refino e à indústria petroquímica no Rio de Janeiro até 2029. Estima-se que essa iniciativa poderá gerar cerca de 38 mil empregos diretos e indiretos, além de mais de 100 mil postos de trabalho relacionados à manutenção.

    Entretanto, essa escassez de mão de obra qualificada não se restringe apenas ao Rio de Janeiro; ela está sendo sentida também em outras regiões do Brasil. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a taxa de desemprego no país caiu para 6,2%, o menor índice desde 2012, refletindo um ambiente onde muitos profissionais já não estão mais à procura de emprego.

    Renata Baruzzi, diretora-executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação, considerou a dificuldade de contratação como uma “dificuldade boa”, uma vez que indica que o país está em um estado de pleno emprego. Ela ressaltou a importância de trazer profissionais qualificados de volta ao setor, citando o exemplo de motoristas de aplicativos que anteriormente trabalhavam no mercado construtivo, como os casos de motoristas do Uber.

    Para mitigar a escassez de mão de obra, a Petrobras tem promovido iniciativas como o Programa Autonomia e Renda, que visa capacitar beneficiários do Bolsa Família, numa parceria com a Firjan, com a intenção de integrá-los ao mercado de trabalho nas obras e operações da empresa. Além disso, a política de contratação da Petrobras inclui benefícios como planos de saúde, evidenciando as vantagens do emprego formal.

    Os salários oferecidos nas contratações giram em torno de R$ 6 mil a mais de R$ 30 mil, dependendo da especialização e da demanda por profissionais. Para cargos como inspetores de solda e planejamento, a faixa salarial pode variar substancialmente, com ofertas que chegam a valores consideráveis, refletindo a necessidade de habilidades específicas e conhecimentos técnicos.

    Portanto, a Petrobras não apenas investe em novas oportunidades de emprego, mas também enfrenta o desafio crítico de adaptar seu quadro de funcionários às exigências do mercado atual, numa tentativa de digitalizar e modernizar seus processos operacionais.

  • SENADO FEDERAL – Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial: Legislações e Histórias que Transformam a Luta Contra o Racismo no Brasil.

    No dia 3 de julho, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, uma data que marca a sanção da Lei Afonso Arinos, a primeira legislação de natureza antirracista no país, promulgada em 1951. Essa lei representa um marco importante na luta contra a discriminação racial e busca promover a igualdade entre todos os cidadãos.

    O contexto que levou à criação dessa legislação remonta a um episódio emblemático ocorrido em 1950, quando a renomada antropóloga e artista norte-americana Katherine Dunham enfrentou a exclusão em um hotel em São Paulo, devido à segregação racial. Este incidente despertou a atenção da sociedade e inspirou o movimento por um país mais justo e igualitário. Desde a promulgação da Lei Afonso Arinos, o Brasil tem avançado na criação de leis que visam fortalecer o combate ao racismo e à discriminação racial.

    Entre as inovações legais que surgiram ao longo dos anos, destaca-se a Lei Caó, aprovada em 1985, que também busca coibir práticas discriminatórias. Mais recentemente, em 2010, foi sancionado o Estatuto da Igualdade Racial, uma iniciativa de grande relevância que tem como objetivo garantir direitos e promover a igualdade para a população negra no Brasil. Essa lei foi de autoria do senador Paulo Paim e estabelece diretrizes que reconhecem a importância da ascensão social e da valorização da cultura afro-brasileira.

    Infelizmente, embora existam essas iniciativas legais, a discriminação racial ainda persiste em diversas formas no cotidiano da sociedade brasileira, afetando a vida de milhões de cidadãos. O Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial serve não apenas como uma lembrança da luta que já foi travada, mas também como um chamado à ação para que todos os brasileiros se unam no enfrentamento do racismo e na promoção de um futuro mais igualitário. A data convida à reflexão sobre o papel de cada um na construção de uma sociedade onde a cor da pele não seja um fator de desigualdade, mas sim uma celebração da diversidade que caracteriza a rica cultura do Brasil.

  • CPMI do INSS: Senado Confirma Nomes da Oposição para Investigar Fraudes em Meio à Pressão Popular e Reconhecimento de Responsabilidade do Governo Lula.

    Em um desenvolvimento significativo na política brasileira, os senadores Jorge Seif, Izalci Lucas e Eduardo Girão foram confirmados como os primeiros integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os três senadores, que fazem parte do Partido Liberal (PL), se destacam como representantes da oposição nesse contexto delicado. Na suplência, foram indicados Rogério Marinho e Magno Malta, ambos do PL, evidenciando a predominância de vozes opositoras na comissão.

    A escolha dos integrantes da CPMI na Câmara dos Deputados ainda está em andamento, com o PL se preparando para indicar mais três parlamentares. No entanto, a definição dessa composição está atrelada à escolha do relator para a investigação, um processo que depende diretamente do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta. A expectativa em torno dessa escolha é alta, visto que o relator desempenhará um papel crucial na condução dos trabalhos da comissão.

    A criação da CPMI surge em resposta a uma pressão considerável da opinião pública. Uma pesquisa realizada pela Quaest revelou que 31% da população brasileira atribui a responsabilidade pelo escândalo de fraudes ao governo Lula. Em contraste, apenas 8% dos entrevistados apontam o governo Bolsonaro como responsável, enquanto 14% atribuem a culpa diretamente ao INSS. Outros 26% dos entrevistados não conseguiram identificar um culpado específico, o que aponta para uma confusão e falta de consenso sobre as origens das fraudes.

    Em meio a esse cenário, o presidente Lula se manifestou, reconhecendo o impacto negativo que o escândalo teve sobre a imagem de seu governo. “É normal que, no primeiro momento, as pessoas pensem que foi no governo Lula, porque foi a gente que descobriu. Cabe a nós esclarecer quem são os culpados”, afirmou. Lula também se comprometeu a garantir que o Executivo assumirá a responsabilidade pelos prejuízos causados e que os aposentados afetados serão ressarcidos “o mais rápido possível”, sinalizando uma intenção de transparência e reparação diante da crise.

  • ECONOMIA – Petrobras Aumenta Escoamento de Gás Natural para Reduzir Preços e Atender Indústrias em Novo Pacote de Investimentos de R$ 33 Bilhões

    Nesta quinta-feira, 3 de outubro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a intenção da estatal de elevar o volume de gás natural que chega à costa brasileira. A medida visa não apenas facilitar o escoamento do combustível, mas também reduzir os preços para setores industriais que dependem desse insumo essencial. Em uma apresentação a jornalistas, Chambriard enfatizou a relevância dessa ação em um contexto em que o gás natural é um elemento crucial tanto como fonte de energia quanto como matéria-prima para a produção de fertilizantes, por exemplo.

    No âmbito de um abrangente pacote de investimentos que ultrapassa R$ 33 bilhões, a Petrobras focará na integração da Rota 3, linha de escoamento de gás dos campos do pré-sal localizados na Bacia de Santos, com as Unidades Petroquímicas e a Refinaria Duque de Caxias, situadas na região metropolitana do Rio de Janeiro. Este conjunto de ações visa aumentar a eficiência do transporte e a disponibilidade do gás no mercado brasileiro.

    Ao ser questionada sobre a possibilidade de que esses investimentos resultem em reduções no preço do gás natural, Chambriard afirmou que, embora a empresa esteja se esforçando para alcançar esse objetivo, o processo deve ser gradual. A presidente da estatal afirmou que a Petrobras tem um compromisso com a sociedade e pretende “abrasileirar” os preços, garantindo que os custos reflitam não apenas as flutuações internacionais, mas também a realidade de produção local.

    Contudo, o preço elevado do gás natural tem gerado descontentamento entre empresários. Um estudo recente apontou que o custo do gás no Brasil pode ser até dez vezes superior ao dos Estados Unidos e duas vezes mais que na Europa. Este cenário foi reforçado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que considerou a diminuição do preço do gás como fundamental para reindustrializar o país.

    Chambriard detalhou que as enormes distâncias dos campos de petróleo offshore representam um desafio logístico significativo, uma vez que as plataformas atuais não foram projetadas para exportação. Entretanto, novas estruturas, como o projeto da navio-plataforma Búzios 12, estão sendo desenvolvidas para otimizar a concentração de gás e facilitar seu transporte.

    A presidente da Petrobras também comentou sobre a importação de gás da Argentina e da Bolívia, ressaltando que o grande desafio é garantir que esse gás chegue ao Brasil a um custo acessível. A Petrobras atua em parceria com a estatal colombiana Ecopetrol em grandes campos de gás, mas ainda não há certeza sobre a quantidade que poderá ser exportada para o Brasil. Com uma abordagem focada no aumento da oferta e na sustentabilidade dos preços, a Petrobras se compromete a buscar soluções eficazes para um mercado tão vital quanto o do gás natural.

  • SENADO FEDERAL – Combate à Depressão Pode Virar Programa Nacional Permanente Focado em Crianças e Adolescentes Após Aprovação na Comissão do Senado

    Combate à Depressão Pode Se Tornar Programa Nacional Permanente

    A luta contra a depressão no Brasil está prestes a ganhar um novo impulso. Recentemente, um substitutivo ao Projeto de Lei 4.712/2019 foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, estabelecendo diretrizes para a implementação de um programa nacional permanente voltado ao combate dessa doença que afeta milhões de brasileiros. O próximo passo importante será a votação dessa medida pelo Plenário do Senado, o que poderá abrir caminho para uma ação efetiva e estruturada no enfrentamento da questão.

    O texto revisado traz um enfoque significativo em crianças e adolescentes, um público que, alarmantemente, tem visto o suicídio aparecer como a quarta principal causa de mortalidade em todo o mundo. Essa estatística, que revela uma preocupante realidade, ressalta a necessidade de uma intervenção precoce e efetiva para lidar com problemas relacionados à saúde mental nessa faixa etária. O substitutivo prioriza, portanto, estratégias que busquem identificar e tratar a depressão entre os jovens, de forma a reduzir esses índices alarmantes.

    Além de focar na prevenção, o programa proposto deverá incluir ações de conscientização e educação sobre saúde mental, promovendo suporte tanto para as vítimas quanto para suas famílias. A busca por mais recursos e profissionais qualificados nas áreas de saúde mental também será um aspecto fundamental dessa iniciativa, que pretende criar uma rede mais robusta de apoio e tratamento.

    Isso representa um avanço significativo na política de saúde do país, em um momento em que a preocupação com a saúde mental está em ascensão. A aprovação do substitutivo pela CAS é apenas o primeiro passo para uma transformação necessária na abordagem em relação à depressão e à saúde mental em geral. Espera-se que, com a discussão e eventual aprovação no Senado, o Brasil dê um exemplo de comprometimento para enfrentar essa questão tão crítica e premente. A sociedade clama por ações efetivas, e a permanência deste programa poderá ser um marco na história da saúde pública no país.

  • Petrobras planeja ampliar escoamento de gás natural e investimentos de R$ 33 bilhões para baratear combustível e gerar 38 mil empregos no Rio de Janeiro.

    A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, revelou em coletiva realizada na última quinta-feira que a empresa está se mobilizando para aumentar a oferta de gás natural para a costa brasileira, com o objetivo de reduzir os custos desse insumo para as indústrias do país. Contudo, ela ressaltou que a implementação desse processo não será imediata.

    Durante sua apresentação, realizada por teleconferência a partir de Portugal, Chambriard enfatizou a importância de trazer mais gás para a costa, almejando um preço mais acessível para a população. A presidente destacou que a Petrobras está comprometida em tornar os combustíveis mais “abrasileirados”, ou seja, buscando mitigar os impactos das flutuações dos preços internacionais no mercado interno.

    O plano da Petrobras envolve um investimento robusto, ultrapassando R$ 33 bilhões, alocado principalmente no setor de refino e na indústria petroquímica, com a expectativa de gerar cerca de 38 mil empregos diretos e indiretos. Dentre as principais iniciativas está a integração entre a Rota 3, que escoará gás natural dos novos campos de pré-sal na Bacia de Santos, e as unidades da Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

    Chambriard mencionou que a integração entre a Reduc e o Complexo Boaventura, conhecido anteriormente como Comperj, representará R$ 26 bilhões desse total de investimento. Esta atualização em relação ao planejamento anterior, de setembro de 2024, reflete o crescimento do projeto.

    Conforme apontado por estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o gás brasileiro é um dos mais caros do mundo. Atualmente, seu preço é dez vezes superior ao dos Estados Unidos e o dobro do que é praticado na Europa. Nesse contexto, a presidenta reafirmou o compromisso da Petrobras em tornar suas plataformas mais eficientes na extração de gás, uma ação necessária já que, neste momento, a empresa ainda precisa recorrer à importação de gás da Argentina e da Bolívia.

    Na próxima sexta-feira, Magda Chambriard retornará ao Brasil para acompanhar a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Reduc, onde serão apresentados os investimentos em tecnologia e produção.

    Com relação à Refinaria Duque de Caxias, as perspectivas incluem a ampliação na produção de diesel S10, querosene de aviação e lubrificantes, todos utilizando petróleo do pré-sal. Essa mudança deve reduzir a dependência de petróleo importado, principalmente do árabe, além de promover a produção de combustíveis sustentáveis. O projeto prevê ainda a geração de empregos e a realização de estudos para a produção de insumos químicos, como ácido acético, a fim de diminuir a necessidade de importação desses produtos.

    Esse ciclo de investimentos, muito aguardado pela indústria brasileira, reflete um esforço da Petrobras para fortalecer sua base operacional e ampliar sua atuação de maneira sustentável e econômica.

  • POLÍTICA – Lula e Peña discutem espionagem e retomam negociações sobre Itaipu em encontro bilateral, destacando a importância do diálogo entre Brasil e Paraguai.

    Na última quinta-feira, 3 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu em Buenos Aires com seu homólogo paraguaio, Santiago Peña. Essa conversa, que ocorreu antes da 66ª Cúpula do Mercosul, foi marcada por um tema delicado: as investigações relacionadas a uma operação de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Essas investigações têm como alvo a obtenção de informações sigilosas de autoridades paraguaias que estiveram envolvidas em negociações sobre a usina de Itaipu — um empreendimento binacional.

    O caso de espionagem, que teve seu início durante a presidência de Jair Bolsonaro, gerou repercussões adversas nas relações entre Brasil e Paraguai, levando o país vizinho a suspender formalmente as discussões sobre o Anexo C do Tratado de Itaipu. Esse anexo é fundamental, pois regula os valores da energia excedente gerada pela usina.

    A situação gerou desconforto e desconfiança entre as duas nações, que tradicionalmente mantêm laços de fraternidade. Após a reunião, Peña se manifestou, expressando preocupação em relação ao incidente de espionagem e enfatizando a necessidade de um esclarecimento completo por parte das autoridades brasileiras. Lula, por sua vez, reiterou a importância do respeito e do diálogo contínuo entre os países, manifestando disposição para resolver a crise e retomar as conversas sobre Itaipu.

    Durante o encontro, ambos os líderes concordaram em reiniciar a análise do Anexo C e discutir de forma abrangente temas relevantes à agenda bilateral. O presidente Lula aceitou o convite de Peña para visitar o Paraguai e por sua vez, convidou o presidente paraguaio a vir ao Brasil.

    Além da questão da usina, outros tópicos importantes foram abordados, incluindo projetos de infraestrutura que visam melhorar a conectividade entre Brasil e Paraguai. Um exemplo é a Ponte da Integração, que está avançando rapidamente, com 80% das obras já concluídas do lado brasileiro, com previsão de término para dezembro. Também foi discutido o Corredor Bioceânico, uma ambiciosa iniciativa de infraestrutura que visa conectar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, facilitando a ligação viária entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

    Esse movimento em direção ao diálogo e à colaboração oferece esperança para a superação da crise atual, destacando a necessidade de um entendimento mútuo e estratégias conjuntas para o futuro.