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  • Atividade Econômica Cai 0,74% em Maio, Abaixo das Expectativas, e Agropecuária Registra Queda de 4,25%, Revela Dados do Banco Central.

    Em uma revelação significativa sobre a saúde econômica do Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou uma queda de 0,74% em maio deste ano, em comparação com o mês anterior, abril, considerando a série com ajuste sazonal. Este resultado ficou aquém das expectativas do mercado, que previu uma retração mínima de 0,50% como piso, enquanto a mediana das projeções indicava uma leve queda de 0,02%. Essas estatísticas foram divulgadas nesta segunda-feira.

    Adicionalmente, o Banco Central revisou os dados de meses anteriores, reduzindo a taxa de crescimento de abril de 0,16% para 0,05% e de março de 0,71% para 0,61%. A taxa de fevereiro permaneceu inalterada em 0,60%. Tais revisões são comuns na série com ajuste sazonal, especialmente com a inclusão de novos dados, mas o BC também ajustou valores na análise sem esse ajuste, refletindo uma metodologia cuidadosa na compilação de informações.

    Ao analisar o componente ex-agropecuário do índice, observou-se uma diminuição de 0,31% em maio após um incremento de 0,07% em abril (também revisado). No mesmo período, o indicador relacionado à agropecuária sofreu uma notável queda de 4,25%, uma acentuação na baixa registrada em abril.

    No que diz respeito aos setores específicos, o índice de serviços teve uma leve alta de 0,01%, após um crescimento de 0,39% no mês anterior. Em contrapartida, a indústria enfrentou um retrocesso de 0,52%, sucedendo uma redução de 1,24% em abril. O segmento de impostos, que se aproxima da categoria de impostos líquidos sobre produtos do PIB, caiu em 1,02%, após um pequeno crescimento de 0,20% revisado.

    No comparativo interanual, o IBC-Br total sem ajuste sazonal cresceu 3,16% em relação a maio de 2024, o que também ficou abaixo da mediana de 4,10% das projeções. O crescimento na comparação anual foi revisado para 2,37% em abril, uma leve queda em relação ao 2,46% inicialmente informado. Para o índice sem a agropecuária, o avanço foi de 2,86%, um resultado positivo, mas inferior ao crescimento anterior. Já o setor agropecuário viu um aumento de 8,43%, embora abaixo do desempenho excepcional de abril. O setor de serviços e a indústria também registraram avanços, com 2,86% e 3,25%, respectivamente, demonstrando um panorama misto para a atividade econômica brasileira nos últimos meses.

  • ECONOMIA – Banco Central só publicará nova carta sobre inflação em abril de 2026 se índice ultrapassar 4,5%, esclarece autoridade monetária após divulgação de justificativa.

    O Banco Central (BC) anunciou que uma nova carta aberta só será divulgada no início de abril de 2026, caso a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapasse o teto da meta, fixado em 4,5% ao término de março de 2026. A informação foi oficializada em um comunicado nesta sexta-feira (11), após o BC ter emitido uma carta para justificar a inflação que, no encerramento do primeiro semestre de 2025, acumulou 5,35%, superando a meta estabelecida.

    De acordo com a instituição, o aumento nos preços é consequência do aquecimento da economia, somado ao impacto dos preços do café e das bandeiras tarifárias com energia, que melhoraram a percepção do ambiente econômico, mas também pressionaram os índices de inflação.

    A meta de inflação, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), está definida em 3%, com um intervalo de tolerância de até 1,5 ponto percentual, permitindo que o IPCA varie entre 1,5% e 4,5% até que se finalize o período estabelecido pelo BC. Inicialmente, havia a expectativa de que a entidade teria que justificar a violação da meta a cada seis meses. No entanto, o BC esclareceu que tal requisito se aplica apenas à primeira carta após a implementação do modelo contínuo de metas.

    Conforme expresso na carta divulgada anteriormente, o BC indicou o primeiro trimestre de 2026 como um período para que a inflação retornasse ao intervalo de tolerância. Caso isso não ocorra, uma nova carta será redigida, ou o BC poderá decidir por atualizar as medidas ou prazos já estabelecidos.

    Ademais, a previsão do Banco Central é que a inflação se aproxime do centro da meta (3%) somente no quarto trimestre de 2026, que é considerado o prazo estratégico para a atuação da política monetária. Mesmo com análises que indicam taxas de inflação superiores a 3% até o final do próximo ano, a autarquia reforçou que suas decisões em relação à Taxa Selic não necessariamente seguirão o cenário de referência. Assim, as trajetórias de juros utilizadas nas deliberações do Copom visam garantir que a inflação converja para a meta no horizonte de 18 meses, mesmo que não se alinhem diretamente com as previsões de mercado.

  • ECONOMIA – Banco Central Suspende Três Instituições do Pix em Investigação de Desvio de R$ 400 Milhões Após Ataque Cibernético à C&M Software

    Na sequência de um ataque cibernético que comprometia a segurança da C&M Software, uma provedora de serviços tecnológicos para instituições financeiras, o Banco Central (BC) decidiu suspender cautelarmente a participação de três instituições no sistema de pagamentos instantâneos, conhecido como Pix. As empresas afetadas foram a Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay, que estão sendo investigadas por possíveis ligações com o desvio de recursos que ultrapassou a marca de R$ 400 milhões.

    A suspensão, que poderá durar até 60 dias, foi determinada com base no Artigo 95-A da Resolução 30 do BC, que regulamenta o uso do Pix. Essa medida visa proteger a integridade do sistema de pagamentos e garantir a segurança da operação, enquanto as investigações sobre o desvio estão em andamento. O Banco Central enfatiza que pode suspender a participação de qualquer instituição que coloque em risco o funcionamento regular do sistema.

    A Transfeera, uma sociedade de capital fechado autorizada pelo BC, confirmou ter sua funcionalidade do Pix interrompida, mas assegurou que continua operando normalmente em relação a outros serviços. A empresa destacou que nem ela nem seus clientes foram afetados diretamente pelo incidente e se colocou à disposição para colaborar com as autoridades.

    Por outro lado, as fintechs Soffy e Nuoro Pay, que participam do sistema de transferências por meio de parcerias com outras instituições, ainda não se manifestaram sobre a situação. Vale ressaltar que estas fintechs não possuem autorização direta do Banco Central para operar no Pix.

    O ataque em si ocorreu na noite do dia 1º, quando o sistema da C&M Software foi comprometido, resultando no desvio de importantes recursos financeiros dos bancos. Esse dinheiro foi transferido via Pix e, posteriormente, convertido em criptomoedas. A C&M, que atua como um elo entre diferentes instituições e o Sistema de Pagamentos Brasileiro, conseguiu autorização do BC para retomar suas operações.

    A investigação está sob responsabilidade da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo. Um funcionário da C&M foi preso sob suspeita de ter fornecido acesso a hackers em troca de R$ 15 mil. O suspeito admitiu ter fornecido credenciais de acesso, evidenciando a vulnerabilidade do sistema.

    À medida que as investigações prosseguem, o foco permanece em proteger o sistema financeiro brasileiro e assegurar que a integridade e a segurança das transações sejam restabelecidas.

  • ECONOMIA – C&M Software Retoma Operações do PIX Após Ataque Hacker que Desviou Milhões de Reais de Contas do Banco Central

    Na manhã desta quinta-feira, a C&M Software anunciou a retomada de suas operações do PIX, após um grave ataque cibernético que comprometeu seus sistemas e resultou no desvio de milhões de reais de contas associadas ao Banco Central. A empresa, especializada em tecnologia para o setor financeiro, havia sido temporariamente obrigada a interromper seus serviços integralmente devido ao incidente.

    A mudança na determinação do Banco Central, que passou de uma suspensão total para uma suspensão parcial, ocorreu depois que a C&M apresentou evidências de que implementou medidas para mitigar novos riscos à segurança de seus sistemas. A partir de agora, as operações da empresa só poderão ser realizadas em dias úteis, entre 6h30 e 18h30, e sempre com a autorização expressa das instituições participantes do PIX. Além disso, o Banco Central exigiu que fossem fortalecidos os mecanismos de monitoramento de fraudes e os limites transacionais.

    Em comunicado, a C&M ressaltou que é uma vítima nesse episódio e que, desde o início, está colaborando com as autoridades, demonstrando confiança na imparcialidade das investigações. A empresa destacou que segue rigorosamente todas as diretrizes de segurança estabelecidas, incluindo a realização de auditorias independentes e uma comunicação transparente com os clientes afetados.

    O ataque foi registrado na última terça-feira, quando hackers utilizaram credenciais de acesso de clientes da C&M, como logins e senhas, para invadir seus sistemas. Diante da gravidade da situação, o Banco Central havia ordenado que o acesso das instituições financeiras ao sistema da empresa fosse imediatamente cortado.

    Vale lembrar que, apesar da natureza do ataque, até o momento não há indícios de que recursos tenham sido desviados diretamente do sistema de pagamentos instantâneos do PIX. Os hackers teriam, supostamente, acessado contas reservadas que armazenam recursos depositados pelas instituições financeiras no Banco Central, respeitando as exigências regulamentares da autoridade monetária.

    A C&M, que desempenha um papel crucial na intermediação de informações no Sistema de Pagamentos Brasileiro, agora busca não apenas restaurar a confiança de seus clientes, mas também reforçar suas defesas para evitar futuros incidentes. O cenário é um claro lembrete da importância da segurança cibernética em uma era cada vez mais digitalizada.